quinta-feira, 31 de julho de 2008

Golpadas, banca e tacharia

Em primeiro lugar começo por pedir desculpas pelo momento de inactividade com vos presenteei estes últimos dias, mas sem internet em casa é complicado log’ar-me e postar qualquer coisa on a moment’s notice. Em segundo lugar peço igualmente desculpa pelo teor do texto que se segue, sendo ele de teor económico e chato, mas entenderão que devemos questionar-nos a respeito de certas situações quando as vimos serem noticiadas como a que apareceu noutro dia nos telejornais. Eu percebo que a Adobe compre a apetecida concorrente Macromedia, ou que o Google tenha comprado o Blogger e o YouTube porque querem ter tudo e todos, que a Microsoft anseie por ser dona da AOL ou da Apple, que as seguradores sejam alvo de fusões a toda a hora e que a banca seja palco para os mais incríveis takeovers hostis de que há memória, mas é de roçar a total perplexidade quando se ouve dizer que o BPI teve uma baixa nos lucros porque detinha grande parte das acções do BCP e que igualmente o BCP também teve uma quebra nos lucros por deter muitas acções do BPI. Será caso para dizer: “quem é que apareceu primeiro, o ovo ou a galinha?” E a resposta é: o tacho!, quer seja para fritar a galinha ou para estrelar o ovo. Poder-se-á dizer que na base de tudo isto estará o descrédito em que caiu o BCP pela gestão danosa – e mafiosa, permitam-me acrescentar – que tem tido nos últimos anos (ou sempre!?), mas não é bem esse o pormenor que me ofende. Antes o facto de ambos os bancos, que se digladiaram mutuamente e fizeram de tudo para se comprar um ao outro há bem pouco tempo, serem de facto quase donos um do outro e ambos se arrastarem para as perdas em bolsa por parvoeira institucional. Pensando bem, até nem me ofende! Irrita-me que não tenha sido eu ou outro tipo das quintas armado em Robin dos Bosques a ter consumado esse golpe de génio. Por outro lado, e vendo as coisas a um nível mais macro, custa-me a conceber que esta gentinha idiota não consiga pensar para além da sua secretária de meio-metro de fundo e três de largo e nem se lembrem que há vida para além do seu tacho. Este país está entregue à bicheza, é o que é!

terça-feira, 22 de julho de 2008

O Vitor Espadinha está em toda a parte!

Depois do almoço cheguei ao consultório e fiquei espantado. Não tanto quanto pelo calor abrasador que está lá fora, porque vim de mota e não há cá ar-condicionados nem mariquíces dessas, mas pelo facto de não estar ainda ninguém para ser atendido. Referi que deveria ser mesmo por causa do calor. Responde a minha colega da recepção:
- "Então não vês que as pessoas não aguentam este calor!? A cidade está deserta..."
Ao que eu respondi, passados poucos segundos a acrescentar à lentidão natural que me caracteriza neste momento em que me debato com o típico esturpor pós-prandial
- "A cidade está deserta e alguém escreveu o teu nome em toda a parte. Nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas. Em todo o lado essa palavra repetida ao expoente da loucura! Ora amarga, ora doce! Para nos lembrar que o amor é uma doença quando nele julgamos ver a nossa cura!"
Acho que vou aproveitar para desligar as luzes e arrochar até às 17h.
Os sacanas dos espanhóis é que a levam direita!

relembro:
http://ctanganho.blogspot.com/2005/03/necessidade-da-sesta-argumentao.html

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Membros, sonhos e toalhetes de casa de banho

