sexta-feira, 31 de março de 2006

Verão, placas de chocolate e animais de colo

Há certas e determinadas coisas que me irritam solenemente, mas não querendo entrar em questões de política e referir nomes, revelo apenas que estando eu a comer um gelado de pau e caindo uma das placas de chocolate que o cobre, inteira, isto enquanto tento morder a que está mais próxima da boca, só me dá vontade de gritar desalmadamente e dar chutos violentos em caixotes do lixo, velhas e animais de colo… não sei bem explicar porquê, mas é esse o impulso contra o qual tenho de lutar com todas as minhas forças quando se dá esta situação, que não é tão rara assim… e não tarda está ai o Verão!

quarta-feira, 29 de março de 2006

Cadeiras de rodas

Por vezes surgem-me questões que o comum dos mortais acharia pouco interessantes ou apenas relativamente pertinentes, mas às quais eu dou muita importância do ponto de vista prático. As cadeiras de rodas também têm furos? E se sim, onde levam o pneu suplente e o macaco!?


relembro:
questões mais ou menos pertinentes

segunda-feira, 27 de março de 2006

Cúmulo dos cúmulos

Um amigo do meu irmão, que está a estudar em Espanha, conseguiu comprar uma camisola oficial da selecção nacional – a nossa – por cerca de 15€, e não estamos a falar de uma imitação asiática com as quinas mal desenhadas… what’s the catch??? Cá custam mais de 60€!!! É por isso que eles vivem (bem) e a gente sobrevive… mal!!

domingo, 26 de março de 2006

A Barbárie

Abriu há uns dias, no Canadá, a época de caça às focas e já foram dizimadas mais de 25.000 crias… ok, eu confesso que não me sinto mal quando oiço falar em pesca de peixe não adulto, e realmente esse facto não muda a minha postura, mas de qualquer forma, em relação à caça de focas, e pelas imagens que observei na televisão, que me deram a volta ao estômago, tão pouco considero aquilo uma caçada, é mais uma cambada de mentecaptos perversos e pouco viris a distribuírem pauladas em focas bebés que não conseguem fugir. A eficácia é a mesma de andar a “caçar” caracóis. PUTA QUE OS PARIU!!! Não valem o ar que respiram: os “caçadores”, os empresários que as procuram como matéria prima… E QUEM COMPRA!!!

Portugal no Seu Melhor

Os tugas, de facto, são do melhor que há no acto do desenrasque. Um dono de um restaurante achou uma forma de contrariar o baixo consumo de frango nesta época afectada pela gripe das aves. No menu e no próprio letreiro do restaurante pode ler-se, e passo a citar “Frango tipo Leitão”. Pode ser que a coisa peque e a malta não repare na diferença.

quarta-feira, 22 de março de 2006

Menschkeit

Existe um acordo tácito entre o cidadão comum, homem, e os farmacêuticos, também eles homens, no que diz respeito a certos artigos que se podem adquirir numa farmácia. Quando um homem vai comprar preservativos, lubrificante ou pomada para o hemorroidal a uma farmácia, não realiza o seu pedido de peito feito e com voz grossa, muito pelo contrário, existe uma variada gama de sinais e expressões que utilizadas nessas situações que só os farmacêuticos entendem e registam, satisfazendo com a máxima descrição e subtileza possível, o desejo do cliente. Erradamente, constatei hoje que não existe esse tipo de acordo de cavalheiros com os tipos que trabalham atrás do balcão das bombas de gasolina. Descansadamente, fui ver se já tinha chegado o meu cachecol do Sporting que tinha pedido, anteriormente através de uma troca de pontos de combustível. Acontece que o tipo que me atendeu, embora simpático, desatou aos berros lá para dentro – seja lá onde isso for, porque eu não vi mais nenhum empregado – a perguntar se já tinha vindo “algum cachecol do Sporting”… parece ingenuidade!? Não foi, foi até propositado! A bomba de gasolina tem um pequeno “bar” onde se abastecem de minis todo o tipo de trabalhadores de construção civil, trolhas, pintores e outros que tal, e à hora que por lá passei, aquilo mais parecia um antro, completamente apinhado… moral da história: era só benfiquistas que aproveitaram para me utilizar como alvo da mais vil e insidiosa chacota que há memória. Principalmente por ser hoje o dia das meias-finais da Taça de Portugal em que o Sporting joga com o Porto, e tendo sido o Benfica já afastado. Acontece que tenho andado a torcer pelo Benfica nas competições europeias – outro erro da minha parte – e como gosto muito de futebol e sempre me considerei um tipo justo e equilibrado, cheguei até a levar o meu avô benfiquista para tirarmos um petisco durante o último Benfica x Liverpool, mas agora já não volto a fazer a mesmo figura de urso. Com a família até vai, mas se é guerra que querem, é guerra que vão ter!

