quinta-feira, 7 de novembro de 2019

U2, Coldplay e a mesma receita

Estava eu no trânsito a ouvir rádio no carro (coisa rara!), aparece uma canção que ainda não tinha ouvido e dou comigo a pensar...

- “olha, os U2 têm música nova... é a mesma merda mas esta até tem um baixo bem fixe, não é só palhetada!!”

Fiz Shazam... é Coldplay!!

LOOOL

sábado, 12 de outubro de 2019

Filmes, vilões and maybe the joke is on us

Há pouco mais de uma semana vi o filme Joker no cinema, logo em dia de estreia nas salas portuguesas, e só agora escrevo porque tem levado tempo a digerir algo que me marcou de forma indelével e até me arriscaria a referir que o que vi, ouvi e senti naquela sala ainda ecoa nos meus pensamentos e sonhos... mas nem um único pesadelo tive!

O filme mostra uma perspectiva muito diferente de uma personagem que cresceu com inúmeras interpretações ao longo de décadas. Jack Nicholson, Heath Ledger, Mark Hamill e outros deram muito de si, individual e criativamente, moldando uma personagem tão icónica e única como a de Joker. A par dos actores que a encarnaram, também temos vários realizadores com noções e ideias que, ora se aproximavam, ora se afastavam da banda desenhada.

Filme após filme, série após série - real ou de animação - cada interveniente contribuiu com a sua perspectiva... até mesmo o Jared Leto no papel secundário de Joker no filme Suicide Squad... mas o argumento e a realização muito bem conseguidos por parte do surpreendente Todd Phillips (que também teve como companheiro de escrita Scott Silver), também a fotografia de Lawrence Sher e a genial e extremamente envolvente banda sonora de Hildur Guðnadóttir, trouxeram uma lufada de ar húmido, viciado e bafiento, com tudo o que isso pode trazer de bom e útil para o contexto de degredo e alienação em que Gotham se insere, no reino da ficção e no universo multicolorido dos super-heróis. É uma obra prima que já se faz notar numa lista muito exclusiva e honrosa de filmes icónicos e marcantes.

No que diz respeito ao actor do momento, a performance de Joaquin Phoenix é brilhante, soberba, arrebatadora! Arranca de nós coisas boas e más ao mesmo tempo, de uma forma intensa e inesquecível, que promete ir-se desenvolvendo sub repticiamente, provocando novas marcas e cicatrizes, à medida que pensamos e revisitamos o que sentimos naqueles momentos de visualização de algo diferente e tão irrequieto. A sua entrega ao papel provoca-nos sensações múltiplas e por vezes até desajustadas. Sentimos pena e lamentamos, mas também somos forçados, de forma estranhamente deliciosa, a sentir empatia com tal personagem, ao interiorizar uma pequena parte da sua raiva ao longo de uma viagem que se inicia com uma pessoa insegura, ansiosa, medrosa e vítima de todo o tipo de bullying, terminando com o desabrochar mágico, inevitável e por nós tacitamente aceite, de alguém que natural e violentamente se revolta contra uma sociedade podre e socialmente falida, desproporcional e altamente desequilibrada, numa amotinação contagiante contra tudo e todos, deixando apenas de fora outros párias sociais em quem ele ainda se revê.

Quanto a mim, o desempenho de Phoenix, que se baseou nas personagens principais de Taxi Driver e A Clockwork Orange para talhar o seu Joker, não mancha o trabalho desenvolvido anteriormente por outros actores e cola, quase de forma perfeita, com a performance mais musculada de Heath Ledger em The Dark Knight realizado e escrito por Christopher Nolan.

Muito se tem escrito sobre o filme Joker e esta minha crítica é apenas e só mais uma opinião... e até sei que nada de original trará à internet, mas tinha de "desabafar" e trazer para este cantinho do éter a minha perspectiva.

Adorei o filme, encantei-me com o resultado final de um trabalho de co-produção com a chancela de Martin Scorcese que já estava prometido há algum tempo e fiquei siderado com os desempenhos do realizador Todd Phillips e Joaquin Phoenix. No imdb dei 10 estrelas... coisa rara!!

domingo, 18 de agosto de 2019

Séries, jogos e futebol

Algumas coisas fazem-me ter dificuldade em ser uma pessoa normal, como passar um fim-de-semana a ver a série Shameless, uma tardada a jogar GTA V na consola ou ver programas de comentário futebolístico com aqueles três artistas (não importa o canal, são todos maus, mas a CMTV é o pior!).