Ando conscientemente a tentar reduzir a quantidade de toalhetes de papel que utilizo para secar as mãos nos restaurantes e cafés. Durante algum tempo não conseguia usar menos do que três, duas de uma vez e mais uma para terminar a tarefa, mas com algum auto-controlo e organização mental lá consegui passar para dois. Menos do que isso e chego à mesa com as mãos húmidas. Ou então, quando isso acontece e já não nos apetece voltar ao wc, e também porque depois há sempre uma mulher ou dois gaiatos que estão na bacia cá de fora que serve apenas para quem quer lavar as mãos e não precisa propriamente de ir à casa de banho – coisa que sempre estranhei e até cheguei a fazer disso uma nota mental como um primeiro indicador de que um dia seria possível alguém vir a ter um bidé no meio da sala, junto dos cães de loiça – nesse momento tentamos esgueirar-nos para onde ninguém nos veja a brandir os braços para secar as mãos ainda húmidas como se fossemos maluquinhos – este fenómeno é tão mais gravoso quanto mais pipi for a roupa que levamos vestida; imaginem um tipo de fato e gravata a agitar freneticamente ambos os braços, com cara de poucos amigos, sem razão aparente e como se não houvesse amanhã!? Sim, porque o tipo estaria furioso por ter deixado o serviço para terminar cá fora e estaria desejando voltar para a mesa e altamente convencido de que ninguém o veria. E por falar em figuras ridículas, no verão acordo muitas vezes a meio da noite com um braço ou uma perna dormente, levanto-me quase completamente a dormir e ando pela casa fora a rodar o braço ou a arrastar a perna meio aos saltos para ver se aquele formigueiro endemoninhado e ligeiramente violento, quase a roçar a dor, acaba por passar. Nunca consegui perceber bem quanto tempo demoro nesse processo mas pode muito bem ser apenas o tempo residual de um sonho… agora que penso nisso, será que isso aconteceu mesmo ou estaria a sonhar? E se sim, será um sonho recorrente, mesmo quando umas vezes é com um braço e outras com uma perna? E por último, como interpretaria Freud este fenómeno estranho!? Já agora, em jeito de epílogo, confesso que ao reler o título do post, dei comigo nos meandros de algumas paisagens virtuais assim a atirar para o escabroso. Mas de certo que ao chegarem a este momento do texto verão que o título, bem como todo o post, são total e verdadeiramente inocentes.

sábado, 19 de julho de 2008

Sistemas, problemas e soluções

Hoje recebi um email de um amigo e companheiro nas lides da música, nomeadamente o baterista da banda que tenho agora, os Kazoo, e mesmo sem ter ainda respondido ou ter conversado com ele sobre este email, arrisco-me a colocá-lo online para vossa apreciação. Confesso que até este momento, talvez tenha mudado seriamente de opinião e postura depois de ter lido o texto, fiz mais parte do problema do que da solução. Sempre me predispus a tocar de graça na maioria dos sítios para onde me convidavam a tocar, fosse pelo convite em si, pelo local, pela exposição que teria, pelo incremento de experiência, pelo prazer de tocar para aquele público, etc., e nunca me apercebi que isso pudesse constituir mais um dente na roda da engrenagem. Se há coisa contra a qual eu me oponho ferozmente é a de fazer parte de uma engrenagem bem montada e oleada, o chamado sistema, e muitas vezes entramos nesse processo inconscientemente ou até voluntariamente sem o saber. Se há coisa que eu detesto mesmo é fazer parte do problema sem me aperceber disso, mas não há nada como manter a mente aberta, ser-se crítico, auto-crítico e estar-se sempre e oportunamente disposto a mudar. Seja para melhor ou para pior, mudar é sempre bom! Claro que se for para pior, mais facilmente se arrepia caminho, e para melhor muda-se sempre, já diz o povo.
E por falar em Kazoo, vamos dar um concerto no AtéJazz Café em Estremoz que marcará, com toda a naturalidade, o fim de um ciclo e o início de outro, em muitos aspectos que se irão dar a notar ao longo de um futuro próximo. Conto com a vossa presença e espero que gostem.
Fico à espera de comentários a este post…

