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segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

PDI, puffs e memórias cortadas

Cada vez que entro na banheira para tomar um duche, dou início aos procedimentos e apercebo-me quase imediatamente que preciso de um puff novo, pois o que tenho parece digno de um filme apocalíptico. E crio uma nota mental: "vou deitar este fora e sacar um novo, sei que há mais na gaveta do móvel do wc".

Pois que assim que saio da banheira, talvez pela esfrega toda ao limpar-me, porque me aparece uma música na cabeça ou porque simplesmente mudam as prioridades ao nível dos pensamentos, esqueço-me completamente! E isto já dura há meses!!

Faz-me lembrar a série Severance, em que os funcionários daquela empresa têm uma personalidade na cave e outra no R/C, pois não se lembram num sítio, do que acontece no outro.

Agora, aqui sentado ao computador lembrei-me, porque apareceu uma publicidade de coisas de casa de banho numa newsletter da IKEA, mas algo me diz que vou esquecer novamente assim que me levantar...

Puta da PDI!!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Pandemia, orçamento e gastos

Ainda em tempo de pandemia e em jeito de análise do ano que passou e deste novo que ainda agora começou, no orçamento familiar cá em casa o que mais aumentou foram os gastos com álcool-gel e creme para as mãos... porque será!?

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Bananas, toalhas turcas e o sentido da vida

Apercebi-me que as toalhas turcas e as bananas têm muito em comum...

As bananas têm um prazo de validade muito curto. Normalmente escolhem-se verdes, na altura do empregado da caixa as passar no leitor de código de barras já estão quase maduras e quando as colocamos na fruteira já começam a aparecer algumas manchas, mas nessa altura não apetece comê-las, muito menos as cinco que trouxemos para casa. Quando queremos uma para cortar às fatias para o iogurte do pequeno-almoço da manhã seguinte já ficam 4 com um ar manhoso e dois dias depois, já quase só se aproveitam três para batidos! E as toalhas turcas são mais ou menos a mesma moenga! Têm um período de vida óptimo muito curto, porque novas espalham mais água do que a limpam, o que no verão até nem custa muito mas no inverno é assim a atirar para o execrável, e quando estão quase a ficar no ponto e já foram lavadas sei lá quantas centenas de vezes, começam a ficar russas e a aparecerem buracos!

Algo me diz que o sentido da vida passará pelo momento certo de comer uma bela banana e o enxugamento oportuno, após um duche, com uma belíssima toalha turca.

sábado, 22 de outubro de 2016

Doutores, engenheiros e suv's ecológicos

Os doutores e engenheiros de amanhã...

Enquanto andarem a empurrar-se em carrinhos de compras e não de Qasqais, X3, GLA's e V60's tá-se bem e o planeta agradece!!

Mas agora a sério. Sendo que a maioria deles irão acabar a trabalhar em supermercados ou call centers, isto já pode ser considerado uma espécia de estágio...



































in Público 17.10.2016

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Rituais matinais, fruta e pequeno-almoço

Quando me levanto de manhã, após o inevitável copo de água com limão, dou início à rotina matinal com um belo dum duche. Na minha banheira tenho champô de manga e gel de banho de chocolate. Segue-se o desodorizante com cheiro de coco e lima, seguido de água de colónia com essências de frutos secos e só então, depois de cumprido todo o ritual da casa-de-banho, vou comer qualquer coisa. Chego à cozinha e só tenho pão com manteiga... porra!!