Se alguma destas coisas me for "dada" em dose reforçada, sinto que deixo de ser uma pessoa decente e os meus instintos mais, primários, bárbaros e animalescos tomam conta.

E é por isto que eu também não me dedico à política.

terça-feira, 6 de agosto de 2019

Rádio, anos e temas clássicos

Hoje estava a ouvir rádio no carro de manhã e aparece um tema do Bryan Adams, seguido da seguinte informação facultada pelo radialista, tão pertinente quanto inquietante: "não parece mas este tema já tem 35 anos!!".

Fiquei uns bons 5m no carro, parado, completamente atónito. e às tantas dei comigo a pensar: "mas como é que pode!?".

Até chegar aos 40 nunca nada disto tinha acontecido e agora estas pequenas e desagradáveis surpresas sucedem-se e sempre com o seu quê de chato e destabilizador.

Já me começava a irritar o facto dos futebolistas serem mais novos, dos filmes de super-heróis terem miúdos nos papéis principais... e pergunto o que virá a seguir... e tenho receio de pensar nisso!

sexta-feira, 21 de junho de 2019

Trump, Irão, Rússia

Donald Trump ordenou um ataque militar contra o Irão... epá, lá se vão as férias!! (à conta de, muito provavelmente, acabar a vida na terra em breve). Que chatice!!

sexta-feira, 7 de junho de 2019

Bee Gees, Pink Floyd e mashups

Hoje só consigo dizer... OHMFG, THIS IS FUCKING BRILLIANT!!!



Extra kudos para quem se lembrou, porque eu faço muitos mashups na minha cabeça e nunca dei com este e está fantástico!!

quinta-feira, 30 de maio de 2019

Relações, encher e transbordar

Ouvi noutro dia uma frase, a propósito de amor romântico, que dizia assim...

"se não for para me transbordar, não me encha"

Claro que todos os relacionamentos são úteis, na medida em que aprendemos sempre com quem passa pelas nossas vidas, mas é uma perspectiva interessante pensar que uma relação só vale mais ou mesmo a pena se for intensa, positiva e de construção. Mas mais importante do que pensar em alguém que nos encha - a transbordar - de vida, emoções e sensações boas, é realmente entender que quem nos deve preencher somos nós próprios.

Por mais que se goste e se ame alguém, se não estamos completos e não temos muita auto-estima, damos muito espaço para que a outra pessoa nos preencha e assim não estamos em sintonia, tão pouco em sincronia e não seremos pares, o que pode provocar situações menos agradáveis, desconfortáveis, viciantes e até de abuso. Este desnível é óptimo para potenciar relações tóxicas.

Por outro lado, se estivermos amadurecidos nas nossas ideias, decisões e objectivos, tranquilos e cientes de que estamos bem sozinhos, mas que com outra pessoa ao nosso lado pode ser ainda melhor, mágico até, aí sim, a outra pessoa transborda-nos e uma relação torna-se fantástica e única.

Nesta fase em que é tudo tão fácil, de processos acelerados e de uma ligeireza extrema, vale a pena estar algum tempo sozinho para investir, talvez não na pessoa certa, mas no momento certo!

quinta-feira, 16 de maio de 2019

Festival da Canção, Osiris e ir de conan

Depois do Salvador Sobral não me apraz tocar no assunto "Festival da Canção"... mas abro uma excepção para um comentário a esta pérola:

Isto sim, é um título!!


quinta-feira, 9 de maio de 2019

Machos, femeas e inversão de papéis

Ontem vi o filme Cold Pursuit com o Liam Neeson. Típico filme de acção e mais um de perseguição e porrada da grossa para o cardápio do actor.

A premissa é batida mas ainda assim interessante, embora o filme esteja mauzinho. Fraco ao nível da realização e principalmente na edição. Enfim...

As coisas vão-se sucedendo de forma meio atabalhoada e algo desconexas mas a acção desenrola-se, o Liam vai despachando tipos, que claramente meteram a pata na poça ao terem-se metido com a família dele, e às tantas, dois capangas do vilão têm mais diálogo do que o normal neste género de filme. Ok, tudo bem, enriquece a história. Começam a falar de férias e tal, normal, mas passado um bocado a conversa torna-se demasiado pessoal e a câmara inclina-se lentamente para baixo, mostrando que eles estavam de mãos dadas e a trocar mimos e carícias desde o início da cena, no driveway da mansão do vilão, dentro do carro. Aparece um terceiro na cena, a uns metros do carro a fumar e os dois jagunços não se fazem rogados, trocam umas carícias e a cena termina com os dois a beijarem-se apaixonadamente, determinados e sem medo. Ah, valentes!