“Pois...
Muito bem, algum dia havia de acontecer!!!!!
Andei alguns meses ou talvez mais de um ano a recusar tocar num clube de Lisboa, embora recebesse frequentemente telefonemas do dono e programador, no sentido de lá apresentar um grupo ao qual pertencia na época, isto porque todos os outros elementos insistiam bastante para que lá fossemos tocar.
Sempre respondi que não tocaria pelos cachets "da casa", apesar de todos os outros elementos quererem tocar lá pelo preço proposto pelo programador, preço esse que era, obviamente, o "da Casa". Isto porque eu achava que o referido grupo merecia um cachet um pouco mais alto. Um dia recebi um telefonema do tal senhor, em que o mesmo se resignava e se propunha pagar o não referido cachet, que eu achava ser o mínimo razoável.
Até sou capaz de tocar de borla (já o fiz muitas vezes) se for necessário e a causa for justa, aliás, tal como diz a Inês, que penso não ter ainda conhecido pessoalmente, o que eu cobro não é o gig, é o soundcheck, pois esse não dá gozo a ninguém! Tocar? Isso dá-me gozo, isso eu faria sempre de borla, se pudesse. Todavia, o facto de trabalhar numa coisa de que gosto não obriga a que o tenha de fazer de graça.
Acho que os clubes ou bares que apresentam Jazz ou qualquer outro tipo de musica deveriam ter várias tabelas para pagarem os cachets de acordo com a qualidade dos grupos que contratam. Para mim, faz todo o sentido que uma banda de alunos de uma escola de Jazz que ensaiou uns Standards para "matar" 1 gig não receba o mesmo cachet de um grupo consagrado.
Por outro lado, o facto dos bilhetes serem mais caros, para uma banda consagrada ajuda muito a "educar" o público. Se eu for comprar um Audi A6 tenho de pagar muito mais do que se resolver comprar um Fiat Cinquecento!!!! Porque é que na música a coisa tem de ser diferente?
Quanto ao resto, acho que a culpa é, maioritariamente, dos músicos, sim sr!
Sempre me provocou uma certa urticária a trivial converseta entre músicos em que às tantas se ouve a fatídica frase: - quanto é que "eles" pagam nesse clube?
Quanto é que "eles" pagam???!!!???
"Eles" só têm de pagar o que os músicos pedem e o que "eles" decidem ou não pagar! Se os músicos valem o que pedem, "eles" pagam, se não, boa tarde mes amis!
Muita gente que conheço tocou no famoso Splash, um clube do Porto, talvez o mais importante desta cidade, na década de 80. Recebi ao longo de vários anos, telefonemas do Carlos Araújo, sócio gerente e músico, a convidar-me para lá tocar com o meu grupo, ao que sempre respondi que sim sr, teria imenso prazer e o cachet seria de X, ao que a resposta era, invariavelmente que, todos os grupos que lá tocavam recebiam X menos Y, ao que a minha resposta era, invariavelmente, que por esse preço o meu grupo não tocaria lá! Nunca lá toquei oficialmente, sempre que ia ao Porto, passava lá, toquei em muitas jam sessions no Splash e eu e o Carlos Araújo continuamos a dar-nos bem, mas, nunca fizemos "negócio".
Não pretendo com isto dizer que sou melhor, igual ou pior mas, esta "guerra" é, para mim, muito antiga e há muito tempo que acho que cada um tem o seu preço e não devemos alinhar com as "tabelinhas" que os alguns tentam inventar, para nos "normalizarem".
O público português é tão inteligente como qualquer outro, o problema é que os agentes culturais portugueses não parecem ter vontade ou tempo para dar uma ajuda a educar o público.
Na verdade, isto é um puzzle em que, se as peças não encaixam, nunca iremos ver o "boneco" em todo o seu esplendor!
Num clube onde ninguém paga para entrar, num dia, pode ouvir-se um dos melhores músicos portugueses ou, quiçá, da Europa e, no dia seguinte, pelo mesmo preço, ou seja, zero, o mesmo público, assiste a um qualquer caramelo a tocar o trem das 11, com os acordes todos "despenteados"! Acreditem, não é ficção, eu já assisti a isto, em Lisboa e não foi há muito tempo! E o caramelo do "dia anterior" era um americano, de New York, bem conceituado! O do "trem das 11" não faço ideia quem fosse...
