quinta-feira, 27 de abril de 2006

quarta-feira, 26 de abril de 2006

Chico-espertismo

Formámos este país à beira mar plantado, fizemos as cruzadas, construímos naus, vimos o mundo e demo-lo a conhecer, espalhámos a nossa língua e cultura pelos quatro cantos do mundo, criámos um novo conceito de ninfas… as mulatas, entre tantos outros feitos notáveis e dignos de ficar nos anais da história universal (e por falar em anais, as Amoreiras), mas nada se compara à maior conquista de todos os tempos, a nossa obra-prima, a piece de resistance, a mui nobre e deslumbrante façanha… a invenção da chico-espertísse – trata-se mesmo de uma invenção e não de uma descoberta, porque aqui encaixa perfeitamente a frase “se não existisse teria de ser inventada”, e só poderia ser por nós! De facto nunca houve nada mais expressivo e significativo do que a nossa tão original e genuína forma de proceder perante a dificuldade, comummente apelidada de desenrascanso. É uma arte ancestral, praticamente milenar, apenas dominada por quem possua as características certas: com ou sem possibilidades para tal, com ou sem capacidade para mais, com ou sem dinheiro para isso, com ou sem buço/vasculho, homem, mulher ou criança, todo o tuga sabe orientar-se perante a adversidade e contra qualquer intempérie. Faz parte da sua essência, da sua natureza. Com ou sem carácter, repleto ou não de boas intenções, o bom do tuga usa a arte do chico-espertismo como um samurai manuseia o seu valioso sabre, mas com a excelsa vantagem de nunca sentir necessidade de realizar hara-kiri ou sepuku, nem adiantaria, haveria tantos para o substituir de seguida!? O expoente máximo do chico-espertismo encontra-se, por exemplo, na pessoa do Alberto João Jardim (poderia ter dito Major Valentim Loureiro, mas não me apeteceu), modelo do político tuga, mas poderíamos observar outros dignos exemplos como o típico taxista tuga, o característico trolha tuga, o alegórico empresário tuga, entre tantos outros! Genuínos visionários, verdadeiros Messias à sua especial maneira, têm um estilo muito próprio de se encaminhar por entre as gentes normais, até porque qualquer tuga pode ser um chico-esperto, trata-se apenas de uma questão de oportunidade, tal como nos diz a grande máxima: “a ocasião faz o chico-esperto”.

terça-feira, 25 de abril de 2006

25 de Abril Sempre!