Epá, não que haja algum mal nisso, pois sou todo pró relações de todos os género (e feitios), desde que sejam consensuais. Cada um é como cada qual e claramente o amor não tem limites. Pode muito bem acontecer entre tipos super másculos, musculados e viris, com cara de mau e que vestem fatos escuros para esconder pistolas, mocas, facas e punhos ingleses em tudo quanto é bolso - dando todo um novo significado à clássica piadola “isso é uma pistola que trazes no bolso ou estás contente por me ver?” - mas uma coisa é certa e fica patente neste filme: já não há gangsters como antigamente!

Na onda do politicamente correcto, que atinge os EUA nesta altura, nem sei como ainda não fizeram do Negan do The Walking Dead, do Captain Kirk do Star Trek ou do Thor dos Avengers (e agora dos Guardians of The Galaxy)gays e romanticamente enleados com outras personagens principais nas suas respectivas tramas e histórias... talvez seja só uma questão de tempo. Nesta onda de transformação, já estou à espera de um Lando Calrissian gay neste novo episódio de Star Wars. Da Disney, que dá cabo de tudo o em que toca - ainda que, ao jeito do Rei Midas, também crie ouro com fartura, já espero qualquer coisa.

Mulheres rijas, duronas e destemidas - não necessariamente lésbicas - a dominarem a acção e homens sensíveis e delicados a dominarem as relações, é o que está a dar. Sinais dos tempos, sem dúvida!

terça-feira, 30 de abril de 2019

GOT, MCU e WOW

Ontem à noite, às escuras e com o surround ligado, numa tv de 42", vi o terceiro episódio da oitava temporada de Game of Thrones... beeeeeem, fiquei fisicamente mal disposto! Depois dos primeiros minutos, o episódio é de uma intensidade impressionante, incrível mesmo! Nunca tinha visto nada assim em televisão.

Relativamente à história, estava à espera de mais do Jon Snow mas é compreensível e gostei de tudo o que vi.

Esta temporada é qualquer coisa de fenomenal e ao contrário do MCU - Marvel Cinematic Universe, por exemplo, e para mencionar algo comparável, os argumentistas e produtores de GoT conseguem dar protagonismo às mulheres de uma forma credível, justa e dignificante, sem falsos moralismos e cenas xoninhas só com mulheres, como acontece numa cena de batalha durante o filme Avengers Endgame, em que aparecem as mulheres todas  juntas a lutar... epá, demasiado lame e estupidamente PC (politicamente correcto).

Enfim... Go Arya and Brienne!! #got-me-too

sexta-feira, 19 de abril de 2019

Coisas, feng shui e leanving

Recentemente tornei-me adepto do Feng Shui. Nas divisões da casa, sim, mas principalmente na divisão que mais mobília, arte e tralha tem pendurada e espalhada... a minha cabeça!

No filme Fight Club a personagem de Brad Pitt diz: "the things you own end up owning you". É bom ter algumas coisas, de preferência úteis ou com significado, mas importante é não as deixar amontoar e que não se tornem empecilhos.

Em conversa com um amigo apercebi-me que ele inventou uma expressão para isso: Leanving.

segunda-feira, 15 de abril de 2019

Catedral, fogos e incendiários

A propósito do incêndio na Catedral de Notre-Dame, de património religioso e edifícios icónicos...

Antes uma catedral do que a casa de alguém!

E uma campanha de recolha de donativos para a reconstrução... será que ouvi bem? Está tudo maluco!?!?

O Vaticano tem que chegue para pagar as obras de reconstrução de Notre-Dame, umas quantas catedrais novas, encomendadas a arquitectos conhecidos, mais as indemnizações às vítimas de violações e assédio sexual e ainda fazer uma festa de arromba com a padralhada toda, freiras, beatas, acóitos, devotos e demais entusiastas, à espera que a sua senhora apareça lá por cima das oliveiras.

sexta-feira, 5 de abril de 2019

Moçambique, ajuda e música manhosa

Sinceramente, Moçambique não passou já por tanto nos últimos tempos, para agora ainda terem de aturar aquela música manhosa que fizeram em jeito de tributo para juntar dinheiro e ajudar? É que não ajuda nada, antes pelo contrário.

