segunda-feira, 31 de julho de 2006

Adizeres alentejanos, parte IV

É em tempos de crise, como o que vivemos nos dias que correm, que a expressão idiomática “vou pôri ali dinhêro no mê migalhêro” mais se ouve, fazendo todo o sentido. Os bancos e as seguradoras são o que são – não vou manchar a reputação deste blog proferindo nomes feios e desagradáveis – e com esta história de Afinsas e Fóruns Filatélicos, já nem em selos se pode confiar. O que está a dar outra vez é trabalhar que nem um mouro, em condições manhosas, de sol a sol, e guardar o guito debaixo do colchão, quando ele existe… o dinheiro! A Segurança Social está falida, as fábricas fecham para férias e não abrem mais, o Estado não absorve mais gente – pelo menos quem não seja filho, afilhado ou sobrinho de “alguém”, as empresas multinacionais mudam-se para os países de leste, já nem os brasileiros, ucranianos, moldavos e afins, querem ficar por cá! Isto está completa e decididamente entregue à bicheza – que somos nós, os bons dos tugas!

sábado, 29 de julho de 2006

Adizeres alentejanos, parte III

O grande poder de uma expressão como “mal amanhado” só pode ser comparado com a manifesta grandeza da vontade de a utilizar, e as situações para tal sucedem-se em catadupa: num restaurante, quando nos chega um prato estranho, de sabores e texturas duvidosas; depois de ir buscar o carro à revisão e aquele ruído esquisito ainda se ouve; aquele dia em que nos levantamos, tomamos banho, penteamo-nos e mesmo assim não conseguimos domar os jeitos do cabelo; uma refeição de fast-food que nada tem a ver com a imagem fantástica que aparece na fotografia do menu que está por cima do balcão; aquele encontro às cegas que aceitámos fazer, para que o nosso melhor amigo não ficasse sozinho com uma rapariga que acabou de conhecer, e ela traz uma prima assim a atirar para o excêntrico; ou no casamento em que se juntaram amigos que não se viam há séculos e têm de aturar aquela musiquita pimba o dia todo; há “N” situações nas quais a expressão “esta morraça tá muito mal amanhada” se aplica, e sabe sempre bem utilizá-la com um tom sarcástico tão apropriado quanto possível.

quinta-feira, 27 de julho de 2006

Adizeres alentejanos, parte II

Uma das expressões alentejanas mais fantásticas, altamente pictórica e carregada de simbolismo, inúmeras vezes utilizada nas mais incríveis frases e contextos, é a mítica “carga de fezes”. De certo já todos ouviram esta manifestação de descontentamento, desprazer ou desagrado, por parte de pessoas mais velhas, legítimos detentores da cultura na verdadeira acepção do termo, ou por alguém proveniente de um ambiente mais rural, mas de certa forma todo o Alentejo, baixo, alto, litoral ou interior, acaba por ser vincada e genuinamente rural, e expressões como esta há-as à farta! É a loucura atrás das bancadas... lol
Os posts sobre adizeres alentejanos vão-se sucedendo, mas se souberem mais algum, pertinente e interessante que seja, força aí, cheguem-lhe bagage!

terça-feira, 25 de julho de 2006

Adizeres alentejanos, parte I

Qualquer alentejano que se preze conhece e dá uso a um dos mais interessantes adizeres que a cultura alentejana já produziu. Mas antes disso, começo por definir o conceito de “adizere”: expressão que se verbaliza num estabelecido momento, para produzir um determinado efeito. E agora o adizere propriamente dito (perdoem-me a redundância): “mais vale fazer mal do que sobrar”! Será que isto significa que os alentejanos são somíticos, mãos de vaca, não deixando sobrar seja o que for? Será uma forma de fomentar a gula e a perversão? Ou antes uma postura para delimitar e reduzir todo e qualquer excesso? Parece-me, sinceramente, ser um costume parecido com tantos outros, como arrotar depois de uma boa refeição, ou ter de deixar os sapatos à porta e andar descalço pela casa fora, próprio de uma cultura forte e milenar – pelo menos já vem desde o milénio passado! Acho, francamente, que é uma forma disciplinadora e de mentalização para contrariar outra grande máxima: “tens mais olhos que barriga”; e mais uma forma de usar uma outra expressão: “ajoelhou, vai ter que rezar”. Ou seja, foste um autêntico brutana a encher o prato de cagulo, agora ficas-te com essa e comes tudo que nem um bácoro.