Pode ter havido um Golpe de Estado em Portugal em ’74 que nos trouxe a liberdade de expressão, a democracia e alguns valores anteriormente toldados pelo cinzentismo de um regime autoritário, mas não me parece que isto tenha realmente mudado para melhor… mudou apenas para, digamos, “melhorzinho”, ou como dizem os rs de hoje, para um ténue e pouco colorido “tá-se bem”. Tirando uma mísera dezena de tas que não ficaram contentes com a ideia, a esmagadora maioria sentiu que seria o melhor para o país, certo? Então porque é que hoje em dia ouvimos dizer, de pessoas que não são de direita e até mostram o seu repúdio pelo mo, coisas do género: “os Espanhóis, os Italianos e os Alemães também tiveram um período negro de mo na sua história e hoje em dia são o motor da economia europeia”; eu digo-vos porquê: Como em tudo o resto, dado o paizíto manhoso e medíocre que sempre fomos, tivemos uma merda de um ditador que só serviu para manter o povo à fome e “calado”. O homem só tinha ideias tristes e poucochinhas, as pessoas queriam-se “pobretes mas alegretes”, e das ovelhas tresmalhadas, tratava a PIDE. Não houve nenhuma orientação empreendedora para o futuro. O Franco, podre de ta que era, tinha uma visão, bem como os restantes ditadores europeus… o Salazar era um coitadito com vistas curtas que acabou por cair da cadeira, o desgraçado! Enquanto os outros países europeus andaram a comer o pão que o diabo amassou com um propósito global, o da sua afirmação enquanto nação num contexto europeu (ou mundial, como queria o , mas hoje não quero falar neste assunto), em Portugal andámos a sofrer, sim, mas por coisa nenhuma… não houve nada de positivo, neste futuro que agora vivemos, nada de sólido e concreto para podermos agarrar e investir. A verdadeira Revolução ainda não foi feita ou encontra-se inacabada! Temos de fazer a Revolução da mente e das ideias, porque este ser portuguesinho que somos só nos tem trazido desconforto e dificuldade. Não é cá apertar o cinto durante 2 ou 3 anos para depois as coisas correrem melhor. Os Irlandeses fizeram um investimento de 20 anos na Educação! Os Espanhóis fizeram um investimento na Indústria nacional que não tem fim… e ainda têm fábricas têxteis a trabalhar para a Zara, Mango e outras que tal, cá em Portugal. Para os que dizem “deixem vir os Espanhóis tomar conta disto que será a nossa safa” parece-me que eles já tomaram conta de nós há muito tempo… o 1º de Dezembro foi a melhor coisa que lhes aconteceu, só nós é que não vimos isso e ainda achamos que estamos melhor sem eles. Temos de deixar de ser um povo de idiotas e mentecaptos e subir à altura dos nossos ideais e valores morais. Correr com os filhos da puta que se alimentam do nosso trabalho de forma tacanha e chico-esperta, porque cá trabalha-se, e mandá-los para onde façam falta. Temos de deixar de estar como nos diz o Jorge Palma, com “um pé numa galera e outro no fundo do mar” e fazer como nos dizem os Gatos Fedorentos: “Ahhhhh, isto vai dar uma ganda volta!!!” Entretanto, e para deixar claro o que sou, o que penso e o que quero, nada como um excerto da música mítica e profundamente verdadeira do Sérgio Godinho:
“Só há liberdade a sério quando houver
liberdade de mudar e decidir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir
A paz, o pão, habitação, saúde, educação”

Ah, e tal, 25 DE ABRIL SEMPRE e o camandro!

segunda-feira, 24 de abril de 2006

É Gourmet, pois’atão!

Como é que há pessoas que conseguem comer caracoletas? Eu nem percebo como é possível haver quem ponha caracóis na boca, porque me parecem nojentos, agora lesmas grandes? Incrível! Tenho a ligeira impressão que se tratou de uma brincadeira, ou aposta, que dois cozinheiros franceses fizeram para se vingar de gente snob que frequentaria o restaurante onde trabalhavam: “já que têm dinheiro e comem coisas caras e raras de encontrar, como caviar ou ostras, vamos ver se lhes conseguimos impingir a ideia de comer assim uma coisa mesmo nojenta que ninguém no seu perfeito juízo comeria… lesmas, por exemplo, mas dizendo que é comida para gente fina e distinta. Até podemos inventar um novo conceito para este tipo de refeição… gourmet!” Tudo isto me faz lembrar aquela cena do filme Desperado em que a personagem interpretada por Quentin Tarantino faz uma aposta com o barman em como consegue mijar de pé para dentro de um copo de shot que se encontra em cima do balcão, sem deitar uma única gota para fora. Ele acaba por mijar para cima do barman e do balcão, e este ainda se fica a rir. Depois vai até ao fundo do bar buscar o dinheiro de uma aposta superior que ele tinha feito com uns tipos que estavam a jogar snooker e a assistir à cena… hilariante! Cada vez que vejo gente rica a comer lesmas, parto-me a rir. Quero lá saber que até saibam bem!

domingo, 23 de abril de 2006

A devida explicação

Se não fui suficientemente explícito no post anterior, face ao título avançado, dedico estas linhas à consequente e necessária explicação, mas por tópicos:
planos, a frase de John Lennon
bolos, dada a intrincada complicação do tema, eu é mais bolos
mamas, li “prateleira” no nome do blog, e jovem saudável que sou, levou-me a pensar (imediatamente) em mamas… e grandes, pois’atão!