quinta-feira, 18 de março de 2010

Homens, meio-homens e homens-nenhum

Queria vincar a minha posição sobre a questão "homens e produtos de cosmética". Muita gente pensa que homem que é Homem não usa mariquices dessas, que é coisa de gaja, que ser-se metrossexual é estar-se a um passo de se ser gay, que homem de barba rija não se unta com cremes e peganhíces mas devo dizer-vos que isso é exactamente o que um homem de barba rija precisa... tirando a peganhíce! Fazer a barba todos os dias custa como o caraças e nem todos temos tempo para afiar o facalhão que trazemos no colete e as maganas das lâminas de barbear gastam-se num instante, já para não falar do abuso de preço, apenas comparável com perfumes franceses mas que só duram uma semana. As mulheres, que têm a questão hormonal a seu favor, é que não precisam de quase nada do vasto leque de hipóteses que têm à sua disposição em tudo quanto é canto de supermercado e superfície comercial. Aliás... canto não! a tralha para as mulheres ocupa 4 vezes mais do que a tralha para homens e isso é perfeitamente injusto! Ou então os homens que se sirvam de material das prateleiras, corredores e lojas dedicadas às mulheres e que não haja preconceitos quanto a isso. Acho que vou iniciar uma página no Facebook para começar a reunir fãs...

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Desteridade e o fascínio por papel higiénico

Recentemente apercebi-me que a localização e posição de certos objectos estrategicamente situados pela casa onde crescemos em criança nos marca para toda a vida. Sendo naturalmente ambidextro, são inúmeras as acções que consigo realizar com ambas as mãos ou pés, embora tenha mais força com um dos lados e mais jeito com outro. Muito cedo até tive de optar por um dos lados para certas acções, como escrever à mão, comer com talheres e algumas outras actividades que envolvem maior ou menor risco para a minha integridade física, e por incrível que pareça, ainda hoje se revela complicado adaptar-me a situações em que o rolo de papel higiénico se situe à minha esquerda quando estou sentado numa sanita. Existem muitos pormenores, aparentemente sem grande relevância cósmica, que fazem de nós aquilo que somos e nos marcam na forma como encaramos a realidade à nossa volta e o papel higiénico, podendo muito bem não ser um deles, é algo que sem dúvida me fascina!


os dramas do wc
férias, passeios e gente parva
desculpas, loucuras e filmes manhosos
autoclismos, stocks de casas de banho e calças com bolsos a granel
aguinha morninha
presentes e embrulhos
naprons na chapeleira
truque do papel higiénico
papel higiénico sem picotado
o que é o papel decisivo?
um dia mau começa logo de manhã

sábado, 12 de dezembro de 2009

E se...!?

O que é que vocês fazem quando a morraça, que outrora já foi pasta de dentes, se acumula na tampa e a impede de fechar contra a bisnaga? E quando a ponta do cinto toca no urinol ou na sanita? E se o atacador se desatar e entrar em contacto com o chão do wc daquele centro comercial super movimentado? E se o cotão se acumular em tamanhas quantidades que mais pareça restos de desperdício - perdoem-me a redundância - maiores do que panos do pó? E se o que resta das 432 refeições preparadas no fogão se tornar tão queimado e incrustado que se torne impossível remover à força de pulsos?  E se a porcaria entranhada entre as teclas do teclado - mais uma vez, perdoem-me o pleonasmo - não sair com álcool isopropílico e o que resta das 24 cotonotes? E se chegarem à conclusão que estavam bem melhor com a vossa consciência antes de terem começado a ler este post? E se um dia um desconhecido vos oferecer flores?

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Top3 das frases de wc

Com certeza não será o melhor post que já publiquei neste blog, mas depois do cardápio de piropos de trolha, este Top3 das frases de wc já vinha fazendo falta e ei-lo…

Lá fora podes ser o maior, mas aqui cagas-te todo!

Ninguém morre virgem. A vida fode-nos a todos!

Diferenças e semelhanças entre um funcionário da EMEL (ou SITEE) e uma bosta de cão:
encontram-se pelos passeios.
são ambos repugnantes.
são ambos indesejados.
a única diferença é que não apetece dar um chuto numa bosta de cão...

