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segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

Música, igualdade e gente estranha

Hoje estava a ouvir Tom Waits no banho - as one should - e dei comigo a pensar que este, o Bob Dylan, o Bowie, Abrunhosa, Reininho, Sérgio Godinho e tantos outros seriam concorrentes gozados por jurados e produção num programa de talentos.

E é, também, por isto que a música hoje em dia é toda parecida...

sábado, 29 de julho de 2023

Músicas, coincidências e aparelhos nos dentes

Há coincidências muito engraçadas!

Noutro dia a minha mulher saiu de casa e ligou-me 3m depois, toda entusiasmada, a dizer “no carro está a passar a mesma música que tu estavas a ouvir aí em casa”!

Ok, sendo a mesma playlist na pendrive do carro que tenho no computador em casa, embora em shuffle, não é uma probabilidade assim tão alta…

Ontem, no intervalo das notícias à hora do almoço apareceu um reclame da Dacia com uma música muito gira... e imediatamente a seguir, outro da Sumol, precisamente com o mesmo tema e praticamente com o mesmo tempo de anúncio!!

Esta última sim, já é uma coincidência difícil de prever!!

Relacionado ou não, quando era miúdo aconteceu-me MUITAS vezes estar a cantar ou assobiar uma música, ligar a aparelhagem lá em casa ou o rádio do carro e a música estar precisamente no mesmo sítio... era estranhíssimo!! À conta disso desenvolvi uma teoria de que o meu cérebro apanhava as ondas da rádio... mas como nunca usei aparelho nos dentes, não sei bem como é que isso acontecia... mas acontecia e não poucas vezes!

domingo, 15 de agosto de 2021

Música, rádio e Beja nos anos 90

Estou em Dublin, cidade interessante que gostei de visitar e conhecer durante 5 dias, em que apanhei quase sempre bom tempo, algo raro por estas bandas, e hoje tive um sonho delicioso!

Sonhei que tinha um programa de rádio com o Jorge Palma.

Muita conversa, algumas bocas sobre os tempos de Beja na década de ‘90, quando lá estive a estudar e o Jorge era um habitué por aquelas bandas, mas sobretudo música... temas de Crosby, Stills Nash & Young, Fairport Convention, Barclays James Harvest, Tim Buckley, Warren Zevon e outras cenas maradas.

Muito fixe!!

sábado, 13 de março de 2021

Clã, Sérgio Godinho e Festival da Canção

Não sou fã do Festival da Canção, embora admita que deu contribuições interessantes e relevantes para a Música Portuguesa, mas nos últimos anos ando verdadeiramente entusiasmado com o que a música portuguesa tem contribuído para esse concurso de canções, nomeadamente com os manos Sobral, Tiago Nacarato,  Cláudia Pascoal e outros.

O que me encaminhou para a escrita deste post nem foi o festival em si, mas o muito bem conseguido tributo a Sérgio Godinho, feito no passado fim-de-semana aquando da mais recente edição do Festival da Canção. Aqui, especial, particular e originalmente interpretado pelos Clã, Cláudia Pascoal e Filipe Sambado, com a participação igualmente especial do próprio Sérgio Godinho, revelando oportunamente um tema novo seu, escrito e composto em 2020 a propósito do "novo normal".

Ora os Clã são a minha banda portuguesa preferida e das bandas que mais admiro desde sempre. Acho que são geniais nos arranjos, fazendo reinterpretações e verdadeiras reciclagens de temas de outros em versões memoráveis e únicas... até melhores que os originais! Fizeram-no com Xutos & Pontapés, Rui Veloso, Jorge Palma, Ornatos Violeta, Rolling Stones, Pato Fu, entre outros.

Claro que Sérgio Godinho vale por ele próprio, pela originalidade das letras e a sua também original forma de as interpretar a cantar, em métricas e rimas completamente “fora", com melodias por vezes “estranhas” (que depois se entranham) e outras vezes lindíssimas, sendo difícil - e quase injusto - comparar estas versões com os originais... mas que achei muito bem esgalhadas!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Concertos, palcos e música a sério

Saudades dos tempos em que o "videowall" no palco era apenas o logotipo da banda, em vez de bailarinos havia colunas e amplificadores e a música que se ouvia era toda tocada em instrumentos e ao vivo...



terça-feira, 28 de abril de 2020

Música, quarentena e coincidências

Até pode ser coincidência e não plágio, mas epá...