Como pode o público menos esclarecido ficar mais ou menos atento e interessado numa actuação realmente boa se o preço é exactamente o mesmo? Neste caso de quem é a culpa? Obviamente, dos dois, do programador do clube, porque não tenta valorizar o melhor que apresenta ao seu público e do músico de qualidade que não se fez pagar de acordo com o seu estatuto. Entre todo este elenco, o "actor" com menos culpas no cartório é o do "trem das 11"! É esse mesmo que tem usufruído do total desrespeito que tem havido neste tipo de situações, entre músicos de boa qualidade que tocam por qualquer preço e patrões de clubes que não valorizam a oferta de qualidade ao seu público. Eu até compreenderia perfeitamente se o patrão do clube pretendesse oferecer a custo zero, aos seus clientes, um concerto de qualidade, o que não consigo compreender é que despreze completamente o concerto em questão, apesar da imensa qualidade, só porque lhe saiu barato!!!!
Sei que é muito difícil organizar esta classe dos músicos e apelar à sua solidariedade (uma palavra que até me custa articular, nos momentos que vivemos!) mas, pensem bem!
Quanto é que um bom grupo de Jazz ganhava num bom clube de Lisboa ou Porto, nos anos 80? Qual era o impacto que causava uma actuação de um bom grupo de jazz? Qual era o envolvimento e tratamento reservados aos mesmo grupos, por parte das entidades ou clubes durante a organização desses eventos?
Pensem quanto custava 1 litro de gasolina, um jantar ou um carro de gama baixa.
Quanto é que um bom grupo de Jazz ganha agora num clube? Que impacto tem? Quanto custa 1 litro de gasolina, 1 jantar, 1 carro de gama baixa? Qual é o tratamento que recebe, por parte da organização?
Eu já pensei muito nisso ao longo dos últimos anos e não vejo a quem atribuir a maioria da culpa senão aos músicos, infelizmente. Acreditem que preferia mil vezes dizer que a culpa é da crise, dos donos dos bares, dos políticos, dos árabes, dos americanos, do ministério da cultura, da música pimba, da rádio, da televisão, do Santana Lopes, do Sócrates, do Ediberto Lima, do Herman, etc., mas, o que é um facto é que os músicos não são muito exigentes.
Há alguns anos, a televisão começou a deixar de pagar cachets aos artistas e músicos que participam em programas, uma "invenção" do Ediberto Lima, na SIC, com a qual todas as estações de televisão se solidarizaram, inclusivamente, as do estado. Toda a gente se solidarizou (convinha-lhes reduzirem os custos de produção), toda a gente menos os artistas e músicos, que alinharam no esquema, passando a participar gratuitamente.
Hoje, é prática comum, as televisões apresentam artistas e músicos a custo zero, pois os músicos lá vão, alegremente, trabalhar de borla, enquanto as televisões ocupam, também à custa destes, espaços de programação que custam balúrdios de dinheiro a toda a gente.
Todos ganham e todos pagam! Todos? Não, os músicos e artistas não ganham nada. O argumento utilizado, numa prática de esperteza saloia em que muito poucos, doutras actividades, alinham, é o de que os artistas e músicos se promovem quando se expõem na televisão. É um facto mas, esses momentos de televisão são pagos a preço de ouro pela publicidade. Quem recebe dividendos disso? Não são nem os artistas nem os músicos. E, acreditem que, quando esses espaços de publicidade são vendidos, os preços variam consoante a qualidade dos artistas que intervêm nos programas.
É mais fácil vender um pacote de publicidade num programa onde vai estar, por exemplo, o Rui Veloso, do que num programa onde vai ser entrevistado, por exemplo, o Ediberto Lima!!!!!!
Pois é, o que eu acho, no meio disto tudo, é que o mais fácil, no meio musical, é tocar ou cantar, o resto é que é muito mais complicado!!!!!!!
1 abraço e...
Organizem-se, façam-se cobrar pelo vosso justo valor...sem medo! Não há dinheiro? Então, não há palhaços! Se todos os "palhaços" se unirem, não vai haver circo! E lembrem-se...não há circo sem palhaços.
1 abraço deste vosso amigo e palhaço,

