quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Gajas jeitosas, filmes merdosos e um ano novinho a chegar

Vim aqui só para dizer duas coisas muito rapidamente...

1. o filme Jennifer's Body é a maior morraça a que eu já assisti; rivaliza em mediocridade técnica e de conteúdo com essa outra valente referência super pontuada na escala de merdíce que é o Show Girls; duas verdadeiras películas de terror; este então não tem ponta por onde se lhe pegue, é uma redonda bosta!

2. um grande bem haja e um BOM ANO PARA TODOS!!!

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Rage Movies

Depois de reler o último post lembrei-me de elaborar um pequeno cardápio de filmes intensos e surpreendentes dentro do género Thriller de Acção ou Drama. Nada de grandes pesquisas na internet ou na minha intra-memória, apenas uma simples listagem de filmes que me vêm à cabeça assim em dois ou três minutos. Chamo-lhes "rage movies" porque são violentos, arrebatadores e emocionais. Mexem com a nossa perspectiva do mundo, postura para com a realidade e com a nossa sensibilidade de uma forma deliciosamente desconfortável, estranhamente viciante e profundamente introspectiva. Verdadeiros must see!

Inglourious Basterds (2009)
The International (2009)
Taken (2008)
The Bourne Ultimatum (2007)
The Number 23 (2007)
V For Vendetta (2005)
Sin City (2005)
The Bourne Supremacy (2004)
The Bourne Identity (2002)
8mm (1999)
Fight Club (1999)
Se7en (1995)
Desperado (1995)
Braveheart (1995)
Pulp Fiction (1994)
The Shawshank Redemption (1994)
Schindler's List (1993)
The Silence Of The Lambs (1991)
Goodfellas (1990)
One Flew Over the Cuckoo's Nest (1975)
A Clockwork Orange (1971)

Como é costume, agradece-se a vossa participação em forma de comentário, se possível, acrescentado mais exemplos que me possam ter escapado.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Taken

Escolhi ver o filme Taken, depois de o ter ignorado durante algumas semanas, porque vinha fomentando a ideia que depois da Trilogia Bourne já nenhum thriller de acção me poderia surpreender, mas é sempre bom quando sucede o que menos esperamos ou até exactamente o oposto do que possamos temer neste departamento. É um filme simples, despretensioso, uma produção híbrida que resulta na perfeição porque aparecem excelentes cenas de acção filmadas à americana mas sem o exagero dos carros que explodem quando capotam ou levam uma bagada de caçadeira. As cenas de pancadaria, tipicamente de criar bicho, não são demasiado elaboradas e o actor Liam Neeson, que faz um belíssimo papel, não desaponta em nada, antes pelo contrário, caso se pense que está velho demais para andar à porrada e aos tiros durante 1h30. A ideia que dá motor à história não se afasta muito da realidade, há plot twists interessantes e credíveis e até algumas reacções da personagem principal que nos deixam de boca aberta quando menos se espera. Em suma, uma bela filmaça para ver com companhia... ou não!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Mesmo porque sim!

Hoje é um dia especial para mim, o meu preferido de todos os 365 (ou 366) que um ano pode ter, e mesmo porque me apetece partilhar a minha alegria contagiante - estes dias não funcionam de outra forma senão assim - deixo-vos com a recordação de um pedacinho daquele que foi o dia mais incrível que tive este ano, sobrepondo-o ao dia que hoje se inicia. E porque adoro música e vozes acima de qualquer outra coisa (coisa!), deixo-vos com um tema que me deixa a mim extraordinariamente bem disposto...

James Taylor, Sun On The Moon



Ok, então arrecadem lá mais este que hoje estou um mãos largas... um colosso de blues!

James Taylor, Steamroller Blues
(esperem pelo minuto 1:35 que vale a pena ou espreitem este que é um pouquinho mais curto mas vale todo o tempo que lhe dedicarem)

domingo, 27 de dezembro de 2009

Músicas, coincidências e coisas estranhas

Mais exemplos...

Michael Bublé, Everything (2007)


George Michael & Paul McCartney, Heal The Pain (1991)


Aqui é fácil de responder à questão de quem apareceu primeiro, se o ovo ou a galinha, certo?
Seja como for, são dois temas "orelhudos" que soam muito bem e que eu gosto. Cada um tire a sua conclusão porque eu não vou voltar a este tema. Se o fizesse a sério, entre coincidências, brincadeiras assumidas e plágios puros, teria de dedicar um blog só para isso, acreditem!

sábado, 26 de dezembro de 2009

Música, plágios e o cabro grande do Tony Carreira

Temos de admitir que se vai tornando cada vez mais difícil fazer algo puramente original hoje em dia no mundo da música, senão até nas artes em geral. Há quem o faça e deixe o seu cunho na história, porém, a maioria dos artistas - e não só a música é um bom exemplo disso mas também a moda - acaba por reciclar ideias de outros ou até, de forma original, dar resposta directa a temas já existentes. Aconteceu com os The Beach Boys e o tema Then I Kissed Her (1965), tendo sido reescrito com base no tema Then He Kissed Me (1963) dos The Crystals. Nada disto ofende um compositor ou um músico, penso eu de que, e a única coisa que deve ser evitada e severamente punida - neste ponto apetece-me dizer que detesto o Tony Carreira pela postura que tem no mundo do entretenimento - é o plágio puro e simples! Quando isto acontece não estamos perante uma reciclagem, a uma resposta a algo já existente ou até a uma maneira interessante de dar outra visibilidade a algo menos conhecido de uma forma mais bem conseguida, trata-se apenas e só de apropriamento indevido de algo que não nos (salvo seja) pertence... a isto chama-se roubar!
Sei precisamente onde o Michael Bublé foi buscar a ideia para um dos temas do seu mais recente álbum "Crazy Love", agora com que intenção é que já é algo que me escapa completamente. É um tema Pop muito agradável e interessante que, se não foi "feito" de propósito ou de forma totalmente inconsciente, o que muito frequentemente sucede, dado o constante bombardear de certas melodias que nos chegam por todos os meios e mais algum (rádio, televisão, cinema, internet), até sem nos darmos conta, acaba por ser, no mínimo, enigmático e estranho... ouçam e ajuízem vocês:

Haven't Met You Yet, Michael Bublé (2009)


What I've Been Looking For do filme "High School Musical" (2006)


The Crystals - Then He Kissed Me
The Beach Boys - Then I Kissed Her

Notícias e posts sobre o cabro e os seus plágios:
O Verdadeiro Tony
DN
Blitz1, Blitz2
IOL Diário
Infinitos Momentos
A Vida é Um Palco
...o que dizem os colegas!
...o que diz o Tony de tudo isto?

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

YouTube, MeTuga: Jamie Cullum

F*ck! ...afinal há (certos) musicais que têm músicas boas! E aqui está uma belíssima para dias de chuva, neve e frio, para momentos românticos, tempos de desespero, ocasiões em que se reatam relações, whatever! ...é uma espécie de tudo em 1.

versão de Jamie Cullum do tema "Not While I'm Around" do musical Sweeny Todd



P.S.: é claro que a versão original e todas as outras que se apanham no YouTube são uma beca foleirotas (Barbra Streisand, Josh Groban, etc.) mas há uma grande máxima no mundo da música que diz que "uma música é aquilo que se faz dela" e o Jamie Cullum, juntamente com a sua banda, fizeram o pleno com esta.
Já outros o provaram e até de uma forma bem divertida... aqui!
E por falar em David Fonseca, deixo-vos um Postal de Natal ao vivo e a cores e com música.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

YouTube, MeTuga: Something Sally

Esta banda tem coisas muito interessantes e este tema com a participação de Joss Stone é dos melhores.

banda: Something Sally
álbum: Familiar Strangers
tema: Tip Of My Tongue

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Gadgets e desejos para este Natal

O que eu gostava mesmo que me oferecessem neste Natal era um aspirador cujo tubo não se enrole em agonia, um roupão decente que feche bem no peito e não me faça apanhar frio, umas pantufas que não saiam do pé facilmente quando tropeço na carpete ou quero sair da mesa, um rato de computador anti-cotão, um teclado novo (normal, é só por causa do Crumble de Maçã), uma televisão que dê para mudar os canais com o poder da mente, um daqueles sistemas de acender as luzes com palmas e umas portas que se abram com o som “shh”, uma boneca insuflável com as características mais avançadas do aspirador Roomba, para todo o tipo de tarefas na casa e não só, que o vírus mutante da Gripe A se instale nas cordas vocais das minhas vizinhas, de um lado e de outro, e, sem males de maior, lhes altere o timbre da voz para algo mais audível e finalmente que alguém se lembre de fazer com um bolo-rei ao Cavaco Silva o que aquele benemérito italiano fez ao Berlusconi com uma torre de pizza em miniatura (não era mas não interessa!)… e é só!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

6.0?? Só isso!?

Sou todo a favor da Natureza e da Vingança Natural - deus não entra nesta equação, primeiro porque eu não acredito e depois porque não existe. Sinceramente não fico triste quando sinto que as desgraças que acontecem à humanidade são provocadas por catástrofes naturais... aliás, já aqui há algo a discutir! Catástrofes naturais como se é o Homem que tem vindo a mudar o clima e a estabilidade dos elementos com a sua instabilidade de emoções e necessidades sem fim e sem justiça? A causa é man-made e a consequência man-suffered mas o processo é todo ele do mais natural que pode haver. É a Terra que se amotina e se revela! Até porque isto não pode continuar assim ad eternun, julgam o quê!? Os dinossauros fizeram muito menos com as suas gigantescas poias e descargas de metano para a atmosfera a elas associadas e já estão a fazer tijolo há muito tempo.
A propósito da Cimeira do Clima em Copenhaga, e tendo em mente excelentes exemplos que alguns indivíduos e grupos têm trazido à luz do dia e dos média, como o novo parque de campismo totalmente ecológico na Zambujeira do Mar, edifícios verdes completamente auto-sustentáveis, ou carros eléctricos capazes de rivalizar com o poderio de um Ferrari, talvez ainda seja possível dar a volta a isto com muita motivação, força de vontade e porque não, empreendedorismo empresarial, isto se o Sol ou um magano de um asteróide não se lembrarem de dar cabo desta merda toda já em 2012!
Seja como for, e como diz o outro, e bem, "andam a brincar com o fogo!? ...então queimam-se!"... lógico!
Ah!, 6.0 é para meninos! Vão lá para Sumatra ou para Caxemira para verem o que é bom para a tosse.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Canetas, carpetes e mão de vaquíce

Hoje fui comprar uma caneta de acetato de cor vermelha para pintar uma falha na minha carpete da sala, também ela vermelha. Bem sei que é uma jogada à pelintra, mas porra!, não vou comprar um tapete enquanto não se gastar pelo menos a tinta da caneta!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Crumble de maçã, post-its e paleio de bófia

Aviso à População

Vimos por este meio tornar público o seguinte:

Pede-se aos cidadãos o favor de nunca entornar Crumble de Maçã por cima da secretária onde têm o computador e papelada em geral. Caso o cenário se verifique, mantenham-se lúcidos e calmos, pois dar-se-á a verificação real de serem forçados a comprar outro teclado e rato, auscultadores estéreo, agrafador de folhas e até um comando universal para aparelhagens de som, televisões e outros equipamentos similares. A peganhíce pega-se literal e efectivamente a tudo quanto possa estar na referida área de trabalho, delimitada apenas pelos limites circundantes da referida mesa. Outra coisa que se verifica é transformarem-se normais pedaços de papel em autênticos post-its extremamente funcionais ao exercício de qualquer função.
Neste caso não serão aplicadas coimas ou qualquer tipo de sanção acessória.