sexta-feira, 21 de abril de 2006

Planos, bolos e mamas grandes

A condição humana, quando observada e estudada, sempre evidenciou uma dicotomia dialéctica que nos persegue a todos desde a alvorada dos tempos e nos caracteriza enquanto mortais dotados de livre arbítrio, coisa única entre as espécies que compõem este planeta e o universo conhecido. Podem existir outros animais dotados de inteligência conhecidos pelo homem, e até alguns que concebam, não a ideia, mas talvez a vontade de extinguir a sua própria vida, porém, aquilo que nos caracteriza enquanto espécie é sem dúvida único e, até ver, inédito. Passo a explicar: se “a vida é o que nos acontece enquanto fazemos planos”, então para quê entrar em grandes raciocínios lógicos de preparação para a vida real? Qual o porquê que fundamenta uma reflexão compulsiva a priori sobre aquilo que são os nossos sonhos e objectivos a concretizar no tempo futuro… a vida é aquilo que se passa lá fora enquanto passamos tempo cá dentro (na nossa mente). Mas por outro lado de que nos serve a adrenalina pura de um golpe espontâneo e completamente irreflectido se acabamos por nos prostrar na poeira de tais acontecimentos fugazes e voláteis como são cada um dos passos que damos em qualquer sentido que seja. Quando fecharmos os olhos pela última vez não haverá a necessidade de repensar e organizar memórias e pensamentos num álbum bonito e mágico… a vida já terá sido, já se terá extinguido, acabado. O que há a retirar de uma vida se nunca nos chegamos a aperceber do seu verdadeiro sentido e porquê o sermos responsáveis e modestos quando podemos ser deuses da nossa individualidade existencial e aparente satisfação? Ao sermos nós próprios, até ao ponto de não nos preocuparmos com os outros ou até com a nossa saúde física, psíquica e emocional, estamos a contaminar a água usada para saciar a nossa sede de felicidade, pois que o imediato nem chega sequer para alimentar a fome de satisfação evidente que nos move, o nosso contentamento e prazer instantâneo. Temos de ser inteligentes, até mesmo emocionalmente inteligentes, porque de nada serve entregarmo-nos a uma paixão, às cegas, se não houver um mínimo de reflexão cuidada no sentido de nos precavermos com base no conhecimento adquirido em experiências anteriores. A nossa paixão última deve ser, tendencialmente, a nossa vontade de viver e de experienciar. Experimentar antes, por vezes a medo, para depois reflectir um pouco e dar o salto certo, em equilíbrio, no momento oportuno. Não há tempo útil de vida para pensar demais, mas também não podemos agir constantemente de forma imprudente e infantil, há que crescer primeiro. De entre o muito lixo que eu acumulo na minha mente, as ligeiras barbaridades que regurgito, bem como as simples teorias que componho de forma inocente, como quem faz um jingle, escolho uma frase da minha autoria para acrescentar às frases e clichés referidas por filósofos, pensadores, simples observadores ou gente comum: “queima as tuas asas ao sol e não dentro do teu casulo” – sim, porque há espaço para todos arrotarem as suas postas de pescada nesta sociedade pluricultural e aberta, vivemos em democracia certo?, então gozemos dessa liberdade tão fundamental e primária – Há um tempo para observar, experimentar, crescer… e viver! Bem visto, bem medido, bem equilibrado, há tempo para tudo. Agora em relação à questão da dicotomia. Uma vez que não entendemos o sentido da nossa vida pessoal, proponho que se tome como correcto (não necessariamente verdadeiro) o facto de haver inexoravelmente um sentido de vida maior e superior à nossa existência individual. O conjunto de todas as vivências humanas cria uma base de dados maior, denominada de cultura ou conhecimento. Acima de todos nós, indivíduos, etnias e civilizações, está o sentido de existir enquanto um todo, e para isso existe a necessidade premente de partilhar informação e conhecimento. Sendo que, nos dias que correm se torna cada vez mais complicado organizar tertúlias, e o tempo nunca chega para dizer o que se tenciona, partilho agora convosco uma frase de um amigo comum, meu e de muitos os que visitam este blog, para dar os parabéns e as boas vindas a um novo projecto: “chose a life, faz um spam, publica um blog”.
Para saber qual o projecto basta clicar no título deste post e serão redireccionados para um novo blog feito em equipa, onde eu mui orgulhosamente me incluo.