Menschkeit: palavra alemã que significa “cavalheirismo entre homens”

terça-feira, 21 de março de 2006

Circo vs TVI

Ai que bem escolhido! …circo e a TVI, duas das coisas mais rascas e mal orientadas da sociedade portuguesa dos dias de hoje. A primeira porque trata melhor o público do que os seus animais – chega a meter nojo, e a segunda porque trata melhor os “artistas” do que o “seu” público – chega a meter dó! Entre um e a outra venha o diabo e escolha, dasse!? Mas consigo descortinar uma coisa positiva nisto tudo. Já não vejo televisão durante o dia, agora chego a casa tão pouco a vejo à noite. Só torna tudo mais fácil para mim.

segunda-feira, 20 de março de 2006

Chegou a Primavera… ou não!

Por falar em prima, aqui no Alentejo temos a expressão “quanto mais prima mais se lhe arrima”, e por falar em rima, sendo hoje segunda-feira, dia de música nova na MusicBox, deixo-vos apreciar o equinócio ao som dos Afonsinhos do Condado, essa mítica banda tuga...

domingo, 19 de março de 2006

Farinha Amparo vs Chocapic

O comentário do Zé Pikeno ao último post fez-me lembrar de um pormenor que é mais um indicador de que estamos a ficar velhos e descontextualizados. Alguns dos nossos amigos já são pais e mães, já houve um ou outro casamento, há casais a viverem juntos e a comprar casa, e o mais terrível de tudo é que se eu usar a expressão “deve ter-te saído a carta na Farinha Amparo” com um tipo de 20 anos que me ia batendo no carro porque não se lembrou de fazer a merda do pisca na rotunda, não serve absolutamente de nada e acabo por fazer figura de urso. Mas se trocar Farinha Amparo por Chocapic já todos percebem, mesmo os mais velhos. De facto, sinto-me muito orgulhoso dos meus tempos de criança e adolescente. Joguei e brinquei com e a tudo e mais alguma coisa, dentro e fora de casa, conheci praticamente todas os gaiatos e gaiatas que viviam no meu bairro, e não me estou a referir apenas a uma rua ou quarteirão, o bairro inteiro sim! Mascarávamo-nos de cowboys sem ter de pensar duas vezes e até chegávamos a saltar à corda e a jogar ao elástico com as gaiatas no intervalo das aulas. Se elas brincavam aos Pin&Pons nós escolhíamos o estrunfe de borracha ou o E.T. de plástico, se elas brincavam com a Barbie nós éramos o Ken, e se elas jogavam ao elástico de uma forma puramente lúdica, nós entrávamos com uma mentalidade competitiva, era tudo perfeitamente normal. Naquele tempo não havia stresses relativamente a questões de orientação sexual, aliás, nem pensávamos muito nisso, apenas queríamos tornar-nos conhecidos na escola o suficiente para nos aniversários não calharmos com a vassoura quando chegasse à hora do baile. Hoje em dia não reconheço os comportamentos das crianças e adolescentes. Ele é consolas, computadores, DVD’s, telemóveis, Pokemons, Morangos com Açúcar, explicações para todas as disciplinas e almoços de família no McDonalds… estará tudo louco!?!? Então e os bonecos (vulgo Legos e Playmobis), os jogos em grupo e os desportos de equipa com o mínimo de competição ou a um nível aceitável? Se os putos de hoje, aos 11 anos, já têm acesso a filmes pornográficos em DivX sacados da net, nunca vão saber o gozo que dava tentar achar revistas eróticas no quarto do(s) pai(s) ou mesmo roubar uma Playboy numa tabacaria enquanto um amigo distraia o vendedor a encher os bolsos com pastilhas Super-Gorila e outro a abrir os pacotes de Bolicao para tirar os cromos. Estes putos de hoje vão ser uma cambada de enteguidos e vai-lhes passar ao lado muito do que faz parte sentir e viver enquanto se cresce e se forma carácter. Na altura do Natal ou do Dia da Criança são horas e horas de intervalos publicitários com anúncios dirigidos às crianças. Os putos de hoje têm o que querem e fazem dos pais reféns, para obter tudo o que desejam. Quem trabalha numa loja ou numa grande superfície sabe do que estou a falar, chega a meter dó a forma como os putos tratam os pais. E estes desgraçados, porque passam pouco tempo ou nenhum tempo de qualidade com os gaiatos, deixam-se cair na esparrela. Mas são eles os culpados, os pais é que fomentam este espírito… quem é que governa presentemente, quem são os administradores das empresas hoje em dia, quem dirige as televisões e a sua programação nos dias de hoje? Se nós éramos apelidados de Geração Rasca, que nome dar a esta geração que se forma nos tempos que correm? Sem dúvida que não somos os culpados, mas temos uma responsabilidade moral de tentar mudar o status quo, uma vez que estamos numa posição privilegiada de observadores e em breve seremos nós a embalar o berço. A dita Geração Rasca poderá mostrar, num futuro muito próximo, que se funda em valores humanos, mais do que económicos e de índole consumista, e dar uma chapada de luva aos “nossos pais” que, não fracassando na nossa educação, o fizeram estrondosamente na avaliação e ideia que fizeram de nós há bem pouco tempo. A ver vamos…

