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sexta-feira, 1 de setembro de 2023

Saúde, vida e desgraças

Aqui há uns anos apanhei um susto de saúde valente, assim daqueles mesmo à séria!!

Foi terrível, violento até e durou uns anitos a superar a coisa, mas quando me safei e domei o bicho, decidi aproveitar muito mais as coisas e viver a vida de outra maneira…

Mudei radicalmente alguns hábitos, principalmente a nível da alimentação, troquei de emprego e passei a evitar o stress da área comercial, alterei a estratégia no que a relações diz respeito, passeei e viajei mais e, como consequência, troquei a música pela fotografia.

Deixei-me das noitadas, dos ambientes fumosos e de copos pelos dias com luz e outro tipo de energia.

Noutra área da minha vida, decidi trocar a previsível carrinha por um desportivo com muito gadinho relinchante e a mota clássica por uma hypernaked que fazia 3,3 segundos dos 0 aos 100!!

Entretanto passaram uns anos e, agora que estou casado e com uma filhota a caminho, comprei um SUV Crossover e uma mota trail tipo adventure...

...basicamente para sobreviver ao holocausto zombie que aí vem! ahahahah

sexta-feira, 9 de junho de 2023

Ted Lasso, Apple TV+ e Portugal de fora do hype

Hoje escrevo sobre aquela que pode bem ser a melhor série de sempre a aparecer em televisão... só que não deu na televisão... pelo menos em Portugal! Quer dizer, até está na Apple TV+, só que por cá deve ser rara a pessoa que a subscreve este serviço de streaming... mesmo tendo comprado um Mac, iPad ou iPhone (que oferecem 3 meses gratuitos).

Ted Lasso tem sido um fenómeno global, só comparável a outros fenómenos como o Game of Thrones, o Breaking Bad ou La Casa de Papel, movendo multidões de fãs e promovendo as mais inusitadas reacções, quase todas elas dignas de vídeos virais!

É uma série muito bem esgalhada que partiu de um punhado de sketches na NBC Sports para promover o futebol (soccer) nos EUA, até que alguém disse "vamos fazer uma série com esta personagem"...

Excepcionalmente bem escrita, cheia de referências e easter eggs, com personagens ricas que nos conquistam imediatamente, descrevendo arcos interessantes e deliciosos ao longo das três temporadas, actores fantásticos e surpreendentes, realização e edição competentes, com muitos momentos para nos fazer rir e alguns para fazer chorar, com muito bom feeling e acima de tudo muito coração!!

Foi um fenómeno, não só porque é fantástica, mas porque coincidiu com a pandemia, os confinamentos, os receios, os medos, as incertezas e a falta de esperança no futuro... e, tal como a música "Vai Ficar Tudo Bem", s série Ted Lasso mostrou que sim, que tudo pode ficar bem mesmo quando não se ganha, mesmo quando a vida não corre como pensávamos que seria e quando não se consegue o que se quer... faz tudo parte!

Ted Lasso é uma personagem dos sketches, da série mas agora também da nossa imaginação e não há nada de errado em ser positivo em tempos negativos... sobretudo em tempos negativos!

Com 8.8 no imdb, 89% no Rotten Tomatoes, um incrível rol de nomeações e uma quantidade impressionante de prémios arrecadados em apenas 3 anos, Ted Lasso é provavelmente a melhores e mais surpreendente séries que já vi!

domingo, 25 de julho de 2021

Pandemia, testes e receios

Ando preocupado com as restrições em todo este contexto de pandemia que se arrasta há tantos meses.

São as alterações constantes a cada 2 semanas e não saber com o que se conta para trabalhar, passear ou ir de férias, são as vacinas, são as variantes... tanta coisa que causa instabilidade emocional.

Neste momento, como as coisas estão, ao fim de semana até tenho receio de ir a um restaurante, porque à entrada pedem para fazer o teste... e tenho medo que digam que estou grávido!!