quinta-feira, 20 de abril de 2006

Ainda existe Omo?

Para apoiar um tema relativamente entediante, sugiro que oiçam a música desta semana: “Elevator Beat” de Nancy Wilson, da banda sonora de Vanilla Sky, na MusicBox. Agora em relação ao tema do post: para a malta mais nova, que poderá pensar que esta pergunta terá um carácter negativo e homofóbico, respondo já que Omo era uma marca de detergente muito conhecida, do tempo da Farinha Amparo. Ainda existe Skip, Tide, e o Sonazol, mesmo não sendo em barra de sabão, também se consegue encontrar nas prateleiras dos supermercados, mas o que terá acontecido ao Omo? Deixo a pergunta em aberto para um sapiens que consiga responder...

quarta-feira, 19 de abril de 2006

Let’s look at the trailer

Que bela altura para ver bom cinema. Tenho estado de férias, e como tal, tenho-me administrado quantidades grotescas de cinema medíocre, como é de esperar em alturas em que se faz tão pouco, nos deitamos tardíssimo, passamos muito tempo em casa e procuramos qualquer forma de fugir à programação da televisão, que quanto a essa, qualquer filme manhoso lhe é incomensuravelmente superior. De entre os muitos filmes que tenho trazido do videoclube e pedido emprestado, ontem acabei por ver o Crash em dvd e hoje decidi ir ver o Inside Man ao cinema. Do primeiro há muito que eu podia dizer, mas para não estragar o filme a quem ainda não viu – e como é possível se é um filme de Fevereiro de 2005 e já está há séculos para aluguer – vou apenas dizer que se trata de um filme genial, muitíssimo bem escrito e magistral e simplesmente dirigido. A premissa sob a qual a história se vai desenleando é de uma verdade genuína e incontornável, que só quem vive em grandes metrópoles se apercebe na sua força máxima. É um filme simples e conciso, brilhante! Em relação ao segundo, fui vê-lo pelo realizador, mas também pelo elenco. Surpreendeu-me pela positiva… e eu já ia à espera de um bom filme. Spike Lee não prima pela técnica nem pela fotografia, e liga pouco ou nada a efeitos especiais, talvez apenas aos efeitos visuais, mas é um grande director de actores e faz verdadeiras obras-primas em torno de histórias sobre a condição humana, valores e ideologias. É um filme a não deixar de ver!

terça-feira, 18 de abril de 2006

Modus operandi

Hoje deixo-vos com uma lista de expressões linguísticas muito interessante (ou não). Tenho andado a reuni-las desde há algum tempo e sinceramente não me apetece tecer grandes comentários acerca delas. Basta que as leiam, talvez rir um pouco, e se for o caso de algum de vocês as utilizar… por favor corrijam isso!
derivado ao facto…
prontos
penso eu de que
a modos que…
hadém…
está em França Vs. está na França
(só funciona em alguns casos)
ele deve de ir a casa
aventoinha
rotar
(sim, quer mesmo dizer arrotar)
Ok, até vou comentar… acreditem ou não, eu ouvi estas duas últimas expressões ditas pelas mesmas pessoas. Significa isto que as mesmas pessoas que comem o “a” em arrotar, acrescentam-no a “ventoinha”. Posto isto, e depois de mais umas gargalhadas, retirar-me-hei para dormir.