A música é sombria, tenebrosa, manda para baixo e dá vontade de cortar os pulsos!!

Se é para ajudar com boa energia e até para juntar dinheiro, então façam uma música bem disposta e animada, que dê vontade de levantar o cu do sofá e ajudar, nem que seja agarrar na App de homebanking e fazer uma transferência.

Ichhhh!!

quarta-feira, 3 de abril de 2019

Filmes de domingo à tarde, relacionamentos e wtf

Num dos filmes de domingo à tarde que mais gosto de ver e rever - Dan in Real Life - uma das personagens, quando confrontada pelo pai da sua namorada, alegando que não se pode amar alguém apenas em três dias, responde categoricamente com "love is not a feeling, it's an ability"... mas sinto-me compelido a concordar com o cota. Acho difícil amar alguém em apenas três dias. Paixão à primeira vista sim, claro, mas amor é algo que se constrói e precisa de bem mais do que três dias para se ver... e sentir, porque o amor prova-se com actos e não tanto com palavras. Lá está, é preciso tempo!

Por falar em tempo, temos a Saudade, que dificilmente se traduz noutras línguas, e os ingleses têm a Infatuation, conceito por demais conhecido mas um termo sem tradução directa para português. Mas infatuation não é a mesma coisa que paixão, é assim como que uma “pancada” que se tem por alguém, que pode ter como base uma, duas ou três formas de atracção: intelectual, física e química; mas que se desfaz facilmente quando começamos a conhecer a pessoa realmente como ela é e chegamos aos primeiros conflitos e problemas no relacionamento, o chamado “oh-oh moment”, como diria Barney Stinson (How I Met Your Mother). Já paixão é aquele sentimento arrebatador que nos atrai gravítica, irresistível e arrebatadoramente a e por alguém.

Se a infatuation se perde depressa, já a paixão nos pode manter agarrados a alguém que pode não ser boa para nós, podendo até ser tóxica. A paixão tem fim e também tem fases. Pode inclusivamente voltar a aparecer se a relação se mantiver saudável e duradoura.

Se infatuation e paixão são sentimentos, se o amor só existe como construção a dois e se para haver amor é preciso ter habilidade, nos dias que correm, cada vez mais acelerados, os relacionamentos interpessoais, não deixando de ser intensos, tornam-se cada vez mais fugazes e passageiros.

Como já vem sendo hábito, culpo as redes sociais, as dating apps, o culto da mediocridade que a indústria da música, televisão e cinema nos impinge e força, quase de forma intravenosa - where “talentless is the new talented” - e principalmente, culpo a falta de educação e princípios éticos, sendo, precisamente, naturais consequências do que referi antes.

Penso muito nestas questões e não sei onde isto vai parar. Pessoalmente, sinto-me deslocado deste tipo de lógica consumista e descartável em que também as relações parecem cair e parece-me que, com pessoas cada vez mais carregadas de bagagem emocional, qual lastro resultante do crescente número de envolvimentos em detrimento de relacionamentos mais estáveis e duradouros, com ferramentas cada vez mais eficazes e apetecíveis para dar resposta aos desejos mais imediatos (atenção, validação, sexo...), isto não augura nada de bom.

E sim, os meus "filmes de domingo à tarde" não metem Adam Sandler, Rob Schneider, Owen Wilson e afins.

segunda-feira, 1 de abril de 2019

Geeks, filmes e estrelas

Como irritar uma legião de geeks em menos de 1m...

- "help me Captain Kirk, you're my only hope!"

- "prosper and long live"

- "I have a bad feeling about this, Spock!"

- "beam me up, Leia!"

terça-feira, 26 de março de 2019

Comida, cinema e diarreias mentais

Quem me conhece sabe que adoro música, cinema, que gosto de teatro e aprecio ópera.

Saberá até, porventura, que sou fã incondicional de algumas séries de televisão. Que inclusivamente as revejo passado algum tempo, mas que evito sempre aqueles malfadados episódios em que, às tantas e padecendo de uma possível diarreia mental, os criadores decidem fazer "aquele episódio tipo musical".

Refiro-me ao How I Met Your Mother, Seinfeld, House e outras séries que trago comigo no meu Top e faço questão de referir, amiúde em certas conversas, que são as melhores de sempre.

