quarta-feira, 27 de junho de 2007

Yogurtes, luzes ao fundo e a groguêz do sono

Devo confessar que iria iniciar este post a descompor no Pingo Doce que fica ao lado da BP por não ter o sistema de tickets a funcionar e gerar uma confusão dos diabos nos enchidos e padaria, por ter falhas nas prateleiras, por ter cartazes a anunciar artigos que não estão disponíveis, por estar mal arrumado e desactualizado esteticamente dos restantes Pingo Doce’s, além da questão dos apitos das caixas registadoras que já abordei antes, e principalmente por ter todos os yogurtes de Stracciatella da Danone fora do prazo de validade, mas não o vou fazer! Começo antes por dizer que fui eu que me enganei e li “20/Jun” na embalagem no lugar de “20/Jul”, que era exactamente o que lá estava. Não só li mal em casa quando os queria comer, que se percebe perfeitamente porque ontem já era tarde, só tinha a luz do frigorífico, os yogurtes estavam em cima da bancada e eu de costas para a luz – que é coisa que apenas se deve fazer quando se está deitado num Hospital e nunca na nossa cozinha – voltei a ler mal hoje de manhã, mas percebe-se porquê, pois ainda estava meio grog com sono, voltando a ler mal, juntamente com duas empregadas do Pingo Doce supra citado, hoje ao final da tarde quando quis, com toda a formalidade e bom feitio, trocar os yogurtes alegadamente fora do prazo de validade por outros iguais. O mais engraçado, além de todos estes enganos e ilusões de óptica, é que corri todas as embalagens de yogurtes que estavam na prateleira e deduzi que estivessem todos fora do prazo. Umas acabavam a dia 20, outras a dia 22… mas de Julho!! Mais uma empregada do Pingo Doce e dez minutos mais tarde, trouxe para casa as embalagens originais que tinha comprado a dia 25 de Junho e deixei no supermercado um pedido de desculpas, bem como 5,32€ por um desodorizante, queijo, fiambre e pão. Bem sei que errei, mas o Pingo Doce tem empregadas tão lerdas quanto eu fico no final de um dia trabalho muito intenso. Ok, também era final de dia para elas… ou não, sei lá se alguma das três não teria entrado num turno pouco tempo antes.

Moral da história:
Vejam sempre as datas dos prazos de validade enquanto escolhem os produtos no supermercado; guardem os talões do que compraram durante uns dias; não se fiem na vossa vista quando estão com sono, seja a que horas for; e acima de tudo nunca virem as costas à luz a não ser que tenham tido algum tipo de acidente ou quando já forem velhinhos!

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Animações e remakes manhosos

De todas as ideias para fazer um filme com base em desenhos animados dos tempos da nossa infância, os Transformers parece-me a mais ridícula e despropositada. Também não ficaria bem se pegassem nos Estrunfes ou na Heidi (talvez já alguém se tenha lembrado disso nos meandros da ografia), mas reflectindo um pouco sobre a ideia e principalmente depois de ter visto o trailer, que ainda por cima é realizado pelo Michael Bay e produzido pelo Spielberg (olha que dupla comercialoide e manhosa), espero pacientemente que todos se rendam ao que a mim me parece evidente – eu espero que gastem pouco mais de 5€ e uma noite das vossas vidas para lá chegarem – é uma parvoíce pegada! Conheço alguém que discordará veemente desta minha posição e que anda há meses, senão anos, à espera deste momento tal como eu esperei pelos últimos primeiros três filmes da saga Star Wars, mas isso é gente que terá caído da cama em pequeno, não conseguindo raciocinar em certos momentos e aquele som dos robots a transformarem-se far-lhes-á lembrar de quando a mãe lhes levava a taça de Chocapic à cama enquanto estavam doentes e faltavam à escola. Não faz qualquer senso haver carros, camiões e aviões que se transformam em robots e vieram de outro planeta, uns para fazer mal, outros para fazer bem. Já na altura não era grande ideia impingir esta patacoada aos putos, mas agora então é que não interessa mesmo! Neste momento não sei, desde a altura do Dragonball, inclusive, que deixei de ver desenhos animados na televisão, mas no meu tempo havia tanta coisa interessante e quanto a mim os Transformers não eram uma delas. Espero pelo filme em DVD para então o criticar com mais fundamento.