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Os dramas do wc

A casa-de-banho é dos locais mais propensos a dramas e a complicações inerentes ao desenrolar de alguma acção, nem sempre controlada da melhor forma ou como se espera à partida. Bem sei que se chora bastante a descascar e a cortar cebolas na cozinha, quando se entala um dedo num gavetão dos armários da sala, quando se falha um degrau nas escadas, ou quando alguém nos passa com o carro por cima de um pé na garagem ou no quintal, ou ainda quando se sofre com o ressonar da nossa companhia de dormidas, mas sem dúvida que a casa-de-banho bate todas as outras divisões da casa aos pontos no que a dramas diz respeito, senão vejamos: dar uma mijadela de pé a escovar os dentes ou quando se espirra e o stress que isso causa; acordar a meio da noite e ir dar a real mijadela às escuras e ouvir aquele som que mais se parece com água a cair no tapete do que água a cair na água; o cabrão do tampo da sanita frio no inverno e nos dias em que estamos doentes com febre; a pasta de dentes que pica na língua ou o champô que arde nos olhos e quase nos leva a dar murros nos azulejos e que tanto precisavam de ser trocados de feios e gastos que estão; a cortina fria que se cola às costas enquanto estamos no duche e nos leva ao desespero em grunhidos atrofiantes; a inquietação dos rolos de papel higiénico sem picotado que nos leva quase à agonia; o toalhão turco impróprio para consumo e que não se segura pendurado na quina da porta da casa-de-banho e cai constantemente com a deslocação do ar sempre que passa alguém junto a ele, mesmo sem lhe tocar e ainda não nos lembrámos de aplicar aqueles cabides com cola do Ikea; a tortura de fazer a barba todos os dias como se não houvesse amanhã; a angústia de cortar as unhas com um corta-unhas do século passado com as lâminas super gastas e enferrujadas; aqueles momentos passados sentados na sanita meio acordados meio a dormir, já a caminho do início da ressaca a altas horas da madrugada; os ataques de diarreia que dão lá de quando em vez e dos quais nunca nos lembramos até estarmos a viver esse filme mais uma vez… O wc é a divisão da casa que mais memórias negativas nos deixa pela vida fora. Pouco ou nada de bom, que mereça ser recordada, se passa nesse vil e infame compartimento. Só talvez sexo na banheira!

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Rituais matinais, espelhos e um record pró Guiness

Hoje de manhã levantei-me como todos os dias me levanto, ou melhor, como todos os dias de semana me levanto, ainda meio ensonado e desorientado, e dei inicio ao processo comum a todas as manhãs de dias de trabalho. Escolher roupa, quando hoje até tive de passar a ferro um par de calças e uma camisa, tomar banho, e quando já estava frente ao espelho do wc, totalmente absorto e envolvido na briga que é rapar os pelos da minha cara, pestanas e sobrancelhas excluídas, cheguei à conclusão que, no mínimo, merecia algum tipo de menção honrosa no Livro do Guiness por fazer a barba todos os dias. Parece-me justo!

terça-feira, 17 de março de 2009

As maganas das gotas de água

No extremamente rico cardápio de coisas chatas e irritantes, este que vos descrevo é dos mais curiosos que existem. Estamos no wc a preparar o duche que vamos tomar de seguida. Temos tudo o que precisamos à nossa volta e ao alcance de um braço esticado – a toalha para quando terminarmos o banho e a roupa interior – o ambiente previamente aquecido e a porta ligeiramente aberta, pois só nos preocupamos com a humidade da casa quando chega a Primavera e altura das limpezas e pinturas. Ajustamos a torneira misturadora para conseguirmos um jacto de água ideal, tanto em temperatura como em força. Entramos na banheira e já com a água aberta, cobrindo milimetricamente o fundo da banheira de forma homogénea, proporcionando uma entrada, num primeiro contacto entre a água e os nossos pés, aconchegante e confortável, e passamos o fluxo de água da torneira para o chuveiro, apontando provisoriamente a torrente de alinhados filamentos de gotas de água para a parede, de forma a não sentirmos o impacto da diferença de temperatura entre a água do cano e a sua primeira passagem pelo tubo que liga a torneira ao chuveiro. Estamos revigorantemente consolados debaixo daquele jorro de gotas alinhadas há pouco mais de minuto e meio quando reparamos que algo embirra com a perfeição daquele duche. O chuveiro, que tão bom aspecto tinha no folheto há uns meses atrás, quando comprado naquela promoção fantasticamente apelativa, agora adquiriu calcário e aparece um fiozinho de água desalinhado dos restantes. Pronto, estamos a tomar banho e é normal molharmo-nos. Até estamos habituados à ideia de levar com água na cara e no corpo, mas aquele fiozinho de água bastardo e implicante, está precisamente apontado à zona da nuca, quando de costas para a água, ou do nariz quando de frente, e se nos desviamos por breves instantes do caudal de água para ensaboarmos o cabelo, sentimos aquilo que mais parece um moleste e bizarro arrepio. É exasperante! Só comparável à maliciosa cortina quando esta se encosta ao corpo durante o duche.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Mais velho que o “cagar de cócoras”

