terça-feira, 28 de novembro de 2006

O Super Pai existe!

O meu primo é o verdadeiro Super Pai! Não me refiro à série da TVI nem aos quadradinhos da Marvel, mas de facto ele está muito bem treinado e tem características fora do comum. Ele e a namorada, dois dos meus melhores amigos, tiveram uma filha há muito pouco tempo, e entretanto ele teve um “azar” – nem tentem perguntar que azar foi esse, porque é material digno de outro blog – que o deixou com uma perna partida e a ter de se mover com a ajuda de duas muletas. No fim de semana fui visitá-los e, quando passei frente à janela da cozinha, ele estava em pé a preparar um biberon, mas quando entrei, escassos dez segundos depois, já estava sentado no sofá, com a menina ao colo, a dar-lhe o biberon. As muletas lá estavam também, devidamente acomodadas e encostadas ao sofá. Quando lhe perguntei, ele confirmou que se encontrava sozinho em casa com a miúda. Eu tenho a certeza que não tenho dois primos gémeos, e não me parece, assim de repente e mesmo depois de ter reflectido muito (ok, q.b.) sobre esta questão, que o gajo conseguisse fazer tudo aquilo e tão depressa, além de que não me apercebi de ter começado com alucinações, mas há sempre uma primeira vez! Ando cansado por causa da mudança, deve ter sido golpe de vista ou ilusão óptica, foi isso, pois!

I'm back, baby!

Para os mais distraídos expeço um pedido de desculpas pelo meu breve afastamento do blog, pois que mudei de casa e ainda não tenho internet no meu covil. Uma vez que venho fazer ainda algumas refeições à Courela do Tanganho, casa dos meus pais, aproveito para me ligar à net e escrever este e outro post, que deveria ter ido para o éter no domingo, mas como andei feito maluco de um lado para o outro desde sábado, e com o pc desmontado, foi ao ar… agora sirvo-me do portátil para fazer o conveniente e já necessário update do blog. Até ter net em casa, poderei falhar um dia ou outro, mas postarei sempre que me for humanamente possível. Para mal dos vossos pecados, e a bem dos vossos desejos, que é como quem diz “vontade extrema de dar umas valentes e profícuas gargalhadas, umas vezes contidas outras vezes à grande e à francesa, mas sempre genuínas e cheias de entusiasmo”, este blog parece ser pior que o coelhinho da Duracell… e dura, e dura, e dura, e dura, e dura… mas não tanto como um filme do Manoel d’Oliveira, que é chato e comprido. São coisas distintas! Seja como for, aqui fica o post que esteve estes dias em stand-by…

sábado, 25 de novembro de 2006

Mais do Clube Jamba

Mas quantos animais loucos é que os tipos da Jamba vão inventar para ganhar dinheiro à custa dos idiotas do tuning dos telemóveis e dos ignorantes das telecomunicações? Sapos, cães, vacas, touros, macacos, monstros sem género e peidos sem forma e cheiro… que cambada de idiotas sem nada de interessante para fazer! O que ainda me chateia mais é que há por aí tanta gente com vontade de trabalhar, e inclusive com ideias interessantes, mas sem oportunidade de concretizar o seu negócio, e estes tipos enchem o bandulho à custa da arraia miúda. É o costume!

sexta-feira, 24 de novembro de 2006

As velhas põem-se doidas, parte 1

Desde que me lembro do meu pai – e ele não foi gajo para ir comprar cigarros e aparecer trinta anos depois, aliás, nem eu os tenho, ainda! – que me recordo dele utilizar uma expressão idiomática muito característica: “as velhas põem-se doidas!” Anos depois lá vim a descobrir que ele tinha razão e qual o verdadeiro sentido e profundidade desta frase tão tipicamente dele. O fundamento que posso utilizar para dar significado à frase prende-se com a minha própria experiência com as velhas. Acontece que até há relativamente pouco tempo atrás sempre dei conta das velhas se despedirem de mim, momentos antes de virarem as costas para sair ou continuar o seu caminho, respectivamente quer fosse dentro de casa ou na rua, com um revigorante “ahh!, já está um homenzinho!”, enquanto puxavam insistentemente e com algum vigor por uma das nossas bochechas. Agora parece que mudaram o discurso, pois nas últimas vezes em que se deu este tipo de episódio, fui confrontado com um surpreendente “ahh!, então e quando é que se casa?”, e em tudo semelhante ao primeiro cumprimento, também acompanhado pela distintiva carícia facial… repararam na diferença!? Cabras das velhas, sabem mesmo como nos irritar, as maganas! Já não chega fazerem a vida negra aos maridos, durante 50 anos de casamento, fazendo-os trocar hobbys viris, como a caça e a bola (e reparem que ao princípio os nossos avôs viam a bola na televisão, entretanto foram renegados para o quintal, com o rádio a pilhas ou com a telefonia dos anos 40 que está na garagem, sem hipótese de sintonizar noutra frequência que não a da Renascença), por tarefas domésticas como a aspiração e a poda de sebes de quintal. Por alguma razão elas duram mais do que eles. Elas é que sabem! Seja como for, esta cena toda das velhas e dos puxões de bochecha fazem-me lembrar o filme do “Cabo do Medo”.