domingo, 16 de abril de 2006

As músicas que nos tornam melómanos

Em jeito de best of, deixo-vos com uma lista de algumas das músicas mais importantes das últimas duas ou três gerações, que fizeram de mim um melómano e, de certa forma, a pessoa que sou hoje… aparentemente sem ordem… as músicas, entenda-se:
The End, Doors
Riders on The Storm, Doors
Comfortably Numb, Pink Floyd
Shine on You Crazy Diamond, Pink Floyd
Wish You Were Here, Pink Floyd
Bohemian Rhapsody, Queen
Somebody to Love, Queen
It’s Late, Queen
Come Together, Beatles
Lucy in The Sky With Diamonds, Beatles
Hey Jude, Beatles
Satisfaction, Rolling Stones
Paint it Black, Rolling Stones
Child in Time, Deep Purple
Smoke on The Water, Deep Purple
Stairway to Heaven, Led Zeppelin
All Along The Watchtower, Bob Dylan
Little Wing, Jimi Hendrix
Me And Bobby McGee, Janis Joplin
Hotel California, Eagles
The First Cut is The Deepest, Cat Stevens
You Got a Friend, James Taylor
Purple Rain, Prince
Old Love, Eric Clapton
Mrs. Robinson, Simon & Garfunkel
Hit The Road Jack, Ray Charles
Sex Machine, James Brown

…esqueci-me de alguma coisa? É bem possível!
E para vocês, quais são as músicas mais importantes? Não falo só das que vos tocaram individualmente, mas sim daquelas que marcaram a nossa geração, a anterior (dos nossos pais), e a semi-geração dos nossos irmão mais novos (para quem os tem).
Não incluí músicas portuguesas, brasileiras ou francesas nesta listagem porque me refiro a músicas universais. Por outro lado também me faltaram alguns intérpretes/compositores importantes como o Frank Sinatra, Elvis Presley, Van Morrison, B.B. King, etc., mas achei que seriam, de certa forma, secundários.
Comments please…

sexta-feira, 14 de abril de 2006

Música é do demo!

Eu digo mal dos canais televisivos portugueses pelos filmes que passam de forma tão repetitiva, mas nunca me canso de ver dois deles: Do Cabaret Para o Convento e Do Cabaret Para o Convento 2. Para quem é melómano e aprecia jogos de vozes, vocalizações e harmonias vocais, é uma delícia fantástica. Recomendo vivamente!
Deixo-vos com um cheirinho na MusicBox… gosto muito de Rock, Blues e Jazz, mas não há nada como Soul e Gospel, é uma música do demo!

quinta-feira, 13 de abril de 2006

É muita fruta!

Para desenjoar do post anterior, sugiro uma reflexão à volta do tema “o novo produto da Compal”.
Iogurtes com pedaços já eu conhecia; comprimidos de vitaminas e suplementos proteicos não me causam estranheza; até já ouvi falar de gente que gosta de tomar bananas via anal, tipo supositório… agora, fruta concentrada em pacote!? E não será para diluir com água e fazer suminho? Por favor!! Já estou a ver o filme todo: um Actimel logo de manhã com o rissol e o leite achocolatado; ao almoço, um Becel Pro.Activ, para controlar o colesterol, a acompanhar a sandocha de coirato; pela hora do lanche, um Compal Essential de manga, juntamente com fatias de pão light barrado com aquela manteiga diet que não tem sal nem açúcar mas engorda como as outras. E ao jantar, vai a famelga toda ao McDonalds, mais pelo Sundae do que pela chicha, devorar HappyMeals como se não houvesse amanhã… porque pode não haver! Não vos mete confusão?? É que eu também gosto de comer fruta com casca… mas inteira! …ok, dou várias dentadas, mastigo devagar, depois lavo os dentes e uso fio dental!!

quarta-feira, 12 de abril de 2006

Muito chocolate!

