O blog que vai bem com meia dose de migas de espargos, uma caneca de Mokambo e um rebuçadinho de mentol.
sábado, 3 de maio de 2025
Tempo presente, história e ciclos manhosos
No último "Eixo do Mal" o Daniel Oliveira disse:
- “A base do Trumpismo não é a raiva, não é a indignação, mas sim uma espécie de ódio lúdico que se baseia nessa coisa bastante antiga que é a desumanização do outro. É a base do Trumpismo e da extrema direita: a desumanização do outro como ideologia”.
Foi na mouche!
segunda-feira, 8 de janeiro de 2024
PDI, puffs e memórias cortadas
Cada vez que entro na banheira para tomar um duche, dou início aos procedimentos e apercebo-me quase imediatamente que preciso de um puff novo, pois o que tenho parece digno de um filme apocalíptico. E crio uma nota mental: "vou deitar este fora e sacar um novo, sei que há mais na gaveta do móvel do wc".
Pois que assim que saio da banheira, talvez pela esfrega toda ao limpar-me, porque me aparece uma música na cabeça ou porque simplesmente mudam as prioridades ao nível dos pensamentos, esqueço-me completamente! E isto já dura há meses!!
Faz-me lembrar a série Severance, em que os funcionários daquela empresa têm uma personalidade na cave e outra no R/C, pois não se lembram num sítio, do que acontece no outro.
Agora, aqui sentado ao computador lembrei-me, porque apareceu uma publicidade de coisas de casa de banho numa newsletter da IKEA, mas algo me diz que vou esquecer novamente assim que me levantar...
Puta da PDI!!
domingo, 10 de setembro de 2023
Um sério update, um update sério ou um update em série
sexta-feira, 9 de junho de 2023
Ted Lasso, Apple TV+ e Portugal de fora do hype
Hoje escrevo sobre aquela que pode bem ser a melhor série de sempre a aparecer em televisão... só que não deu na televisão... pelo menos em Portugal! Quer dizer, até está na Apple TV+, só que por cá deve ser rara a pessoa que a subscreve este serviço de streaming... mesmo tendo comprado um Mac, iPad ou iPhone (que oferecem 3 meses gratuitos).
Ted Lasso tem sido um fenómeno global, só comparável a outros fenómenos como o Game of Thrones, o Breaking Bad ou La Casa de Papel, movendo multidões de fãs e promovendo as mais inusitadas reacções, quase todas elas dignas de vídeos virais!
É uma série muito bem esgalhada que partiu de um punhado de sketches na NBC Sports para promover o futebol (soccer) nos EUA, até que alguém disse "vamos fazer uma série com esta personagem"...
Excepcionalmente bem escrita, cheia de referências e easter eggs, com personagens ricas que nos conquistam imediatamente, descrevendo arcos interessantes e deliciosos ao longo das três temporadas, actores fantásticos e surpreendentes, realização e edição competentes, com muitos momentos para nos fazer rir e alguns para fazer chorar, com muito bom feeling e acima de tudo muito coração!!
Foi um fenómeno, não só porque é fantástica, mas porque coincidiu com a pandemia, os confinamentos, os receios, os medos, as incertezas e a falta de esperança no futuro... e, tal como a música "Vai Ficar Tudo Bem", s série Ted Lasso mostrou que sim, que tudo pode ficar bem mesmo quando não se ganha, mesmo quando a vida não corre como pensávamos que seria e quando não se consegue o que se quer... faz tudo parte!
Ted Lasso é uma personagem dos sketches, da série mas agora também da nossa imaginação e não há nada de errado em ser positivo em tempos negativos... sobretudo em tempos negativos!
Com 8.8 no imdb, 89% no Rotten Tomatoes, um incrível rol de nomeações e uma quantidade impressionante de prémios arrecadados em apenas 3 anos, Ted Lasso é provavelmente a melhores e mais surpreendente séries que já vi!
domingo, 27 de fevereiro de 2022
Guerra, humanidade e esperança
domingo, 5 de dezembro de 2021
Um sério update, um update sério ou um update em série
sexta-feira, 3 de setembro de 2021
Pôr do Sol, humor e revolução televisiva
Pôr do Sol é o que de melhor aconteceu à televisão portuguesa desde o Duarte e Companhia!