Epá, estou farto disto!

terça-feira, 4 de maio de 2021

Beleza, Dove e redes sociais

Eu, que ando constantemente a cascar nas redes sociais e na forma nefasta como estão a rasgar o tecido social e a delapidar os alicerces da sociedade, um post de cada vez, tiro o chapéu ao esforço muito digno com que a Dove - e os seus responsáveis por publicidade e Marketing - fazem pela redefinição da Beleza nos dias de hoje.

Acho este anúncio realmente fantástico!

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Pandemia, números e chega

Tenho andado a evitar pronunciar-me, de forma séria, sobre a pandemia por estas bandas e tenho estado expectante, mas isto está a chegar a um ponto que merece uma reflexão sobre o que nos define como povo, porque quem manda está nitidamente a falhar, pondo outros interesses à frente da saúde e, por consequência, face aos números, da própria vida humana, mas também quem é (mal)mandado anda a esticar-se muito e a fazer muitos disparates que se podem traduzir em contaminações e em mortes.

- Portugal foi dos muito poucos países na Europa a relaxar medidas durante o Natal;

- Há dias o governo decretou um confinamento algo elástico e permissivo com 52 excepções, mantendo as escolas abertas;

- No Domingo, nas notícias, vi um professor universitário de Matemática apresentar vários gráficos que mostravam nitidamente dois picos na taxa de incidência de Covid-19 nas grupos etários 0-5 anos, 6-13 anos, 14-17 anos e 18-25 anos, respectivamente em Outubro e Janeiro;

- Ontem vi e li nas notícias que Portugal era o primeiro país no mundo em novos casos por milhão de habitante e o 2º no mundo em mortes por milhão de habitante;

- Também ontem o governo anunciou um reforço das medidas, nomeadamente, referindo que a venda ao postigo nos cafés e restaurantes, a permanência junto de cafés e restaurantes e em jardins seria proibido, e centros de dia fechados mas ATL abertos;

Já ouvi vários comentários não oficiais referindo que ainda não se partiu para um confinamento total por causa das eleições e da campanha eleitoral, tendo por base a própria lei e a constituição...

Já ouvi que é pelo peso da economia e influência dos mais variados grupos económicos...

Porra, somos o pior país do mundo neste momento e isto só é comparável à forma como se tratam animais... numa tourada!!!, porque no matadouro acaba-se com o sofrimento com choques eléctricos ou tiros na cabeça, não sendo deixados à porta do hospital em filas de ambulâncias, horas a definhar até morrer!!!

Os hospitais, um pouco por todo o país, estão entre a ruptura e a catástrofe e os profissionais de saúde já arriscam-se a ficar doentes, em burnout ou a dar em malucos!

Porque não se fecha tudo já!?
Porque não se avança para a requisição civil do sector privado da saúde!?
Porque não se tomam decisões práticas e efectivas, de forma assertiva, para produzirem resultados!?
Estão à espera de quê!?

Há gente a morrer todos os dias como consequência de decisões dos responsáveis deste país, mas também por causa de todos os covidiotas que continuam a evitar ficar em casa, não se protegendo a eles e condenando os outros à doença e à desgraça, porque neste momento o que acontece a quem tem um ataque cardíaco, um qualquer acidente!? Em muitos hospitais não há espaço nem pessoal para atender...!!

Há que mudar já... e depois reflectir e sacar responsabilidades!

Quem é que ganha com tudo isto!? O Chega e o fascista do André Ventura, porque até eu já ando farto desta dupla Costa e Marcelo.

(devo deixar registado que jamais votaria no Chega, mas os partidos do arco da governação, esses, não contam sequer com o meu voto útil... mesmo que por consequência e em consciência, infelizmente, isso venha a dar força ao próprio Chega!)

sábado, 21 de novembro de 2020

Pandemia, Natal e covidiotas

Ou seja...