A Páscoa é uma época festiva que me desgraça, quase como o Natal. Mais valia darem-me uma injecção de chocolate na jugular, fazerem um compacto especial com os 10 Mandamentos, a Paixão de Cristo e o Sozinho em Casa e pronto, no outro dia lá iríamos trabalhar sem ter aturado tias-avós que nos lambuzam a cara, avôs caquécticos que se engasgam com folar, a pensar que poderão não estar cá na a próxima primavera, e gaiatagem espalhada pela casa toda aos berros a perguntar onde está a Playstation ou um computador com o Messenger ligado à net. Chamam a isto família??? Uma cambada de grifos que mais parece uma praga de gafanhotos que devora tudo por onde passa e não deixa nada direito? É que nem o tampo da sanita ou o isqueiro do fogão resiste a esta gente!! Não haverá, num futuro próximo, subsídios a fundo perdido ou linhas especiais de crédito para ajudar ao financiamento destes “imprevistos”? Talvez seja uma oportunidade de ouro que os bancos estarão a deixar passar em claro: depois do crédito automóvel e imobiliário, das férias, computadores, máquinas digitais e leitores de mp3… o crédito bonificado de apoio às reuniões de família e épocas festivas. E o símbolo da Páscoa? Não era já tempo de trocarem o coelhinho felpudo e ternurento por uma playmate meiguinha, enrolada em fitas de Carnaval e confetti? Porque é que a Playboy não passa a perna ao Vaticano e muda o look desta época festiva? O Natal também não perdeu a simbologia característica quando a Coca-Cola mudou a cor ao Pai Natal! Venham daí mulheres e homens que se encharcam em chocolate, quer seja líquido (em chávenas ou SPA’s), em tabletes ou amêndoas, e mantém a mesma figura ano após ano. Nesta sociedade que dá tanta importância à “beleza”, criando meterossexuais a cada dia que passa, não me espanta nada se trocarem o Coelhinho da Páscoa pelo Zé Castelo Branco de tanga, orelhas de coelho e pompom, e ainda uma daquelas cigarrilhas tão femininas, tipo Jessica Rabbit ou Marlene Dietrich… ischhhh!!! Agora retirar-me-ei, ouvirei cânticos de corais negros e música de Ravi Shankar, acenderei velas e incenso por toda a parte, de forma a limpar toda a conspurcação nefasta que me vai na mente… voltarei com pensamentos mais dignos e puros!

terça-feira, 11 de abril de 2006

Dove não é só chocolate

Quero dar os parabéns aos responsáveis pelas campanhas publicitárias da Dove por nos mostrarem mulheres normais em vez de supermodelos fantásticos de beleza ofuscante. O estereótipo da beleza dos dias de hoje está completamente corrompido e é de uma futilidade extrema. Levam-nos a desejar mulheres que não existem, que são fabricadas até ao mais ínfimo pormenor. Elas andam por aí, é certo, mas não existem sem aquela maquilhagem, aqueles cabelos e aquela roupa. São exactamente como as outras, que em certos momentos também se detestam fisicamente e mostram padecer dos mesmos medos e preocupações … no fundo são todas iguais, assim como os homens! O que é preocupante, é haver quem se queira igualar ao estereótipo e faça das tripas coração, deixando a saúde para segundo plano, para se parecer em certos pormenores com o modelo que uns tipos quaisquer, de certeza homens, se lembraram que seria o ideal para vender. Porque a questão é mesmo essa, vender! Por outro lado, assistimos às campanhas publicitárias da Dove que se baseiam em mulheres normais, cuidadas e preocupadas, mas com a saúde e o bem-estar, e não somente com o aspecto. A mim parece-me melhor assim. Gosto de ver mulheres lindas e fantásticas, em grandes poses sexy e com farpelas altamente excitantes, mas é só mesmo para olhar, e a imagem gasta-se depressa. Para mim, se uma mulher me parece fisicamente bonita quando acaba de acordar, será sempre bonita em qualquer outra situação. E depois há a beleza interior, a inteligência, o sentido de humor e o carácter – em suma, a personalidade – que podem não excitar tanto como o aspecto físico e a química natural, mas são a outra face da mesma moeda.

segunda-feira, 10 de abril de 2006

Smile

Uma vez que é segunda-feira, e outra semana recomeça, deixo-vos com uma música escrita por Charlie Chaplin e aqui interpretada por Michael Bublé. Dedico-a a uma pessoa muito especial... e aos demais também!