sábado, 22 de julho de 2006

Dúvidas existenciais, parte II

Digam-me sinceramente e sem delicadezas, qual é a diferença entre chinelos, socas e xanatos? E já que estamos neste assunto, qual é também a diferença entre ténis e sapatilhas? Porque eu preciso mesmo de ser esclarecido quanto a estes factos, pois estou farto de entrar em conversas com mulheres sobre estes assuntos e sair constantemente derrotado por falta de fundamento na minha argumentação… invento, pois claro! E agora que sei a diferença entre uma saia normal, uma de folhos e uma rodada, mas atenção, que só utilizo este conhecimento para impressionar certas mulheres, não me julguem assim do pé prá’mão, ok? – é impressionante como os Morangos Com Açúcar e a Floribella, por muito pouco relevante que sejam no nosso dia-a-dia, acabam por se introduzir maliciosa e perniciosamente nas nossas mais profícuas conversas e discussões. Agradecia imenso tornar-me detentor de mais esta informação, de duvidosa relevância, é certo, mas sem dúvida de extrema eficácia. Enlighten me please!

quinta-feira, 20 de julho de 2006

Barb Wire vs Show Grils

Estive a ver uns pedaços do filme “Barb Wire” e discordo francamente que o filme Show Girls seja considerado o pior de sempre. Talvez seja mais caso de empate técnico do que um primeiro e segundo lugares claríssimos. De qualquer forma, o que mais me surpreendeu – as mamas da Pamela Anderson não foi de certeza, pois já há muitos anos que estão expostas em todo lado para qualquer um ver – foi o facto de quererem fazer parecer credível que a super-heroína se dispa num bar cheio de homens sem que isso prejudique ou manche a sua íntegra imagem de justa protectora dos fracos e oprimidos… isto não vos diz nada!? Ok, imaginem que o Super-homem fazia shows de strip masculino à noite, continuando a salvar donzelas em perigo durante o dia… é caso para dizer very impressing!

quarta-feira, 19 de julho de 2006

Momento National Geographic

Aqui há dias vivi o meu momento National Geographic! Ia muito bem a conduzir numa estrada quando um falcão – ou águia, aconteceu tudo tão rápido que não deu para perceber – fez um mergulho espectacular mesmo à minha frente, aí a uns bons 15 metros, ou pouco mais que isso, para apanhar um rato na estrada – também podia ser um são bernardo ou até mesmo uma vaca, lá está, foi tudo muito rápido. Foi fantástico, extremamente real… só não me encontrava escondido atrás de um arbusto a falar baixinho para uma câmara de vídeo, mas de resto foi tal e qual como nos documentários que vemos na tv. E por falar nisso, também me fez lembrar aquele sheriff dos documentários sensacionalistas americanos, ricos em cenas de perseguições policiais e repletos de desastres em directo, que utilizava uma determinada frase, sempre num tom monocórdico e enfadonho, quase até à exaustão, mas por excesso (quero com isto dizer, e matematicamente falando, que o Sheriff “x” se aproximava tangencialmente do ponto “N”, definido como exaustão, mas mantendo-se para lá do valor de “No”, sendo “x > No” e ”x <=> +∞”): “just when you thought… it was safe… do drive on the highway!”… ganda totó!

terça-feira, 18 de julho de 2006

Insectos, nomes feios e muita gritaria

Ainda as moscas...
De certo que todos concordam com o facto de não haver nada mais irritante do que a presença de moscas durante a degustação de uma deliciosa refeição, mas ainda que não sejam muitas, ou até se consigam tolerar (até certo ponto), nunca damos connosco, ou alguém no seu perfeito juízo, a gritar em plenos pulmões qualquer coisa do género “estas moscas irritam-me só um bocadinho!!!”… não faria grande sentido, certo? Nestes momentos, ou bem que se gritam as piores asneiras e os nomes mais feios, como se não houvesse amanhã e independentemente de quem está a assistir, ou então ficamos calados à espera que alguém o faça por nós, o que será certamente uma questão de tempo. E se ninguém o fizer, e tão pouco vocês mostrarem ter a coragem necessária, não cedendo à tentação de o fazer, o mais certo é chegar a hora de deitar e terem de aturar as cabras das melgas e os mal amanhados dos mosquitos. Serenidade agora? ...insanidade mais tarde! Certos gritos são para se soltar no momento certo!

segunda-feira, 17 de julho de 2006

Dúvidas existenciais, parte I

De certo que já alguém teve esta dúvida, mas nunca teve a audácia ou temeridade para a colocar a quem pudesse de facto responder, ou até a qualquer pessoa que fosse. E a questão é: “de que é feito o cocó das moscas”? Pensem comigo, se elas se dedicam a comer merda, o que sairá depois de feita a digestão dessa matéria? Será que aqui as leis da matemática também se aplicam? Menos por menos dará mais!? Fica a questão no ar para que alguma sumidade na matéria nos faça o obséquio de responder.