O que conseguiram com isto é que as pessoas que vivem nos concelhos de risco muitíssimo elevado, nos concelhos de risco muito elevado e nos concelhos de risco elevado poderão sair até às 23h das 6as feiras nos fins-de-semana das pontes e ir passear com a família toda para os concelhos de risco moderado, onde poderão andar à vontadinha durante o dia (até às 23h), levando o virus para lá!!

Sinceramente, apelar à consciência de gente irritada ou cansada das restrições e/ou intrinsecamente egoísta é inútil!

Os covidiotas vão matar o Natal 2020!!

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Pandemia, desafios e personalidade

Toda a gente tem as duas idiossincrasias, características definidoras do carácter, personalidade e feitio. Eu tenho as minhas e sei bem quais os defeitos e virtudes que acompanham a minha forma de estar e ser.

O ano de 2020 tem sido um desafio para todos e chego a esta altura e começo a estar ainda mais farto de mim do que da Pandemia.

Um dos meus defeitos é queixar-me muito, sei disso, mas considerando-me um tipo inteligente e observador, seria quase impossível ser diferente. Mas estou apostado em mudar nesse departamento. Estou altamente focado em deixar de opinar, criticar e me queixar tanto...

...mas o sacana do Universo teima em conspirar contra mim e assim não dá!!

terça-feira, 3 de novembro de 2020

Pandemia, John Lennon e planos

Por estes dias lembro-me de muitas metáforas, alegorias, frases feitas e clichés.

Já dizia o John Lennon que “a Covid é aquilo que acontece enquanto fazemos planos”.

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Pandemia, recolhimento e séries

Ainda sem sabermos bem se - mais quando, mas enfim - iremos estar de novo confinados, o recolhimento caseiro já é certo, pelo menos para os próximos dias, E ficarmos presos em casa pode não ser nada chato, se nos prepararmos para tal.

É importante dormir e comer bem, fazer exercício, porque não meditar, jogar jogos de cartas ou tabuleiro - quando há companhia para tal - é bem bom e ler, ver coisas positivas na tv é igualmente pertinente, para não gastarmos a nossa energia toda nos noticiários e na consequente ansiedade que isso gera.

Estas são duas séries que vêm mesmo a propósito deste estado de calamidade a que chegou o ano de 2020, que ainda teima em durar mais 2 meses.

After Life - ao nível do melhor que o Ricky Gervais já nos habituou; aparentemente down mas surpreendentemente uplifting; série interessante, cheia de pormenores que nos põem a reflectir e pensar no que realmente importa na vida.

Ted Lasso - surpreendentemente positiva e carismática, esta nova série que estreou em Agosto deste ano, bem no meio do olho do Furacão Covid! Mesmo para quem não gosta de futebol, é a série que combina na perfeição o melhor humor americano ao mais brilhante humor britânico e de forma super simples e ao mesmo arrebatadora.

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Pandemia, público e restrições

 Bem sei que é necessário haver restrições por causa da pandemia, mas ver jogos de futebol e talk shows, só para nomear dois exemplos, sem público é para lá de estranho!

E por falar em estranho, como raio é que a SIC e o Ricardo Araújo Pereira conseguem ter uma plateia repleta de gente em todos os lugares!?!?

 São todos da mesma família? Fazem todos o teste antes de entrar? ...estranho, indeed!

domingo, 18 de outubro de 2020

Máscaras, toque e smartphones

Tenho participado em conversas e discussões sobre as consequências da pandemia e do confinamento, visto que parece que muitas pessoas, nomeadamente as crianças, andam mais fechadas, voltadas para dentro e a perder a capacidade de socialização e empatia, até mais irritadiças e porque não dizê-lo, parvas!

Há quem diga se perde por causa das máscaras a nível de expressões faciais e linguagem corporal, mas também pela ausência do toque, do abraço...

Eu cá continuo com a sensação de que, apesar de concordar com tudo isto, sendo contextual, o maior problema continua ao nível dos smartphones e redes sociais e o Louis CK tocou na mouche nesta conversa com o Conan O'Brien.


A tecnologia é, de facto, valiosa nesta fase mas não para nos desligarmos e nos fecharmos em nós. Antes pelo contrário.