Seja como for, ambos os temas são bonitos e o "tuga" está interessante dado o contexto.

domingo, 15 de março de 2020

Pessoas, Natureza e afinação

Tal como num concerto, em que muita gente que assiste desafina a acompanhar os músicos e a grande maioria das pessoas canta bem e o todo afina (imperfeitamente) na perfeição, acredito que nestas alturas de crise, desafios e até de improviso, a humanidade vai conseguir encontrar o sincronismo, a verdadeira solidariedade, partilha e companheirismo e o mais do que necessário e urgente equilíbrio.

O mundo já precisava de algo que nos ajudasse a "afinar" com a Natureza.

Há males que vêm por bem... há que ter esperança e ser positivo, sempre!

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

U2, Coldplay e a mesma receita

Estava eu no trânsito a ouvir rádio no carro (coisa rara!), aparece uma canção que ainda não tinha ouvido e dou comigo a pensar...

- “olha, os U2 têm música nova... é a mesma merda mas esta até tem um baixo bem fixe, não é só palhetada!!”

Fiz Shazam... é Coldplay!!

LOOOL

sábado, 12 de outubro de 2019

Filmes, vilões and maybe the joke is on us

Há pouco mais de uma semana vi o filme Joker no cinema, logo em dia de estreia nas salas portuguesas, e só agora escrevo porque tem levado tempo a digerir algo que me marcou de forma indelével e até me arriscaria a referir que o que vi, ouvi e senti naquela sala ainda ecoa nos meus pensamentos e sonhos... mas nem um único pesadelo tive!

O filme mostra uma perspectiva muito diferente de uma personagem que cresceu com inúmeras interpretações ao longo de décadas. Jack Nicholson, Heath Ledger, Mark Hamill e outros deram muito de si, individual e criativamente, moldando uma personagem tão icónica e única como a de Joker. A par dos actores que a encarnaram, também temos vários realizadores com noções e ideias que, ora se aproximavam, ora se afastavam da banda desenhada.

Filme após filme, série após série - real ou de animação - cada interveniente contribuiu com a sua perspectiva... até mesmo o Jared Leto no papel secundário de Joker no filme Suicide Squad... mas o argumento e a realização muito bem conseguidos por parte do surpreendente Todd Phillips (que também teve como companheiro de escrita Scott Silver), também a fotografia de Lawrence Sher e a genial e extremamente envolvente banda sonora de Hildur Guðnadóttir, trouxeram uma lufada de ar húmido, viciado e bafiento, com tudo o que isso pode trazer de bom e útil para o contexto de degredo e alienação em que Gotham se insere, no reino da ficção e no universo multicolorido dos super-heróis. É uma obra prima que já se faz notar numa lista muito exclusiva e honrosa de filmes icónicos e marcantes.

No que diz respeito ao actor do momento, a performance de Joaquin Phoenix é brilhante, soberba, arrebatadora! Arranca de nós coisas boas e más ao mesmo tempo, de uma forma intensa e inesquecível, que promete ir-se desenvolvendo sub repticiamente, provocando novas marcas e cicatrizes, à medida que pensamos e revisitamos o que sentimos naqueles momentos de visualização de algo diferente e tão irrequieto. A sua entrega ao papel provoca-nos sensações múltiplas e por vezes até desajustadas. Sentimos pena e lamentamos, mas também somos forçados, de forma estranhamente deliciosa, a sentir empatia com tal personagem, ao interiorizar uma pequena parte da sua raiva ao longo de uma viagem que se inicia com uma pessoa insegura, ansiosa, medrosa e vítima de todo o tipo de bullying, terminando com o desabrochar mágico, inevitável e por nós tacitamente aceite, de alguém que natural e violentamente se revolta contra uma sociedade podre e socialmente falida, desproporcional e altamente desequilibrada, numa amotinação contagiante contra tudo e todos, deixando apenas de fora outros párias sociais em quem ele ainda se revê.