quinta-feira, 23 de novembro de 2006

PDP, a puta da programação!

A programação da televisão portuguesa é uma mescla bizarra do melhor e do pior que há. Por exemplo, o Preço Certo é um concurso é manhoso a olho, aquele gordo até mete engulhos, mas as apresentadoras são de ter vontade para ver tudo do princípio ao fim… sem som, claro! A Praça da Alegria, não que tenha nada contra o Jorge Gabriel, e obviamente que gosto muito da Sónia Araújo, mas aquele Picolet, o Padre Borga e as carradas industriais de música Pimba são do piorzinho que aparece na tv, só mesmo sem som e a fazer zapping, porque aqueles pimbas usam umas fatiotas medonhas. Além da Sónia, também quero referir que o Guilherme Leite tem um papel muito importante com aquela personagem, diz o que é preciso quando faz falta, gosto muito! O programa da Fátima Lopes e o do Goucha ainda superam a Praça da Alegria aos pontos… negativos! A Fátima Lopes tem um programa que mais parece da TVI, e o Goucha tem um programa que mais parece da SIC, sinceramente não sei o que se passou nem qual deles é o pior. O primeiro só serve para mostrar as desgraças, chocar os telespectadores e gozar com tudo o que é gente conhecida e do jetset, enquanto que o segundo tem essa vertente mas temos de aturar o Goucha e aquela escanzelada que está sempre a sorrir, é bonitinha mas não me convence porque a vi a apoiar o Cavaco Silva para a presidência – comigo, só fica a perder! E o que dizer do Herman Sic…!? Nem merece grandes comentários e serei parco nas palavras: o gajo vendeu-se e aquele piquinho a azedo que sempre teve, transformou-se numa obsessão compulsiva que sobressai em todas as personagens que faz, todos(as) bichonas loucas, desde o Diácono ao Nelo. O Herman está decadente e sem piada, atingiu o fundo. Vamos ver o que sai deste novo programa que está para breve – espero pouco, talvez me surpreenda. Ultimamente só consigo achar alguma piada ao Monchique a fazer de Amália, mas olha outro que tal… Não que eu seja preconceituoso com homossexuais, nada disso, mas muito sinceramente, detesto bichas loucas, quer sejam “homens” ou tiazorras da linha, sei lá!

segunda-feira, 20 de novembro de 2006

Auto-massagens é que era…

Existe o conceito de auto-massagem sem que seja considerado masturbação? E se sim, haverá alguma forma ou mecanismo de aplicar massagens a mim próprio? …é que as minhas costas estão a dar cabo de mim!

domingo, 19 de novembro de 2006

A cadeirinha

A lei actual e vigente diz que as crianças devem andar de automóvel até aos 12 anos de idade numa cadeirinha própria acoplada convenientemente ao banco. Mesmo sabendo que, teoricamente, se entra na adolescência aos 13 anos (twelve, thirteen… teenage = a idade dos teens), parece-me um pedacinho forçado e só mesmo um atrasado mental para fazer uma lei assim. Obriguem toda a gente a andar de cinto de segurança – mesmo os tipos que seguem presos na mala, raptados pela máfia – cinto duplo que seja, ou até mesmo um colete de forças preso ao banco, mas não façam os putos andar de cadeirinha aos 12 anos como se tivessem 6, é indecente, inconveniente e altamente contraproducente! Senão, vejam: aos 12 anos eu já sabia guiar um carro e fazia-o sozinho, sem ninguém a acompanhar; fazia expedições de bicicleta com amigos que duravam dias inteiros – estávamos fora de casa, longe das mães e não havia telemóveis – ia com amigos, a pé, até às piscinas municiais (longe para caraças), já sabia há algum tempo o que era e como se dava um linguado (nem solha, era mesmo beijos), fazia programação em Logo no meu ZX Spectrum (Load “” Enter), entre muitas outras coisas típicas de um adolescente, ou de pré adolescente, vá!, mas nem nos meus piores pesadelos me aparecia a imagem de me deslocar de carro confinado a uma cadeira de bebé, que é exactamente o que aquilo é, não me venham cá com tretas. Mudem a lei para os 8 ou 9 anos, no máximo, sob pena destas gerações originarem (perdoem-me a redundância) uma quantidade industrial de inadaptados inaptos, e uma cambada de frustrados. Esta história da cadeirinha não ajuda em quase nada a prevenir acidentes, minimizar baixas ou educar a sociedade no seu todo, é fogo de vista!