Fim de Edital



...e agora, com o objectivo de tornar as coisas ainda mais cómicas, releiam o post imitando a voz e a forma de falar do General Ramalho Eanes! Façam esse favor a vocês próprios, aos vossos colegas de trabalho e à humanidade em geral, que nesta altura do ano tanto precisa de boa disposição!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Plástico, metal ou madeira!?

Assim de repente, vim só aqui para referir que não gosto de espátulas de plástico, borracha xpto ou daquele silicone prá'frentex… vá lá metal, mas ainda assim prefiro as de madeira. Não me importa se não é “saudável”, se os sabores se misturam e se vou comendo madeira em quantidades sub-atómicas a cada refeição que ingiro, paciência! E nem ousem usar o termo “trem de cozinha” em algum comentário a este post. Estão estritamente proibidos de tal feito desagradável e rebarbativo.

sábado, 12 de dezembro de 2009

E se...!?

O que é que vocês fazem quando a morraça, que outrora já foi pasta de dentes, se acumula na tampa e a impede de fechar contra a bisnaga? E quando a ponta do cinto toca no urinol ou na sanita? E se o atacador se desatar e entrar em contacto com o chão do wc daquele centro comercial super movimentado? E se o cotão se acumular em tamanhas quantidades que mais pareça restos de desperdício - perdoem-me a redundância - maiores do que panos do pó? E se o que resta das 432 refeições preparadas no fogão se tornar tão queimado e incrustado que se torne impossível remover à força de pulsos?  E se a porcaria entranhada entre as teclas do teclado - mais uma vez, perdoem-me o pleonasmo - não sair com álcool isopropílico e o que resta das 24 cotonotes? E se chegarem à conclusão que estavam bem melhor com a vossa consciência antes de terem começado a ler este post? E se um dia um desconhecido vos oferecer flores?

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Top3 das frases de wc

Com certeza não será o melhor post que já publiquei neste blog, mas depois do cardápio de piropos de trolha, este Top3 das frases de wc já vinha fazendo falta e ei-lo…

Lá fora podes ser o maior, mas aqui cagas-te todo!

Ninguém morre virgem. A vida fode-nos a todos!

Diferenças e semelhanças entre um funcionário da EMEL (ou SITEE) e uma bosta de cão:
encontram-se pelos passeios.
são ambos repugnantes.
são ambos indesejados.
a única diferença é que não apetece dar um chuto numa bosta de cão...

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Rastreio em ambiente disfuncional

Ok... neste momento o cenário à minha volta é o seguinte:
estou numa clínica deserta de pacientes a fazer um rastreio, para já a ninguém, enfiado numa sala que mais parece uma arrecadação, onde tiram as impressões dos dentes, num ambiente que se assemelha ao da Capela dos Ossos em versão gesso ou silicone - ou lá que material é este com que tiram os moldes... creepy! - e há um pozinho irritante no ar que já me fez espirrar para cima de 10 vezes, lá ao fundo a televisão está ligada e em altos berros a passar música - as funcionárias mudam de canal quando passam para a conversa, de modo a estar sempre com música... pimba! - a única cadeira com rodas disponível falta-lhe precisamente uma das seis rodas, o que ajuda bastante em termos de locomoção e estabildade, mas lá está, até agora ainda não atendi ninguém por isso não faz mal, ou não fosse serem já 10:16 e já estar com dores nas costas, porque com a quantidade de kms que faço todos os dias era até simpático sentarem-me numa cadeira jeitosa para a espinha, mas deixa lá, daqui a pouco convenço as funcionárias a fazerem o rastreio e nessa altura vingo-me... MUAHAHAHAHAH!!!

Cadeias, tabaco e álcool-gel

Um estudo (*) levado a cabo numa instituição prisional revela que a mudança de hábitos envolvendo a recente Lei do Tabaco, juntamente com os planos de contingência da Gripe A, levaram as condições de vida nos centros prisionais a roçar o insuportável. Uma vez que toda a economia paralela destes locais sobrevive à custa dos cigarros e se a isto acrescentarmos a alteração dos materiais desinfectantes, cancelada a distribuição de barras de sabão e sabonete aos prisioneiros, tendo-se optado por sabonete liquido e álcool-gel, chegamos à conclusão que se antes já era mau estar preso, agora a coisa torna-se verdadeiramente impossível!!


(*) estudo inventado, claro!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Pingo Doce do demo

Sou só eu ou mais alguém entra em combustão espontânea quando o jingle do Pingo Doce aparece na rádio ou na televisão? Êta musiquinha irritante!!

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

homens com "H" grande vs Pornografia com "p" pequenino

LOLADA DA GROSSA!!!
Pelos vistos não há homens que nunca tenham visto um filme pornográfico... eheheh
Estes cientistas deviam era andar mais preocupados com os orgasmos femininos ou o fim do mundo em 2012!!

porquê??? leiam aqui...

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Onde estavas no 25 de Abril?

Esta é daquelas perguntas típicas que se vão fazendo em todo o tipo de ambientes sociais para quebrar o gelo, meter conversa, mudar de assunto ou apenas para destruir argumentações inteligentes com uma estocada só, quando de facto o que se deveria perguntar era...

- onde foi a tua derradeira bebedeira de caixão à cova com Gold Strike?

sábado, 5 de dezembro de 2009

Cenário idílico vs peripécias mundanas

Uma cabana nas montanhas, neve por todo o lado, janelas embaciadas, ambiente quente à média luz com a lareira acesa e o crepitar da lenha, ligeiro cheiro a incenso e madeira, o chão coberto de almofadas sobre uma carpete peluda e aconchegante, duas pessoas a... comer gelados magnun classic e chocolates after-eight até tombarem para o lado, atacadas por congestão espontânea... não havia Eno ou Rennie àquela altitude que os salvasse!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Questões religiosas avulso

Algures no norte há uma igreja onde não se joga bingo ou canasta, as beatas juntam-se de vez em quando para fazer karaoke. Será que chegam a experienciar deus em 5.1 com dolby surround pro-logic?

Em alguns locais de culto existem videowalls e videoprojectores. Conseguirão sintonizar deus em alta definição?

Se a Igreja Católica passar a ter um canal de cabo como a Benfica TV, será que lhe irão chamar “Meo Deos”?

A tecnologia não incomoda os cristãos mas o preservativo já os ofende. Será por não levar pilhas!? Então e se os vibradores forem benzidos com água benta, poderão ser utilizados nas aulas de catequese em vez de marcadores de livros?

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Analogia do termo “c’um catano, vai buscar”

É um dos mais estranhos e enigmáticos termos da gíria tuga e com mais adaptações possíveis:
Tou c’um catano, vai buscar aquelas alfaces enquanto eu corto os tomates para a salada.
Tou c’um catano, vai buscar a lenha que eu corto e tu vais fazendo o lume.
Tou c’um catano, vai buscar as laranjas para eu cortar, tu espremeres e fazermos sumo.
e talvez a mais óbvia…
Tou c’um catano, vai buscar a guita senão cor'tum braço.
As possibilidades são ínfimas e todas elas interessantes... ou não!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

E agora para algo assaz diferente...

Qual propaganda qual quê? Se o Hitler fosse vivo nos dias de hoje utilizaria a TV Shop para conquistar o mundo.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Festança, pouco tacto e CSI madrugada fora

Mais um início de Dezembro e a abertura oficial das hostilidades festivas.
Em Évora comemora-se o 1º de Dezembro como se fosse mais uma espécie de passagem de ano e embora a coisa tenha vindo a perder algum gás com o passar dos anos, porque antigamente se centrava mais na lógica da ceia que só terminava com o nascer do sol e evoluía noite dentro com muita comida, bebida e maluqueira à mistura, hoje acaba por ser mais um jantar de amigos do que uma festa, porque lá está, agora alguns de nós são pais, estão casados e têm responsabilidades acrescidas. Mas a "fessta" faz-se sempre mesmo que dure pouco tempo, pois a importância do 1º de Dezembro reside em juntar os amigos nem que seja por breves instantes à volta de uma mesa e pôr a conversa em dia. Com o tempo, os festejos do 1º de Dezembro vieram, no seio do meu grupo, a tornar-se o "aniversário dos amigos", principalmente porque já vai sendo raro conseguir juntar toda a gente na passagem de ano e assim esta noite torna-se ainda mais especial.
No final da noite de ontem, já bem pela madrugada dentro, deu-se algo que espero não vir a tornar-se numa espécie de tradição à medida que a malta vá envelhecendo e perdendo algumas faculdades mentais. Um dos amigos perdeu a chave do carro e a filha de um outro perdeu a chupeta. Quando já só restavam 4 de um total de 15 convidados, decidimos vasculhar a casa para tentar perceber onde é que a gaiata tinha enfiado a chupeta e, possivelmente a chave do carro também, uma vez que o desgraçado não fazia ideia de como a tinha perdido e agora apostava na hipótese da gaiata ter brincado com ela e a ter deixado sabe-se lá aonde... numa casa como a minha, com guitarras por todo o lado, muitos móveis e prateleiras cheias de tralhas, as possibilidades eram ínfimas. Só vos digo que depois de termos virado a casa toda do avesso, de termos visto no quintal e na rua com uma lanterna enquanto pisávamos e chutávamos os montinhos de folhas secas, de termos abanado todas as guitarras espalhadas pela sala e quarto, de termos aberto os sacos do lixo e espreitado dentro de todas as latas de atum e pacotes de iogurte do Lidl (sorte a nossa de eu passar tudo por água por causa da reciclagem... ontem já ninguém me chamou maluquinho!), de ver dentro do balde da esfregona, de espreitar entre e por debaixo das máquinas da cozinha e até no "copo" que contém o vasculho de limpar a sanita, o nevoeiro lá me passou e ainda que compensado pelo cansaço e sono nefastamente galopantes àquela hora, o meu raciocínio baseado na minha memória fotográfica me levou à conclusão de que estariam no carro de outro amigo porque eles tinham ido buscar cadeiras antes do jantar começar. Instalou-se a incerteza, claro, mas depois da equipa do CSI ter passado a pente fino todas as divisões da casa, não restavam mais dúvidas! Já hoje, com a luz do dia e por volta das 13h da tarde, recebi o telefonema que confirmava a minha teoria. Pena que a magana da ideia só me tivesse aparecido depois de tamanho empreendimento... lá está, todos vamos perdendo faculdades mentais e físicas... ou então já não aguentamos o álcool como antes. Entre uma e outra venha o diabo e escolha!
O cromo da chave vem cá agora almoçar e buscar o carro que pernoitou frente à minha casa.
Bom feriado!!