Quanto a mim, o desempenho de Phoenix, que se baseou nas personagens principais de Taxi Driver e A Clockwork Orange para talhar o seu Joker, não mancha o trabalho desenvolvido anteriormente por outros actores e cola, quase de forma perfeita, com a performance mais musculada de Heath Ledger em The Dark Knight realizado e escrito por Christopher Nolan.

Muito se tem escrito sobre o filme Joker e esta minha crítica é apenas e só mais uma opinião... e até sei que nada de original trará à internet, mas tinha de "desabafar" e trazer para este cantinho do éter a minha perspectiva.

Adorei o filme, encantei-me com o resultado final de um trabalho de co-produção com a chancela de Martin Scorcese que já estava prometido há algum tempo e fiquei siderado com os desempenhos do realizador Todd Phillips e Joaquin Phoenix. No imdb dei 10 estrelas... coisa rara!!

terça-feira, 6 de agosto de 2019

Rádio, anos e temas clássicos

Hoje estava a ouvir rádio no carro de manhã e aparece um tema do Bryan Adams, seguido da seguinte informação facultada pelo radialista, tão pertinente quanto inquietante: "não parece mas este tema já tem 35 anos!!".

Fiquei uns bons 5m no carro, parado, completamente atónito. e às tantas dei comigo a pensar: "mas como é que pode!?".

Até chegar aos 40 nunca nada disto tinha acontecido e agora estas pequenas e desagradáveis surpresas sucedem-se e sempre com o seu quê de chato e destabilizador.

Já me começava a irritar o facto dos futebolistas serem mais novos, dos filmes de super-heróis terem miúdos nos papéis principais... e pergunto o que virá a seguir... e tenho receio de pensar nisso!

sexta-feira, 7 de junho de 2019

Bee Gees, Pink Floyd e mashups

Hoje só consigo dizer... OHMFG, THIS IS FUCKING BRILLIANT!!!



Extra kudos para quem se lembrou, porque eu faço muitos mashups na minha cabeça e nunca dei com este e está fantástico!!

terça-feira, 26 de março de 2019

Comida, cinema e diarreias mentais

Quem me conhece sabe que adoro música, cinema, que gosto de teatro e aprecio ópera.

Saberá até, porventura, que sou fã incondicional de algumas séries de televisão. Que inclusivamente as revejo passado algum tempo, mas que evito sempre aqueles malfadados episódios em que, às tantas e padecendo de uma possível diarreia mental, os criadores decidem fazer "aquele episódio tipo musical".

Refiro-me ao How I Met Your Mother, Seinfeld, House e outras séries que trago comigo no meu Top e faço questão de referir, amiúde em certas conversas, que são as melhores de sempre.

Inclusivamente, já escrevi aqui no blog vários posts sobre esta questão dos musicais, mas hoje, em ávida troca de mensagens com alguém sobre filmes e séries, consegui explicar com as palavras certas o que me acontece quando sou "forçado" a ver um musical, filme ou série.

Sou um tipo pouco comum, no que a gostos diz respeito, e sou omnívoro e eclético q.b., capaz de apreciar coisas tão díspares quanto uma comédia romântica e um filme de autor, Led Zeppelin e Os Azeitonas, futebol e natação sincronizada, migas de espargos e ravioli de cogumelos, uma viagem numa montanha russa ou um workshop de sabonetes...

O que acontece quando vejo um musical é como se tivesse o meu estômago carregado com comida tailandesa, carne do alguidar, sushi e pataniscas de bacalhau, tudo regado com Compal Néctar de Pêra, leite de cabra e um vinho verde de Mesão Frio... tudo na mesma refeição!!

Epá, pois... não dá!

domingo, 24 de março de 2019

Bandas, continentes e música boa

Uma banda que conheci recentemente e subiu imediatamente para o meu top, são os Dawes.

Vendo-os ao vivo (no YouTube) parecem-me too smug for a Indie band, arrogantes mesmo, mas então e as músicas!? São uma espécie de The Eagles meets Roger Waters, na forma como as american road songs se cruzam com as letras perspicazes e a insight-fullness do Waters pós-Floyd.

Hoje, entre lavar os dentes e entrar para a banheira, dei comigo a perceber finalmente o que eles querem dizer com “I finally felt connected to the continental drift” no tema Somewhere Along The Way, que por si só, mesmo sem música, é um poema lindo. De certa forma, até as pessoas com os pés mais assentes na terra andam constantemente à deriva.