Acho, sinceramente, que se perderá uma oportunidade única de dar valor ao que realmente importa nas nossas vidas, de nos entendermos melhor uns aos outros e de percebermos o que estamos a fazer ao planeta se não mudarmos a nossa forma de estar e de ver o mundo com o que a Natureza nos está a "ensinar" nesta fase de pandemia.

Se deixamos passar esta fase sem aprender, crescer e amadurecer como pessoas, comunidade e sociedade. Se cedemos ao histerismo e ao medo... é uma pena!

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Covid-19, chatices e sacos de plástico

Com tanta contrariedade, limitação e demais dificuldades inerentes a esta pandemia, aquilo que mais me irrita é estar de máscara num supermercado, querer abrir um saco de plástico para fruta ou vegetais e não conseguir abrir o cabrão do saco de feitio nenhum!!

Normalmente já é difícil, mas neste "novo normal" ainda fica pior não conseguir soprar para os dedos uma baforada de ar quente e húmido, para conseguir abrir o saco mais facilmente.

Santa paciência para esta morraça toda... já farta!!

domingo, 12 de julho de 2020

Pandemia, pessoas e abraços

Estava aqui a pensar se não seria boa ideia as pessoas darem uns mergulhos numa piscina, com água tratada com cloro, lixívia e tal, aproveitando para dar abraços, já que cá fora não se pode.

Parece-me boa ideia!

segunda-feira, 16 de março de 2020

domingo, 15 de março de 2020

Pessoas, Natureza e afinação

Tal como num concerto, em que muita gente que assiste desafina a acompanhar os músicos e a grande maioria das pessoas canta bem e o todo afina (imperfeitamente) na perfeição, acredito que nestas alturas de crise, desafios e até de improviso, a humanidade vai conseguir encontrar o sincronismo, a verdadeira solidariedade, partilha e companheirismo e o mais do que necessário e urgente equilíbrio.

O mundo já precisava de algo que nos ajudasse a "afinar" com a Natureza.

Há males que vêm por bem... há que ter esperança e ser positivo, sempre!

sábado, 14 de março de 2020

Universo, Natureza e Humanidade

Na onda da partilha de textos interessantes, pertinentes e úteis, aqui fica mais um...

“Acredito que o Universo tem a sua maneira de equilibrar as coisas e as suas leis quando estão viradas do avesso. O momento que vivemos, cheio de anomalias e paradoxos, dá que pensar. Numa altura em que as alterações climáticas causadas por desastres ambientais chegaram a níveis preocupantes, primeiro a China e depois tantos outros países veem-se obrigados ao bloqueio. A Economia colapsa, mas a poluição diminui consideravelmente. O ar melhora; usam-se máscaras, mas respira-se.

Num momento histórico em que algumas ideologias e políticas discriminatórias, com fortes referências a um passado mesquinho, estão a reativar-se em todo o planeta, chega um vírus que nos faz perceber que, num instante, podemos ser nós os discriminados, os segregados, os bloqueados na fronteira, os portadores de doenças. Mesmo que não tenhamos culpa disso. Mesmo que sejamos brancos, ocidentais e viajemos em classe executiva.

Numa sociedade fundada na produtividade e no consumo, em que todos nós corremos 14 horas por dia na direção não se sabe muito bem de quê, sem sábados nem domingos, sem feriados no calendário, de repente chega o “parem”. Fechados, em casa, dias e dias. A fazer contas com o tempo do qual perdemos o valor. Será que ainda sabemos o que fazer dele?

Numa altura em que o acompanhamento do crescimento dos filhos é, por força das circunstâncias, confiada a outras figuras e instituições, o vírus fecha as escolas e obriga a encontrar outras soluções, a juntar a mãe e o pai com as crianças. Obriga a refazer família.