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Loiça, mangas e cocó de gato

Lavar a loiça… erh… lavar a loiça é, provavelmente, das coisas mais chatas que se pode fazer em casa logo a seguir a passar a ferro e limpar as loiças da casa de banho – ainda ponderei acrescentar “limpar a caixa do gato”, mas achei que também poderia ser considerada “tarefa de quintal” e decidi deixar de fora – mas para tornar as coisas ainda mais irritantes, só mesmo quando nos fazemos à coisa com uma de duas possibilidades de roupa totalmente desapropriada: camisola de malha com mangas que não se seguram ou uma outra qualquer camisola mas com uma camisa por baixo e as mangas desta, arregaçadas para fora da camisola… onde é que eu quero chegar com isto!? Já alguém passou por este filme? As maganas das mangas não se seguram nos braços de feitio nenhum e estão constantemente a cair para dentro de água, ou então, o esforço mental e físico que empreendido para evitar que tal fenómeno se dê, atira-se assim a modos que para o topo da escala numa tangente a tender para o infinito junto ao patamar “herculeano”.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Norte, lenha e gente doida

Então tomem lá outra história meio chanfrada mas verídica...

Aqui há uns anos, estava eu a passar o ano em Sortelha com uns amigos, quando se passou um dos episódios mais insólitos que já testemunhei na primeira pessoa. Interessa saber que alugámos uma casa para 8 pessoas e tínhamos lenha e uma cozinha industrial à nossa inteira disposição; normalmente, quando chegávamos a casa (foram vários dias) já tínhamos a lareira acesa e 1 ou 2 baldes de lenha à porta para a alimentarmos durante a noite. Na noite da passagem de ano acabou a lenha mais cedo do que nas noites anteriores, que também elas tinham terminado a horas mais decentes, e aqui o yours truly ficou incumbido de ir procurar mais uns pauzinhos para manter a casa quente. Passados 3 minutos de busca, dei com um brutal monte de lenha mesmo encostado à parede traseira da nossa casa. Partindo do princípio que estava no terreno da casa – no Alentejo temos outra noção de espaço físico, terrenos, campo, hortas, etc. – limitei-me a retirar uns míseros 4 ou 5 pauzinhos (1º erro, ingénuo) de um monte que quase tinha a minha altura. Já tinha alguns entre braços quando me aparece uma criatura - pessoa, que isto não é um filme de terror… é de suspense! - aos berros do outro lado da rua, num 1º andar, proferindo a seguinte barbaridade:
- “Gatuno! Gatuno! Tá-ma’roubar a madeira!!”
Ao que eu retorqui, sem recalcitrar:
“Não, não! Tou só a tirar uns pauzinhos para a lareira” (2º erro, crucial).
Então não é que o velho saca de uma espingarda enquanto esbracejava violentamente à janela do prédio de dois andares, do outro lado da rua? – parece algo de loucos? esperem pelo final.
É óbvio que larguei tudo, pus-me a andar dali e desatei a correr para casa. Abri a porta repentinamente, ofegante e incrédulo e, enquanto retirava a chave do lado de fora da porta, disse:
- “Vem aí um velho louco atrás de mim por causa da lenha”.
Toda, mas TODA a gente se desatou a rir. Imaginem o cenário: tudo com os copos a jogar às cartas, tocar viola e a cantar e deparam-se comigo neste preparo... também eu me ria! Passados 15 segundos de risota batem violentamente à porta! Neste momento calam-se todos e até parecem acreditar que de facto algo de estranho se passava. O mais bêbado de todos ainda deu uma risada solta, mas depressa lhe passou a besana e pôs-se de pé. Depois de uns bons 20 minutos, a situação ficou encaminhada, com a ajuda do proprietário da casa alugada, mas não resolvida… festejámos até às 3h da manhã no pátio frente à casa, sempre com o olhar vigilante do velho na sua varanda do segundo andar do outro lado da rua e fizemo-nos à cama sem pensar na sequela. No outro dia de manhã, por volta das duas da tarde, não havia um pauzinho, uma casca ou sequer um aparo no local onde, na madrugada anterior, havia alguns 300€ de lenha. O velho insano, talvez ajudado por filhos, primos e sobrinhos – ai o que faz a consanguinidade – carregou orgulhosamente toda aquela lenha para dentro de casa, mais propriamente para a varanda do segundo andar, de onde tinha passado toda a noite a bispar o pessoal a divertir-se.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Férias, campainhas e palavreado descontextualizado

O post anterior fez-me lembrar uma história engraçada dos meus tempos de adolescente, que é como quem diz de há meia dúzia de anos ou coisa do género…

Tinha tirado a carta de condução há pouquíssimo tempo e encontrava-me legalmente apto para conduzir nas estradas públicas, quando eu e uns amigos decidimos fazer uma viagem até à Costa Alentejana, mais propriamente até à Zambujeira do Mar, para passar uns dias de férias naquela que seria a primeira vez que iríamos de carro a algum lado. Na altura, folgando de ideias e váipes bem piores, andávamos com a pancada de nos tratarmos no feminino quando queríamos gozar uns com os outros, e na manhã em que estava acordada a partida, sendo que tinha ficado planeado que eu apanharia todos, cada um à porta de sua casa e por uma determinada ordem, encaminhei-me para ir buscar o último contemplado na ronda e ele não estava à porta na hora combinada. Pode parecer estranho, mas numa altura em que ninguém tinha telemóvel, a melhor forma que encontrámos de o chamar foi mesmo atirando pedras ao estore da janela do seu quarto enquanto lhe chamávamos marrã, cocozito, tortulho e coisas bem piores. Como não respondia, partimos do princípio que estaria a dormir, e como estavam todas as outras janelas com os estores levantados, presumimos que seria o único a estar em casa – nesta altura alguém se lembrou que os pais dele estavam no Algarve – e foi sugerida a ideia de se tocar à campainha como se não houvesse amanhã… e não haveria se o sacana não acordasse rapidamente e se despachasse em pouco mais de 15m e ai dele se a mala não tivesse já feita de véspera!! Fui o eleito para dar a volta ao prédio e colocar o dedo indicador no botão, sem o retirar da dita cuja até que o desgraçado aparecesse à porta. Assim fiz até ouvir uma voz meio entaramelada do sono que dizia algo que não entendi num primeiro momento porque o som da campainha se ouvia pelo intercomunicador. Tirei o dedo e disse:
- vá minha puta, toca a acordar!!!
Do outro lado do intercomunicador ouvia-se então:
- …hum!?
E eu:
- abre a pestana minha cona de sabão; levanta o cu da cama, orienta a tua tralha e põe-te a mexer!
Então a voz aclarou um pouco e passou a ouvir-se:
- mas quem é?
Com o entusiasmo não estranhei e continuei:
- é o boda, troll! Vá a ver!!
Nisto a voz mudou radicalmente de tom, frequência e género e então ouviu-se:
- mas que raio de brincadeira… a uma hora destas da manhã… onde é que já se viu...
Nem 3 segundos se passaram do início da frase anterior, ainda com o dedo no intercomunicador, e uma segunda voz, decididamente masculina e grossa demais para ser quem eu esperava, aparece do outro lado entrecortando a primeira, que também não era, de todo, quem eu pensava… isto enquanto se abria a porta do rés-do-chão esquerdo e se ouvia numa estranha estereofonia de mistura entre o som roufenho do intercomunicador e o eco das escadas:
- que raio de coisa vem a ser esta!? quem é esse tipo que está praí a grasnar alarvidades e a tocar à campainha que nem um louco logo pela manhã!?!?
…depois disto tudo, e já com os restantes por trás de mim a rir que nem desalmados, como é que eu explicaria aos pais do meu amigo que era normal a gente tratar-se no feminino, apenas e só como forma de brincar uns com os outros e especificamente sem ofender qualquer um dos intervenientes, em particular a mãe, que já tinha ouvido tanto desaforo pelo intercomunicador???

Com o meu poder de argumentação, mesmo com muita confusão e nervosismo à mistura, porque era o mais velho e supostamente o mais responsável do grupo, lá me safei e seguimos viagem.
Ficou para a história!


Nota: afinal havia outro... este!

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Telemóveis, condução e situações potencialmente perigosas para os mais susceptíveis

Normalmente, quando vou conduzir, coloco os telemóveis num dos vários compartimentos que o bólide tem para guardar todo o tipo de tralha, mas quando saio à noite ou no fim-de-semana e não levo o telemóvel do serviço, acabo por me sentar ao volante com o meu telemóvel – o mais pequeno que a Nokia já fez e, já com 5 anos de uso e alguma fita-cola em sítios convenientes para que as capas não se soltem e saltem, não me vejo a desfazer dele tão depressa – no bolso das calças, sendo estas quase invariavelmente de calças de ganga. E porque é que me lembrei de escrever sobre isto? Pois bem, quando este segundo cenário se verifica e alguém se lembra de me ligar enquanto vou a conduzir, torna-se quase impossível retirar o telemóvel do bolso esquerdo das calças de ganga sem atender a chamada involuntariamente. Acontece que ocasionalmente está do outro lado da linha alguém com quem nunca me lembraria ou ousaria partilhar palavrões e disparates em geral mas não há volta a dar porque quando algo do género me acontece, e ainda por cima durante a condução, solta-se-me a língua e lá vai alho. Se fosse ver um jogo de futebol com a minha avó, um padre – este já não será um bom exemplo porque não sou religioso e não acho que dizer palavrões seja pecado, mas ok! – e a minha professora da primária, assim em jeito de encenação anedótica, porque tal nunca aconteceria, de certeza que não evitava o palavreado proibido para os supracitados. Há certos momentos que exigem termos elegantes e outros… não, temos pena!


Nota: o título deste post bateu o record em termos de margem de abrangência de latitude virtual de ecran!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Por vezes tenho a impressão de estar a enlouquecer aos bocadinhos

Porque é que, com uma probabilidade de 50% de hipóteses de acertar e outras tantas de errar, quando quero colocar uma folha de papel de rascunho, já impressa num dos lados e para imprimir algo novo na parte em branco, acabo por acertar sempre no lado errado e sai a impressão em cima do que já estava antes impresso, deixando o lado em branco, uma vez mais em branco?