E pegando no tema que dá nome a um dos seus álbuns... há lá coisa melhor de desejar a alguém de quem se gosta e admira do que “and may all your favorite bands stay together”!?
Confesso que os dois álbuns mais recentes são meio marados e com menos temas que mexam comigo por disco, longe do Efeito Bryan Adams (*) dos primeiros álbuns, mas ainda assim, espero que estes meninos fiquem juntos muito tempo.

(*) o termo Efeito Bryan Adams é algo que se utiliza (eu e mais um amigo!) para descrever um artista que lança um ou mais álbuns repletos de sucessos, quando, faixa a faixa, vamos reparando que todos (ou quase todos) os temas são hits.

domingo, 10 de fevereiro de 2019

Música, discos e recordações

Cada vez mais analógico e com os pés mais e mais assentes no chão, neste mundo digital e virtual, decidi voltar a ouvir música em CD.

Pensei bastante mas não consegui isolar o momento em que deixei de ouvir CD's, mas sei que primeiro deixei de os ouvir na aparelhagem, enquanto ainda ouvia originais, cópias e compilações feitas por mim no leitor do carro. Pelo meio já ouvia mp3 no Walkman e passei para os CD-RW com mp3 no leitor do carro e por fim abandonei os CD's quando passei a ouvir mp3 com a pen no rádio do carro. Claro que ao longo deste período troquei de leitor e até de carro!

Lembro-me da altura em que comprei o meu primeiro sistema de surround 5.1 para ligar à televisão e ao leitor de DVD. Era um admirável mundo novo, poder ver e ouvir filmes em casa, quase como se estivesse no cinema, mas para a escuta de música nunca fiquei convencido. Os graves demasiado potentes e afastados dos médios e agudos eram estranhos e perturbadores. A música ficava diferente, soava mal.

Ainda houve uma altura que ouvi alguns CD's no leitor de DVD, depois no leitor de Blu-Ray e até nas consolas, mas lá está, o som tinha de passar pela televisão e tanto o som da tv como do sistema surround eram francamente desapontantes.

A tecnologia foi avançando, os gadgets foram-se tornando cada vez mais surpreendentes e os aparelhos mais sofisticados e pequenos: agora oiço muita música através do iPhone, seja no carro ou com auscultadores.

Hoje, volvidos uns bons 15 anos, voltei aos CD's... à aparelhagem de quando era adolescente, que tem um som fantástico e traz belíssimas recordações de quando ainda vivia com os meus pais e o meu irmão e até mais tarde, quando fui estudar para fora, e também voltei ao meu primeiro leitor de DVD's. Dois objectos com muita vida e muitas horas de gozo, que ficaram completamente postos de parte cá por casa, mas não esquecidos e enquanto escrevo estas linhas, delicio-me a escutar um álbum ao vivo de Joan Osborne, de 1995, pelas mesmas colunas que me trouxeram infinitas horas melómanas, cheias de bons momentos e muito crescimento interior.

Qualquer dia volto aos vinis...

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Política, sociedade e modernices

Os Moonspell foram ao Natal dos Hospitais...

Bem, com a cavalgada da extrema direita e do populismo (nas ruas e) no poder, com o crescente desinteresse das grande maioria das pessoas pela política, pela sociedade, pela comunidade, pelo seu bairro - e até por si próprias, não sei se não será de algum modo premonitório.

É, no mínimo, uma valente modernice!

quarta-feira, 11 de julho de 2018

Amor, música e alta fidelidade

É certo e sabido que tenho uma espécie ódio visceral a musicais e espectáculos de revista, mas há um que me incomoda ainda mais do que os restantes, assim mesmo a sério... mas já lá vamos...