sexta-feira, 17 de novembro de 2006

Agulhas, espinhas e calças de ganga com fecho-eclaire

Hoje ao almoço apercebi-me de uma coisa interessante, ou não! Procurar uma espinha numa travessa com uma dose de Bacalhau à Braz pode ser uma tarefa tão complexa e árdua como tentar encontrar uma agulha num palheiro. Se bem que assim de repente não me lembro da última vez em que tive a necessidade premente de coser um botão de uma camisa, a presilha de uma mochila ou a janela de uma tenda de campismo no meio do campinho. Assim de repente, até me lembro de no último concerto dos WHY ter levado o par de calças de ganga errado, pois tinha entre dois pares de calças para escolher, ambos gastos e rotos na zona dos joelhos, como eu queria, mas só um deles com o fecho da braguilha danificado, e foi exactamente esse que eu retirei do guarda-fatos assim meio à pressa e sem me dar conta. Já no recinto do espectáculo, e depois de correr as barraquinhas mais relevantes da Feira do Crato à procura de agulha e linha, inclusive pus três bombeiras a vasculhar a tenda da Protecção Civil à procura de qualquer coisa que se parecesse com uma agulha (bem sei que o ditado não contempla uma tenda militar, mas havia alguma palha espalhada no chão na barraca do lado, que tinha Caipirinhas, cus de bolo e outras bebidas exóticas), lá me consegui desenrascar, com algum sucesso, suturando a ganga da zona do fecho das ditas calças com dois clips de tamanho médio, capazes de suster 25 a 30 folhas A4, e pouco menos de uma dezena de agrafes tamanho 24... tudo feito à mão… sim, até os agrafes! Se tive medo!? Não, o conceito de fecho-eclaire com dentes de metal junto das jóias de família já me assusta o suficiente, e era coisa para durar pouco mais de uma hora com elas vestidas E as maganas das espinhas são manhosas quando damos por elas já na boca? Ao almoço contei sete, mas comi a dose toda, aliás, outra coisa não seria de esperar! Só não sou grande apreciador de azeitonas, mas como alentejano que sou, já me estou a educar para as tolerar e eventualmente começar a gostar do seu sabor, é de Homem, não!? Peixe é que não gosto nem à lei da bala... o quê!?? Se sou masoquista por comer Bacalhau à Braz num restaurante quando tenho tanto prato de carne por onde escolher mais as omoletes e as entradas? Pois bem, Bacalhau não é peixe, e se for no forno com natas então, sabe mêm’a pato!!

quarta-feira, 15 de novembro de 2006

S.O.S. Professores

Estava eu a almoçar num restaurante quando vi uma notícia sobre uma linha S.O.S. para Professores. Escrevi "vi" porque de facto não ouvi a notícia, o restaurante era barulhento e não consegui ouvir nada, mas pus-me logo a imaginar o tipo de queixas que chegariam a este help-desk, call center ou lá como queiram chamar:

- o meu nome é Agostinho e fui colocado com 1/5 de horário, o que é que eu devo fazer?

- olá, eu levei mesmo agora uma bofetada de uma criança durante a aula. Posso dar-lhe outra de volta, mais ou menos com a mesma força, ou tenho de esperar por um familiar e arriscar-me a levar outra?

- queria saber a partir de que idade é possível deixarem-me olhar para as raparigas do secundário, mesmo que sem segundas intenções?

- eu gostaria de saber se é possível deixar os alunos fazerem as autópsias aos hamsters com as navalhas que eles trazem de casa se as desinfectarmos convenientemente na aula

- bom dia... como é que se escreve "sertesa"? É com "s" no princípio ou com "c"???

