O blog que vai bem com meia dose de migas de espargos, uma caneca de Mokambo e um rebuçadinho de mentol.
quarta-feira, 6 de agosto de 2025
Carros, gadgets e o futuro
terça-feira, 11 de março de 2025
Idades, gerações e pilotos de F1
Se começarem com referências obscuras ao Rally da Madeira, à rampa da Falperra, a provas de enduro ou motocross ou mesmo ao MotoGP que não seja o Miguel Oliveira é que vai ser tramado.
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025
Este blog faz hoje 20 anos
Não sei se é uma espécie de milestone ou algo para recordar, mas este blog faz hoje 20 anos!
E pronto, é isso. São 20 anos a desabafar, 20 anos a acumular irritações, 20 anos a escrever disparates.
Não sei se alguém lê estas "postas de pescada" mas a mim dá-me muito gozo escrevê-las.
Se serve para alguma coisa!? Não, mas é obra!
terça-feira, 21 de janeiro de 2025
Trump e Musk, saudação romana e armários bafientos
O que dizer do que se passou ontem!?
"Trump foi eleito democraticamente"
...ok, facto, mas é inteiramente discutível porque os republicanos - com a ajuda dos gurus da tech (Musk, Zuckerberg, Bezos, Cook, etc.) - controlam a narrativa política e muita da desinformação que circula nas redes sociais e, como tal, facilitando a moldagem da opinião pública. Desinformação e o chorrilho de mentiras no seu discurso e da corja que o segue.
"Trump diz que foi salvo por deus para salvar a Amárica"
...eh pá, depois dos linfomas e leucemias em crianças, é mais uma razão para não acreditar em deus!
"aquilo que o Elon Musk fez foi a saudação romana"
...e onde é que o Mussolini e os nazis foram buscar a saudação que usavam!?
Sabendo que a História é cíclica, que as modas voltam e que os ciclos políticos são o melhor exemplo de alternância que se pode usar para explicar que, mais tarde ou mais cedo, tudo acaba por voltar, acredito mesmo que estamos numa fase em que isto ainda vai piorar antes de começar a melhorar!
E não haverá muito a fazer para além de evitar a todo o custo discutir com idiotas e - para quem tem redes sociais - desamigá-los e deixar de os seguir, por uma simples questão de sanidade mental! É manter essa gentinha irritante, histérica e delirante à distância! Não há pachorra!!
O que tenho visto nos últimos tempos e se verá nos próximos semanas e meses, mais parece uma estranha e bizarra peça de teatro de revista em que os gays e trans voltam para dentro do armário e os fascistas saem dele cá para fora. Não é só por estarmos no pico do Inverno e estar de chuva que o ambiente tresanda a bafio!!
Agora a sério... é evitar navegar em mar alto, procurar um porto de abrigo e deixar a tempestade passar.
quinta-feira, 25 de abril de 2024
25 de Abril, folgas e tentativas
domingo, 10 de setembro de 2023
Um sério update, um update sério ou um update em série
sábado, 29 de julho de 2023
Músicas, coincidências e aparelhos nos dentes
quinta-feira, 30 de junho de 2022
Realidade virtual, metaverso e invisibilidade
Desde miúdo que gosto de super-heróis e desde essa altura que de vez em quando, secretamente, penso: "se tivesse um super-poder, qual seria!?"
Já pensei em vários, mas o que mais vezes me veio à cabeça foi o da invisibilidade.
Passados estes anos todos e ao ler notícias e ver reportagens e alguns documentários, apercebendo-me que a realidade virtual e o metaverso são, não só uma realidade, como muito provável e rapidamente se tornarão moda, dou comigo a pensar em super-poderes mais uma vez:
- "quando esta gente toda estiver ligada ao metaverso com óculos de realidade virtual e phones, completamente alheados da realidade, vou finalmente conseguir ser invisível no meio de toda a gente..."
Ok, não vai dar para roubar um banco ou comer chocolates e bolos numa pastelaria até cair para o lado - assim de repente é o que me vem à cabeça como "coisas a fazer se fosse invisível" - mas vou andar muito à vontade no meio da rua, porque vai estar toda a gente em casa ligado e online.
Seria anedótico, se não fosse o futuro em breve... ts ts ts
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022
Sporting, derrotas e crescimento
domingo, 5 de dezembro de 2021
Um sério update, um update sério ou um update em série
sexta-feira, 3 de setembro de 2021
Pôr do Sol, humor e revolução televisiva
Pôr do Sol é o que de melhor aconteceu à televisão portuguesa desde o Duarte e Companhia!
É uma espécie humor da tradução portuguesa do "Dragon Ball" dos anos '90 (pela malta que viria a fundar as Produções Fictícias e a escrever para o Herman José) meets "Tal Canal" meets telenovela mexicana, com a história, os clichés, o humor físico, as personagens, os actores, a banda sonora, o genérico... tudo funcionar em harmonia para nos agarrar a uma "novela" que, se fosse a sério, não tinha ponta por onde se pegasse.
domingo, 15 de agosto de 2021
Música, rádio e Beja nos anos 90
domingo, 8 de agosto de 2021
Crianças, adultos e caixas de cartão
Uma das coisas que se torna normal quando somos adultos é passarmos a guardar caixas de cartão, só porque são mesmo boas caixas de cartão.
