Nestas alturas gosto sempre de publicar um post que apele ao voto tendo por base aquele que é o nosso direito e dever cívico número 1, mas desta vez apelo à consciência de cada eleitor. De facto, votar é das armas mais importantes que temos à nossa disposição para construirmos o nosso futuro como comunidade, região e país, mas é por demais evidente que esta campanha eleitoral foi um fracasso decepcionante. Ao contrário do que nos foi sendo bombardeado desde o início da campanha até ao dia de 6ª feira, não votamos para escolher um governo ou um primeiro-ministro, fazemo-lo para escolher os nossos representantes para a Assembleia da República por círculos eleitorais. Só depois de expressa a intenção de voto de todos os portugueses, ou infelizmente dos portugueses que se dignam a ir votar, é que o Presidente da República chama o(s) vencedor(es), não necessariamente o(s) partido(s) mais votado(s), para formar governo.
É muito importante que se tenha isto em conta porque só assim o nosso voto pode ser útil.
Temos três hipóteses de voto nestas eleições legislativas:
- apostar no voto útil tendo em conta o representante a eleger para a A.R., não necessariamente da cor política que mais nos agradaria à partida (ex.: em Évora só tem hipóteses de ser eleito alguém da CDU, do PS ou do PSD, qualquer outra escolha acabará por favorecer o PS ou o PSD)
- votar como forma de protesto em relação às políticas do(s) último(s) governo(s) (ex.: votar noutro qualquer partido ou movimento que não no PS, PSD ou CDS que têm estado no governo de forma quase alternada)
- votar como forma de contestar a maneira como o sistema político se encontra desajustado dos reais interesses dos cidadãos (ex.: voto em branco ou voto nulo)
Seja qual for a vossa intenção de voto, vão votar porque só assim se faz ou desfaz alguma coisa. Não indo votar por desinteresse é pura estupidez! Se há desinteresse ou descontentamento, deve ser mostrado da melhor forma... votando e em consciência.
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