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

YouTube, MeTuga: Sondre Lerche

Achei a música ideial para este final de semana, 6ª feira à noite com algum frio e humidade à mistura, quando apetece mais ficar em casa a ver um filme bom do que andar na rua feito maluquinho...

músico: Sondre Lerche
álbum: Duper Sessions
tema: Dead End Mistery



Bom fim de semana!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Os loucos anos 80!

Não entendo esta obsessão pelos anos '80, juro que não entendo mesmo! Sou minimamente sensível a quem fomente algum tipo de saudosismo por certas épocas ricas em acontecimentos como as do Fascismo, das Invasões Napoleónicas, da Inquisição ou das Cruzadas, já para não falar de tempos mais longínquos e de coisas bem piores. Parece que tem mesmo de haver gente totó que sinta falta deste tipo de coisas – vá lá saber-se porquê – e até me esforço por compreender, uma vez que se revelaram momentos de grande estranheza mas também plenos de mudança. Pode até dizer-se que a humanidade se transformou para uma melhor versão de si mesma por e através desses mesmos momentos marcantes e decisivos. Agora este cisma com aquela que é tida como a década mais pirosa e fútil da humanidade é algo que me ultrapassa completamente. Se volto a ver camisas roxas brilhantes ou de xadrez preto e branco acompanhadas de chapéus das SS alemãs, bigodes tipo vasculho e penteados curtos em cima e compridos na nuca, acreditem quando vos digo que passo a andar de fisga na rua. Que a história seja de certa forma cíclica e artes como a moda e a música reciclem elementos do passado até aceito, mas não será possível saltar essa década demoníaca e aproveitar outras coisas bem mais interessantes!?

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Máfia, quintas e muita parvoeira cibernética!

Agora a sério... eu juro que se receber mais uma mensagem do Hi5 a dizer que me querem num bando ou do Facebook a oferecer vegetais para a minha quinta, passo-me e começo a partir esta merda toda com um taco de baseball... ou talvez só vos coloque na lista de spam... ainda não decidi bem o que fazer, está assim ainda em aberto...
Bahh!!! Esta gente não tem mais nada para fazer!? Já não se joga consola com os amigos ou se gasta o ordenado todo a jogar poker? Não se embebedam sozinhos em casa durante os serões dos dias de semana só para fingir que o fim de semana chega mais depressa? Não têm namorados e namoradas ou filhos para cuidar? Um hobby qualquer decente que meta filatelia, columbofilia ou necrofilia? Um trabalho por turnos, miserável que seja?? Têm assim tanto tempo para gastar na internet em jogos feitos para totós? Não têm um blog???

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Acordo ortográfico, internet e idiotas teclantes

Sou só eu ou mais alguém se irrita com a arbitrariedade que se verifica na forma como aparecem alguns ficheiros na internet? Porquê escrever “It” e Is” com a primeira letra em grande e “of” ou “on” com a primeira letra em pequeno? Ou pior, “with”, “from”, “and” e “the”, que têm três letras, também com letra pequena? Será que alem de se irritarem com isso também conseguem perceber o que eu quero transmitir neste post??? lol… Quem são os responsáveis pelos sites com as bases de dados que contêm a informação ID3 dos ficheiros de mp3!? Será que o acordo ortográfico já se espalhou que nem vírus pela net em todo o planeta? Idiotas!!!

domingo, 15 de novembro de 2009

Alhum e cebolum com fartura!

Estava a fazer o almoço e lembrei-me de vir aqui referir que, para bom alentejano, alho e cebola nunca são demais!!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

YouTube, MeTuga: Butterfly Boucher

E por falar em música e até em coisas novas e surpreendentes, apresento-vos...

banda: Butterfly Boucher
álbum: Flutterby
tema: Never Leave Your Heart Alone



Uma banda que vale a pena conhecer!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Concertos revolucionários do camandro

Continuando na senda da música e da forma como me tem vindo a talhar como pessoa e músico, agora passo aos concertos. Fiz uma lista dos que mais me impressionaram pela surpresa ou exactamente por estarem ao nível das mais altas expectativas. São todos concertos a que assisti ao vivo…

Trovante – junto ao Templo Romano em Évora
não faço puto de ideia de quando terá sido, mas lembro-me que o meu pai ainda podia comigo ao colo; já ligava à música e já ouvia Beatles e James Taylor com a minha mãe, mas aquele concerto foi uma experiência interessante e marcou-me

Chico Baião e os Ortigões, 1994 – Feira de São João em Évora (Jardim Público)
o palco era pequeno, os instrumentos sugeriam uma banda de rock e aparece um tipo de boina alentejana e samarra a apresentar a banda; pensei que fosse alguém da organização mas não, era mesmo o Chico! Enquanto falava um pouco sobre ele e a banda, entravam os outros músicos e começavam a tocar; despiu a samarra, pegou na guitarra Fender Stratocaster velha e desgraçada, já sem tinta em algumas zonas, e dá um acorde poderoso; antes de dar o segundo acorde tira a boina e deixa cair um cabelão até ao cú e solta um grunhido… para alguém que nunca tinha visto muitos concertos ao vivo e andava a começar nas lides musicais, este foi um momento inesquecível!

Pedro Abrunhosa & os Bandemónio, 1994 – tenda de circo no Rossio em Évora
foi um concerto fora de série, curti tanto que mais 1 tema num dos encores e rebentava; foi o primeiro concerto em que dancei e saltei quase até cair para o lado, não me lembro de ter suado tanto noutra altura

Archie Shepp, 1997 – Teatro Garcia de Resende em Évora
foi um bom concerto mas acabou por me marcar mais a postriori porque ele morreu passadas 2 semanas e foi, tanto quanto consegui perceber na altura, o último concerto que deu

U2, 1997 – antigo Estádio de Alvalade em Lisboa
na altura gostava muito deles, muito por causa dos álbuns Achtung Baby e Zooropa; era uma banda interventiva e os seus concertos eram “diferentes”; gostei do concerto mas marcou-me mais por ter sido o primeiro concerto de estádio e senti pela primeira vez o poder da multidão; na altura estava no primeiro ano de Sociologia e os comportamentos de massas era algo que me atraía bastante

Lou Reed, 1998 – Expo98 em Lisboa
nem preciso referir a sensação que é ver um tipo destes ao vivo; foi um belo concerto

Ornatos Violeta e Clã, 1998 – recepção ao caloiro em Évora (antigos pavilhões de lata no Rossio)
já conhecia todos os temas das duas bandas e lembro-me que foi um concerto memorável, embora o local fosse um autêntico e literal esterco; aquele solo brutal do Helder Gonçalves que durou mais de 7m e utilizou tudo quanto achou no palco para encostar às costas e fazer soar o seu baixo piccolo

Sérgio Godinho, 1999 – 25 de Abril na Praça do Giraldo em Évora
por esta altura já gostava muito das músicas dele, que são difíceis de engolir, algumas delas, e lembro-me de me ter sentido nas nuvens quando ouvi “A Noite Passada” com o amor da minha vida nos braços e de me ter cantado em grupo com muitos dos meus amigos o tema “Com um Brilhozinho nos Olhos”, que cantámos sempre nas festanças (“é que hoje fiz um amigo e coisa mais preciosa no mundo não há”)

Sheryl Crow, 1999 – Praça Sony em Lisboa
a Sheryl Crow marcou-me logo com o álbum de estreia e passei anos a segui-la à espera que viesse a Portugal; não foi um concerto espectacular, mas esteve à altura das expectativas, que eram elevadas, e correu muito bem; com belíssimos músicos a acompanhá-la

Ben Harper & The Innocent Criminals, 2000 – Coliseu dos Recreios em Lisboa
absolutamente extasiante! Brutal!!! Aquele solo final e a guitarra a soar durante os 20m que demorou até sair toda a gente foram inesquecíveis

Carlos Martins Quinteto, 2000 – Teatro Garcia de Resende em Évora
Quem? Não interessa, os músicos eram: Bernardo Sassetti (piano), Carlos Barreto (contra-baixo), Alex Frazão (bateria), Mário Delgado (guitarra) e o Carlos Martins (sax)… need I say more?? Aquele solo de bateria só em pratos que o Frazão fez durante mais de 8m, foi algo transcendental e memorável! Só de pensar que o tinha visto com o Abrunhosa uns anos antes e nem sabia quem ele era!? eheh

Caetano Veloso, 2000 – Coliseu dos Recreios em Lisboa (2ª noite)
a recepção que o público lhe fez foi algo que nunca mais vou esquecer… até me arrepio enquanto escrevo isto! O concerto durou sei lá quanto tempo, mas foram quase 3h de certeza; um dos percussionistas fazia anos e foi uma festanças do princípio ao fim com toda a gente a dançar sempre que o tema o permitia e alguém estava sem tocar ou podia mexer-se com o seu instrumento; houve um momento no meio, em que ele estava sozinho em palco com a guitarra e deixou ser o público a escolher os temas para ele tocar, “momento” durou mais de 30m e foi um belo presente que ele nos deu com música e conversa

Joe Cocker, 2000 – Pavilhão Atlântico em Lisboa
muito, MUITO BOM! Fiquei completamente estúpido com o poder da sua voz, principalmente com a idade que já tinha na altura; o “With a Little Help From My Friends” foi incomensuravelmente memorável como nem consigo descrever…

Rui Veloso, 2000 – Pavilhão Atlântico em Lisboa (aniversário de 20 de carreira)
foi um concerto fora de série e difícil de descrever; os solos dos temas “Jaime” e “Todo o Tempo do Mundo” ficaram-me gravados na memória como brasa na carne, ao nível do melhor do Guilmour, brutal!!

Jorge Palma, 2001 – Fábrica da Música (inauguração)
o único concerto que consegui ver até ao fim do Palma, e que concerto!! A solo. Já tentei outras 6 vezes e só aconteceu mais uma vez em que eu estava tanto ou mais bêbado do que ele, numa queima das fitas em que ele tocou com os Jindungo

André Indiana, 2001 – Vilar de Mouros
a prova de que o Rock não está morto, grande concerto! Mais tarde abri um concerto dele com a minha banda, os WHY

Neil Young & Crazy Horse, 2001 – Vilar de Mouros
e por falar em Rock não estar morto!? Muito bom!

Gabriel o Pensador, 2001 – Festival Viv’a Rua, Praça do Giraldo em Évora
longe vão os tempos do saudoso Viv’a Rua… um concerto fantástico e que, horas depois, o levou a fazer o filho que tem hoje, tal como veio a revelar noutro concerto que vi dele na Festa do Avante; um bêbado subiu para o palco para estragar a cena e ele conseguiu pô-lo a cantar, todo divertido e resolveu a questão como um Pro (viver nas ruas ensina muita coisa)

K's Choice, 2002 – Coliseu dos Recreios em Lisboa
mal eu sabia que viria a ser uma das minhas bandas preferidas, pois na altura só conhecia o álbum “Cocoon Crash”. Simplesmente fantástico!