Adoro cinema, gosto de teatro e já vi óperas verdadeiramente fantásticas! Adoro a experiência de me sentar numa sala para ver um bom espectáculo, seja ele com gente no palco ou num ecrã. Gosto muito de ver concertos ao vivo, filmes, peças e, embora já tenha visto óperas dramáticas muito boas, comoventes, arrepiantes e até larger than life, prefiro as comédias mais conhecidas por ópera buffa. E até aqui tudo bem! O que me faz espécie (não gosto muito daquela frase típica alentejana que até se aplicaria aqui na perfeição - "carga de fezes") é quando juntam ao teatro e ao cinema algo que na ópera faz todo o sentido, e é arte levada ao expoente máximo da excelência, que é musicar a acção e pôr os actores a cantar o que deviam estar a proferir ou narrar. Ora mas para que raio servirá isto!?!? Como é que alguém no seu perfeito juízo e na posse das suas plenas faculdades, assiste a isto, sem se rir à gargalhada ou virar o estômago do avesso, e chama de arte!? Sinceramente, ou bem que actuam ou bem que cantam ou bem que se dedicam à ópera, porque misturar tudo é que não!! É como beber um batido com todas as frutas, até as suas cascas, sementes e tal, tudo misturado! Fruta é boa, algumas misturas sim, funcionam na perfeição, mas tudo no mesmo copo, não... por favor!!!

E pior do que um musical é um musical de época, com temas e versões 'estranhas' metidas à paposseco no meio da narrativa... ichhhhh!

Quando me envolvo com alguém e entro num novo relacionamento romântico não consigo evitar e ficar imediatamente na expectativa, aguardando o fatídico momento em que irei ouvir a frase: "já viste o Moulin Rouge!?" É 'daqueles' testes à relação, sem dúvida!

Eu não obrigo ninguém a ver o Fight Club ou o V For Vendetta!! Menciono, solto a ocasional referência, trago-os para as conversas sobre filmes e cinema, alegando até, serem 'filmes obrigatórios', verdadeiros must see, filmes que edificam o carácter e mais tarde nos relembram do que é tão ou mais importante nas nossas vidas. E até tento não ficar chateado com quem evita ou até se prontifica a justificar que jamais irá ver tais filmes, mas é inevitável!

Como diz a personagem de John Cusack no filme High Fidelity - "I agreed that what really matters is what you like, not what you are like... books, records, films - these things matter! Call me shallow but it's the fucking truth."

E a dupla Tê/Veloso também o disseram e da forma mais simples possível: "não se ama alguém que não ouve a mesma canção"

O amor é fodido e, por vezes, as relações são o caos... it's the fucking truth!

quinta-feira, 19 de abril de 2018

Música, não música e WTF!?

De forma inusitada e completamente sem querer - mesmo! - ao fazer zapping dei com o Blitzmag na SIC Radical e estou estupefacto...

Não me lixem, mas nada do que lá passou e se falou é música... pode ser som, pode ter o seu interesse (!?), mas nada daquilo é música!!

Porra, o que é que se passa com esta gente!?

Youtubers, rappers e dj's!?

O mundo tudo perdido... mesmo a tempo dos americanos, russos e chineses darem cabo disto.

sábado, 24 de março de 2018

Dylan, millennials e semanas

Antes de abordar a questão que me levou a escrever este post, queria só referir que foi com muita pena que decidi não assistir ao concerto de anteontem de Bob Dylan no Pavilhão Atlântico.

Desde 2000 vi Joe Cocker, Eric Clapton, Supertramp, o concerto de 25 anos de carreira de Rui Veloso, Doors of The 21st Century, Roger Waters, Dave Matthews Band e depois de muita frustração após repetidas tentativas a achar "ok, há uns concertos com melhor som que outros e até pode ser dos sítios de onde tenho escolhido assistir" e de ter visto de vários ângulos e em vários níveis, decidi irrevogavelmente deixar de ir ver concertos naquele sítio manhoso!

Em 2011 engoli o que tinha dito porque era outro concerto de Roger Waters, celebrando um aniversário redondinho do The Wall, e por a logística que o acompanha ser, de facto, diferente. A equipa técnica do Waters posta na colocação de colunas de som no tecto e num sistema de surround que consegue minimizar o efeito que aquelas traves de madeira no tecto, as paredes e toda a estrutura elíptica do edifício que provoca aquele 'efeito tipo bola'. Mas desde 2011 que não ponho lá os pés!

Ontem li uma fantástica crónica do concerto por um amigo músico que assistiu ao vivo...