sábado, 18 de março de 2006

Recordações de infância, parte VI

Já que se falou em expressões típicas de jogos, lembrei-me de fazer uma lista dos que conheço: esconder, apanha, rolha, 1-2-3 macaquinho do chinês, mamã dá licença, bola à parede, jogo da garrafa, bate pé…
Alguém se lembra de mais algum?
Comments please…

sexta-feira, 17 de março de 2006

Recordações de infância, parte V

Neste último fim-de-semana estive com amigos numa noite de jogatana, e como não pode deixar de ser, demos uso ao nosso vocabulário. O rico conjunto de vocábulos e expressões típicas que compõem o dialecto Javalim, a língua da Kanalha. Entre muito palavrão e frases estranhas para o mais comum dos mortais, lá nos fomos lembrando de vários vocábulos e expressões típicos de jogos… mas do tempo em que éramos putos (e pitas!). Quem não se lembra dos seguintes termos:

Arrebinchar – quando um jogo ficava sem efeito porque alguém fazia batota.

Coito – local de protecção em que ninguém podia ser “apanhado” ou “tocado”

Está quinado – dizia-se quando um dado era lançado e ficava de esguelha, não se conseguindo ler com certeza o resultado em pontos.

A primeira é de gesso – era o que se dizia quando se iniciava um jogo de cartas, monopólio ou de bola à parede.

Já agora deixo-vos uma expressão inventada há relativamente pouco tempo, mas que não será esquecida tão depressa… ou nunca: “Está a sair!! Está a sair!!!” Só posso dizer que tem a ver com o Uno!

quinta-feira, 16 de março de 2006

Opas do demo

Estive a ver as notícias e confesso que fiquei confuso. Com toda a informação que consegui juntar, e apoiado em gráficos que mostraram no Financial Times, acho que tanto o BCP tem acções do BPI como o inverso; além disso, os vários accionistas de cada um destes dois bancos portugueses, que são bancos espanhóis e brasileiros, por sua vez, também detêm acções de ambos. O BCP lançou uma opa ao BPI, que significa, se bem compreendi, que oferecem um determinado valor pelas acções do BPI que ainda não detêm, de forma a poderem comprá-las e, assim, conseguirem controlar o BPI. Os tipos do BPI, chateados por sinal, lá disseram, à sua maneira, “ó’pá!, agora vamos nós lançar uma opa àqueles cabrões!” e pediram ajuda aos vários bancos que fazem parte do grupo, os tais que têm acções do BPI, para que se lançassem aos tornozelos do BCP, assim tipo “morde o osso e não deslargues”… mas o que eu não percebo é o seguinte: como é que isto é possível se são todos “donos” uns dos outros!? Alguém me explica??? Economia nunca foi o meu forte e isto parece, de facto, muito estranho. Faz lembrar um filme do Robert Altman… chato, comprido e não se percebem os plot twists!