Inclusivamente, já escrevi aqui no blog vários posts sobre esta questão dos musicais, mas hoje, em ávida troca de mensagens com alguém sobre filmes e séries, consegui explicar com as palavras certas o que me acontece quando sou "forçado" a ver um musical, filme ou série.

Sou um tipo pouco comum, no que a gostos diz respeito, e sou omnívoro e eclético q.b., capaz de apreciar coisas tão díspares quanto uma comédia romântica e um filme de autor, Led Zeppelin e Os Azeitonas, futebol e natação sincronizada, migas de espargos e ravioli de cogumelos, uma viagem numa montanha russa ou um workshop de sabonetes...

O que acontece quando vejo um musical é como se tivesse o meu estômago carregado com comida tailandesa, carne do alguidar, sushi e pataniscas de bacalhau, tudo regado com Compal Néctar de Pêra, leite de cabra e um vinho verde de Mesão Frio... tudo na mesma refeição!!

Epá, pois... não dá!

domingo, 24 de março de 2019

Bandas, continentes e música boa

Uma banda que conheci recentemente e subiu imediatamente para o meu top, são os Dawes.

Vendo-os ao vivo (no YouTube) parecem-me too smug for a Indie band, arrogantes mesmo, mas então e as músicas!? São uma espécie de The Eagles meets Roger Waters, na forma como as american road songs se cruzam com as letras perspicazes e a insight-fullness do Waters pós-Floyd.

Hoje, entre lavar os dentes e entrar para a banheira, dei comigo a perceber finalmente o que eles querem dizer com “I finally felt connected to the continental drift” no tema Somewhere Along The Way, que por si só, mesmo sem música, é um poema lindo. De certa forma, até as pessoas com os pés mais assentes na terra andam constantemente à deriva.

E pegando no tema que dá nome a um dos seus álbuns... há lá coisa melhor de desejar a alguém de quem se gosta e admira do que “and may all your favorite bands stay together”!?
Confesso que os dois álbuns mais recentes são meio marados e com menos temas que mexam comigo por disco, longe do Efeito Bryan Adams (*) dos primeiros álbuns, mas ainda assim, espero que estes meninos fiquem juntos muito tempo.

(*) o termo Efeito Bryan Adams é algo que se utiliza (eu e mais um amigo!) para descrever um artista que lança um ou mais álbuns repletos de sucessos, quando, faixa a faixa, vamos reparando que todos (ou quase todos) os temas são hits.

sexta-feira, 8 de março de 2019

Dias, mulheres e homens

Cada vez ligo menos ao Carnaval, Halloween, Natal, Dia dos Namorados, etc. Não tenho muita paciência para os "dias especiais" só porque se convencionou que sim e o Dia da Mulher, embora faça todo o sentido, dado a simbologia e o peso histórico que acarreta, acaba muitas vezes por ser quase uma espécie de noitada tipo despedida de solteira, só com mulheres, copos e disparates... o que, quanto a mim, contraria completamente o espírito do próprio dia.

Acho um bocado triste necessitarmos de dias especiais para lembrar isto ou aquilo e a moda do dia dos amigos, dia dos irmãos, dia disto e daquilo é só estúpido!

Para além da questão comercial destes "dias especiais", sinto que o mais importante é não termos dias especiais mas sim aproveitarmos o que pode haver de especial em cada dia, em cada momento, e como tal, recuso-me a celebrar estes dias!

Homem que é homem, respeita e dá valor às mulheres todos os dias. Não é só no dia 8 de Março que se lembra.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Travolta, Tinder e romantismo terminal

Tenho andado a pensar em relações e redes sociais e chego à conclusão que hoje em dia a premissa das comédias românticas deve passar de boy meets girl, boy loses girl, boy gets girl back para boy match girl, boy match another girl, boy match yet another girl, boy loses all girls but keeps macthing and never gets tired of more girls.

Parece que a febre de sábado à noite saltou da pista de dança e o esbracejar irrequieto de dedo em riste, num ambiente marcado pelas luzes coloridas e o brilho cintilante da bola de espelhos... para o sofá e o swipe frenético de dedo hasteado, num ambiente marcado pela luz pálida do ecrã de um telemóvel.

domingo, 10 de fevereiro de 2019

Música, discos e recordações

Cada vez mais analógico e com os pés mais e mais assentes no chão, neste mundo digital e virtual, decidi voltar a ouvir música em CD.