Só mais uma coisa, os tipos da Citroen ou são muito espertos e têm um excelente sentido de oportunidade, ou são possuidores de uma incomensurável e monumental sorte, pois aquela publicidade do C4 fica mesmo na retina e na memória, ainda para mais agora!

terça-feira, 19 de junho de 2007

As caixas registadores e os apitos infernais

Se há coisa que me põe fora de mim é o apito das caixas registadoras dos supermercados Pingo Doce renovados recentemente. Refiro-me àquele pérfido silvo que se dá quando as pessoas da caixa passam os objectos com os códigos de barra junto do sensor. Em todo o lado há disto, não só nos supermercados e todos eles irritam, já para não falar da musiquinha das grandes superfícies e lojas de roupas, que mais vontade me dão de me suicidar do que comprar qualquer coisa que seja, mas os tipos do Pingo Doce andam a abusar da sorte! Depois dos sacos de plástico pagos, agora isto! Aqueles últimos centímetros antes e durante o poisar das minhas mercas no tapete rolante da caixa deixam-me louco, aquela porcaria apita de forma endemoninhada, fica cá dentro da minha cabeça durante uns bons dez minutos depois de ter saído e enquanto lá estou só me apetece partir os escaparates. Sorte a deles eu não ser daqueles tugas modernos que andam com tacos de baseball ou pistolas de alarme atrás do banco do carro. Ou deixo de lá ir ou um dia destes passo-me e apareço no noticiário da TVI ou num Extra da SIC.

sábado, 16 de junho de 2007

As velhas põem-se doidas, parte 2

As minhas avós andam muito modernaças. Noutro dia uma delas disse para a minha mãe: “não te preocupes, tá-se bem!”; uns dias mais tardes ouvi a outra dizer para o meu pai: “há e é um pau!”. Uma das minhas avós já admitiu que vê os Morangos Com Açúcar, pois gosta de assistir à gaiatagem a lidar com os problemas do dia-a-dia e que há miudos interessantes: “tão novinhos e já bons actores” …não sei a quem se refere! O que é certo é que já vão vendo mais os Morangos e as novelas portuguesas do que as brasileiras. A TVI domina, é o que é, e as velhas põe-se doidas!


relembro:
As velhas põem-se doidas, parte 1

sábado, 9 de junho de 2007

Bang!

A televisão dá-nos com cada coisa que por vezes até arrepia. Talvez o princípio e o próprio título do post possam parecer enganadores, pois não me refiro a nenhum documentário sobre a criação do Universo ou a génese da vida na Terra, falo sim de publicidade na TV. Sou perfeitamente capaz de admitir que os detergentes da TV Shop, como por exemplo o Cilit Bang (é de arrepiar, a capacidade imaginativa deste vosso narrador quanto a títulos para posts, não?), tenham de facto aquela capacidade de limpeza a fundo e removam a sujidade entranhada, a morraça encrostada, as bactérias, os germes e afins, mas custa-me acreditar que alguém possa ter o chão ou a bancada da cozinha naquele preparo como aparece na demonstração do reclame. Ninguém que tenha dinheiro para gastar em detergentes vive naquele desasseio, numa perfeita imundice! Tudo bem, eu também já fui estudante universitário, vivi com colegas numa casa longe dos pais, com a loiça a acumular-se muito para além do bom senso e da razoabilidade em termos estéticos e artísticos, desafiando muitas vezes algumas das mais futurísticas obras do Siza Vieira, mas fundamentalmente desafiando todo o tipo de códigos sanitários e de higiene, mas seja como for, aquilo que o reclame nos dá a mostrar é o cúmulo da porcaria. Nem uma barraca com teto de Lusalite, portas a 25cm do chão e as caixas da fossa abertas a pouco mais de 2m da porta da entrada chega aquele ponto. É pura ficção e se o não for deviam exibir aquela frase mítica do “qualquer semelhança entre a ficção e a realidade será pura coincidência” a acompanhar as imagens. Caso seja verdade e sendo por incapacidade, sem dúvida que a nossa solidariedade deveria chegar a essas pessoas, mais do que simplesmente comprando uma lata de atum e um pacote de arroz para entregar ao Banco Alimentar à saída do hipermercado na melancolia de um passeio domingueiro em família, deixando-nos, por momentos, de consciência leve e tranquila, mas se for por desmazelo, então prefiro nem saber de quem possa viver nesse estado. Nesse caso só tenho um comentário: “alimpa-te Saraiva!!!”

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Ganda Jana!

Qual não foi o meu espanto quando vi na televisão o reclame de uma nova marca de água engarrafada que apareceu recentemente no mercado. A água em questão, cuja nacionalidade me é totalmente desconhecida, talvez de um país nórdico ou dos balcãs, é a coisa mais parecida com merda que haverá no mercado – ok!, talvez num pouco distante segundo lugar logo a seguir à biografia do Alberto João Jardim– não que seja uma porcaria (ainda não a provei) mas a própria marca sugere jarvardíce quase em jeito de evocação... Jana! (lê-se iana, supostamente). Ainda compreendo, sendo de facto estrangeira, que não saibam o que isso significa neste país, o que acho deveras estranho, pois a primeira coisa que o comum dos mortais quer saber numa nova língua é os palavrões mais interessantes, mas tem de haver responsáveis em Portugal, que imbuídos do mais rigoroso espirito de profissionalismo, deveriam ter alertado os dirigentes internacionais para esta situação bizarra, pois um simples pormenor como este pode pôr em causa a viabilidade económica do processo. Água Jana não é coisa que eu vá levar à boca tão depressa, mas se quando há sede qualquer coisa serve, pode ser que um dia destes a prove. A ver vamos!

