domingo, 17 de dezembro de 2006
O Senhor do Comando
Os filmes da saga O Senhor Dos Anéis irritam-me! São chatos e compridos, assim na linha dos filmes do Manoel d’Oliveira, a música não ajuda a torná-los mais suportáveis, antes pelo contrário, a história é uma cagada de primeira, tudo muito sofrido e todos desgraçadinhos – nada que se compare à teatralidade dos textos de Shakespeare – e cada um deles ocupa uma tarde inteira. Parece-me ser uma má desculpa para ficar em casa. E a questão é: se já estão disponíveis em dvd, porque é que ainda os dão na televisão? É uma forma subtil de fazer tortura? Não bastaram já aqueles anos seguidos de Big Show Sic? Se estivesse a dar qualquer outro filme também não ficaria a assistir, mas estes têm uma forma peculiar e muito própria de azedar uma tarde de Inverno em que até sabe bem ficar em casa a abobrar sentado no soufá, como só uma peça do Lá Féria faria (e que bonito final de frase!). Passados sete minutos de filme, clico no botão verde do comando e vou tocar piano.
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4 comentários:
Sem dúvida que me divirto a ler pensamentos destes, principalmente quando são infundados.
J.R.R.Tolkien foi um senhor que se distinguiu literáriamente com um novo e fabuloso espírito de escrita que moldou uma época e diversas gerações.
Vejam o filme os preguiçosos que não gostam de ler livros, mas de certo não se deverá criticar um filme extraordinariamente real e em concordância com a obra original que de certo produz em imagens e sons a imaginação de muitos seguidores do seu Universo.
Escuso de informar que J.R.R.Tolkien Antropólogo e Historiador foi professor Universitário numa das mais distintas Universidades britânicas e que no seguimento da construção desta obra prima construiu de base linguas e alfabetos que hoje ainda servem o imaginário dos roleplayers e afficionados da fantasia.
Perco-me assim numa critica a este insensato mas honesto desvairo que li e com o qual não concordo, convidando desde já o Autor do blog a ler sequencialmente os Livros do Tolkien, O Hobbit, O Senhor dos Aneis (a triologia), O Silmarilion, As Aventuras de Tom Bombadil, e os Contos Inacabados de Numenor.
Ou será que quem critica prefere a obra de Frank Herbert disposta apenas num filme 'Dune' de David Linch ao qual os cineastas nem sequer se obrigaram a realizar a triologia fantástica e completa como o autor a criou ?
JT:
acho fantástico o trabalho de uma vida que o Tolkien teve coragem de realizar, mas sinceramente não é coisa que me fascine, o conteúdo, não o resultado. Há coisas que me dizem serem fantásticas e não consigo mesmo ler: Tolkien, Marion Zimmer Bradley e Paulo Coelho. No entanto sou um entusiasta de trabalhos "semelhantes", como por exemplo o Star Wars ou o projecto Matrix, refiro-me, claro está, ao trabalho por trás e à volta dos filmes. Tanto o George Lucas como os irmãos Waitchowski fizeram de tudo um pouco para montar todo um mundo de fantasia que envolve os filmes.
Na música também há mundos que me fascinam, refiro apenas os Pink Floyd, os Queen e os Radiohead como exemplos.
Na literatura há muito mais exemplos de mundos de fantasia, obras fantásticas e verdadeiros empreendimentos de uma vida, mas prefiro coisas menos esotéricas quando leio. Ou bem que é real (ensaios filosóficos, por exemplo) ou surreal (Kafka, etc.), o meio termo (fantasia) não me agrada.
Caro Gandim
Não pretendo com este comentário elaborar qualquer esquema de braço-de-ferro, mas sem o meio termo 'fantasia' como conseguimos nós, humanos e acima de mais portugueses avançar no dia a dia, se não tivermos a imaginação como aliada ?
Um abraço
JT, a.k.a. João Teixeira
P.S.1: Manda-me fotografias da nova casa
P.S.2.: A bicicleta que explodiu continua sem pneus ? ;)
eu sabia que o JT se revelaria com este comentário... e ainda por cima és tu, meu macaco! :))
Acho que tens razão na questão da imaginação, mas a respeito do mundo fabulástico de O Senhor dos Anéis (e outros), é mesmo uma questão de gosto. Não sou pessoa para fazer pouco e muito de qualquer coisa pessoalmente, mas na escrita fico possuído e dá-me para isto, eheh
Fotos da casa nova serão enviadas brevemente.
Um grande abraço JT e um excelente Natal para essa zona geográfica do país, mais concretamente para essa parte da família, a nuclear (tua) e a alargada (nossa).
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