Pensei bastante mas não consegui isolar o momento em que deixei de ouvir CD's, mas sei que primeiro deixei de os ouvir na aparelhagem, enquanto ainda ouvia originais, cópias e compilações feitas por mim no leitor do carro. Pelo meio já ouvia mp3 no Walkman e passei para os CD-RW com mp3 no leitor do carro e por fim abandonei os CD's quando passei a ouvir mp3 com a pen no rádio do carro. Claro que ao longo deste período troquei de leitor e até de carro!

Lembro-me da altura em que comprei o meu primeiro sistema de surround 5.1 para ligar à televisão e ao leitor de DVD. Era um admirável mundo novo, poder ver e ouvir filmes em casa, quase como se estivesse no cinema, mas para a escuta de música nunca fiquei convencido. Os graves demasiado potentes e afastados dos médios e agudos eram estranhos e perturbadores. A música ficava diferente, soava mal.

Ainda houve uma altura que ouvi alguns CD's no leitor de DVD, depois no leitor de Blu-Ray e até nas consolas, mas lá está, o som tinha de passar pela televisão e tanto o som da tv como do sistema surround eram francamente desapontantes.

A tecnologia foi avançando, os gadgets foram-se tornando cada vez mais surpreendentes e os aparelhos mais sofisticados e pequenos: agora oiço muita música através do iPhone, seja no carro ou com auscultadores.

Hoje, volvidos uns bons 15 anos, voltei aos CD's... à aparelhagem de quando era adolescente, que tem um som fantástico e traz belíssimas recordações de quando ainda vivia com os meus pais e o meu irmão e até mais tarde, quando fui estudar para fora, e também voltei ao meu primeiro leitor de DVD's. Dois objectos com muita vida e muitas horas de gozo, que ficaram completamente postos de parte cá por casa, mas não esquecidos e enquanto escrevo estas linhas, delicio-me a escutar um álbum ao vivo de Joan Osborne, de 1995, pelas mesmas colunas que me trouxeram infinitas horas melómanas, cheias de bons momentos e muito crescimento interior.

Qualquer dia volto aos vinis...

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Cinema, filmes e boas surpresas

Depois do último post, lembrei-me de fazer um apanhado dos filmes que mais me surpreenderam nos últimos tempos.

A Quiet Place (2018)
A premissa, a história, os actores e a realização são muito interessantes. Bela estreia para John Krasinski na realização (também fez parte da equipa de argumentistas).

A Star is Born (2018)
Bradley Cooper escreveu o argumento na adaptação deste 3º remake, produziu, realizou, entra como actor a fazer uma bela performance, aprendeu a tocar guitarra e piano para o papel e canta! O filme está muito bem conseguido e tem pormenores deliciosos.

Avengers: Infinity War (2018)
Sim, é um blockbuster e um filme de super-heróis mas está fantástico!!

Bird Box (2018)
Na linha de 'A Quiet Place', Birdbox é um filme simplesmente surpreendente e surpreendentemente simples.

Mission: Impossible - Fallout (2018)
Apesar de não gostar de Tom Cruise como pessoa - porque é um totó scientologista! - confesso que o admiro como actor. Não só pela forma encarna as personagens, mas pelo facto de não usar duplos e de ser ele a fazer todas as cenas de acção... e já não vai para novo. Juntamente com Jackie Chan e Steve McQueen, são três grandes nesse capítulo.

Split (2016)
É um excelente thriller e um belíssimo comeback para o M. Night Shyamalan, depois dos desastrosos 'The Last Airbender' e 'After Earth'. Mas o melhor do filme é mesmo as performances de James McAvoy e Anya Taylor-Joy. Ela está muito bem e ele está absolutamente fantástico!

The Secret Life of Walter Mitty (2013)
Que bela surpresa foi este filme quando o vi no cinema... sem querer! (queria ver outro filme - nem me lembro qual - e estava esgotado). Ben Stiller faz um excelente trabalho na realização deste filme.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Filmes, personagens e nomeações

Bem, se o James McAvoy não é nomeado para um Oscar no próximo ano, não sei, não! Já tinha estado fantástico no filme Split, com 9 personagens, mas agora em Glass parte a loiça toda. 20 personagens, algumas delas de seguida... flawless!!




quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Carros, cheiros e ambientadores

Cheguei à conclusão que, para além do cheirinho a novo, os melhores ambientadores para automóvel são pizza e frango assado!

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Reciclagem, papel e destruidora

Pensei em comprar uma destruidora de papel... mas vou antes juntar papel durante 10 anos e depois compro uma Caterpillar!!