Ainda a pirataria…

Qual é a maior empresa, liderada pelo tipo mais rico do mundo?
Qual é o maior alvo da pirataria informática?
…e mesmo assim não fez “grande” mossa, certo?
I rest my case!

sábado, 8 de abril de 2006

Someone is watching Big Brother

Quem não se lembra da célebre frase de Clint Eastwood na pele do Dirty Harry: Do you feel lucky, punk!? Ok, agora experimentem a ir à página inicial do Google, escrever “failure” e clicar em Sinto-me Com Sorte! Buahahahahahahahah! lol

sexta-feira, 7 de abril de 2006

Pirataria informática

Tenho estado atento a esta questão, que parece ter vindo para ficar, mas tudo indica que é mais fogo de vista. Eu digo isto porque tenho lido muito sobre este tópico e concordo que será impossível passar do nível dos exemplos para uma prática contínua. Em primeiro lugar parece-me óbvio a necessária distinção entre quem faz downloads ilegais para consumo caseiro, ainda que grave em cd para ouvir no carro ou em festas com os amigos, e quem corre a net de uma ponta à outra para satisfazer o seu público alvo numa feira perto de si, esses sim, são os verdadeiros piratas informáticos: filmes, álbuns, jogos, etc. Posso não ser grande exemplo, mas nunca deixei de comprar dvd’s ou cd’s porque os arranjava de outra forma. Vou ao cinema, alugo filmes, peço cd’s emprestados e já tenho sacado muita coisa da net. Tenho a discografia completa das bandas que mais gosto, vou reunindo todos os filmes que aprecio, e a maioria dos cd’s e dvd’s são originais (tenho mais de 300 álbuns em cd e 170 filmes em dvd… tudo original!), aliás, serão todos originais num futuro próximo, é essa a minha meta. Eu até tenho muitos vinis e continuo a comprá-los. É neste ponto que acho que assenta o busílis da questão: quem perde mais, ou perde mesmo, com a pirataria informática são as editoras e não os autores, por isso me parece bizarro estarem a mascarar a questão desta forma. Sou músico, e embora apenas tenha músicas incluídas em colectâneas ou edições de autor, mas tudo registado na S.P.A., não me importo nada de passar as minhas músicas em formato de mp3 pela net ou em cd’s gravados por mim. Seria até um orgulho muito grande se me apercebesse que houvesse quem fizesse partilha das músicas das minhas bandas através dum meio tão grande e de tão largo alcance como a internet. A internet será o motor da cultura e do entretenimento deste século, não será a televisão de certeza. E até hoje não vi ninguém queixar-se de gravarmos filmes, documentários ou novelas em VHS!? E toda a gente o fazia e faz! Então porquê a dualidade de critérios? A internet chega a toda a gente? Talvez menos pessoas tenham net do que vídeos em casa. Para quem está no meio, vou confessar-vos um pormenor muito importante: os músicos ganham com os concertos e com os royalties. Recebem quando tocam ao vivo, quando aparecem na rádio e na televisão, o que conseguem com as vendas dos cd’s e dvd’s, embora dependa do estatuto músico e do seu contrato com o seu label (editora), é uma ninharia comparado com o que as editoras discográficas arrecadam com cada cd que se vende por 12€ ou 15€. E o escândalo ainda é maior quando nos apercebemos que nós temos um IVA de 21% para tudo o que é cultura e a maior parte do entretenimento, enquanto que a grande maioria dos outros países comunitários têm IVA’s de 5% e 3%... ah!, já perceberam onde quero chegar!? Ok, ainda vos deixo outra: os bilhetes de jogos de futebol têm um IVA baixíssimo, tipo 5% e são àquele preço que toda a gente conhece… onde é que quero realmente chegar!?? É tudo uma questão de negócio e interesses! E sendo assim, e porque há cada vez mais bandas e músicos (ou escritores!) a publicar os seus trabalhos na internet, quer seja de forma paga ou completamente gratuita, quero deixar uma palavra de ordem a estes senhores que são “donos” da cultura e das empresas que sustentam a cultura em Portugal, quer eles sejam também artistas ou não: PUTA QUE OS PARIU SEUS FASCIZÓIDES CINZENTÕES!!! E quanto aos tribunais e às autoridades competentes, vão mas é atrás de quem assalta velhinhas, prostitui criancinhas e leva empresas nacionais à falência e gera desemprego que são às centenas e se misturam com as pessoas “normais”. Pronto, já desabafei!