Numa dimensão em que as relações, a comunicação, a sociabilidade se processam principalmente no “não-espaço” do virtual, das redes sociais, dando-nos uma ilusão de proximidade, o vírus tolhe-nos a verdadeira proximidade, a real: que ninguém se toque, nada de beijos, nada de abraços, tudo à distância, na frieza do não contacto. Até que ponto dávamos por adquiridos estes gestos e o seu significado?

Numa altura em que pensar no próprio umbigo se tornou regra, o vírus envia uma mensagem clara: a única saída possível é através da reciprocidade, do sentido de pertença, da comunidade, do sentimento de fazer parte de algo maior, de que cuidamos e que pode cuidar de nós. A responsabilidade partilhada, o sentir que das nossas ações depende não apenas o nosso destino mas o de todos os que nos rodeiam. E que dependemos das deles.

Por isso, deixemo-nos da caça às bruxas, de perguntar de quem é a culpa ou porque é que tudo isto aconteceu, e perguntemos antes o que podemos aprender com isto. Creio que temos todos muito para refletir e fazer. Porque para com o Universo e as suas leis, evidentemente, temos uma grande dívida. Explica-nos o vírus, com juros muito altos.”

sexta-feira, 13 de março de 2020

Coronavirus, Covid-19 e Serviço Público

já há algum tempo que aqui não venho e, apesar de achar que o sentido de humor é sempre importante e até essencial em tempos de crise - desde que não seja mandar bocas por "dá cá aquela palha!" - hoje entro logo a matar com coisas sérias.

Esta mensagem não assinada anda a circular nas redes sociais e acho que é importante ser partilhada aqui:


"Caros amigos,

Não somos entidades com nomes sonantes nem peritos em epidemiologia, somos apenas a arraia miúda, médicos que vivem diariamente num Sistema Nacional de Saúde (SNS) que no seu basal já trabalha no limite, e como tal, vemos com apreensão os dias que se avizinham.

Não estamos satisfeitos com o modo como a situação do COVID-19 tem sido conduzida pelas entidades competentes. Na tentativa atendível de não causar pânico, a verdadeira mensagem não está a passar e a nossa perceção é que pessoas fora da área da Saúde acham que o atual cenário “é um exagero”. Compreendemos em plenitude, não fossem tantas as vezes que a comunicação social nos anuncia a catástrofe iminente, que como ao proverbial rapaz os ignoramos quando há mesmo um lobo.

Assim, pretendemos deixar umas notas, que vindas de alguém que conhecem poderão ter o impacto que conferências de imprensa não têm conseguido.

Com base no cenário que vemos em Itália e que começamos a ver em Espanha (e na informação que vai sendo partilhada entre a comunidade médica) consideramos ser necessário dizer e reforçar o seguinte:

1- Mais de 80% das pessoas infetadas com o COVID-19 terão sintomas muito leves, semelhantes a uma simples constipação ou a um síndrome gripal ligeiro. Estes casos podem e devem evitar idas aos Serviços de Urgência. Não o dizemos por capricho! Não há qualquer tratamento a oferecer aos casos ligeiros, não há nada que se possa fazer num hospital que os impeça de agravar (e a vasta maioria não agravarão e passarão por si sós!). Breve, ir ao hospital não vos adiantará nada pessoalmente e pelo contrário porá em risco todos os outros utentes e profissionais.

2- Pelo menos 10% dos casos serão graves o suficiente para causar falta de ar e obrigar a idas ao Hospital. Alguns destes serão graves o suficiente para precisarem de ventilação mecânica (“ficar ligado à máquina”). Apesar de estes casos graves serem maioritariamente pessoas idosas ou com doenças que os fragilizam, também acontecerão casos de pessoas jovens saudáveis (se 0.2% dos jovens afetados precisarem de ventilação, no caso de 10.000 afetados serão 20 jovens em Portugal em estado grave). Nos idosos e pessoas com problemas de saúde, essa percentagem pode chegar aos 15-20%, o que significa potencialmente uma enormidade de doentes graves que o SNS não terá capacidade de assistir da melhor forma, que é o que se vê acontecer em Itália, onde ventiladores estão a ser recusados logo à partida, sem qualquer contemplação, a pessoas com mais de 60 anos.