Quando posso fazer o número dois sentado e na minha casa, é sem dúvida algo a que dou muito valor. Mas quando tenho de fazer o cocó num wc público e não confio no asseio do local, o que acontece quase sempre (em parques de campismo, áreas de serviço, bombas de gasolina, restaurantes, bares, cafés, entre outros), saio de lá todo esbaforido, moído e transpirado, dando a nítida sensação de que andei à briga com um Doberman dentro do cubículo do wc. Não é fácil para um homem com raízes na cidade e hábitos tipicamente urbanos, ter de cagar de cócoras – que é das práticas mais antigas que os seres humanos operam desde que há memória – pois acontece que se trata de um ritual que deixou de ser comum faz alguns séculos e sempre que se tem de pôr em uso, deixa um tipo repleto de dores nas pernas e na coluna. É mais um exemplo vivo de que não se devem perder alguns bons hábitos do campo. Embora nesse ambiente ainda seja preciso acrescentar-se mais um adereço: o sacho!

sexta-feira, 13 de março de 2009

O que é a distância de segurança no WC?

Assisto todos os dias a reportagens e notícias que mostram que a ASAE entra em tudo quanto é estabelecimento público e só estou à espera do momento em que os fiscais da referida autoridade de segurança entrem em casa dos particulares para medir a distância a que está colocado o autoclismo de parede em relação ao tampo da sanita, quando este esteja aberto. Pois que na maior parte dos casos não há distância de segurança e o tampo não consegue ficar aberto e imóvel enquanto um tipo mija de pé e isso torna-se profundamente irritante. Por um lado nem todos somos artistas ou estamos, por vezes, minimamente sóbrios para o fazer em condições de higiene e segurança perfeitas, por outro, torna-se um convite a fazer o número 1 sentado e isso acarreta outras preocupações. Além disso dava jeito para me ajudarem a orientar com o fiambre e outros produtos altamente perecíveis que guardo no frigorífico e que nunca sei quando estão prestes ou já a passar do prazo de validade.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Outra vez a cena do champô...

...e sinceramente, irei postar sobre esta questão as vezes que forem precisas até a malta abrir a pestana e perceber o que se passa!

"PARA A VOSSA BOA SAÚDE!
Devem procurar o nome do composto em inglês: Sodium Laureth Sulfate nos champôs e gels de banho.
Aos produtos abaixo identificados juntam-se o gel de banho da Sanex, os sabonetes líquidos do Carrefour e Feira Nova (produtos brancos) e o champô da Dove.
Verifiquem se entre os ingredientes do champô que usam há uma substância chamada 'Lauril Sulfato de Sódio' ou LSS . Esta substância faz parte da composição da maioria dos champôs pois os fabricantes utilizam-na por ela produzir muita espuma a baixo custo. No entanto o LSS é usado para lavar chão de oficinas (é um desengordurante). Verifiquei que outras marcas como: VO 5, Palmolive, Paul Michell, Organics, Revlon Flex, Dimension o novo HernoKlorane champô, e muitas, muitas outras, contêm esta substância. Ligou-se para um destes fabricantes,e foi-lhes dito que eles estavam a usar uma substância cancerígena. Eles concordaram com a afirmação, mas disseram que não podiam fazer nada pois precisavam dela para produzir espuma. A pasta dentífrica Colgate (bubbles) também contém LSS. Várias pesquisas têm mostrado que nos anos 80 a probabilidade de contrair cancro era de 1 em 8000 e nos anos 90 era de 1 em 3, o que é bastante grave. Espero que tomem esta advertência com seriedade e a partilhem com as pessoas que conhecem, talvez possamos parar de 'espalhar' por aí o'vírus' do cancro, evitando comprar champôs que contenham o LSS-Lauril Sulfato de Sódio, até que os seus fabricantes tomem a providência de substituir este componente por outro que não prejudique a saúde dos seus consumidores. Por favor passem esta informação para o maior número possível de pessoas que isto não se trata de uma corrente, mas de uma preocupação com a nossa saúde.'
Faculdade de Ciências e Tecnologia
Universidade Nova de Lisboa
Dr.ª Catarina Roriz"