- desculpe, diga-me só a partir de que calibre é proibido trazer armas para a escola e se posso pedir aos miúdos para só andarem com navalhas se forem do tipo suíço ou se tiverem em dia de ter Trabalhos Manuais

- olhe, podia dizer-me o PI até à décima quinta casa decimal, é que a minha Texas ficou sem bateria e não consigo pô-la a funcionar com a luz desta sala de aula"

- heya mén! Puseram-me a dar aulas de Sexualidade na Adolescência a turmas do 12º ano! Agora só me falta ganhar o Euromilhões pá! A quem é que eu tenho de agradecer por isto!?


- desculpem lá, mas deram-me a escolher entre dar Religião e Moral ou Educação Física, mas eu toco numa banda de Heavy-Trash-Porno-Sonic-Death-Funky-Metal e ando numa cadeira de rodas, e agora os putos gozam comigo e só querem fazer aulas de corta-mato... eu bem os vejo a fumar brocas lá no pinhal, mas não consigo chegar lá e eles não me querem levar ao colo...

terça-feira, 14 de novembro de 2006

Isto tá tudo menos seguro!

Noutro dia li, não sei bem onde, que a Marta dos reclames da OK Teleseguro é arquitecta e faz aquela publicidade para ganhar mais uns trocos, pois a vida não está fácil. O engraçado é que não anda muito longe da realidade, não da que se vê, mas da realidade que se sente e é corrente para os comuns mortais. Conheço muita gente licenciada que trabalha em call-centers e grandes superfícies, e há até muitos que nem isso conseguem arranjar. Conheço até quem esconda que tem mestrado ou doutoramento e não refira isso no curriculum ou numa entrevista. Parece ridículo, não? Isto, de facto, vai de mal a pior e não se vêem grandes possibilidades de melhoras. Expectativas defraudadas, promessas goradas, e um nível de esperança cada vez mais sumido. É caso para dizer, votaram neles não foi!? – ê’cá não!! – agora apeitem-se!

segunda-feira, 13 de novembro de 2006

Do nada vimos, para o nada caminhamos… o que é que temos a perder entretanto?

Poucas são as vezes em que publico material não original neste blog. Escritos baseados ou não, em coisas que ouvi dizer por parte de amigos ou totais desconhecidos, mas sempre bom material (ou não!). E tendo em conta que tenho mais do que uma ideia por dia para fazer um novo post, e que muito embora este blog já conte com mais de 365 posts, a esmagadora maioria dos quais, originais e provenientes do meu mui humilde e insano destempero, já tenho cerca de 224 ideias alinhadas para mais, muito mais – sem querer revelar muitos pormenores, posso apenas dizer que as ideias para novos posts estão, de certa forma, inventariadas (viram o “S7ven”? …é mais ou menos isso mas em ficheiros de Word e Excel). Não faço grande questão de publicar um post a cada dia, e tão pouco ando em grandes correrias contra o tempo para o poder fazer, acontece que tenho gosto em escrever, imaginação para o fazer, e as ideias continuam a fluir em forma de pensamentos gasosos (lá está, este termo já tem dono mas eu pedi para o utilizar, ele sabe quem é!) que teimam em desaparecer a não ser que os guarde em lembretes de texto ou mensagens no telemóvel, lembretes de áudio na máquina fotográfica que anda sempre comigo no bolso das calças (qualquer dia faço um blog só com as minhas fotos dignas do Portugal no Seu Melhor), ou mesmo mails mandados a mim mesmo esteja onde estiver – sim, isto acontece todos os dias desde Fevereiro de 2004, é de loucos, bem sei, mas o que hei-de fazer!? É quase uma demanda, assim bem ao género da busca pelo cálice sagrado, mas com a minha mente como cenário, e não há cá Indiana Jones’s, só Lara Croft’s! Agora não me apetece ir buscar uma ideia e fazê-la florescer ao ritmo frenético da minha húmida e fértil imaginação. Hoje deixo-vos com duas frases que apanhei na televisão. Respectivamente, no “Diz Que é Uma Espécie de Magazine”, dos Gato Fedorento, e no “Hérman SIC”, por parte do Nilton enquanto este lia passagens do seu novo livro. Aí estão as elas:

- «Os Pólo Norte têm um novo disco, “Deixem o Mundo Girar”, mas por favor deixem girar qualquer coisa excepto o disco dos Pólo Norte.»

- «“Um dia hei-de ter um Mercedes”, disse ele aos amigos. E deus um dia fez dele um taxista”»

Parecendo que não, e mesmo sem recorrer às ideias ou aos posts pré-feitos – embora lhes junte sempre um bocadinho de água antes de os colocar no microondas virtual – lá nasceu outro post. É mesmo assim, aparecem-me do nada!
E a resposta à pergunta é…

domingo, 12 de novembro de 2006

Desperdício de tempo!?