Supertramp, 2002– Pavilhão Atlântico em Lisboa
belíssimo! mais um concerto de uma banda mítica

Roger Waters, 2002 Tour in The Flesh – Pavilhão Atlântico em Lisboa
para quem nunca teve a oportunidade de ver Pink Floyd ao vivo, e principalmente para quem não conhecia nada de Waters a solo, foi a surpresa da minha vida!!! Magnífico!! até hoje, o único concerto que me soou bem no Atlântico!

Robert Plant, 2002 – Aula Magna em Lisboa
lembro-me do som estar tão alto que até doía, mas depois de tapar os ouvidos com pedaços de lenço-de-papel (a primeira vez que me lembrei de tal coisa), o resto foi sempre a curtir; belo concerto!

Mafalda Veiga, 2002 – jardins do Hotel da Cartuxa em Évora
o ambiente e a acústica eram absolutamente esmagadores, ali na relva, entre o edifício do hotel e a muralha medieval; como sempre fui teimoso e algo preconceituoso, este concerto foi uma revelação fantástica porque só conhecia o tema “Pássaros do Sul” e fiquei completamente absorto durante todo o concerto, cheguei ao fim em estado de KO

21st Century Doors, 2003 – Pavilhão Atlântico em Lisboa
ganhei um prémio da Radio Comercial que consistia no seguinte: jantar à lorde, limousine até ao local, concerto em camarote vip, sessão fotográfica e de autógrafos com os músicos nos bastidores, limousine até ao hotel, noite no Sheraton; nada mau! O concerto foi uma coisa do outro mundo; o Krieger parecia um puto, o Manzarek estava a curtir como se não houvesse amanhã e o Ian fez um tributo memorável ao Jim Morrison sem desiludir ou desprestigiar; ficou para a história!

Maria João e Mário Laginha, 2005 – Feira de São João em Évora (Jardim Público)
não foi o primeiro concerto que vi deles, mas foi o melhor! A voz da Maria João é uma força da Natureza e o Laginha é um colosso no piano

Queen, 2005 – Estádio do Restelo
belíssimo concerto, pena que o John Deacon não queira participar nesta nova fase da banda; o Paul Rogers tem um vozeirão do camandro!

Dave Matthews Band, 2007 – Pavilhão Atlântico em Lisboa
um concerto completamente fora do normal que durou 3 fantásticas horas; pena o som ser tão mau! só quando voltei a ouvir o concerto em cd é que percebi o que ele dizia durante as músicas; uma banda do caralho!

Clã, 2008 – Teatro Garcia de Resende em Évora
depois de Roger Waters, este foi o melhor concerto que já vi… uma coisa sem explicação!!

Fato/Feto e The Ballis Band, 2008 – Arena de Évora
duas belíssimas bandas de Évora com um potencial incrível; faço-lhes publicidade sempre que tiver oportunidade. ;)

Extreme, 2008 – Pavilhão Atlântico em Lisboa
belo concerto!! mas lá está, mais uma vez tive de recorrer ao belo do lenço-de-papel porque não aguentava o volume

James Taylor 2009 – Hipódromo de Cascais
este ano não tive oportunidade de assistir a muitos concertos por causa do meu joelho e da recuperação da operação e no ano passado dei um número considerável de concertos com a minha banda (Kazoo Love Orchestra) que nem pude ver muitos outros concertos além das bandas que actuavam nos mesmos locais que nós, mas este serviu para preencher essa "falha"... foi o concerto que mais me tocou e o segundo que me levou às lágrimas. Foi uma coisa de outro universo! BRUTAL!!


Em Primeiríssimo lugar exequo no Top Dos Melhores Concertos de Sempre estão: Roger Waters, James Taylor, Dave Matthews Band, The Doors (entenda-se 21st Century Doors) e Clã. Não consigo colocar nenhum à frente ou atrás, apenas sei que estes estão acima de todos os outros a que assisti. Mas também, que importa!? O que verdadeiramente interessa é estar lá, seja bom ou mau, mas também se compreende que é difícil ver muita música ao vivo porque infelizmente neste país se gasta um balúrdio para ver concertos. É pena!
Ainda assim há muita coisa que nos passa ao lado em bares, cafés-concertos, anfi-teatros e auditórios um pouco por todo o país. Neste sábado passado vi um concerto muito interessante de uma banda da Biolorussia, os Gurzuf, que hoje voltaram a actuar nos Celeiros em Évora. Convém ir quando nos apercebemos que há alguma coisa que se possa revelar interessante e até surpreendente e não deixar de aceitar convites quando nos são propostos por gente que faz boa companhia.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Álbuns "revolucionários"

Ok, para começar já coloquei "revolucionários" entre aspas logo no título, eheh!
No seguimento do post anterior, lembrei-me de fazer o mesmo mas com álbuns. Para quem tiver paciência de ler e até comentar, criticando, claro está, irá ver que há ligações entre músicos/bandas do post anterior e os álbuns deste.
Atenção que não estão por ordem cronológica ou de preferência...

The Dark Side Of The Moon - simplesmente fabuloso, ao nível das melhores criações levadas a cabo pela própria Natureza

The Wall - logo depois vem este, que além de ter muita coisa boa em termos de música, é um verdadeiro marco histórico

Abbey Road - o melhor álbum dos Beatles, um dos primeiros álbuns conceptuais de sempre

White Album - o que dizer desta pérola, só que a coloco em 2º na lista de álbuns dos Beatles

News Of The World - para mim, o melhor álbum dos Queen que comporta 2 das suas melhores e mais abrangentes músicas em termos de qualidade e quantidade de estilos: "It's Late" e "Spread Your Wings And Fly"

Day at The Races - embora o "Bohemian Rhapsody" esteja no Night at The Opera, este álbum é melhor, mas há quem ache que se deva considerar os dois como um só, como os Queen queriam ter feito se não fosse a imposição da editora na altura

In Concert - o álbum mais carismático dos Doors e que nem sequer é um álbum, lol, passo a explicar... é uma compilação "live" de 3 prestações ao vivo da banda que já tinham saído em vinil: Absolutly Live, Alive She Cried e Live at The Hollywood Bowl; tive várias cópias feitas destes dois cd's porque se gastavam/riscavam nas festas em que os ouvíamos quase até à exaustão; outro álbum com o mesmo nome é o da Janis Joplin que também passou inúmeras vezes em festas

An American Prayer - o álbum mais simbólico dos Doors e nem sequer é creditado à banda... ehehe, mais um equívoco: é um álbum com gravações de narrações do Jim Morrison com música da banda; ainda hoje me faz muitas vezes companhia

Made in Japan - mais um álbum com performances ao vivo que se tornaram inesquecíveis, desta feita pelos Deep Purple

Pearl - um álbum fantástico da Janis Joplin, todos os temas são 5*!

Transformer - quanto a mim, o melhor álbum do Lou Reed e com um som impressionante; ainda vacilei entre este e o Berlin

Ok Computer - The Bends é bom, mas o Ok Computer é melhor!!

Waiting For The Punchline – um álbum fantástico de uma das minhas bandas preferidas, os Extreme

Jagged Little Pill - quando saiu, deu a volta à cabeça e à sensibilidade de muita gente, eu incluído

'Té Já - o álbum que me deu a conhecer o Jorge Palma

Very Sentimental e Mundo Catita - parecendo que não, Irmãos Catita foram muito importantes para mim porque, a par com Monty Python, marcaram o meu sentido de humor de forma irreversível e isso também aparece de forma patente na minha música

Thick as a Brick - um álbum conceptual de deixar a cara à banda!!

III - quanto a mim é o melhor álbum dos Chicago; aquele tema do poema é uma desconstrução mental assombrosa

Tapestry - um álbum fantástico da Carole King

Sweet Baby James - alguns dos melhores temas de James Taylor apareceram neste álbum

Teaser And The Firecat - belo álbum de Cat Stevens, antes de se passar do sentido, fugir de tudo e todos, passar anos incomunicável e voltar com o nome de Yusuf Islam; ganda maluco!

In The Flesh - podia ter escolhido o Amused To Death ou o The Pros And Cons Of Hitch-Hiking do Roger Waters como o melhor álbum, mas assim a escolha cai para os dois lados porque é a compilção de quase todos os temas num álbum ao vivo; vi este concerto no Pavilhão Atlântico... brutal!

Prenda Minha - como álbum de estúdio não me diz grande coisa, mas a versão ao vivo com o mesmo nome, e tendo visto o concerto no Coliseu, principalmente depois de mais de uma década sem o Caetano Veloso ter vindo a Portugal, é algo que mexe muito comigo

Stripped - um dos primeiros álbuns (Rolling Stones), a par com os MTV Unplugged de Eric Clapton e de Rod Stewart, a abrir-me a sensibilidade para as potencialidades do ambiente acústico, uma vez que na altura só queria era guitarradas e distorção

Desperado - os Eagles têm muita coisa boa, mas este é algo que fica para os anais

Fight For Your Mind - O Ben Harper tem muita coisa boa, mas este é o melhor e o que mais me tocou

The Best Of Bob Dylan - ok, ele tem "N" álbuns marcantes, mas sem dúvida que o melhor é mesmo compilar os seus temas mais característicos e, se possível, tocados por outras bandas! lol

August & Everything After - uma delicia de álbum, mas há outros também muito bons dos Counting Crows

Crash - estive muito indeciso entre este e o Under The Table And Dreaming, ambos da DMB, mas este é o que tem os temas "Crash Into Me" e "#41", por isso...

Early Recordings - este álbum ao vivo da Joan Osborne é um colosso e não faz propriamente sombra aos seus álbuns de estúdio, mas é sem dúvida o que eu mais gosto, muito por causa da sua versão do tema da Dusty Springfield ("Son Of a Preacher-Man")

24 Nighst - já tinha falado no Unplugged, mas este é o melhor dele

Tuesday Night Music Club - o primeiro de muitos bons álbuns de Sheryl Crow, sem dúvida o mais marcante

Chasing Daylight - o melhor entre muitos bons de Sister Hazel

Diamonds And Pearls - belíssimo álbum de Prince, mas ele também tem o The Love Symbol Album e o próprio Purple Rain

Bachelor No. 2 - o melhor da Aimee Mann, a par com a banda sonora do filme Magnólia

When The Pawn - é um colosso da Fiona Apple

Acoustic Extravaganza - álbum muito interessante da KT Tunstall, acústico de estúdio e sem o toque da MTV

Tatuagem - um álbum fantástico da Mafalda Veiga, alguém que eu admiro muito pela composição dos temas, mas também pela simplicidade na vida e no palco

No Need To Argue - não tanto pelo álbum em si (The Cranberries), mas pela altura em que entrou na minha vida e como me influenciou musicalmente, numa altura em que eu compunha e fazia arranjos de temas nos JusyBlazz

Kazoo - um álbum que mudou muita coisa em mim e a vários níveis (Clã); apaixonei-me por ele e com ele; a voz da Manuela Azevedo a cantar o tema "Problema de Expressão" ficará para sempre gravado na minha memória

Rock in Rio Douro - (GNR) um álbum de uma banda que aprecio mais pelo geral (músicas) do que pelo particular (letras)

Cocoon Crash - (K's Choice) uma verdadeira revolução na minha sensibilidade; os jogos de vozes são assombrosos!!