I wish...

Novo álbum de Ben Harper, novas músicas, os sentimentos de sempre... dedico esta música a ti!



Now you can sell your soul
But you can't buy it back
I've spent my whole life
Working to give you everything you lack

And now I wish you were here
So we could walk and talk in the soft rain
Now all that's left of us
Is a picture sitting in a frame

I would gladly trade
All of my sympathy for sorrow
If I could have you here with me tomorrow

I wish you were here
So we could walk and talk in the soft rain
Now all that's left of us
Is a picture sitting in a frame

Everything I wish for
Is everything I see
I remember when your kisses were for me

So many wasted days
The past is so hard to get out from under
So many words that I wish I could say
The future rattles my bones weak like thunder

I wish you were here
So we could walk and talk in the soft rain
Now all that's left of us
Is a picture sitting in a frame

domingo, 16 de julho de 2006

Mulheres vs Moscas

Noutro dia ouvi alguém proferir a seguinte frase com convicção e não estava propriamente no gozo:
“gostava de ter com as mulheres o mesmo efeito que tenho com as moscas”
…ok! lol

sábado, 15 de julho de 2006

Chuveiro manhoso

Nunca, eu repito, nunca se agachem na banheira – esqueçam a cena do sabonete – para desligar a água na(s) torneira(s) com o chuveiro pendurado no suporte superior… quanto mais pesado ele for, mais vos dói quando cair em cima da vossa patética cabeça, que tristemente não vos soube proteger e antecipar a reacção face a uma, já de si, pobre e infeliz acção.

sexta-feira, 14 de julho de 2006

Ainda o futebol: o entusiasmo dos adeptos II

Não vos irritam aqueles mongos que seguram os cachecóis ou as bandeiras ao contrário, orgulhosa e fervorosamente, ficando do avesso para quem olha de frente para eles, por exemplo pela tv, não se conseguindo ler o que está escrito ou de que país é? Depois temos de tentar decifrar a bandeira pelas cores, e mesmo assim é complicado porque há muitas parecidas, e do avesso fica sempre a dúvida… mas será mesmo tonizíce ou já são jolas a mais no bucho? Fica a questão...

quinta-feira, 13 de julho de 2006

Ainda o futebol: o entusiasmo dos adeptos I

No dia em que ganhámos à Holanda – ganhámos não!, ganhou a selecção, porque eu estava sentado num sofá e não fiz mais do que beber jolas e comer aperitivos até ficar mal disposto – fui ao Marquês de Pombal, que é da praxe para quem está em Lisboa, para espreitar e sentir a emoção em grupo com os meus semelhantes – quer-se dizer, semelhantes nem tanto, pois aquilo era praticamente só tonis, cromos e desgraçados – e antes que perguntem, não, não vi o tal gajo a baldar-se da estátua, mas o que mais achei piada foi a resposta de um adepto português, em directo na TSF, a uma pergunta do repórter de serviço: “intenso pá!? então não foi, pá!? Epá, no fim até vomitei!!” …o quê!???, não tem piada!?!? Façam-me o favor de repetir a frase do tal adepto, com a força de vontade e a motivação de quem acabou de acompanhar um jogo de nervos em que saímos vencedores, ou como se morassem com a vossa sogra há 6 anos e finalmente ela se decidisse mudar para a casa da outra filha… ah!, já perceberam!? Ah poi’sé!

terça-feira, 11 de julho de 2006

Ainda o futebol: os patrocinadores

Se a Coca-Cola e o McDnonalds dizem que estão com Portugal e apoiam a Selecção Portuguesa, então o que dirão nos outros países? E se dizem o mesmo aos outros, não será isso um conflito de interesses? Até admito que haja patrocinadores gerais numa prova como o Mundial de Futebol, e até patrocinadores das várias selecções, mas pois que apenas patrocinem uma à vez, que isto assim é uma rebaldaria e uma verdadeira hipocrisia. Orientem-se…
Ah!, e por falar em patrocinadores (e guito), espero bem que o Ministro das Finanças indefira o pedido da Federação Portuguesa de Futebol de isenção de IRS para os prémios dos jogadores da selecção. Até metem nojo! Como se o que ganham nos clubes não chegasse, ainda querem mais e limpinho de impostos, dasse!? Assim deixo de os apoiar… vá lá darem-no a instituições importantes para a sociedade e já era bom. Cambada de chupistas!