terça-feira, 5 de junho de 2007

Grandes filmaças

Aqui há dias vi um filme que me deixou KO e lembrei-me de fazer um post sobre isso, mas mais do que um filme, pensei que seria interessante deixar-vos uma lista dos filmes que mais me surpreenderam nos últimos tempos (entenda-se "desde que há memória").
O filme a que me refiro aparece no topo da lista e é uma história fantástica com um argumento e realização brilhantes e interpretações brutais, um verdadeiro must see!


Agora deixo-vos a lista, despida de comentários:
Stranger Than Fiction (2006)
Babel(2006)
An Inconvenient Truth (2006)
Loose Change (2006)
Crank (2006)
Lord of War (2005)
Sin City (2005)
Crash (2004)
Sideways 2004)
The Day After Tomorrow (2004)
Closer (2004)
The Butterfly Effect (2004)
The Village (2004)
Alfie (2004) 

Fahrenheit 9/11 (2004)
The Bourne Supremacy (2004) 

Kill Bill: Vol. 2 (2004)
Kill Bill: Vol. 1 (2003)
The Last Samurai (2003) 

Identity (2003)
Intolerable Cruelty (2003)
The Matrix Revolutions (2003) 

The Matrix Reloaded (2003) 
The Animatrix (2003)
The Bourne Identity (2002)
 

Bowling for Columbine (2002) 
Vanilla Sky (2001) 
Ocean's Eleven (2001) 
Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain (2001) 
The Family Man (2000) 
Wonder Boys (2000) 
Snatch (2000) 
The Sixth Sense (1999) 
Dogma (1999)
American Beauty (1999) 
Fight Club (1999) 
The Matrix (1999) 
Fallen (1998) 
Ronin (1998) 
Dark City (1998) 
Pleasantville (1998) 
Meet Joe Black (1998) 
As Good as It Gets (1997) 
The Devil's Advocate (1997) 
Good Will Hunting (1997) 
A Time to Kill (1996) 
Primal Fear (1996) 
Se7en (1995) 
Braveheart (1995)
Pulp Fiction (1994)
Reservoir Dogs (1992) 
Scent of a Woman (1992) 
Delicatessen (1991) 
The Prince of Tides (1991) 
Dead Poets Society (1989) 
The Meaning of Life (1983)
Life of Brian (1979)
One Flew Over the Cuckoo's Nest (1975) 

A Clockwork Orange (1971)
2001: A Space Odyssey (1968) 
Fahrenheit 451 (1966)

...faltam muitos filmes com certeza, mas foi o que consegui compilar em pouco mais de meia hora, e mais do que filmes bons, são filmes que surpreendem!

Nota: podem clicar nos títulos para abrir a página no site da imdb (www.imdb.com).

domingo, 3 de junho de 2007

O carro, o calor e alguns momentos de irritação

Entramos no carro e está um calor de morte. Como se não bastasse a temperatura altíssima que está na rua, assim que entramos e até que o ar condicionado do carro comece a debitar ar fresco num caudal minimamente simpático, temos de gramar aquele bafo quente que mal nos deixa respirar. Passados dois ou três minutos, na melhor das hipóteses, a temperatura ambiente no interior do carro vai melhorando mas ainda seguimos de vidros abertos e com um mau feitio do caraças porque vamos nesse momento a descer uma ladeira e o cinto de segurança fica preso antes de termos fita suficiente para dar a volta ao corpo. Sem capacidade de o enfiar no sítio certo, lá vamos nós a bufar de calor e inabilidade, pensando na eventual possibilidade de aparecer a polícia no caminho, alternando de braços entre o volante e os puxões constantes do cinto até que deixamos de travar e ele se solta de imediato. Colocamo-lo no sítio certo, voltando as duas mãos ao volante, e finalmente atingimos alguma estabilidade e despreocupação, agora sim! Nisto procuramos os óculos e sem nos lembrarmos de que tinham ficado no tabelier do bólide a tarde toda, apercebemo-nos dessa realidade da pior forma assim que encostamos os aros à pele quando os colocamos atrás das orelhas. Mais quatro ou cinco palavrões, nomes feios e três porradas no volante e lá nos fazemos à estrada… Quanto a mim o Verão é a estação do ano mais simpática a seguir ao Inverno, especialmente quando cheira a férias e a aventuras curiosas e interessantes, mas há sem dúvida uma série de cuidados a ter em mente constantemente (que final engraçado… ou não!).