Posso dizer-vos que de todas as marcas que encontrei à venda no o, Inter-Marché, Pingo Doce, Feira Nova, Plus e Lidl, só a Palmolive com a linhas de champô "Naturals" e gel de banho "Aroma Therapy" não tem SSL's (lauryl ou laureth), o que não significa que não possa conter outra qualquer porcaria semelhante que ainda não foi posta em causa. Em termos de pasta de dentes, só a Sensodyne não tem SSL's.
Preocupa-me bastante o que como, bebo e uso no wc, desde pasta de dentes a espuma de barbear, e acreditem quando vos digo que já passei algum tempo neste tipo de pesquisa!

relembro:
"SSL do demo!"
"Ainda o champô: as férias de verão"
"Sabonete e Prisões, esse grande mito"

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Membros, sonhos e toalhetes de casa de banho

Ando conscientemente a tentar reduzir a quantidade de toalhetes de papel que utilizo para secar as mãos nos restaurantes e cafés. Durante algum tempo não conseguia usar menos do que três, duas de uma vez e mais uma para terminar a tarefa, mas com algum auto-controlo e organização mental lá consegui passar para dois. Menos do que isso e chego à mesa com as mãos húmidas. Ou então, quando isso acontece e já não nos apetece voltar ao wc, e também porque depois há sempre uma mulher ou dois gaiatos que estão na bacia cá de fora que serve apenas para quem quer lavar as mãos e não precisa propriamente de ir à casa de banho – coisa que sempre estranhei e até cheguei a fazer disso uma nota mental como um primeiro indicador de que um dia seria possível alguém vir a ter um bidé no meio da sala, junto dos cães de loiça – nesse momento tentamos esgueirar-nos para onde ninguém nos veja a brandir os braços para secar as mãos ainda húmidas como se fossemos maluquinhos – este fenómeno é tão mais gravoso quanto mais pipi for a roupa que levamos vestida; imaginem um tipo de fato e gravata a agitar freneticamente ambos os braços, com cara de poucos amigos, sem razão aparente e como se não houvesse amanhã!? Sim, porque o tipo estaria furioso por ter deixado o serviço para terminar cá fora e estaria desejando voltar para a mesa e altamente convencido de que ninguém o veria. E por falar em figuras ridículas, no verão acordo muitas vezes a meio da noite com um braço ou uma perna dormente, levanto-me quase completamente a dormir e ando pela casa fora a rodar o braço ou a arrastar a perna meio aos saltos para ver se aquele formigueiro endemoninhado e ligeiramente violento, quase a roçar a dor, acaba por passar. Nunca consegui perceber bem quanto tempo demoro nesse processo mas pode muito bem ser apenas o tempo residual de um sonho… agora que penso nisso, será que isso aconteceu mesmo ou estaria a sonhar? E se sim, será um sonho recorrente, mesmo quando umas vezes é com um braço e outras com uma perna? E por último, como interpretaria Freud este fenómeno estranho!? Já agora, em jeito de epílogo, confesso que ao reler o título do post, dei comigo nos meandros de algumas paisagens virtuais assim a atirar para o escabroso. Mas de certo que ao chegarem a este momento do texto verão que o título, bem como todo o post, são total e verdadeiramente inocentes.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