3- O que podemos fazer? Tentar que em vez de termos 10.000 casos até ao final de Março, tenhamos esses 10.000 casos espalhados no tempo ao longo de 6 meses. Faz muita diferença um hospital ter no mesmo dia 10 pessoas a precisar de ventilador ou

ter 50 pessoas a precisar de ventilador. É simples, não vai haver para todos. Como

podemos atrasar então o surgimento de novos casos? Isolarmo-nos o mais possível. E cada dia conta no atraso que vamos conseguir!

4- Se és dono de uma empresa ou de um escritório considera fechar portas e colocar os funcionários a trabalhar tanto quanto possível de casa. Pensa assim, vais ter que fechar

portas em duas semanas de qualquer forma, com uma grande diferença: salvaste vidas!!

5- Se podes trabalhar de casa, deves absolutamente fazê-lo.

6- Não vás ao ginásio, vai dar uma corrida (não em grupo!) e faz umas flexões em casa. Não vás ao café. Não vás ao restaurante. Escusado será mencionar esse ambiente fresco e arejado que existe em discotecas e bares noturnos. Almoço de fim de semana em casa dos avós? Cancelem. Jantar de anos da Filipa? Não vai dar, a Filipa compreenderá, mais não seja em duas semanas quando perceber a dimensão do problema.

7- As crianças, ao contrário do que se viu escrito em alguns locais, parecem ser bastante contagiosas. Apresentam também muito poucos sintomas quando estão infetadas. Ou seja, devemos evitar o contacto entre as crianças da família e respetivos avós e outros membros mais frágeis. Pelo lado bom e para tranquilizar: tanto quanto sabemos (e já sabemos alguma coisa após tantos milhares de casos pelo Mundo) não há qualquer caso

de doença grave em crianças menores de 10 anos. Os sacanitas são rijos, mas muito contagiosos.

8- A máscara só é útil para quem já está a tossir e espirrar - para pessoas sem sintomas

ajuda pouco. Importante mesmo é lavar as mãos frequentemente e

evitar tocar na cara/boca/olhos. E manter distância social: não há apertos de mão, não há beijinhos e falar de perto é também má ideia (vá, todos conhecemos aquela pessoa que manda muitos “perdigotos”).

9- Não é demais salientar que durante esta época as outras doenças, acidentes e infortúnios vários não vão tirar férias. Continuarão a existir AVCs, ataques cardíacos, outras infeções, acidentes de viação, exatamente na mesma quantidade de antes. Com uma diferença saliente: quando esses doentes graves precisarem de vaga nos cuidados intensivos (que mesmo num dia bom já são insuficientes e difíceis de gerir), podem bem não a ter. A mortalidade do COVID não é só a mortalidade do COVID - com um sistema a trabalhar para lá do limite, todas as outras doenças que já antes matavam, matarão mais.

10- Terminamos com uma nota importante: o pânico é contraproducente. Ninguém tem necessidade de açambarcar setecentos rolos de papel higiénico. A sociedade como a conhecemos não colapsará. Mas isto não é a gripe A, não é a vespa asiática, não é a crise dos combustíveis, não é nenhuma das mais recentes catástrofes sempre anunciadas e felizmente nunca cumpridas. Desta vez é a sério (palavra de escuteiro) e cabe a cada um de nós fazer a sua parte para que seja o menos sério possível."

Sinceramente, tenho receio que o outro lado da moeda do "desenrascanço" tuga, mais conhecido como "chico-espertice", venha ao de cima nesta altura crítica, e por isso mesmo, termos como sentido cívico, responsabilidade, lucidez, foco e serenidade são palavras de ordem nos dias que correm e espero que como comunidade e sociedade consigamos ter maturidade suficiente para não nos deixarmos chegar ao estado em que está a Itália.

Se tivermos tacto e nos mantivermos tranquilos, a coisa irá correr pelo melhor!