segunda-feira, 10 de julho de 2006

O dilema do cheque-oferta

Acho piada à ideia do cheque-oferta como conceito, mas parece-me ridículo quando usado na prática como prenda de aniversário. Por um lado é uma forma fácil e interessante de se agraciar alguém que gostamos com uma oferenda, sem arriscar comprar alguma coisa que possa não ser do gosto dessa pessoa, ficando mal na figura depois de assistirmos aquele típico sorriso amarelo que todos nós fazíamos quando recebíamos meias das nossas tias pelo Natal. Por outro lado, há quem utilize isto como forma de mostrar o “quão importante” a pessoa que recebe o cheque-oferta é para si, e talvez como forma de elevar a fasquia para quando for essa pessoa a oferecer alguma coisa pelo seu aniversário, assim do género: o ano passado dei-te um cd da Ágata que vinha na revista Focinhos e tu deste-me um kit foleiro de coisas para o banho; este ano dou-te um cheque-oferta de 10€ da loja do Euro e Meio (antiga loja dos 300’s) para ver se tu depois me retribuis com qualquer coisa de jeito, pelo menos no mesmo valor. Vendo bem as coisas, esta história do cheque-oferta é um perigo e um verdadeiro atentado ao bom senso!

domingo, 9 de julho de 2006

Bolas, Bolas, Bolas!!!

Quando vejo futebol, principalmente em jogos tipo Portugal x França, fico completamente alterado, torno-me num verdadeiro animal. Só tenho vontade de grunhir e imolar pessoas, casas e carros… nesses momentos, se apanhasse um caniche a jeito era uma festa! Mas passados 20 minutos sou eu outra vez, de volta à minha normal insanidade.

sexta-feira, 7 de julho de 2006

Me liga, vai…

Não sei se já repararam no novo anúncio televisivo da Netcabo, sobre a aplicação de voip que permite fazer chamadas de voz pela internet para telefones de forma gratuita – isto não serve de publicidade gratuita, mas sim como forma de promover este tipo de comunicação… À BORLA!! – com três meninas muito joviais e animadas com esse facto, mas soa um pedacinho a putaria, não!? Reparem e depois digam o que acharam.

quinta-feira, 6 de julho de 2006

O que tu queres sei eu...

Coisas a comprar num futuro próximo:
- bola de espelhos, para fazer festas em minha casa
- óculos iguais aos da Amália, para ir às festas em casa dos outros
- comida de gato, para poder fazer festas aos meus gatos

quarta-feira, 5 de julho de 2006

Beto Cavaleiro vs Dread Careca

Numa arena, numa suposta briga, quem ganharia? Um beto cavaleiro ou um dread careca? Passo a explicar…
Sempre tive vontade de deixar crescer o cabelo, tendo muitas vezes revelado isso em conversa e até chegado a formular como desejo numa resolução de ano novo, mas sempre sem sucesso. Eu era daqueles tipos que tinha um cabelão do demo, forte e grosso, e de cada vez que o deixasse crescer e fluir, seguindo o seu curso natural, acabava por me deparar com aquela fase típica dos jeitos à volta das orelhas, aquela que eu chamo de fase “beto cavaleiro”. Nunca fui propriamente gozado, e também tal não me importunaria, mas o que realmente me incomodava era a merda dos jeitos no cabelo e o mau aspecto com que ficava. Sentia que só faria sentido se me tornasse pegador de touros (“6, touros, 6”) e começasse a frequentar “certos” ambientes de modo a não me sentir deslocado, e tal não fazia parte dos meus objectivos, fosse qual fosse o prazo. Com o passar dos anos acabei por vir a enfrentar uma fase ainda mais chata e complicada, à qual dei o nome de PDC, a “puta da calvíce”. Tanto o quis deixar crescer que acabou por me cair, e por mais termos técnicos que metessem ao barulho – alopécia androgenética – acaba por dar o mesmo resultado... Mas se é que isto serve de alguma coisa, pois que a mim serviu, não deixem de cumprir as vossas metas e objectivos. Façam o que vos der na real gana, metam as coisas na cabeça e realizem-nas!!
“ATÉ QUE IDADE PENSAS EM DIVERTIR-TE!?!?”
…em relação ao título, perdoem-me estas insanidades, acho que tenho visto demasiados episódios dos “Morangos Com Açúcar”!