"Bob Dylan é quase uma distopia dele próprio e dos mitos à sua volta. Se quisessem ouvir as versões dos discos, bastava ficarem à porta a ouvir os imitadores, que soam mais como o senhor que ele próprio. Lá dentro, a conversa é outra. As músicas mais conhecidas transformam-se nas mais irreconhecíveis, sinal de arrogância para alguns, liberdade criativa para outros. Para quem gosta de grandes canções e conhece bem o trabalho do artista, tanto faz. Ele que faça o que quer, ainda mais numa altura em que são os artistas a correr atrás de um público maioritariamente prepotente, que acha que liga para o 760-não-sei-o-quê e escolhe o alinhamento dos concertos. "People are crazy and times are strange".
Foi um concerto excelente, cravado de liberdade, de honestidade. Há quem se queixe que ele não dirige a palavra ao público. A sério? Letras de 4 páginas A4, galardoadas com um Nobel da Literatura não chegam? Ouves os versos de Ballad of a Thin Man e queres um Olá Lisboa?
O único factor negativo foi, como sempre e com todos os artistas, o som péssimo do espaço - o Pavilhão Gimnodesportivo de Lisboa/Altice Arena/Meo Arena/Pavilhão Atlântico muda de nome mas ninguém lá faz obras e o som é o mesmo de sempre - uma merda.
Destaco ainda os inícios dos temas numa espécie de cacofonia ao jeito de ensaio, em que um dos músicos começa eventualmente a tocar parte do tema que vai ser interpretado, mas no meio do caos, o público não consegue distinguir qual deles. Só a banda sabe. Dylan sempre foi mestre no culto da omissão.
Obrigado Sr. Dylan por continuares mais fresco e relevante que bandas de putos de 20 anos."


Claro que há vários tipos de público e num evento desta natureza, numa arena que leva tanta gente, haverá muitas pessoas com expectativas tão díspares quanto as suas personalidades e cultura musical, mas acho que há um problema grave de formação de públicos um pouco por todo o mundo.

Por mim, quando vou ver um concerto mas também quando oiço um novo álbum de um artista, mais do que decidir - e não imediatamente - se gosto ou não, tento apreciar a evolução da sua obra, contextualizar o que oiço com esse facto e principalmente aposto em interiorizar o que o artista tem para dar no momento, seja pela forma ou pelo conteúdo, desde as letras ao tipo de produção e sonoridade que apresenta. Mais técnica, menos técnica, mais alto menos alto, mais diferente ou mais comum face ao seu percurso... é uma questão de respeito!

Pode parecer 'off topic' mas gosto muito de Standup Comedy e há quem trabalhe nessa área, principalmente nos EUA (Bill Burr, Jim Jefferies...), que se queixa muito do público ao vivo e principalmente dos cromos dos blogs/tweets/etc. Esta malta mais nova (os millennials) está tão formatada e é tão conservadora que qualquer coisa ao vivo uns furos abaixo de um espectáculo tipo Beyoncé ou Timberlake ou que não tenha milhares de leds coloridos, vídeos arrojados, roupas provocantes, pirâmides de luz e o camandro, é alvo das mais selvagens críticas...

Epá, haja paciência para os haters ou alguém que os abrace com força e determinação, porque nitidamente estão com déficit de atenção e carinho! Bem, pode ser falta de mimo ou então de não terem levado umas semantas quando faziam birras em mais novos!

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Metallica, Xutos e Zé Pedro

O que acontece quando num concerto de Metallica alguém grita "TOCA XUTOS!!!"

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Chunga, kitsch e guilty pleasures

Numa conversa nas redes sociais surgiu uma boquinha sobre os Cranberries serem um guilty pleasure. Tudo bem que cada um com a sua e com os seus gostos, mas The Cranberreries? ...guilty pleasure!? ...really!?!?

Para mim, um guilty pleasure é quando alguém afirma categoricamente que não suporta Pimba e curte entrar nos comboios nos casamentos; dizer "epá, bem regado até dou uma perninha ao som de Quim Barreiros"; ou "se ela se mexer bem no varão, até engulo a banda sonora da Ana Malhoa"

Vejo este tipo de atitudes constantemente nos outros, mas eu não sou cá de pimbas, cenas kitches, chungas ou fatelas... ts...... mas o "Despacito" soa-me bem, pá! Que caraças!!