Em mais novos podem ser carros, naves ou uma máquina de viajar no tempo...
...mas em adulto, pode haver necessidade de guardar algo na garagem ou no sótão, uma venda no OLX que precise de ser enviada por correio, para transportar alguma coisa...
Bem, pode dar jeito e guarda-se em vez de ir para a reciclagem... e depois acumulam-se várias e nunca passam de caixas vazias em stock... um stock de caixas vazias!
segunda-feira, 26 de julho de 2021
Namoradas, namorados e selfies
quarta-feira, 12 de maio de 2021
Sporting, clube e conquistas
Não desfazendo na grandeza do clube Sporting Clube de Portugal, especialmente em ano de grandes conquistas em várias modalidades desportivas, é realmente relevante, digno, fantástico e épico quando o under dog dá lições de ética aos outros clubes em Portugal.
Por questões que se prendem com a educação que me deram, pelas minhas experiências de vida e até coisas tão simples como um livro, um filme ou uma série, toda a minha vida torci pelo "candidato" mais fraco em qualquer contexto que essa situação se apresentasse... e, naturalmente, tinha de ser sportinguista!
Claro que o Boavista também era o under dog em 2001, claro que também torço pelo S.C.Braga ou o Guimarães para o campeonato e taças, até por qualquer clube português nas provas europeias, mas em 2000, estando na Praça Sony à espera de um concerto que teria lugar naquela noite, vindo de um período em que apenas torcia por jogadores - nomeadamente pelo trio de tugas no Barça do final dos anos '90 - naquele momento percebi qual era o meu clube! Ok, escolhi o Sporting em momento de viragem e de vitória, mas a sua história recente, à data, a forma como os adeptos fizeram aquela bonita e estrondosa festa, bem como por outras razões pessoais - que só mais tarde compreendi e encaixei - fizeram-me escolher, consciente e inconscientemente, este clube enorme que é o Sporting Clube de Portugal!
A vitória no jogo de ontem contra o Boavista no Estádio de Alvalade revelou um pouco do que foi toda a época desportiva da equipa de futebol: experiência q.b., muita irreverência e inconformismo típicos da juventude da grande maioria do plantel, muita entrega ao jogo, algum sofrimento, dificuldade em que a bola entrasse apesar do grande caudal ofensivo e do muito bom e bonito futebol que se praticou, alguma sorte, porque não dizê-lo - até porque isso faz parte da atitude e também do trabalho de casa e de bastidores, "a sorte faz-se" - mas acima de tudo muita dignidade e a noção de que estávamos lá quase, que só faltava "aquele bocadinho assim" e que era justo, justíssimo por todo o percurso e, até, pelo passado recente que manchou a história do clube e do futebol em Portugal, nas mãos de um presidente com traços psicopatas e sua corja seguidora, com espirito criminoso e terrorista.
É bonito ver e admirar um presidente de clube recatado, tranquilo, digno e no seu canto; é bonito ver um treinador cheio de potencial conseguir estar por cima de tudo o que lhe provocaram pessoal e profissionalmente, com uma maturidade e visão fora do comum para a idade; é bonito ver jogadores veteranos repescados como Adán, Coates, Neto, João Pereira, Antunes e João Mário a reinventarem-se, agarrando com unhas e dentes a oportunidade que lhes foi dada; é bonito ver jogadores cheios de potencial serem preteridos mas ainda assim a trabalharem muito e a torcer como adeptos no banco ou na bancada como o Max, Eduardo Quaresma ou Tiago Tomás; é bonito ver como o Paulinho e o próprio Rúben Amorim souberam estar ao nível do valor que o mercado lhes atribuíu, calando as muitas e críticas com atitude, dedicação, trabalho e resultados - como é apanágio do Sporting, de quem faz parte do clube e de quem saiu da sua formação, como o Cristiano Ronaldo, mostrando o verdadeiro ADN do clube e instituição; é bonito ver tantos portugueses no plantel e tantos deles tão novos, alguns juniores, a jogar na equipa principal como gente grande, equilibrando irreverência e maturidade de forma tão eficiente; é bonito ver uma comunicação simples, limpa e sem alimentar casos, confusões e problemas tão típicos do futebol neste país, por vezes tão alimentador do culto da mediocridade e pequenez tacanha... e é bonito receber os parabéns de muitos amigos e conhecidos, adeptos de outros clubes, invariavelmente referindo e sublinhando a palavra "merecido"!
É bonito ver este Sporting campeão de futebol em 2020/21, como é bonito ver a equipa de futsal campeã da Europa, como a Telma Monteiro e tantos outros em tantas modalidades neste ano fantástico!