terça-feira, 4 de julho de 2006

O dilema das toalhas turcas

Depois de sair do banho, limparmo-nos a toalhas turcas novas. Uma valente porcaria! Não será possível – ao contrário do que acontece com as bananas, que passam de verdes a moles em nanossegundos, e temos de permanecer vigilantes para não perder o momento único de as comer em condições – comprar toalhas turcas para o banho que já tenham sido “usadas”? Claro que não me refiro ao uso por parte de outras pessoas, ou outros corpos, é mais uma alusão ao processo aplicado às calças de ganga quando já se compram rotas e gastas. As toalhas turcas, quando novas, pura e simplesmente NÃO LIMPAM!!, não cumprem a função para a qual foram concebidas. Mas não se trata de um embuste, ou intrujice, e também acontece com as que não são compradas em lojas de chineses ou aos indianos que as negoceiam na rua, acontece a todas, mesmo às mais felpudas e macias. É um bocado como os guardanapos de esplanada, os que se apresentam naquelas caixas da sumol ou 7up, não limpam puto, só espalham!

domingo, 2 de julho de 2006

És tu o Jeremias!

Hoje foi a 6ª vez que vi o Jorge Palma ao vivo, e pela 5ª vez decidi sair antes de terminar o espectáculo… e perguntam vocês o que é que aconteceu naquela vez em que não saí? Pois bem, estava tão ou mais alcoolizado do que ele e não sei se foi por estar na mesma onda, ou por não ter prestado grande atenção, mas o que é certo é que permaneci no recinto durante todo o tempo do concerto, e por muito que me custe até podia ter sido o Zé Mendes e as suas meninas que iria dar ao mesmo. Como é que um tipo como o Jorge Palma, brilhante compositor e pianista genial, é tão bom em estúdio e só faz merda ao vivo? Não sabe as letras, falha teclas, derruba coisa, cai… ok, era uma pergunta retórica e não carece de resposta. O Jim Morrison e a Janis Joplin estão no meu top dos melhores músicos de sempre mas nunca tive hipóteses de os ver ao vivo, e o Jorge Palma sim! Entre bipolares, que passam o tempo no fio da navalha entre a excentricidade e a depressão, e gajos que se desgraçam com drogas (álcool incluído), há uma série de concertos que nos ficam vedados, no que há qualidade diz respeito, e é uma pena! Não há quem goste mais de Jorge Palma do que eu, tenho toda a discografia, livros de poema e songbook (se é que isto é indicador fidedigno), mas não consigo vê-lo ao vivo. Chega a ser ridículo, aquele colosso em cima do palco podre de bêbado, num momento frágil e efémero, com a malta toda cá em baixo a entreter-se e a soltar grotescas gargalhadas. É nesta altura que não aguento mais e tenho de me vir embora… seja como for Jorge, “a gente vai continuar”. És grande! Tu tás lá!!
Deixo-vos com “Valsa de Um Homem Carente” na MusicBox.

sábado, 1 de julho de 2006

Who's the man!?!?!?


YOU'RE THE MAN!!! YOU'RE THE MAN!!!

Para a frente é que é caminho

Mesmo enfrentando contrariedades e dificuldades, há que manter um espírito aberto e positivo…
- “ainda bem que não tenho casa, senão perdia-a por causa dos sucessivos aumentos das taxas de juro”
- “ainda bem que não tenho carro, senão tinha de o deixar parado por causa dos preços escandalosos dos combustíveis, seguros, portagens, etc.”
- “ainda bem que não tenho emprego, senão despediam-me e acabava a passar fome”
- “ainda bem que trabalho 12 horas por dia, apenas com uma pausa para wc e 20 minutos para emborcar uma sandocha e um pacotinho de leite, senão tinha de gramar com as novelas desde as 18h até às 23h”
- “ainda bem que não tenho ar condicionado, televisão ou telefone fixo em casa, senão tinha de ter também electricidade, gás, água, e esgotos… e não há dinheiro para mais do que a conta fixa de medicamentos que tenho na farmácia e para as visitas ó xô’tôr!”
- “ainda bem que não votei, senão tinha de me manifestar na rua com os demais, sem que isso trouxesse algo de bom e apenas mais chatices no meu trabalho”
- “ainda bem que não tenho cabeça, senão apercebia-me do que estão a tentar fazer connosco”
Se queres receber uma mensagem positiva em forma de sms, marca já “808 eu sou um toni” no teclado do teu telemóvel, marca “808 eu sou um toni” no teu telemóvel… liga já, vá!

relembro: http://ctanganho.blogspot.com/2006/05/clube-estpido.html