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Stand-up comedy, ted talks e o poder do ser

Apanhei esta Ted Talk numa partilha no Facebook por uma amiga e em vez ver o vídeo imediatamente, decidi guardar para ver mais tarde (pois, que vindo de quem vinha só podia ser bom). Hoje, entre vídeos de excertos de stand-up comedy do Louis CK e episódios de várias séries que estou a seguir, decidi então ver a Ted Talk de Roger Breisch...

Entre outras coisas, que só depois de toda a gente ver é que me atreveria a comentar, fui surpreendido com uma das curiosidades que referiu: as palavras 'coragem' e 'coração' têm a mesma etimologia. Fiquei pasmado... era tão básico e tão óbvio que me deixara aturdido! E claro, faz sentido. Aquilo a que vulgar e comummente apelidamos de 'coragem', é de facto, na maioria dos casos, inconsciência e pura estupidez. Porque a verdadeira coragem tem de vir de dentro, é sentida e deve deixar-se que nos transforme e tome conta das nossas decisões e acções. Faz todo o sentido!

«Trata-se de uma ligação directa. O substantivo coragem, registado em português desde meados do século XVI, foi importado do francês 'courage', vocábulo cinco séculos mais antigo (herdeiro do latim 'cor', 'cordis' - “coração”) que começou a sua carreira justamente como sinónimo de "coração". Não do coração físico, designado em francês pela palavra 'coeur', mas do coração como “morada dos sentimentos”. Poucas décadas depois a palavra tinha passado por uma expansão semântica para nomear “estado de espírito” e “desejo" ou "ardor”. Coragem era força interior, um sinónimo de ânimo. Coragem compreende em português uma série de acepções positivas – e apenas uma negativa, de 'desfaçatez'. As principais delas são:
1. moral forte perante o perigo, riscos; bravura, intrepidez;
2. firmeza de espírito para enfrentar situação emocionalmente ou moralmente difícil;
3. qualidade de quem tem grandeza de alma, nobreza de carácter, hombridade.»

E como diz Roger Breisch na sua dissertação, haja coragem para conhecer e descobrir-nos a nós próprios, não como pensamos ou nos lembramos ser, mas como somos realmente... "poderosos além de qualquer medida".

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Chocolate, serotonina e bom feitio

Cá está, já percebi porque é que gosto tanto de chocolate preto e de banana frita... não é pelo açúcar ou pela facilidade em descascar. Encontrei isto na net:

"Serotonina: substância sem a qual o organismo fica suscetível a males como ansiedade, insónia e irritabilidade. A serotonina reduz a compulsividade e a fome. Os nutrientes necessários para a produção de serotonina encontram-se na banana, cacau (chocolate amargo), quinoa e oleaginosas (frutos secos)."

Agora já sei porque é que fico tão bem disposto e simpático depois de malhar uma embalagem de filipinos de chocolate preto!!

terça-feira, 1 de maio de 2012

Maio, citações e gritaria

A propósito do 1º de Maio e de muitas publicações e comentários que têm aparecido durante o dia de hoje no Facebook, decidi fazer este post.
Muitos perguntam: "o que é que se passa com o mundo?"
Eu explico... (como se não tivéssemos "todos" já percebido isso)

Como dizia o músico... "esta espécie entretém-se até à morte"

1. MAU ENSINO
(demasiados alunos por turma, professores mal pagos e desinteressados, ensino superior caríssimo e menos bolsas de estudo, sistema de avaliação que promove o interesse individual e não apela à sensibilidade ou ao pensamento crítico)

+

2. PROGRAMAÇÃO IDIOTA e ENTRETENIMENTO EM QUANTIDADES INDUSTRIAIS
cinema 3D com fartura
novelas sentimentais para adultos e séries sem sentido para crianças e adolescentes
concursos de tv que se centram no indivíduo (não em equipa!) e humilham
programas da manhã e da tarde para entreter a velharia com receios de assaltos, roubos e violência
talkshows e awardshows (Globos de Ouro, Gala SPA, etc.) que servem apenas para alimentar a máquina do entretenimento (tv's, editoras, etc.)