quarta-feira, 15 de março de 2006

Moléculas dos maus odores

Ocorreu-me uma questão muito importante. Poder-me-ia ter ocorrido uma qualquer outra coisa, mas foi uma questão que se levantou. Reparei num pormenor de um reclame de ambientadores, onde se ouve a frase “elimina as moléculas dos maus odores”… ok, já chegaram lá? …eu espero… “moléculas dos maus odores”??? Como é que o cheiro de um assado que comemos com todo o prazer ou de um bouquet de flores se torna em mau odor? Até percebo que o que digerimos se transforme em merda, e então cheire mesmo mal, agora como é que uma coisa que tem umas determinadas moléculas, portadoras de um cheiro agradável, se transforma em mau cheiro sem ser ingerido por alguém? São as moléculas que se alteram, liquefazem-se, apodrecem? Que raio acontece às moléculas do cheiro, visto que não passam pelo estômago de ninguém? Como é que as moléculas dos cheiros apodrecem no ar? E como é que tudo isto me pode levar a mudar os meus cortinados e a colcha da cama? E já agora o que significa a expressão latina fodicare?

terça-feira, 14 de março de 2006

Lista de filmes para ver quando tiver Alzheimer

De certo já aconteceu a toda a gente, ter um amigo que revela o final de um filme que queríamos ver, provavelmente levado pelo entusiasmo e tentando convencer-nos a ir vê-lo, ou ouvir uma conversa de terceiros num elevador ou no café, que nos alerta para um pormenor importante do plot da história. É das situações mais chatas pela qual podemos passar, mas o pior é não conseguirmos evitar. Aqui há dias, numa conversa com um amigo, foi-me revelado parte importante da história do filme Matchpoint do Woody Allen, o qual eu quero muito ver, mas pelo que um outro amigo meu disse, já não vai ter grande piada depois do que me foi contado. Sendo assim, e porque esta ideia nasceu naquela conversa, proponho que pensem numa possível lista de filmes para verem quando tiverem Alzheimer. Eu tenho mais sorte, porque me esqueço dos plots da maioria dos filmes e consigo revê-los quase com a mesma intensidade como da primeira vez. Não é um defeito, acreditem, é uma grande vantagem. Tudo bem que não me consigo esquecer dos finais, mas mesmo em filmes como Usual Suspects, American Beauty, ou Vanilla Sky, me esqueço de montes de pormenores e sempre que os volto a ver retiro o mesmo gozo da primeira vez.

domingo, 12 de março de 2006

Linhas eróticas

De certo que já todos repararam, porque eles inundam-nos a televisão com este tipo de anúncios, especialmente à noite, que é quando a programação melhora um pouco… ok, tem dias! Este tipo de anúncio, além de estúpido por natureza, vai mais longe em idiotice na forma como é feito. Quase todos têm mulheres jeitosas de lingerie, ou a esfregarem-se, mas porque é que tem de haver linhas do género (telefone ou sms, entenda-se!): “gajas boas como o milho, manda sms com a palavra milho para o 4002… manda sms com a palavra milho para o 4002”… e porque é que repetem aquela história do sms e do número duas vezes? Estes tipos irritam, são bem piores que os da tvshop!!

sábado, 11 de março de 2006

Insultos e impropérios, part deux

Lembrei-me de um insulto que uso muitas vezes, e muito embora não tenha espaço naquele extraordinário Top3, merece o devido destaque. Aqui fica então a frase mítica: “Só não és mais parvo por falta de espaço!” Ah, e a beleza desta injúria é a de poder ser utilizada nas mais variadas e diversificadas situações, bastando para isso trocar a palavra “parvo” por outra qualquer que se adeqúe às circunstâncias:
Exemplo 1: só não és mais cromo por falta de espaço!
Exemplo 2: só não és mais fútil por falta de espaço!
etc.