Circus - ui! que coisa fantástica que o Lenny Kravitz se lembrou de fazer

Magnólia - o álbum da Lúcia Moniz que me fez perceber que ainda um dia destes quero trabalhar com o Nuno Bettencourt na produção de um álbum de músicas minhas

Tempo - não era fácil escolher entre este e o Viagens de Pedro Abrunhosa, mas acho que este é mais maduro e tem mais qualidade

Out Of Time - belo álbum de R.E.M.

I've Been Expecting You - o Robbie Williams nunca mais foi o mesmo depois de se desligar de Guy Chambers, com muita pena minha

Abraxas - o melhor de Carlos Santana

Scream - além de fazer coisas fantásticas com os K's Choice, Sarah Bettens ainda se lembra de fazer esta pérola a solo

Achtung Baby - os U2 é uma banda que hoje em dia não posso nem ver... ichh!, mas este álbum está brutal

Vitalogy - talvez o melhor dos Pearl Jam

Back in Black - há qualquer coisa de extraordinário e libertador nas músicas dos ACDC e este álbum é o que electricidade traz ao mundo da música

Music For Nations - bela malha, este álbum de André Indiana!

These Days - os Bon Jovi têm tanto de bom como de piroso, mas eu gosto e adoro este álbum

Prolonging The Magic - quando ouvi um dia, quase por acaso, o tema "Sheep Go To Heaven" dos Cake, mal eu sabia que iria ter uma adoração por tudo o que eles fazem, este á o melhor álbum deles

Brothers in Arms - talvez o melhor dos Dire Straits

The Colour And The Shape - acho o melhor dos Foo Fighters

Dookie - (Green Day) quando saiu foi uma verdadeira injecção de adrenalina

Peasants, Pigs & Astronauts - o melhor dos Kula SHaker

O Monstro Precisa de Amigos - e a música portuguesa precisa de Ornatos Violeta!

Blood Sugar Sex Magik - o melhor dos Red Hot Chilli Peppers, assim a par com o Californication

Stoosh - tive dificuldade entre escolher este e o Post Orgasmic Chill dos Sunk Anansie

A Tribute To a Work in Progress - belo título e belo álbum dos Black Crowes

Dados Viciados - os Xutos são os Xutos!

Undiscovered - fantástico primeiro álbum de James Morrison

Mi Nina Lola - belo trabalho da Buika

La Revancha del Tango - Gotan Project é um projecto fantástico e o primeiro álbum continua a ser o melhor

Cinema - algo verdadeiramente transcendente criado por Rodrigo Leão

Lunas Rotas - bom álbum de Rosana

Pharmácia Ananáz - (Comme Restus) o melhor do rock pesado em Portugal

Simple Things - a par com "When it Falls", são dois belíssimos álbuns de Zero 7, uma banda que admiro muito

Agaetis Byrjun - os Sigur Ros fazem muito mais que música, criam verdadeiras paisagens musicais que me deixam verdadeiramente siderado; se não conhecem, deviam ir presos porque é um crime!!

Bullit - a melhor banda sonora original

Desperado - a melhor banda sonora tipo compilação

Dan in Real Life - recentemente vi este filme e conheci Sondre Lerche que é um músico de mão cheia e tem álbuns muito bons: Phantom Punch, por exemplo

Where The Light is, Live in Los Angeles - é um álbum ao vivo de John Mayer que me deixa ko!

The Gabe Dixon Band - entrou directamente para os tops assim que o experienciei auditiva e sensivelmente

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Revolução musical senciente

Hoje deixo-vos uma listagem de bandas e projectos musicais, clássicos e contemporâneos, que revolucionaram a minha sensibilidade musical como melómano, assim como músico e compositor. A lista está feita segundo o critério “revolução musical senciente” e não tanto por gosto ou preferência. Digamos que foram músicos e bandas que mudaram a minha forma de sentir e fazer música e fizeram de mim, em parte, aquilo que sou hoje como pessoa.

(por ordem cronológica de experiência e conhecimento, do mais recente para o mais antigo)

The Beatles - acho que foi o meu primeiro contacto com a música, melodias e canções

James Taylor - a primeira vez que me deu vontade de cantar foi ao som do “You Got a Friend” (Carol King); Beatles e James Taylor são as grandes referências que guardo da minha mãe em termos de música, a grande maioria veio através do meu pai

Simon & Garfunkel - a minha primeira experiência com vozes

The Beach Boys - um amigo dos meus pais ofereceu-me um cassete porque eu adorei e lembro-me de ficar horas a ouvir as músicas no carro dos meus pais com o meu primo quando íamos à pesca ou acampar, tinham de nos tirar de lá porque gastávamos a bateria do carro

The Eagles - a par com os Beatles, Simon&Garfunkel e os Beach Boys, marcaram profundamente a minha forma de cantar e conjugar vozes para sempre

Queen - o meu primeiro contacto com o rock

Pink Floyd - reacção de estranheza: umas coisas soavam lindamente e outras pura e simplesmente não gostava… porque não percebia, claro!

Eric Clapton - introdução aos Blues, primeira experiência com uma guitarra aos 14 anos

Resistência - das primeiras experiências com a guitarra sozinho, passei para as Jams com amigos nos intervalos da escola secundária

Guns N’ Roses - mais uma banda que me fez evoluir na guitarra, juntamente com os amigos da altura, a par com AC/DC e outras do género

Janis Joplin - foi com ela que veio a vontade de fazer uma banda e tocar ao vivo num palco; fiquei encantado com a versão que ela tinha de Summertime

The Doors - começaram os devaneios, as primeiras bebedeiras, experiências com instrumentos e não só; despertaram-me para o fantástico som do Hammond

Paul Simon - por mera parvoeira, deixei para bem mais tarde a vontade de conhecer o trabalho dele a solo; despertou-me para a escrita de canções

Bob Dylan - mais um músico que me ajudou a levar a minha escrita de canções para outros meandros e abriu a minha sensibilidade para o fenómeno das versões: os seus temas são sempre melhores quando tocados e cantados por outras bandas. lol

Jethro Tull - o album "Catfish Rising" abriu-me a pestana para certos pormenores no Rock que me tinham escapado e o "Thick as a Brick", que viria a conhecer algum tempo mais tarde, deixou-me completamente ko; incrível a forma como trazem a música clássica para o Rock de uma forma tão bem conseguida e deliciosa

Chicago - uma banda que me foi apresentada com alguma insistência por parte do meu pai; ele adorava Chicago e Frank Zappa, que para mim soavam quase "mal", mas lá acabei por entender que a dissonância também faz parte da música e que pode interagir de forma impressionante com a melodia fazendo coisas incríveis; nesta altura voltei a ouvir Queen e Pink Floyd de outra forma e abri a minha mente para um admirável mundo novo!!

Miles Davis - a minha primeira experiência no mundo do Jazz... marado!

Harry Connick Jr. - a minha segunda visita ao mundo do Jazz, desta vez ligeiramente mais comercial mas também melódico e “comestível”! lol

Sarah Vaughan - fez-me crescer a vontade de cantar Jazz; tem uma voz impressionante!; aqueceu muitas noites de inverno, algumas com companhia à luz de velas e lareiras, com almofadas à mistura, e precipitou-me na invenção do termo "música para ouvir em dias de chuva", que viria a ser o início do meu projecto "Music By Mood"

Dexter Gordon - quando eu ganhei a pancada de tocar saxofone

Stevie Ray Vaughan - o primeiro virtuoso que admirei, e logo quem!

Blues Brothers - vi o primeiro filme sobre eles e voltei a apaixonar-me pelos Blues como um fantástico legado da humanidade que deve sempre ser preservado; nesta altura, Blues era o que se tocava sempre nas Jams com outros músicos e a malta já se cansava, mas bem tocados e com metais, é algo de fantástico!

Sheryl Crow - uma mais-valia no mundo Pop em termos de composição, vocalizações e arranjos de vozes; apaixonei-me por vozes femininas e pelo Country

Jorge Palma - é, sem dúvida, a minha maior referência na música portuguesa; despertou-me para o outros compositores como o Sérgio Godinho (cuja música era difícil de "aceitar" por ser densa) e os Trovante

Extreme - depois dos Guns, foi a experiência com o rock pesado que mais me marcou; foi quando ganhei a vontade de tocar e ter uma bateria; o Nuno Bettencourt é um virtuoso na guitarra, nos arranjos vocais, nas orquestrações e na produção de álbuns que admiro muito

Aerosmith - mais uma banda que me marcou pela presença em palco, pelas músicas e pelos arranjos e orquestrações; foi a primeira vez que dei atenção a este pormenor muito pela saturação, no bom sentido, que eles aplicavam aos temas em termos de produção; costumava dizer que era impossível acrescentar fosse o que fosse a cada tema de estúdio; foi a primeira vez que dei atenção a um videoclip: a Liv Tyler marcou, de forma indelével e irreversível, a minha sensibilidade e gosto em relação ao sexo oposto, foi quando eu percebi que gostava mais das morenas (lol); uma das namoradas que mais me marcaram era quase igual

Radiohead - depois de os ouvir, nada mais seria igual! O Creep libertou-me de uma forma que não consigo sequer começar a explicar

Lenny Kravitz - levou-me para o mundo do Soul com o álbum "Circus", onde vim a conhecer nomes como Otis Redding, Ray Charles, Solomon Burke, Wilson Pickett, The Foundations, entre muitos outros; além do Soul, abriu-me as portas para o Funk e para Prince, James Brown, Bill Withers, etc.

Alanis Morissette - quando saiu o álbum "Jagged Little Pill" foi um marco musical

Counting Crows - a forma como apresentam os seus temas originais, IndiePop com incursões pelo Folk e Jazz, marcou a maneira como passei a compor as minhas músicas

Dave Matthews Band - uma verdadeira revolução na forma como abordavam as actuações ao vivo: músicas extensas, concertos em que os músicos se voltam para si e se divertem numa espécie de comunhão espontânea e volátil, como acontece no Jazz, para, então, entreter o público; cada concerto é uma verdadeira pérola

Pedro Abrunhosa - quando apareceu em 1994, foi um desatino! Reeducou a minha paixão pela música portuguesa de uma forma incrivelmente intensa; fórmula perfeita de combinar Jazz, Pop e Rock. O primeiro concerto que vi dele com os Bandemóneo foi brutal!