Nanã Sousa Dias”

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Bandas para todos os gostos...

Hoje venho fazer publicidade, não só à minha actual banda, como a outras onde já estive inserido. Umas que continuam e outras que se volatilizaram no eter, mas que ainda assim deixaram boas recordações e música feita para ser ouvida quando bem apetecer. Aqui ficam os sites e links:

k a z o o | KLO | Kazoo Love Orchestra
site: kazoo.site.vu
MySpace: myspace.com/kazooloveorchestra
PalcoPrincipal: palcoprincipal.clix.pt/kazoo_love_orchestra
Hi5: kazooloveorchestra.hi5.com

WHY
MySpace: myspace.com/whyevora
PalcoPrincipal: palcoprincipal.clix.pt/why

JusyBlazz
site: jusyblazz.site.vu
MySpace: myspace.com/jusyblazz

the BackDoors
site: thebackdoors.site.vu

terça-feira, 15 de julho de 2008

iPhone, crise e muita estupefacção

Confesso que ainda não vislumbrei nenhum iPhone e já não os posso ver à frente! Acabou o Euro2008 e como a bola ainda não rola na relva, embora até haja notícias numa base diária - todos os dias iguais ou pouco diferentes do dia anterior: "Grimi cada vez mais perto do Sporting", "Parece que o CristianoRonaldo acaba por ir mesmo é para o Vitória de Setúbal!", "Porto afinal vai à Champions", "...afinal não vai", "...ai afinal já vai outra vez e o Benfica que se quilhe" - a malta, para se esquecerem da inflação, das taxas de juro e do preço do petróleo, só fala do iPhone! Mas quem é que, não sendo filho de pais ricos, não tendo a sua própria mina de diamantes em Angola ou uma exploração com milhares de cabeças de gado no nordeste brasileiro, se imagina a comprar um telemóvel que custa mais aquele balúrdio!? Se a pergunta já é estranha, a resposta mais bizarra seria, claro... eu fico parvo com a quantidade de gente que se prepara para adquirir um brinquedo desses! Até os compram a prestações!! Há coisas mais caras, é certo, e gente a comprá-las a pronto a toda a hora, mas tanto por um telemóvel? Ou eu não faço bem parte desta sociedade ou esta sociedade não faz parte de nada que tenha jeito. Então com gente a passar fome - hoje não vou apontar o dedo a ninguém, é só mesmo um desabafo extasiado - pessoas a viverem no limiar da pobreza ou praticamente na miséria, desemprego e precariedade contratual, instabilidade económica sem fim à vista e um crise sem precedentes ou proporções mensuráveis por comparação, ainda há quem diga de peito feito que vai comprar um iPhone a prestações? Anda tudo doidinho ou quê!? Eu cá tenho um Nokia 6100 com 4 anos e espero que me dure outros 4, pelo menos. Faz chamadas, não faz? Então para que quero uma merda de bolso nova que faz tudo menos tostas mistas e que custa quase tanto como o meu ordenado base? Se calhar ainda se morre de câncaro mais depressa com um destes novos que um dos antigos. Tomem tacto e orientem-se porque isto não vai melhorar tão depressa. Vá a ver!

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Ainda os pedidos de desculpa...