sexta-feira, 10 de março de 2006

The Dark Side of The Force

Para mim, ontem foi um dia de luto... só me ocorrem frases do género: welcome to the dark side of the force, ou welcome to the desert of the real! I sob in mourn…

quarta-feira, 8 de março de 2006

Vida Diet

Se o Natal e o Carnaval são quando um homem quiser, então eu ponho música quando bem me apetecer e me der na real gana. Apresento-vos “Vida Diet” dos brasileiros Pato Fu…



A gente se acostuma com tudo
A tudo a gente se habitua
E até não ter um lugar
Dormir na rua
A tudo a gente se habitua

Me habituei ao pão light
À vida sem gás
O meu café tomo sem açúcar
E até ficar sem comer
Sem te ver
A gente custa mas se habitua

Sem giz, sem água
Sem paz, sem nada

Não vai ser diferente
Se eu me for de repente
Se o céu cai sobre o mundo
E o mar se abrir
Em um inferno profundo

Se acostumou sem querer
Ao salto alto
Salário baixo, à vida dura
E até ficar sem tv
É bom pra você
Televisão ninguém mais atura

Expressões alentejanas

A cultura alentejana é rica e farta em expressões originais e singulares, entre elas estão duas que eu aprecio imenso (“…afalfá-las!” lol) mas nem sempre as uso: “homessa!?” e “vá a ver!”. A primeira é uma expressão típica e muito utilizada pelo meu avô; a segunda é comummente utilizada por quase todos os alentejanos. O meu avô diz homessa a por tudo e por nada, qualquer coisa serve para ele se espantar. O vá a ver já é uma expressão mais generalizada, até os bimbos têm o “à’lá’ber!”, mas eles utilizam-na no início de uma frase e nós no fim, para arrematar, de forma inteligente, uma intenção ou vontade de fazer algo, por exemplo: “Oh Zéi! Tou chei'da fome. Vamo’z’ali até à tasca do Ti’Maneli comer uns torresmos e beber umas minis… vá ver!” c.q.d.

terça-feira, 7 de março de 2006

Insultos e impropérios

Dediquei algum tempo a reflectir sobre este tema e cheguei a uma conclusão interessante (ou não!). Pensei naquela que será a pior forma de vilipendiar alguém e cheguei ao um delicioso Top3. Em primeiríssimo lugar temos “se pudesse transferia-te para o governo Regional da Madeira”, que não carece de justificação; num segundo lugar, já um pouco afastado, temos “que te saia do rabo algo que nem a ciência possa identificar”; e num terceiro lugar, mas muito próximo do 2º, temos “devias comer comida de prisão para o resto da tua vida”. Houve muitos outros com que me debati para chegar a este top3, mas sem dúvida que se tornou esclarecedor à medida que fui pensando na eventualidade de me acontecer o que estes vitupérios representam.

segunda-feira, 6 de março de 2006

Bendito roupão!

Aqui há tempos escrevi as piores coisas sobre essa fantástica peça de roupa que é o roupão! Levei algum tempo, mas acontece que me apercebi de um pormenor muito interessante (ou não!). A forma mais credível que nós temos de nos vestirmos como um super-herói, tirando o Carnaval, é andar de roupão. Haverá indumentária mais análoga ao traje de um vigilante ou super-herói do que um roupão? É como se andássemos de capa! Depois é verem-me a saltar de prédio para prédio, ou montado numa bicicleta com a capa, desculpem, o roupão, a debater-se contra o vento da noite… o mundo é a minha ostra… brutal!