Não há nada como ficar em casa numa tarde de domingo a ver filmes do Steven Segall. Até parece que é tempo jogado fora, mas nem por isso, pode-se aprender muito com o rei da bulha. A melhor forma de provocar fracturas expostas com um único golpe, como ostentar mau aspecto e ainda assim parecer ter boa vontade, como estar vestido de forma a parecer uma cama grande por fazer, como não se ajoelhar nos balneários quando se está numa prisão de alta segurança, entre muitas outras dicas interessantes. Agora que penso melhor, o filme de ontem com a Britney Spears sobre os adolescentes nos EUA estava muito mais próximo da realidade, e as filmaças do Steven Segall têm mais feeling numa noite chuvosa de terça-feira do que ao fim-de-semana. A chatice é que estamos a entrar na quadra natalícia, e todos sabemos bem o que isso quer dizer… Sozinho Em Casa, Três Homens e Um Bebé, Música no Coração – antes perder uma tarde santa em casa com a família, do que uma noite inútil com a namorada a ver a peça do LaFéria – Ghostbusters, Doidos à Solta, etc. Ainda bem que passei estes dois dias em arrumações cá em casa, pois prefiro andar de cócoras numa arrecadação a cheirar a mofo (é bafio!!!) uma tarde inteira do que gastar tempo com a programação dos canais portugueses. Ainda assim, há excepções que confirmam a regra… all hail Gato Fedorento!!

sábado, 11 de novembro de 2006

Nacionalismo, Iberismo e gargalhadas

Não pude evitar de soltar uma gargalhada visceral quando vi uma reportagem hoje no telejornal à hora do almoço. A peça mostrava os argumentos de um grupo de alegados nacionalistas que fizeram uma queixa à Procuradoria Geral da República visando um ministro do governo português que terá feito insinuações à volta da questão das possíveis vantagens de uma união entre Portugal e Espanha. É claro que o ministro retorquiu e se refugiou no facto de ter sido uma forma de apelar ao interesse ibérico sem nunca pôr em causa a independência de Portugal, mas sim mostrando que o futuro do nosso país passará por relações cada vez mais estreitas com Espanha, no sentido de beneficiar ambos os países de forma producente e acertada. Não me espanta o raciocínio do ministro, pois até concordo, o que verdadeiramente me espanta é o sentimento bacoco que o tal grupo de nacionalistas mostra na sua exposição, ou não fossem todos eles militares ou ex-militares decadentes. Eu sou a favor da inclusão de Portugal no espaço Ibérico, pois parece que temos estado de fora há já muito tempo, talvez desde os Descobrimentos, e porque não a formação de um país único, composto por várias nações e culturas. Esta é uma característica definitiva da Espanha que nós conhecemos, mas que no mundo não percebe, pois não passa pela cabeça de ninguém, nem dos próprios Bascos, pelo menos na sua grande maioria, que o país se divida (já tenho ouvido rumores da existência de separatistas galegos se quererem juntar a Portugal, mas se os nossos bimbos são loucos, os galegos, que respiram o mesmo ar e habitam a mesma terra, não devem andar muito longe da insanidade também). E sendo assim, Portugal seria apenas mais uma província de um novo conceito de país, não muito longe da ideia da Espanha actual, forte e assertiva. Talvez assim isto tomasse um rumo certo e decisivo. Só vejo boas coisas a virem desta ideia:

- Portugal tornava-se mais competitivo economicamente, e nos dias que correm, dado o sistema em que a sociedade global se insere, infelizmente, permitam-me acrescentar, é na economia que está a razão de ser da maioria dos problemas de um país, quer seja numa óptica puramente liberal ou mesmo a da procura de um estado social justo e fraterno para todos

- alcançaríamos finalmente a possibilidade de ter quem governasse o país, na verdadeira acepção do termo (na pior das hipóteses, quem fosse afastado numa eleição, por exemplo, por má gestão, negligência ou incúria, jamais voltaria ao poder pois os espanhóis não são estúpidos, e por esta ordem de ideias os ibéricos tão pouco o seriam, nunca esse tipo de políticos conseguiriam voltar à política activa e ganhar uma eleição que fosse, nem para presidente da Comissão de Reformados da Junta de Freguesia lá Detrás dos Quintais ou do raio que a parta)

- teríamos horários de trabalho decentes e inteligentes durante o verão e a possibilidade de fazer a sesta que tão bem sabe e tão produtiva pode ser

- os feriados seriam todos “encostados” aos dias de fim de semana para que se pudesse descansar bem nesses dias, e trabalhar melhor nos restantes