Ben Harper - uma nova forma de fazer música de intervenção; outra voz masculina que me fascinou na forma e no jeito de cantar; a par com Jeff Buckley e David Growl, influenciou a minha educação musical como cantor

K's Choice - um colosso em termos de composição Pop e arranjos vocais. Algo de verdadeiramente avassalador para a minha sensibilidade

Kula Shaker - uma das bandas que mais me impressiona na forma como misturam e acrescentam Wolrd Music e coisas étnicas aos seus temas de Rock

Porcupine Tree - uma revolução na forma de fazer Rock Progressivo e Rock SInfónico

Sister Hazel - costumo dizer que são a versão de verão dos Counting Crows; vieram trazer um boom incrível à minha capacidade de compor e fazer músicas; depois deles, passei a fazer por volta de 20 temas por ano... hoje em dia o número aumentou e a qualidade também

Ornatos Violeta - fizeram-me voltar ao Rock de forma intensa, como já não sentia há alguns anos; o Manuel Cruz é um colosso na escrita!!

Aimee Mann - depois de ver o filme Magnólia, decidi conhecer a sua obra; grande influência em termos de composição, adoro a forma como cola as referências clássicas

Clã - a minha escolha como banda portuguesa de referência; são do melhor que há em palco, em vários tipos e formas de actuação, a compor em português (com a ajuda do T, do Sérgio Godinho, e outros) e a fazer versões... ui, a fazerem versões são um colosso!

Jamie Cullum - quando apareceu, fez explodir a forma como o Jazz chega ao público de massas (a par com a Norah Jones, Diana Krall e o Michael Bublé); as suas versões de temas do Jimi Hendrix ou dos Radiohead, bem como de vários standards de Jazz, trouxeram muita frescura ao mundo da música

Norah Jones - chamou o Pop, o Folk e o Country para o mundo do Jazz; tem uma voz perfeita e adoro o som do Rhodes nas suas músicas

André Indiana - a prova que se consegue ainda hoje fazer rock clássico de forma original e sem desrespeitar o que já existe; foi um prazer abrir um dos seus concertos com WHY em 2005

Pato Fu - uma surpresa interessante do outro lado do oceano; o que têm de bom, é de facto muito bom, e o que têm de menos bom não me chateia minimamente; banda de referência a par com os Skank e outros

John Mayer - trouxe uma percepção diferente do que pode ser um concerto, noutro tipo de ambiente, diferente da DMB, e de que vale a pena continuar a apostar nas minhas músicas originais enquanto as vou misturando com covers na Kazoo Love Orchestra

KT Tunstall - trouxe-me tanta coisa interessante... o seu álbum "Acoustic Extravanganza" é uma pérola!

Sondre Lerche - depois de ver o filme "Dan in Real Life", fiquei encantado com a música deste tipo; gosto da forma como mistura coisas de forma original

Joe Purdy - a sensibilidade em pessoa; mostra-me como a música pode ser simples e complexa ao mesmo tempo, algo que por vezes os músicos esquecem ou deixam de lado; ponho Damien Rice, Martin Sexton e Amos Lee na mesma categoria

The Gabe Dixon Band - talvez o som que mais se assemelhe, em termos instrumentais, ao que eu quero que seja a minha banda; não me incomoda nada que já existam!


Como é óbvio, deixei de fora muitos nomes de músicos, interpretes bandas e projectos musicais porque seria quase uma tarefa para durar anos ou até impossível de realizar. Assim, fiz a compilação que a minha memória permitiu em tempo útil.

Agora em jeito de adjuntamento sem rei nem roque (retirados os nomes que já referi):

- bandas e músicos que me dizem muito e não me apetece explicar porquê (lol):
Dire Straits, Supertramp, Crosby, Stills, Nash & Young, Deep Purple, Led Zeppelin, The Fleetwood Mac, Yes, The Who, Irmãos Catita, Pluto, Blasted Mechanism, Portishead, Sigur Rós, Pomplamoose, The Cardigans, Oasis, The Black Crowes, Tito & Tarantula, Xutos & Pontapés, Ladysmith Black Mambazo, Zero 7, Green Day, Skunk Anansie, Fiona Apple, Cat Stevens, Joan Osborne, Rui Veloso, Rita Lee, Jacques Brel, Gilbert Bécaud, Georges Brassens, Léo Ferré, Mafalda Veiga, Susana Félix, Tiago Bettencourt, Tori Amos, Mário Laginha, Joe Cocker, Sting, Bob Marley, Jimi Hendrix, James Morrison, Robbie Williams

- compositores que mexem comigo:
Roger Waters, Lou Reed, Thom Yorke, Mark Knopfler, Tom Waits, Caetano Veloso, Chico Buarque, Djavan, Prince, Stevie Wonder, Van Morrison, Bryan Adams, Beethoven, Verdi, Astor Piazzolla, Rodrigo Leão

- vozes femininas que me impressionam (não sejam preconceituosos, ok!?): Joss Stone, Christina Aguillera, Whitney Houston, Mariah Carey, Beyoncé Knowels, Celine Dion (mais a cantar em francês), Sara Tavares, Sheryl Crow, Julianne Hough, Taylor Swift, Faith Hill, Brandi Carlile, as Dixie Chicks, Sarah Vaughan, Ella Fitzgerald, Etta James, Aretha Franklin, Maria João, Buika, Maria Rita

- vozes masculinas que me impressionam: Freddie Mercury, Bobby McFerrin, Michael Bublé, Harry Connick Jr., David Growl, Ben Harper, Stephen Tyler, Prince, Jeff Buckley, Brian Johnson, Manuel João Vieira, Francisco Menezes


Mesmo que vos pareça estranho, entediante ou fora de contexto e não apreciem este post, nem vos passa pela cabeça o prazer que deu a escrevê-lo! Nem imaginava, de início, no que viria a dar e as recordações deliciosas que me traria à memória presente. Fantástico! Qualquer dia faço um sobre cinema e talvez outras artes também...

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Lieutenant Dan

Porque é que na América todos os tenentes do exército se chamam “Lou”?


(esta tem direitos de autor, foi inventada pelo meu irmão ou ele ouviu em algum lado, seja como for, está a coisa devidamente autorizada…)

sábado, 7 de novembro de 2009

Tempo, relações e peidas reais

Pegando num comentário que deixei no blog da Cristal, achei por bem criar um novo post para serrar presunto e partir alguma brita, que é como quem diz, abrir as hostilidades em termos de brainstorming virtual à volta do tema...

Nesta fase da vida em que me encontro, e nisto de certo que não estou sozinho, acabo por passar algum tempo a sós e isso levanta algumas questões. Quando não é a mim mesmo, são amigos e familiares que me abordam com dicas e conselhos sobre o tema "relações". Por um lado temos o provérbio sempre válido que diz que "mais vale só, que mal acompanhado", por outro lado temos a voz da experiência de pessoas mais velhas que referem que mais vale mal acompanhado que só. Sendo assim, em que é que ficamos!?
Quer estejamos sozinhos ou acompanhados, devemos sempre tentar estar o mais confortáveis possível e não falo apenas sobre o local onde sentamos e encostamos a real peida e os costados, mas sim lembrar que quer seja no local de trabalho com chefes e colegas parvos, numa sala de aula com o professor mais entediante deste planeta e arredores, num almoço de família repleto de gente chata e bizarra, num encontro de casais em que temos de aturar os namorados/maridos e namoradas/esposas dos nossos amigos, que nem nos dizem nada de especial e até parece que fazem de propósito em tentar ser o mais irritantes possível, interessa sempre que passemos esse tempo com qualidade porque só assim sairemos a ganhar com essas experiências. Caso contrário, acaba por ser um gasto estúpido de tempo e só ficamos a perder com isso, dupla e triplamente, até.
Como homem, e levando a coisa para os meandros das relações a dois, posso dar o exemplo que me compete e mostrar que qualquer tópico de conversa pode ser interessante. As mulheres muitas vezes acusam os homens de serem básicos, simples e previsíveis mesmo antes das relações se iniciarem, mas deixo aqui alguns exemplos interessantes... ou não!

- uma conversa sobre motas pode ser sobre engenharia e tecnologia

- uma conversa sobre carros pode bem ser sobre arte conceptual, ambiente e um futuro sustentável para a humanidade

- uma conversa sobre sobre bola também pode ser sobre política, corrupção e comportamentos sociológicos de grupos e massas

- uma conversa que pode ser muito interessante entre duas pessoas que ainda não o fizeram e que, de certa forma, poderão estar inclinadas para o fazer antes, depois ou até durante a conversa (deixo isto à imaginação de cada um)

No fundo, conversa mole é que não interessa a ninguém! Interessa sim, que quando passamos tempo sozinhos ou com alguém, seja quem, quando, como e onde for, devemos apostar em sentirmo-nos o mais confortável possível e em transformar o tempo em "tempo de qualidade", porque de outra forma em vez de investirmos tempo, gastamo-lo e isso, se não é crime ou um atentado à humanidade, devia ser!

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Coisas chatas e irritantes… por tópicos! parte 3

terminando...

na cozinha
- aquela ervilha idiota que se tresmalha do rebanho e foge para algures, onde só 8 meses depois é encontrada e naquele momento perdemos 10 minutos a tentar achá-la
- queimaduras com vapôr, porque nos esquecemos do mais óbvio e tentamos espreitar para dentro do forno assim que abrimos a porta

na casa-de-banho
- o chuveiro que deita um esguicho de água desalinhado dos restantes e que molha, de forma irritante, zonas do corpo que não era suposto
- fazer a barba todos os dias
- aquelas ramelas resistentes que magoam horrores quando as tentamos tirar com os dedos, mesmo depois de já termos tomado duche ou lavado a cara
- a magana da cortina da banheira que se cola às costas durante o duche

na casa de amigos
- quando o prato principal do jantar é exactamente aquilo que menos gostamos de comer
- a mãe de um daqueles nossos amigos que ressona ao nosso lado no sofá enquanto tentamos ver um filme e que decide mudar para a novela sempre que acorda
- aquele puto hiperactivo filho de um casal nosso amigo que não nos deixa conversar

em geral
- ter vontade de espirrar e não conseguir
- tratar dos impostos
- adeptos do SLB quando ganham e do FCP em qualquer momento
- o cotão no chão e os borbotos nas camisolas
- gente alta à nossa frente e gente que não se cala atrás de nós quando estamos no cinema
- o Toni Carreira
- meias brancas
- gente parva

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Coisas chatas e irritantes… por tópicos! parte 2

continuando...