quinta-feira, 6 de abril de 2006

As Mulheres e o Sport Billy

Tanto as mulheres como o Sport Billy têm tudo e mais alguma coisa na mala que trazem como companheira, para toda e qualquer ocasião. Com características tão idênticas, no que aos adereços diz respeito, as mulher e o Sport Billy revelam-se verdadeiramente opostos. O Sport Billy tem um óptimo sentido de oportunidade e consegue tirar o que quer no momento certo para resolver a situação, enquanto que as mulheres nunca acham o telemóvel, mesmo quando este está a tocar. Uma malinha de mão está para uma mulher como uma mochila de 25 litros está para um campista – leva muita tralha, encontra-se relativamente arrumada, e é extremamente difícil tirar o que se procura sem antes pôr cá fora metade do seu conteúdo. Contando com o tão falado 6º sentido que as mulheres possuem, eu diria que o Sport Billy sairia vencedor num possível confronto. Já ele tinha tirado um escadote de 20 degraus para subir ao telhado e salvar o gatinho, enquanto que elas teriam de tirar o espelho, o maço de tabaco, o isqueiro, os penso higiénicos, o batom do cieiro, a escova, o telemóvel, o organizer, a carteira repleta de fotografias dos antigos colegas da secundária, os lenços de papel e as pastilhas elásticas antes de conseguirem chegar às chaves do carro… que nesta altura, percebendo-se ter ficado destravado, já se tinha estatelado, ladeira abaixo, contra um autocarro.

quarta-feira, 5 de abril de 2006

Afinação vs falta de ritmo

Por falar em desafinação... porque é que as mesmas pessoas que assistem a um concerto cantam afinadinhas a acompanhar a música mas se for a bater palmas não atinam com o ritmo? É uma confusão que não se percebe nada!

segunda-feira, 3 de abril de 2006

Se você disser que eu desafino…

Porque é que quando um grupo de pessoas canta os parabéns, supostamente para agraciar o aniversariante, parecem uma cambada de gatos com o cio e não conseguem atinar? Mesmo que haja uma ou outra pessoa com ouvido, é difícil de afinar porque cada um canta para o seu lado e no seu tom. No geral acaba por ser confuso e destabilizador, porque quase todos se apercebem de estar algo mal, mas pensam estar certos e não tentam seguir os outros. No seu aniversário, qualquer pessoa deseja festejá-lo com bons sentimentos e de forma agradável, não tendo o povo todo a tentar executar uma das obras musicais mais fáceis de trautear da história da humanidade, de forma abusadora e ultrajante. É o delírio atrás das bancadas!

sábado, 1 de abril de 2006

O último post!

Com muita pena minha, este será o último post que este blog irá ver. Foi uma decisão difícil e agonizante, que se prende apenas com questões do foro pessoal, não me deixando hipóteses de voltar atrás. Mas menos pena tenho em relembrar que hoje é dia 1 de Abril, logo, este post apenas serve para encher chouriços. lol Amanhã há mais!