- ainda teríamos mais peso, como ibéricos, do que os espanhóis têm agora no seio da UE, e mesmo que assim não fosse, os espanhóis já têm peso suficiente e nós precisamos disso

- os subsídios da UE seriam devidamente aplicados e a agricultura seria encarada de forma séria

- não precisaríamos de recorrer ao emprego que as fábricas das multinacionais internacionais “oferecem” quando se instalam aqui, nos chupam a força de trabalho, os subsídios e ajudas do Estado, e depois se transferem para outros países “mais pobres” antes de cumprirem o acordado e sem por isso terem de pagar as indemnizações estabelecidas, pois os espanhóis têm uma industria suficientemente forte no panorama internacional, fixadas em território nacional, capaz de dar emprego a muita gente, e industrias como a do calçado e têxtil só sairiam a ganhar desta fusão de países tendo em conta a investigação que por cá se faz e o investimento que por lá se faz

- enfim, poder-se-ia comer pão em território espanhol que não fosse de plástico eu definitivamente merdoso (gastronomicamente, as vantagens para Espanha seriam bestiais)

- e finalmente, apareceria alguém com tomates para chutar aquele desgraçado infeliz do Alberto João Jardim de onde ele nunca devia ter assentado arraial.

Voltando aos argumentos do tal grupo de nacionalistas e à argumentação que deu fundamento à sua queixa contra o tal ministro: está contemplado da Constituição Portuguesa e no Código Penal que o acto de proferir frases e ideias como as que acabei de escrever, coisa que também faço em conversas, pois sou tudo menos hipócrita e cínico e digo sempre o que penso, e penso exactamente que seria melhor para os portugueses que nos aliássemos definitivamente aos espanhóis, podem ser interpretadas como traição à pátria. O que é que eu tenho a dizer disso? Pois bem, que se lixe o que está escrito se não foi escrito no melhor e talvez verdadeiro interesse dos portugueses. Também está escrito que é para se fazer a Regionalização, também está escrito que a saúde é para ser de qualidade e gratuita, bem como o ensino, a cultura, etc. O que está escrito, normalmente é esquecido, mas não por mim! Este país está moribundo e a nossa classe política atingiu um grau de nefastitude (se esta palavra não existe deviaria ser inventada!) que só mesmo sendo corrida à paulada e a insultos e impropérios. Há excepções, pois há, mas já não vão tendo força para se fazerem ouvir (se bem que eu ainda os ouço). Eu escrevo e falo para poucos e não faço muito mais do que isso, mas já é um princípio e as ideias podem, de facto, mudar o mundo. É caso para dizer, não faças o que eu digo mas faz como eu faço. Talvez se houver mais gente verdadeiramente motivada e interessada em mostrar o que pensa e o que sente, este país tenha um rumo, e mesmo que não seja com os espanhóis, certamente será sempre ao seu lado.

Pronto, já desabafei!

Notas:
Iberismo – ideologia política dos partidários da união política de Portugal com a Espanha.
Nacionalismo – preferência, por vezes exclusiva, por tudo o que diz respeito à nação de que se faz parte; doutrina política (ou do partido político) que faz desta preferência o seu programa de acção; patriotismo.
Patriotismo – amor à pátria; qualidade de patriota; seios da mulher, quando volumosos.


Post Scriptum: eu sabia que havia qualquer coisa de bom em ser-se patriota, e sinceramente parece-me que estes nacionalistas andam é todos à mama e há muito tempo!

sexta-feira, 10 de novembro de 2006

Pergunta retórica, resposta parva.

- Então, saiu-te o EuroMilhões?
- Ya, saiu-me 2€ do bolso, foi o que foi!

quarta-feira, 8 de novembro de 2006

O cão é o melhor amigo… das crianças!

Ter um cão é ter alguém quem nos coma os brócolos e as couves de bruxelas por nós enquanto somo putos, estamos à mesa, e os nossos pais não dão grandes hipóteses de fuga. Não havendo melhor sítio para esconder o que não queremos comer, há sempre um amigo pronto para nos ajudar. Vendo bem, é como alguém que esteja disposto a apanhar uma bala dirigida a nós, e isto é que é amizade! De certa forma é das poucas características que admiro nos cães, de resto prefiro os gatos.

terça-feira, 7 de novembro de 2006

Tal não é a cigueira, hã!?