Por falar em pedidos de desculpa, os tipos da TVI deviam ajoelhar-se perante mim por me fazerem andar o dia inteiro a assobiar o tema da Adelaide Ferreira... detesto aquela música! Quem é que disse à rapariga que ela sabia cantar? Deve ser filha do inventor das fichas triplas, deve!

Além disto, queria deixar bem claro, em jeito de comunicado, que eu nunca votei no Cavaco Silva, mas também acho que pelo caminho que as coisas estão a tomar, poderá muito bem vir a ser um voto útil a considerar. É com cada marmanjo mais manhoso na política hoje em dia... ichhh!!!

Desculpas, loucuras e filmes manhosos

Não há ninguém perfeito e é normalíssimo termos características de personalidade menos cómodas e até por vezes inconvenientes. Todos temos, por uma razão ou por outra, motivos até de sobra para nos desculparmos por algo que fizemos, directa ou indirectamente, e isso até nem significa necessariamente que tenhamos algo de que nos devemos ou podemos arrepender, apenas mostra que somo humanos, erramos e que convém sermos justos e pedir desculpa quando pomos a pata na poça à força toda. Há quem tenha de pedir desculpas pelas mais variadas razões, como ter votado no Cavaco para 1º ministro e/ou para presidente da república, ter deixado acabar o papel higiénico sem referir esse facto e deixar alguém pendurado numa situação complicada, ter comido a última bolacha da taça quando já tinha mamado quase todas as outras e isto aconteceu sem ninguém ver, não ter feito pisca para sair da rotunda e ouvir aquela monumental buzinadela e nem sequer olhar pelo espelho retrovisor com um olhar inocente que fosse, toda a gente perguntar quem terá pisado merda porque cheira mal no carro e tu nunca te descoseste sabendo que tinhas sido tu e até fingiste olhar para as solas dos teus sapatos e tiveste a lata de dizer que não, teres ficado com aquela caixa de diskettes com jogos do Amstrad compradas a meias e o teu amigo já te ter perguntado onde estava mas tu não deste parte fraca porque não te apetece ires enfiar-te no sótão à procura, um amigo teu ter feito as figuras mais insanas pelas ruas de Setúbal durante a viagem de finalistas do secundário porque alguém lhe enfiou quatro aspirinas na Coca-Cola e tu não deste o braço a torcer admitindo que tinhas sido tu, ou da outra vez que deram a comer bolo de chocolate surpresa naquela passagem de ano a um desgraçado que não se dedicava ao consumo corrente daquela coisa que faz rir e andou a alucinar a noite toda com as suas funções corporais até se ter literalmente passado dos carretos durante aquele jogo de matraquilhos com uma mesa que tinha o fundo iluminado e ninguém se desculpou, ou o filme alugado para uma noitada deixando os teus amigos passar a maior seca da vida deles a malhar aquela manhosice até ao fim durante duas preciosas horas das suas vidas que podiam ter sido passadas a ver um documentário ou uma comédia romântica... quem te mandou alugar o filme The Mist só porque o trailer parecia fixe!?
Na maior parte das vezes as desculpas não se pedem, evitam-se, mas há um razoável e considerável número de situações que requerem as nossas mais sinceras justificações e apologias em defesa de uma amizade ou do respeito que nutrimos por outra pessoa que nos é próxima. De tanta coisa descrita, umas que vi acontecer, outras que fizias’zeu e ainda outras que terão porventura feito a mim, só me lembro de ter de pedir desculpa pelo filme alugado na terça-feira, mas também me apraz relembrar que havia várias escolhas e foi a maioria que optou pelo thriller. Só não digo “é bem feito” porque também o gramei até ao fim!