+

3. SISTEMA DE SAÚDE e SEGURANÇA SOCIAL MAL GERIDOS
a malta não pode toda viver até tão tarde, já somos muitos e cada vez nascem menos
sistema de vacinação desadequado e com vista a obter lucros (Gripe comum, Gripe A, etc.)
administração de anti-inflamatórios e antibióticos em massa (que gera bicheza mais resistente (bactérias, vírus... porque é que há cada vez mais pessoas alérgicas??)

+

4. CONTROLO SOCIAL
câmaras de vídeo-vigilância em todo o lado
chips GPS nos automóveis e até nas crianças
Google Earth com Street View
smartphones e tablets com WiFi e redes sociais a todo o minuto de cada dia com identificação geográfica
cartões de MB, cartões de crédito, créditos pessoais e cartões de descontos nos hiper/supermercados que lhes fornecem os nossos hábitos de consumo - já repararam que os Continentes não são todos iguais, os folhetos não são iguais e os preços também não? experimentem a ir a Évora, Portalegre, Santarém, Faro e Braga e vão ver as diferenças!!

+

5. POLÍTICOS PROFISSIONAIS
saltam das universidades para a política, estagiam no governo, na A.República, numa Fundação ou Instituto Público para depois irem fazer carreira nas empresas que vivem à custa do Estado e dos incentivos
nepotismo, compadrio e oportunismo galopantes

+

6. TRABALHO PRECÁRIO
proliferação do trabalho temporário, dos call centers e outros da mesma linha
menos autonomia financeira
mais horas de trabalho e menos tempo de qualidade por dia
menos interesse pessoal e familiar porque estamos todos fartos de ser mal tratados quando chegamos a casa
mais tempo de lazer tipo intra-venoso no pouco tempo "livre" que temos
aumento de problemas mentais e de doenças do foro psicológico (cada vez mais ansiolíticos a serem receitados (ver ponto3)
aumento exponencial das baixas médicas e reformas antecipadas
cada vez mais psicopatas (e são serial killers! são coisas distintas) a chegarem ao topo da hierarquia social: empresas, política, etc. (falta de consciência, poucos escrúpulos, não olhar a meios para atingir os fins...)

+

7. LEGISLAÇÃO RESTRICTIVA
subida de impostos
mais taxas
caça às multas (coimas)
preços a subir (lógica de cartel nas empresas farmacêuticas, nas gasolineiras... o Capitalismo não era suposto trazer benefícios neste ponto em concreto?)

+

8. DESINVESTIMENTO NA CULTURA
claro! começando no ensino (ponto1), passando pelo entretenimento (ponto2), reforçando com o controlo social (ponto 4) e destabilizando emocional e psicologicamente (pontos 5 e 6), chega-se à conclusão de que não é necessário haver outra Cultura que não a cultura do medo! (nos EUA, na China ou no Irão sabem bem o que isso é! aqui ainda só estamos a começar...)

=

NEW WORLD ORDER
sinceramente não me interessa convencer ninguém de que haverá, alegadamente, uma elite a nível mundial que controla tudo e todos. interessa-me, sim, que as pessoas sejam críticas, auto-críticas e que mudem os seus próprios hábitos, SE, depois de reflectirem, acharem que há de facto coisas que devem ser alteradas. a mudança está em nós e as ideias podem mudar o mundo e a ideia é esta: "começa em mim!"

Como dizia o poeta... "primeiro estranha-se, depois entranha-se"

Neste meu post não há referências partidárias ou ideológicas. tentei apenas ser factual e objectivo.
...se vierem com comentários do género "tens a mania da perseguição", é porque já vos fizeram a folha! (mesmo sem terem dado por isso)

Como dizia o rapper... "até quando!?"



Como dizia um amigo meu... "o que é que a gente grita!???"