Ninguém sabe o que é ser cego ou surdo até o ser, e a prova mais cabal do que acabo de referir é aquela sensação estranha que sentimos quando estamos numa ponta de uma divisão, fazemos o reconhecimento visual do espaço e dos objectos no caminho, memorizamos o percurso, desligamos o candeeiro nesta ponta da sala para podermos ir acender, às escuras, o candeeiro de tecto no interruptor da parede oposta, a uns bons quatro metros de distância. É um misto de desequilíbrio, inaptidão e estranheza quando a parede acaba por ficar mais longe do que nos pareceu quando ainda estávamos de luzes acesas, ou quando batemos em qualquer objecto com que não contávamos. Em relação à surdez a coisa difere um pouco, pois não dá para ensaiar. É tão fácil de perceber o que é estar-se surdo como é de criar o vácuo num saco de plástico com um aspirador, definitivamente inexequível. Por incrível que pareça ninguém está imune a uma possível situação destas, resta-nos apreciar o que há de bom na vida com todos os sentidos antes de os perdermos. Se ficarmos loucos antes disso, poderemos sempre tirar algum partido disso, e de certa forma não perdemos os cinco sentidos, apenas o que fazemos com eles. Assim a priori e sem grandes reflexões, acho que prefiro enlouquecer a ter uma doença degenerativa que me deixe incapacitado fisicamente. Mesmo que acabe a fazer figuras tristes, pelo menos não farei a consciencialização de uma morte anunciada. Mas isto sou eu a divagar quando não tenho problema nenhum de saúde, ou talvez esteja já um bocadinho insano, mas ainda assim chega bem para passar os dias com gosto e vontade. “Se não se pode ser um adolescente para sempre, ao menos que se seja um adulto divertido”. (esta ouvi hoje na Prova Oral e escrevi este post para a poder dizer…)

domingo, 5 de novembro de 2006

Francisco Buarque de Hollanda

Saí ontem do Coliseu de Lisboa com uma sensação que já me é, de certa forma, familiar. Não que já tivesse visto Chico Buarque ao vivo, mas porque tenho conseguido assistir nos últimos tempos a concertos de bandas e músicos que nunca pensei ser possível ver ao vivo. Caetano Veloso no Coliseu (tournée “Prenda Minha”) depois de muitos anos sem vir a Portugal; The Doors Of The 21st Century no Pavilhão Atlântico (mesmo sem o falecido Jim e o ausente John), quando inclusive cheguei a conhecê-los pessoalmente; Queen & Paul Rodgers no Estádio do Restelo (mesmo sem o falecido Freddie e o ausente John); Roger Waters no Pavilhão Atlântico (mesmo sendo a solo); e agora o Chico Buarque. Foram concertos que me trouxeram à memória muitas vivências e experiências da minha adolescência (tenho 28 anos e pareço um cota a falar, lol), é sempre bom quando isso acontece.
O que dizer de um ícone incontornável da música popular brasileira, um verdadeiro génio da música, um compositor fantástico? Um criador de uma música original e única, na forma e conteúdo, densa e cheia de simbolismo? Apenas que continua de boa saúde e, como manda a regra do vinho do porto, está melhor com a idade. Tímido como é seu apanágio, mostrou-se muito à vontade e isso notava-se na sua voz, talvez não tanto na linguagem corporal, mas ele lá explicou o porquê dessa sua postura. Falou mais do que se esperava, comunicou, e o concerto foi decorrendo durante pouco mais de duas horas, mostrando os temas do novo álbum (“Carioca”) e passando por alguns clássicos inevitáveis. Foram mais de 30 canções fantásticas interpretadas pela colecção de músicos brasileiros de mão cheia que o acompanham. De notar: o carinho do público, a receptividade algo contida mas assumida do Chico face ao calor humano naquela sala de espectáculos fantástica, a musicalidade e os arranjos formidáveis de todos os temas, mesmo os mais antigos, a interpretação vocal do baterista num registo jazz tipicamente negro ao estilo americano, proporcionando uma belíssima contraposição à voz meiga do Chico, e o marco indelével nas memórias de quem por lá passou, viu e ouviu um dos grandes da música brasileira, senão o maior! Valeu a pena esperar e considero não ter havido expectativas goradas, mesmo para quem se apresentava neste espectáculo com um certo receio pelos anos que o Chico passou afastado da música. Foi uma noite excepcional e inesquecível!

links interessantes (ou não):
http://chicobuarque.uol.com.br/http://pt.wikipedia.org/wiki/Chico_Buarque
http://radiocomercial.clix.pt/destaques/doors/
http://ctanganho.no.sapo.pt/thebackdoors/d21c.htm

sábado, 4 de novembro de 2006

É m'ta fruta!

