O blog que vai bem com meia dose de migas de espargos, uma caneca de Mokambo e um rebuçadinho de mentol.
sábado, 9 de dezembro de 2006
“Here, there and everywhere…”
Depois de tantas tentativas, eis-me a morar sozinho. E não é que é exactamente como o poeta dizia!? Primeiro estranha-se, depois entranha-se! Não vou ligar muito à sensação inicial, vai ser bom e já fazia falta, e o engraçado é de facto a mudança, é o que mete pica: os amigos a ajudar; a indescritível quantidade de tralha; a ligeira mas agradável confusão; descobrir como entreter a mãe para que não dê conta que agora é que é de vez, e ajustar o cronograma ardilosamente para que os dois não se encontrem, os pais, porque isto agora é território neutro, finalmente; as sete viagens da Jacky atulhada até ao tejadilho, inclusive no banco da frente, sem espaço para conseguir meter a quinta; o furgão do pai de um amigo; a montagem dos móveis do Ikea – até me saiu um brinde, desorganizados dum cabro grande! – a insanidade típica das mães, que fazem questão de lavar a roupa toda e também a loiça nova a estrear; as primeiras jolas na casa nova com os amigos; a perspectiva de muitas noitadas e jantaradas; a vizinhança a mandar vir por estarmos a montar móveis às duas da manhã; entre tantas outras coisas caracteristicamente interessantes… e é tão bom poder deixar o tampo da sanita sempre levantado! E as putas das torneiras do gás que para estarem abertas têm de ficar na perpendicular uma em relação à outra!? Meia hora gasta a entrar e sair de casa, descendo e subindo as escadas do r/c para a rua (ainda são dois lances), em pijama, para tentar perceber porque é que o gás não chegava ao esquentador, e finalmente acabar por pedir à vizinha da frente para ir espreitar as suas torneiras e ver em que posição estavam. Que cena manhosa! Mas é bom, é uma sensação de conforto e liberdade ao mesmo tempo, vale bem a pena! Assim como o Air Force One está para o presidente dos EUA, e a Jacky está para mim (qualquer veículo meu é uma Jacky), assim estão também os meandros por onde me movimento e os tugúrios onde habito. Hoje os Álamos, amanhã o mundo… a Courela do Tanganho é e será sempre onde eu estiver, and the blog lives on!!
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