A puta da gota de água

Deixando conscientemente de lado a dor de dentes, a apendicite e o entalar do material num fecho eclair, assim de repente não me lembro de nada mais irritante para um homem do que aquela gota descendente e provocadora que vai deslizando pelo nosso braço abaixo enquanto fazemos a barba com a lâmina, no lavatório frente ao espelho da casa de banho. Para falar a verdade, não é apenas uma gota, mas um carreirinho de gotas tipo que vão escorregando pelo braço abaixo até ao cotovelo, aumentando o seu poder cada vez que passamos a lâmina na água para retirarmos o excesso de espuma e pelos decepados. A pior parte nem é a sensação de molhado, pois a água até pode ser morna, mas o facto das gotas irritantemente irem arrefecendo ao longo do seu percurso descendente pode ser aterrador e deixar qualquer homem à beira de um ataque de espasmos. Sabemos bem que a cada passagem pela água ainda vai ser pior, mas se por um acaso cedemos à tentação de limpar o braço, logo de seguida se irá repetir o processo todo desde o início e não acredito que haja alguém obsessivo-compulsivo suficiente para limpar o braço numa toalha a cada passagem de lâmina. É das coisas mais chatas e irritantes pelas quais um homem tem de passar, sem contar com a disfunção eréctil, claro, mas também há as máquinas eléctricas, que essas enrolam os pelos e a irritação aparece poucas horas depois assim que os sacaninhas rompem a pele. Os homens estão condenados com esta questão dos pelos, porque na cara ninguém vai fazer depilação com laser, fotodepilação ou cremes sintéticos. Não gosto de ver, mas aposto que os tipos do Jackass já terão com certeza feito um número com cera quente na cara

domingo, 6 de abril de 2008

Autoclismos, stocks de casas de banho e calças com bolsos a granel

A ida a uma casa de banho que não a da nossa casa é sempre uma aventura. Se for em viagem temos as áreas de serviço, os restaurantes e cafés, parques de campismo etc., sendo que cada um destes cenários traz um sem número de eventualidades caricatas e cómicas passíveis de explorar num outro post, mas se for em casa de outras pessoas, até mesmo familiares ou amigos, também não ficam longe as possibilidade de acontecimentos humorísticos e bizarros. Dada a situação, não tendo o cuidado de tentar perceber se o rolo exposto de papel higiénico está no fim ou não, e se sim, se haverá mais rolos à nossa disposição, nem que para isso tenhamos que vasculhar os armários e gavetas alheios, pode tornar-se num autêntico pesadelo. Caso isto aconteça, o que devemos fazer?
Chamar alguém que nos venha acudir? – e a vergonha de termos que ir destrancar a porta e aparecer de calças em baixo e sermos vistos pela frincha que se abre à largura de se conseguir fazer passar um rolo de folha tripla?
Enviar um sms ou ligar a alguém que discretamente peça ao dono da casa para fazer a tão necessária reposição do stock de rolos de papel higiénico? – é nesta altura que nos lembramos da razão que nos levou a comprar aquelas calças com bolsos de lado, que tanto jeito dá para trazer o telemóvel sem nos lembrarmos que andamos com ele sempre atrás, e nunca surgiu a hipótese de as levarmos para uma caçada, pescaria ou prova desportiva no meio do mato ou da selva!
Usar o bidé? – aquele mono de loiça que muitas casas-de-banho têm e que nem sempre reparamos neles até lhes darmos uma biqueirada sem querer e aí nos lembrarmos que não o utilizávamos desde criança, quando as nossas mães nos obrigavam a lavar os pés no verão antes de nos irmos deitar?
Usar a toalha das mãos? – dificilmente conseguiríamos esconder a toalha permanentemente e levá-la para casa para mais tarde a entregar lavada (!?) fica completamente fora de hipótese!
Vestir as calças antes de acabar o serviço também é completamente impensável sem que haja um urso, um polícia ou uma bichona louca no nosso encalço para nos apanhar.
Haverá, porventura, tantas hipóteses quantas as mentes perversas a reflectir sobre elas. Até hoje, posso gabar-me de nunca ter passado por uma situação destas, mas já me vi enredado numa do género e consegui desenrascar-me porque tinha um canivete suíço no bolso (das tais calças)… o autoclismo avariou-se e eu consegui safar-me em beleza! Não vou entrar em pormenores, mas o McGiver não teria feito melhor.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