na política
- o tom de falinhas mansas de José Sócrates quando está a pedir a arrogância do mesmo quando está a mandar
- as alarvidades de Alberto João Jardim
- o gasto pouco ecológico de toalhetes desinfectantes por Paulo Portas durante as visitas a feiras e mercados em tempo de campanha

no escritório
- chefes incompetentes com a mania que fazem tudo bem!!!
- colegas com conversas chatas, que coleccionam filhos, fotografias das férias no Algarve, post its no ecran do computador e resmas de papel A4 que levam para casa (alegadamente para os filhos usarem para desenhar)
- o cabrão do novo achorddo hortoghráphiko

na internet
- popups de publicidade
- sites gays que no início pareciam ser de straight porn
- viroses causadas por zips manhosos que vinham em mails de gente, supostamente, de confiança
- powerpoints feitos por brasileiros

na estrada
- a quantidade de Qashqais que há por aí!!
- conduzir com o pára-brisas sujo e sem água nos esguichos num final de tarde e com o sol pela frente
- gente que muda de fila sem avisar
- a malta que não faz piscas nas rotundas
- os tipos que desligam os máximos quando já se encontram demasiado próximos de nós, vindo de trás ou em sentido contrário, e os que, quando vêm de frente, decidem ligá-los naquele exacto cagagésimo de segundo ANTES de se cruzarem connosco

no supermercado
- os bips ensurdecedores das máquinas registadoras
- os sacos de plástico que demoram uma eternidade e demasiada destreza para se abrirem enquanto as mercas vão rolando no tapete e acumulando de forma assustadora, estando o carrinho ainda vazio e a senhora da caixa já vai pedindo para pagarmos
- o único saco de compras que se rompe no trajecto do supermercado para o carro ser o que leva os ovos

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Coisas chatas e irritantes… por tópicos! parte 1

Alguns destes itens já foram abordados anteriormente e outros aparecerão, certamente, em posts futuros, mas por agora deu-me a gana de elaborar uma listagem de "coisas chatas e irritantes" que não carecem de grandes explicações. Só para ver como é que a malta reage...

na música
- toda a década dos anos '80 mais 2 ou 3 anos antes e 4 anos da década de '90
- a guitarra do The Edge dos U2
- a voz do vocalista dos B52
- os teclados do Yanni e do Vangelis
- as camisas do Brian May dos Queen
- os videoclips da Britney Spears e da Rhianna
- a Madonna!
- os musicais do Andrew Lloyd Webber e as cópias rascas do La Féria
- o tema “Final Countdown” dos Europe que ainda se vai ouvindo em algumas festas e discotecas por esse mundo fora

no cinema
- os finais dos filmes do Spielberg
- as câmaras lentas do Michael Bay
- nos filmes americanos as bebidas nunca são consumidas até ao fim e as portas dos carros que nunca são trancadas e por vezes até deixam os vidros abertos

na televisão
- os monólogos do Horatio Cane
- os intervalos durante filmes e séries na TVI que por vezes demoram mais de meia hora
- os anúncios com o Marco Paulo
- os concursos com a Teresa Guilherme
- a parvoeira já sem graça do Herman José
- as caras de parvo que os actores dos Malucos do Riso fazem no final das piadolas

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Tesla, carros eléctricos e conspirações

Dando continuidade ao tema mais eléctrico do momento, ambiental e comercialmente falando, lembrei-me de dar a conhecer um verdadeiro carro desportivo de prestações comparáveis à grande maioria dos desportivos a gasolina, mas completamente eléctrico - o Tesla Roadster - um carro familiar totalmente eléctrico que iniciou a sua produção este ano - o Tesla Models S - e aquele que foi o primeiro carro eléctrico a ser comercializado... e por incrível que pareça, logo tinha de ser no mercado americano!

Nikola Tesla
"Foi um inventor nos campos da engenharia mecânica e electrotécnica, de etnia sérvia nascido na aldeia de Smiljan, na Fronteira Militar, no território da actual Croácia. Era súbdito do Império Austríaco por nascimento e mais tarde tornou-se um cidadão norte-americano. Tesla é muitas vezes descrito como um importante cientista e inventor da idade moderna, um homem que «espalhou luz sobre a face da Terra». É mais conhecido pela suas muitas contribuições revolucionárias no campo do electromagnetismo no fim do século XIX e início do século XX. As patentes de Tesla e o seu trabalho teórico formam as bases dos modernos sistemas de potência eléctrica em corrente alterna (AC), incluindo os sistemas de distribuição de energia multifásicos e o motor AC, com os quais ajudou na introdução da Segunda Revolução Industrial. Aparte os seus trabalhos em electromagnetismo e engenharia electromecânica, Tesla contribuiu em diferentes medidas para o estabelecimento da robótica, controlo remoto, radar e ciência computacional, para a expansão da balística, física nuclear, e física teórica. Em 1943 o Supremo Tribunal dos Estados Unidos acreditou-o como sendo o inventor da rádio. Muitos das suas realizações foram usadas, com alguma controvérsia, para apoiar várias pseudociências, teorias sobre OVNIs, e as primeiras formas de ocultismo New Age."
in Wikipedia


Tesla Motors
Tesla Motors, Inc. é uma marca de automóveis eléctricos situada no famoso Silicon Valley, criada com o intuito de desenvolver veículos elétricos de alta performance, fundada em 2003, sendo o seu nome uma homenagem ao inventor Nikola Tesla.
site oficial: http://www.teslamotors.com/

Tesla Roadster
Roadster elétrico produzido pela Tesla Motors. Tem uma autonomia de 350 km com um único carregamento da sua bateria de Li-ion e uma aceleração de 0-100 km/h em 3,9 segundos.

Tesla Model S
Sedan desportivo elétrico produzido pela Tesla Motors.


General Motors EV1
Primeiro carro elétrico a ser produzido por uma grande empresa automóvel. Foi introduzido no mercado em 1996 e a sua produção foi interrompida em 1999. Entre 2003 e 2004 todos os carros alugados foram removidos do mercado e a maioria destruidos, tendo alguns ainda sido doados a museus e universidades. A interrupção da produção e a sua retirada forçada do mercado foi e continua a ser um tema altamente controverso, largamente questionado por grupos ambientalistas um pouco por todo o mundo.
- publicidade que nunca chegou a aparecer na tv: 1 e 2
- documentário "Who Killed The Electrical Car?"
- reportagem da BBC em 1996

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Bicicletas, números e YikeBike

Ganda número!!

Só tenho uma palavra para descrever... BRUTAL!!!

Vejam ambos os vídeos, o de apresentação e o de teste (thumbnail no canto inferior direito no site), até ao fim porque vale a pena.

http://www.yikebike.com/

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Jazz no feminino e em português

Ok, não é necessariamente Jazz feminino em português e sim portuguesas a cantar Jazz. Vale bem a pena conhecer estas meninas de vozes bem interessantes que andam por aí, e fora de programas como o do Júlio Isidro, festivais de Jazz ou locais como o Hot Club Portugal e a Fábrica Braço de Prata, raramente se dão a mostrar ao (grande) público.

Marta Hugon

Claudia Franco

Joana Machado

Mariana Norton

Inês Sousa

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Ele há gajos muita marados!

Ok, depois do Woody Allen, do Larry David e também do Saramago, juntando talvez, e porque não, aqui a maluqueira privada de yours trully, só mesmo este maluquinho para elevar a fasquia da insanidade neste blog...
(prometo que um dia ainda vos conto umas histórias do meu amigo Rashid)

cromíce da bola
http://www.youtube.com/watch?v=Y3LRf2DqwZA

Super Mario Kart
http://www.youtube.com/watch?v=MytfhzcSF-Y&feature=fvw

Pac-Man
http://www.youtube.com/watch?v=pIrvpn3k9A4

Astronaut
http://www.youtube.com/watch?v=GAONkS06LFU&feature=channel

Ski-Jump
http://www.youtube.com/watch?v=n3or3TUuEIk&NR=1

Saving Private Rémi
http://www.youtube.com/watch?v=qrlrMYbMMFg&feature=channel

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

YouTube, MeTuga: Pomplamoose

Depois da fantástica descoberta da Julia Nunas no YouTube, heis que vos apresento os Pomplamoose.

YouTube
MySpace

aqui fica um cheirinho...

Expiration Date (original)


Single Ladies (cover da Beyoncé)


roadtrip para gravar um tema com a Julia Nunes...



...e não é que fizeram mesmo o site??? LOL
Things Sean Connery Should Say

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Dr House in the house!

Acabei de ver o primeiro episódio da 6ª temporada do House e fiquei completamente passado! Quando pensava que o último episódio da 5ª temporada teria sido o melhor final possível para toda a série e julgando já ter assistido a tudo no decorrer das 5 temporadas que precederam, heis que me surpreendem mais uma vez e quando menos esperava. O episódio de hoje foi soberbo, uma verdadeira obra de arte em televisão e por incrível que pareça, dada a especificidade intrincada que normalmente acompanha cada episódio da série, funciona por si sem grande necessidade de recorrer a episódios anteriores para contextualizar a personagem, está lá tudo. Um autêntico filme em quantidade de tempo e qualidade de conteúdo, incrivelmente bem escrito, genialmente realizado e com uma introdução fantástica ao som de um dos melhores temas dos Radiohead. Deu para rir, para pensar, para chorar e para ansiar por mais. Esta série é sem dúvida das melhores coisas que já apareceram por aí. Se tivesse de definir numa só palavra? ...brutal!!

Como o YouTube impede de embeber qualquer vídeo dos Radiohead em sites e blogs, podem seguir este link para ouvir o tema que acompanha a introdução deste episódio:
YouTube: Radiohead, No Surprises

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Deus, internet e pragas bíblicas inteiramente merecidas

Ok, eu percebo, pela lógica que lhe dá fundamento, que deus esteja em todo o lado. Mas como é que é possível, além de um ou outro site de confissões e planos de pagamentos por PayPal ou cartão de crédito de esmolas online, que deus esteja nos powerpoints e nas mensagens spam do Hi5??? Custa-me crer que o tipo perca tempo a surfar na net e se por acaso o faz, duvido que tenha paciência para chekar mais alguma coisa além concepts de automóveis revolucionários a sair daqui por 2 ou 3 anos, vídeos de coisas estranhas no YouTube ou gajas nuas a fazer sexo com tudo o que mexe, quer respire ou vibre a poder de pilhas ou corrente de 220v. Porquê os ursinhos em formato de desenho que nem se podem abraçar e sentir o pelo a feder a pó de uma década em cima da cómoda do quarto? Porquê a princesa e o sapo/príncipe em histórias que metem anões e não há orgias no final? Porquê a ameaça de perdermos o comboio da felicidade se não reenviarmos aquela idiotíce a 20 amigos no espaço de 1 dia? Porquê!?!? Se deus existe, e tal como Saramago tão bem descreve, sendo vingativo e torcionário, há-de lançar uma praga de gafanhotos, bolas de fogo ou um dilúvio em formato de email para esta gente que anda a brincar com a tropa! Vendo bem, a Igreja Católica anda a atrasar-se no tempo porque ainda não aproveitou estas provas em forma de spam e virus digitais, dignos das maiores pragas bíblicas do antigo e novo testamentos, para canonizar o inventor da internet e demonstrar que deus existe.