domingo, 5 de março de 2006

Meet me at the Oscars

Aqui há dias tive uma conversa interessante e lembrei-me de a transpor para aqui. Ok, foi mais um monólogo do que um diálogo, mas tinha todos os contornos de uma conversa. Explicava eu porque é que gosto tanto de ver os Oscars e nunca perdi uma transmissão desde que era bem puto. Não vejo por causa dos filmes, nem tão pouco por causa dos prémios, vejo sim porque acho que é uma experiência interessante e única. Assisto a cinema europeu, mas é óbvio que sempre fui inundado de cinema americano desde tenra idade, e música também, embora oiça tanto americana como inglesa (ou outra que seja), e nos Oscars até se nota uma estreita ligação entre ambos os mundos (não gosto de ver os Grammys, os MTV Music, Video ou Movie Awards Awards, ou os Emmy, só mesmo os Oscars… e os Golden Globes quando calha!). Um pouco como toda a gente, sempre fantasiei com os actores, as actrizes, os realizadores e o mundo do cinema em geral, e para mim o ponto alto revela-se naquelas quatro horas de emissão live, num domingo para 2ª feira, em que tudo pode acontecer. Passo a explicar: desde a famosa caça às bruxas, que o mundo do cinema nos EUA está dividido, mas nada disto se nota nas entrevistas, nas tournées, nas premieres, nas apresentações, ou nas conferências de imprensa, trata-se de um submundo bastante unido e coeso. Quedam estas alturas muito pontuais, em que se notam as divergências e as rachas no verniz. Começando pelos apresentadores, notamos que tem havido uma grande evolução e progresso mental, pois os americanos são um povo muito preconceituoso e hipócrita, mas revelam tudo o que têm de pior e melhor só em determinadas situações, como é o caso dos Oscars, senão vejamos:
Billy Cristal (standup comedian, actor) – ok, tem piada, mas é demasiado mainstream;
Steve Martin (standup comedian, actor) – esteve bem, mas na mesma linha do Billy Cristal;
Woopy Goldberg (standup comedian, actriz) – tem a sua graça, mas é muito politicamente correcta;
David Letterman (apresentador de talkshows), muito ao seu estilo, já foi uma mudança… pelo menos diferente do normal;
Chris Rock (standup comedian, actor) – grande mudança por um lado, mas sendo ele preto e tendo sido entregues 3 prémios a actores pretos no ano anterior (coisa inédita!), até se percebe; humor acido e intervencionista, brilhante;
Jon Stewart (apresentador do “Daily Show”) – mas que grande revolução, estaremos cá para ver!Aqui há uns bons anos, deram um prémio de carreira ao realizador Elia Kazan, conhecido por ter sido um bufo na altura da caça às bruxas, e o que aconteceu quando ele subiu ao palco é que foi aplaudido por muitos e vaiado por alguns, e essa foi a situação que mais me marcou até ao discurso de agradecimento do Michael Moore aqui há 2 ou 3 anos. E tendo em conta o país em que se encontram, o tipo de espectáculo que é, os motivos que o sustentam, e sendo a Academia retrógrada como sempre se tem mostrado, estas pequenas mas cada vez menos pontuais situações, mostram um pouco o carácter daqueles com quem fantasiamos e julgamos serem de uma determinada forma e afinal são de outra, ou até são mesmo como achávamos. Seja como for, é uma verdadeira experiência sociológica, digna de se ficar acordado até mais tarde para se poder assistir em directo. Sim, porque o que eles dão no outro dia é uma tanga cheia de comentários manhosos e censurado até mais não… vejam este ano que vai ser bombástico, pelo apresentador e porque ficaram de fora das categorias principais os blockbusters e as grandes produções. Este ano os Oscars vão ser um evento um pouco mais dedicado à cinefilia na sua vertente mais artística!

sexta-feira, 3 de março de 2006

A Guerra não é justa!

A guerra é uma coisa muito estúpida. Porque é que um país como os EUA manda aviões com bombas e mísseis tácticos, para logo de seguida serem enviados aviões com ajuda humanitária!? Primeiro vão as bombas e os rockets e depois o arroz e o feijão. Como se não fosse suficiente um tipo ficar sem uma parte da casa por causa de um bomba que explodiu no quintal, e depois ainda se arrisca a ficar sem telhado porque lhe pode muito bem cair um caixote de comida em cima. E como se não bastasse tudo isto, um ano ou dois mais tarde é só McDonalds e Burger King’s por toda a parte… a guerra não é justa, não é não!

quinta-feira, 2 de março de 2006

Dica culinária: batatas e maçãs

Esta descobri eu sozinho: batatas fritas (preferencialmente aos palitos, feitas em casa, claro!) e maçã crua (verde) ou pêro cru (amarelo). Se quiserem juntar maionese, para molhar as batatas, força, é belíssimo!