A humanidade e o tampo da sanita

O tampo da sanita será dos objectos mais enigmáticos que poderemos encontrar nas nossas casas. É claro que alguém poderia, e bem, contra-argumentar referindo que há o poutpourri no 'ólio' de entrada, os ambientadores de armário ou as bolas de naftalina, as velas altamente decorativas que nunca mas nunca se acendem, nem naquela noite de consoada às escuras ou no aniversário em que a avó se esqueceu de colocar velas no bolo de anos do neto, um candeeiro cuja lâmpada de fundiu e nunca mais se substitui porque só nos lembramos quando o tentamos acender e nunca quando vagueamos pelos corredores do supermercado, entre muitos outros exemplos, uns mais funestos do que outros. Volto à questão da casa de banho porque é a divisão da casa que mais me fascina. Vibro com muitas outras coisas na minha casa, mas o wc é de longe o mais apelativo. É a divisão mais fácil de apreciar e criticar ao mesmo tempo. Não há grandes móveis, gaveta ou baús para esconder as coisas, ficando quase tudo à vista. As mulheres adoram todas as casas de banho, quer seja num restaurante, hotel ou em casa de amigos, adoram ir espreitar! Nos bares e discotecas pelam-se por ir em par ou trio, e para fazerem fila esperando a vez de cada uma não é de certeza, a não ser que isso meta conversa, e esta conversa pode ser sobre os mais ínfimos assuntos, não necessariamente sobre a própria casa de banho. Voltando à questão do tampo da sanita, prometendo não voltar a falar sobre os tampos translúcidos com objectos no seu interior, lembrei-me destes serem um dos assuntos que mais opõe e divide os sexos. As mulheres queixam-se dos homens deixarem o tampo e a tampa levantados, encostados ao autoclismo ou à parede, numa verdadeira – dizem elas – atitude desrespeitosa e indelicada para com ou vários utilizadores da dita casa de banho. Por outro lado todos se queixam das pinguinhas que por vezes algumas almas mais descuidadas ou com menos tendência para o número circense deixam no tampo sem se preocuparem em limpar, talvez porque nem se preocupem com mais nada além do alívio oportuno. Depois também há, e já foi referido anteriormente, os que se sentam para mijar quando muito bem o poderiam fazer de pé. Pois que a natureza os brindou com essa fantástica mais valia em detrimento da capacidade de ter orgasmos múltiplos, por exemplo, que só as mulheres podem ter – a capacidade e os próprios orgasmos, dois momentos bem distintos – que por força das circunstâncias mijam sempre sentadas ou de cócoras; estes são os verdadeiros artistas. O que me ocorreu, e bastante me apraz relatar, é que as mulheres, no alto da sua (des)preocupação, também deixam a tampa para cima, e isso chateia os homens, alguns! Passo a explicar: os homens levantam tampa e tampo para poderem mijar de pé; as mulheres e os tais artistas levantam apenas a tampa para mijarem sentados. O mais comum é toda a gente deixar a sanita em constante e eterno estado de premente utilização. Sendo assim, porque é que só as mulheres é que podem queixar-se dos homens deixarem o tampo levantado? Eles não se podem queixar-se delas (e dos artistas) deixarem a tampa levantada!? Há um sem número de razões pelas quais tudo deve estar no seu lugar, nomeadamente o tampo e a tampa em baixo, mas apenas ressalvo a mais importante: pode cair alguma coisa valiosa para aquele buraco negro de loiça e quando isso acontece, sendo de facto algo estimável ou insubstituível, torna-se no mínimo chato ter de arregaçar a manga para retirar o que quer que seja que lá foi parar. Pois que tirar aquilo com um utensílio de cozinha ou de jardim não dá assim tanto jeito, mas convém sempre tentar primeiro. Isto é como fazer piscas nas rotundas. Não sejam preguiçosos e deixem as coisas na sua devida disposição, tampo e tampa para baixo, mas acima de tudo tenham atenção ao sentar-se. Façam-no depois do anterior utilizador se ter levantado. Não convém criar embaraços e confusões num espaço tão exíguo.