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Maluquinhos, pérolas e pimbalhada

Em primeiro lugar, gostaria de esclarecer-vos de que há por aí gente muito mais maluca do que eu. Já é estranho o que escrevo neste blog, mais bizarro é haver quem por cá passe numa base diária, mas mais fantástico ainda é haver quem me pergunte pelos posts e me peça por mais quando falho dois ou mais dias. Oh junkies do demo, sevandijas cibernéticos, isto é tudo bom mas por vezes o que é demais também enjoa! Será normal? Não! Estarei eu a fazer perguntas a mim mesmo neste preciso momento!? Também não, porque vocês lêem o que eu escrevo, não neste momento mas noutros, os vossos momentos. E pergunto eu, agora sim a mim mesmo, mas carecendo de uma resposta vossa mais tarde, o que estarão vocês a perder nas vossas vidas nos preciosos minutos em que se dedicam à leitura e análise desta pérola blogística!? E posto isto, posto isto – redundância genial para quem por ventura lá conseguir chegar – hoje volto à carga com a publicidade aos “nossos” (porra!? salvo seja!!) artistas musicais que têm passado nas manhãs televisivas enquanto em procuro umas meias numa gaveta, completamente às escuras, não correndo ainda assim qualquer risco porque são todas da mesma cor, com a escova de dentes na boca e grande parte da espuma da pasta já a escorrer queixo abaixo, ainda com uma cotonete enfiada numa das orelhas, ao mesmo tempo que vou apertando o cinto e dou uma espreitadela a ver se a tosta mística já puxou fogo ou não. A respeito da nova colectânea de temas de Marco Paulo: será que não ficaria melhor chamarem-lhe “O Pior de Marco Paulo”? Parece-me que “Best Of” não é o termo que “melhor” se lhe aplica. De certo que não sacrificariam as vendas, se é que não as aumentariam! Depois também aparece a nova colectânea de temas da Dina: “Os Maiores Temas da Dina”! Porquê, serão os mais chatos e compridos que ela tem? Estará por lá o hino do CDS-PP? E uma cópia do hino do CDS-PP em CD autografada pelo Paulo Portas ou pela Dina, arranja-se? E qual dos dois é mais homem para isso!? Deixem-se de coisas e vão de fim-de-semana ou de férias descansados sem levarem o portátil atrás. Apostem nos livros e se gostam e não conseguem passar sem um pouco de insanidade, mesmo quando querem descansar, comprem um livrinho do Woody Allen que são pequeninos e baratos mas com muito muito sumo (Sem Penas, Pura Anarquia, etc.). Portem-se mal se puderem e bom fds!

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Motas, carros e gente parola

Como motard que sou, sinto-me deveras ofendido com a história do pré-pagamento para motas nos postos de combustível. Só pelo princípio da coisa já me irrita, pelo preconceito mesquinho, mas numa segunda abordagem vem-me à ideia o facto de serem os produtores, revendedores, postos de combustíveis e o próprio Estado quem mais rouba nesta cadeia, não é o motociclista consumidor final. Isto já dava pano para mangas, mas então depois da reportagem que vi ontem na televisão, cai tudo por terra... ou quase tudo! O dono de um posto de combustíveis lamentava-se em directo pelo facto de haver cada vez mais pessoas a abastecer combustível e a fugir sem pagar - algo de estranho até aqui!? não! - imaginem vocês que o tipo se referia a automobilistas e não a motociclistas. "Fazem-no com matrículas falsas, mais de mansinho ou à pressa, mas cada vez mais". Pois está claro, é um verdadeiro escândalo, só tenho pena de não ter tomates para o fazer também, porque assim como estão os preços o que dá vontade é um tipo armar-se em Robin Dos Bosques e gamar aos tanques ricos para dar aos depósitos pobres.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Também os Irlandeses e os Polacos!

Depois de dar os parabéns aos Espanhóis pela conquista europeia a nível desportivo, também quero felicitar os Irlandeses pelo feito histórico de terem feito vencer o "não" no referendo ao Tratado de Lisboa. Hoje também os Polacos bateram com a porta... acho que estamos todos de parabéns como europeus, pelo menos até voltarem à carga e inventarem outra forma! Até lá, prometo manter-me vigilante, acordado e sempre crítico!