Epá, outra coisa que me irrita solenemente é acabar a refeição, preparar um valente taçalhão de morangos ou romã, como acabou de acontecer agora, levantar a mesa para depois poder sentar-me no sofá a degustar a fruta, esquecer-me e ir lavar os dentes… é óbvio que já não consigo comer a fruta depois de ter lavado os dentes. Quer dizer, até consigo comer, não é como se me apontassem uma pistola à cabeça, mas sabe mal como tudo! Depois até posso esperar vinte ou vinte e cinco minutos até que o sabor a bicarbonato de sódio tenha passado, mas nessa altura já não tenho a mesma vontade, e fico ali especado a olhar para a taça de fruta, toda jeitosa, com cara de parvo por me não me ter lembrado… piores são as vezes em que confundo a necessidade de lavar os dentes com a vontade de levantar a mesa antes de comer a sobremesa e acabo por ir parar à casa de banho com um prato e um copo na mão, são os chamados automatismos. Quando estou cansado dá-me para ir parar à casa de banho com loiça na mão.

sexta-feira, 3 de novembro de 2006

A pedido de várias famílias...

Pois é, o blog tem um público assíduo e houve muita gente a pedir para aumentar o tamanho da font, pois bem, as you wish...

O ridículo do termo “semi-novo”

Se há coisas que me irritam, uma delas é esta questão dos carros semi-novos. Mas o que é isto do “semi-novo”? Semi-novo é um carro de stand que já teve 128 peidas a roçarem-se nos estofos, muita gente mandar bafos contra os vidros e muita manápula nas maçanetas das portas – maçanetas!? também se aplicam às portas dos carros!? – isso sim é um carro semi-novo. Um carro que já teve dono é e será sempre um usado. Mesmo que seja o carro de serviço daquele stand. Agora, se está impecável, sem riscos, sem danos no motor, poucos quilómetros, ainda tem garantia e o camandro, mostrem-no, divulguem-no, mas não lhe chamem uma coisa que não é. Nesta lógica, o que seria uma bicicleta semi-nova? Já andou no passeio e no alcatrão mas ainda não pisou lama!? E um computador semi-novo? Já fiz alguns trabalhos em Word e Excel, mas ainda não consultei pornografia na net com ele!? E uma fatia de pizza semi-nova? Ah, já lhe tirei as azeitonas mas ainda só lhe dei duas trincas!? E um político? Pois, em tempos o tipo já foi da UDP, mas ainda não fez parte de nenhum governo nem se filiou ainda no PSD!? Não me lixem! Novo é novo, usado é usado, velho é velho, clássico é clássico e semi-novo é uma cagada inventada pelos stands para nos aliciarem a comprar carros com seis ou sete meses que alguém não conseguiu acabar de pagar, tendo eles ficado a arder com essa venda. E é muito bem feito, digo eu!

quinta-feira, 2 de novembro de 2006

Save it for a rainy day

Hoje fui com dois carros à inspecção, o meu particular e o do trabalho. Como se já não fosse irritante o suficiente ir uma vez, tendo de passar por aquele típico momento de roleta russa em que me podem sempre dizer “ah poi’sé! Isto está a babar da biela, tem as sombrinhas rotas e o cárter já pinga anticongelante”, ou algo do género, ainda tive de repetir a dose no mesmo dia. Não é que seja das piores coisas a fazer numa tarde de chuva em que se está de férias, podia ter de ir à Caixa Geral de Depósitos e passar trinta e quatro minutos naquele percurso labiríntico tipo entrada para o Oceanário durante a Expo98, ou ter de fazer uma colonoscopia – ainda não tenho bem idade para isso, mas há quem o faça desde cedo! (not me, entenda-se). Logo à noite, tendo em conta que sou o único a estar de férias, pois o resto da malta está de bule, e ainda por cima está de chuva, vou ter de ficar por casa a organizar a minha gaveta das meias ou qualquer coisa assim. Parecendo que não, acordar logo às 10h da manhã num dia de férias em que me deitei tardíssimo, com a empregada doméstica a arrastar móveis e o som do aspirador, até foi o pior momento do meu dia, depois só tem vindo a melhorar… ou não! Como vivo no campo, por enquanto, posso sempre tocar umas guitarradas ou bateria até às tantas e deixar a roupa interior para depois. É mê’misso! Como se costuma dizer no meu grupo de amigos: “chega-lhe bagage!”

quarta-feira, 1 de novembro de 2006

É simples!

Entre a Floribella e a Doce Fugitiva… prefiro a Rita Pereira! :)