terça-feira, 23 de agosto de 2011

Blog, Tumblr e Triplicidades

A minha nova pancada... (e este sem ciúmes absolutamente nenhuns)

O Blog ficará para textos originais e o Tumblr para frases, imagens e vídeos.

Ei-lo: http://triplicidades.tumblr.com/

sábado, 13 de agosto de 2011

Ricos, pobres e os desgraçados do meio-termo

Diálogo entre Colbert e Mazarino, durante o reinado de Louis XIV em 1661
(tremendamente actual...)

Colbert foi ministro de Estado e da economia do rei Louis XIV.
Mazarino era cardeal e estadista italiano que serviu como primeiro ministro na França. Notável coleccionador de arte e joias, particularmente diamantes, deixou por herança os "diamantes Mazarino" para Louis XIV em 1661, alguns dos quais permanecem na coleção do museu do Louvre em Paris.

O diálogo: 

Colbert:
Para encontrar dinheiro, há um momento em que enganar (o contribuinte) já não é possível.
Eu gostaria, Senhor Superintendente, que me explicasse como é que é possível continuar a gastar quando já se está endividado até ao pescoço...

Mazarino:
Se se é um simples mortal, claro está, quando se está coberto de dívidas, vai-se parar à prisão.
Mas o Estado... o Estado, esse, é diferente!!! Não se pode mandar o Estado para a prisão. Então, ele continua a endividar-se... Todos os Estados o fazem!

Colbert:
Ah sim? O Senhor acha isso mesmo ? Contudo, precisamos de dinheiro.
E como é que havemos de o obter se já criamos todos os impostos imagináveis?

Mazarino:
Criam-se outros.

Colbert:
Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.

Mazarino:
Sim, é impossível.

Colbert:
E então os ricos?

Mazarino:
Sobre os ricos também não. Eles deixariam de gastar. Um rico que gasta faz viver centenas de pobres.

Colbert:
Então como havemos de fazer?

Mazarino:
Colbert! Tu pensas como um queijo, como um penico de um doente! Há uma quantidade enorme de gente situada entre os ricos e os pobres: São os que trabalham sonhando em vir a enriquecer e temendo ficarem pobres. É a esses que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais! Esses, quanto mais lhes tirarmos mais eles trabalharão para compensarem o que lhes tiramos. É um reservatório inesgotável.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Bom cinema, mau e assim-assim

Recentemente vi os seguintes filmes...

The Adjustment Bureau (2011) *****
O que dizer deste filme... ora... a Emily Blunt leva cinco estrelas, o filme leva duas!!
"mistura entre Matrix e Inception, um verdadeiro fenómeno..." Muita expectativa e dá nisto!
A ideia de base do argumento está muito interessante mas tornou-se numa historiazeca de amor sem grande interesse (e eu até gosto bastante de comédias/dramas românticos!). Promete de início, onde o Matt Damon repete, para pior, o tipo de papel da trilogia Bourne mas chega-se ao fim com vontade de atirar o comando à parede (tal como me senti quando vi o "War Of The Worlds" na versão do Spielberg)
 
X-Men: First Class (2011) *****
Para quem gosta deste género - tipo adora-se ou se detesta - vai ficar positivamente surpreendido. Estava à espera de qualquer coisa mázinha, bem filmada e com bons efeitos mas é uma filmaça boa de ver. Os actores menos conhecidos que nas sequelas estão muito bem, principalmente James McAvoy e Michael Fassbender, ambos com uma entrega e intensidade digna de nota. Adorei o filme!

Law Abiding Citizen (2009) *****
Este filme é um pau de dois bicos... a história está genial, o argumento está fantástico, muito bem filmado, a fotografia e banda sonora sem nada a apontar mas no final estragam tudo porque se fica a torcer pela personagem interpretada por Gerard Butler e... ok!
Jamie Foxx já começa a parecer o Joaquim de Almeida a fazer de 'Joaquim de Almeida a fazer de qualquer coisa'.

The International (2009) *****
Este filme é um colosso! Argumento simples, intrincado e eficaz, a interpretação de Clive Owen é soberba como é costume, a Naomi Watts e o Armin Mueller-Stahl estão fantásticos, a história aplica-se na perfeição aos dias de hoje e deixa-nos a ideia de que por detrás desta coisa dos mercados e da banca já estão muito mais tentáculos do que polvo e isso, para além de meter medo a quem vai tendo uma pálida noção do mundo em que vivemos, deixa um amargo de boca como se tivéssemos estado a chupar uma bateria de automóvel durante as duas horas que dura o filme.
 
Layer Cake (2004) *****
Muito ao género dos filmes do Guy Ritchie, mas sem o humor que os caracterizam. História interessante, bem escrito, bem filmado, belíssima interpretação de Daniel Craig, que lhe valeu o papel de James Bond, e um final excelente que não esperava, principalmente tendo em conta que se adivinhava o desenrolar da história à medida que ia acontecendo.