É bonito, é motivo de regozijo e muito orgulho!! Estou muito contente!
sábado, 10 de abril de 2021
Cabelo, ansiedades e crises de meia idade
sábado, 13 de março de 2021
Clã, Sérgio Godinho e Festival da Canção
quarta-feira, 20 de janeiro de 2021
Concertos, palcos e música a sério
sexta-feira, 10 de julho de 2020
Redes sociais, estupidez e factor de transmissibilidade
- "Antes educava-se pela culpa, hoje em dia educa-se pela vergonha."
De facto, vivemos tempos estranhos em que se perdeu a noção de muitas das lições que a História nos ensinou, nomeadamente com os acontecimentos à volta das grandes guerras, da emancipação da Mulher, do poder do voto, das crises financeiras e sociais e mesmo de períodos epidemias. Parece que as pessoas se esqueceram, ou não sabem mesmo, que precisámos de sofrer e penar muito para atingir um determinado nível de consciência social.
Analisando o percurso de Trump, Bolsonaro, André Ventura, mas também do Kanye West, Kardashians e aqueles que se arrogam saber tudo e mais alguma coisa, ou pelo menos muito mais que os outros, as redes sociais e a forma diletante como se encaram os assuntos e os acontecimentos só serve um propósito maior: a promoção sistemática da estupidez!
Liberdade de expressão, claro e toda a gente merece ter uma opinião... mas porque é que se dá tanto tempo de antena aos chicos-espertos, que primam por embandeirar em arco, emprenhar pelos ouvidos e arrotar arrojadas postas de pescada a torto e a direito... os idiotas! E ainda por cima se mete like e se partilha logo de seguida o que aquelas personagens e ‘artistas de circo’ trouxeram à luz do dia... epá, era deixá-los dizer o que querem e depois dar-lhes a oportunidade de se espalharem ao comprido!
Há uma outra frase que apanhei na net aqui há tempos que diz: "talentless is the new talent!" e isto só pode ser resultado de tanto concurso, reality tv, exposição nas redes sociais, só pode!
Não sei de quem é a culpa, mas isto é vergonhoso!
E, já que estamos em tempo de pandemia, é óbvio que a estupidez tem um "R", ou factor de transmissibilidade, bem superior ao da Covid-19.
sábado, 14 de março de 2020
Universo, Natureza e Humanidade
“Acredito que o Universo tem a sua maneira de equilibrar as coisas e as suas leis quando estão viradas do avesso. O momento que vivemos, cheio de anomalias e paradoxos, dá que pensar. Numa altura em que as alterações climáticas causadas por desastres ambientais chegaram a níveis preocupantes, primeiro a China e depois tantos outros países veem-se obrigados ao bloqueio. A Economia colapsa, mas a poluição diminui consideravelmente. O ar melhora; usam-se máscaras, mas respira-se.
Num momento histórico em que algumas ideologias e políticas discriminatórias, com fortes referências a um passado mesquinho, estão a reativar-se em todo o planeta, chega um vírus que nos faz perceber que, num instante, podemos ser nós os discriminados, os segregados, os bloqueados na fronteira, os portadores de doenças. Mesmo que não tenhamos culpa disso. Mesmo que sejamos brancos, ocidentais e viajemos em classe executiva.
Numa sociedade fundada na produtividade e no consumo, em que todos nós corremos 14 horas por dia na direção não se sabe muito bem de quê, sem sábados nem domingos, sem feriados no calendário, de repente chega o “parem”. Fechados, em casa, dias e dias. A fazer contas com o tempo do qual perdemos o valor. Será que ainda sabemos o que fazer dele?
Numa altura em que o acompanhamento do crescimento dos filhos é, por força das circunstâncias, confiada a outras figuras e instituições, o vírus fecha as escolas e obriga a encontrar outras soluções, a juntar a mãe e o pai com as crianças. Obriga a refazer família.
Numa dimensão em que as relações, a comunicação, a sociabilidade se processam principalmente no “não-espaço” do virtual, das redes sociais, dando-nos uma ilusão de proximidade, o vírus tolhe-nos a verdadeira proximidade, a real: que ninguém se toque, nada de beijos, nada de abraços, tudo à distância, na frieza do não contacto. Até que ponto dávamos por adquiridos estes gestos e o seu significado?
Numa altura em que pensar no próprio umbigo se tornou regra, o vírus envia uma mensagem clara: a única saída possível é através da reciprocidade, do sentido de pertença, da comunidade, do sentimento de fazer parte de algo maior, de que cuidamos e que pode cuidar de nós. A responsabilidade partilhada, o sentir que das nossas ações depende não apenas o nosso destino mas o de todos os que nos rodeiam. E que dependemos das deles.
Por isso, deixemo-nos da caça às bruxas, de perguntar de quem é a culpa ou porque é que tudo isto aconteceu, e perguntemos antes o que podemos aprender com isto. Creio que temos todos muito para refletir e fazer. Porque para com o Universo e as suas leis, evidentemente, temos uma grande dívida. Explica-nos o vírus, com juros muito altos.”