É uma espécie humor da tradução portuguesa do "Dragon Ball" dos anos '90 (pela malta que viria a fundar as Produções Fictícias e a escrever para o Herman José) meets "Tal Canal" meets telenovela mexicana, com a história, os clichés, o humor físico, as personagens, os actores, a banda sonora, o genérico... tudo funcionar em harmonia para nos agarrar a uma "novela" que, se fosse a sério, não tinha ponta por onde se pegasse.
domingo, 18 de abril de 2021
Sócrates, RAP e Gato Fedorento
sexta-feira, 30 de outubro de 2020
Pandemia, recolhimento e séries
Ainda sem sabermos bem se - mais quando, mas enfim - iremos estar de novo confinados, o recolhimento caseiro já é certo, pelo menos para os próximos dias, E ficarmos presos em casa pode não ser nada chato, se nos prepararmos para tal.
É importante dormir e comer bem, fazer exercício, porque não meditar, jogar jogos de cartas ou tabuleiro - quando há companhia para tal - é bem bom e ler, ver coisas positivas na tv é igualmente pertinente, para não gastarmos a nossa energia toda nos noticiários e na consequente ansiedade que isso gera.
Estas são duas séries que vêm mesmo a propósito deste estado de calamidade a que chegou o ano de 2020, que ainda teima em durar mais 2 meses.
After Life - ao nível do melhor que o Ricky Gervais já nos habituou; aparentemente down mas surpreendentemente uplifting; série interessante, cheia de pormenores que nos põem a reflectir e pensar no que realmente importa na vida.
Ted Lasso - surpreendentemente positiva e carismática, esta nova série que estreou em Agosto deste ano, bem no meio do olho do Furacão Covid! Mesmo para quem não gosta de futebol, é a série que combina na perfeição o melhor humor americano ao mais brilhante humor britânico e de forma super simples e ao mesmo arrebatadora.
quinta-feira, 22 de outubro de 2020
Pandemia, público e restrições
Bem sei que é necessário haver restrições por causa da pandemia, mas ver jogos de futebol e talk shows, só para nomear dois exemplos, sem público é para lá de estranho!
E por falar em estranho, como raio é que a SIC e o Ricardo Araújo Pereira conseguem ter uma plateia repleta de gente em todos os lugares!?!?
São todos da mesma família? Fazem todos o teste antes de entrar? ...estranho, indeed!
quarta-feira, 30 de setembro de 2020
Trump, Biden e perda maior
O que é que se faz quando um oponente num debate político é uma besta e não deixa falar, interrompe constantemente, ofende com baixo nível, mente descaradamente, se recusa a responder às questões... e age como se fosse um verdadeiro inimputável?
Não se aguenta muito tempo e cai-se na esparrela de descer ao mesmo nível, perde-se a completamente o norte e a compostura...
Há uma frase que diz “nunca discutas com um idiota, porque ele faz-te descer ao seu nível e ganha-te aos pontos pela experiência”.
O Joe Biden não é grande candidato, tem as suas falhas, mas acima de tudo parece ser uma pessoa decente e está visto que ninguém aguenta aquele monstro sem ter vontade de lhe bater ou de o agarrar pela passarinha e mandá-lo calar à força!!
Quem é que perde? Perdemos todos, perde a Democracia!!
Estou preocupado, pois estou...
domingo, 26 de abril de 2020
Trump, personagens e coelhos
...and going and going and going and going and going and going...
sexta-feira, 24 de abril de 2020
Trump, desinfecção e gente estúpida
Alguém que cale esse atrasado mental ou coloque um aviso em tudo o que ele diz e escreve ou vão ter problemas maiores e mais graves do que a Covid-19 naqueles lados.
sábado, 12 de outubro de 2019
Filmes, vilões and maybe the joke is on us
O filme mostra uma perspectiva muito diferente de uma personagem que cresceu com inúmeras interpretações ao longo de décadas. Jack Nicholson, Heath Ledger, Mark Hamill e outros deram muito de si, individual e criativamente, moldando uma personagem tão icónica e única como a de Joker. A par dos actores que a encarnaram, também temos vários realizadores com noções e ideias que, ora se aproximavam, ora se afastavam da banda desenhada.
Filme após filme, série após série - real ou de animação - cada interveniente contribuiu com a sua perspectiva... até mesmo o Jared Leto no papel secundário de Joker no filme Suicide Squad... mas o argumento e a realização muito bem conseguidos por parte do surpreendente Todd Phillips (que também teve como companheiro de escrita Scott Silver), também a fotografia de Lawrence Sher e a genial e extremamente envolvente banda sonora de Hildur Guðnadóttir, trouxeram uma lufada de ar húmido, viciado e bafiento, com tudo o que isso pode trazer de bom e útil para o contexto de degredo e alienação em que Gotham se insere, no reino da ficção e no universo multicolorido dos super-heróis. É uma obra prima que já se faz notar numa lista muito exclusiva e honrosa de filmes icónicos e marcantes.
No que diz respeito ao actor do momento, a performance de Joaquin Phoenix é brilhante, soberba, arrebatadora! Arranca de nós coisas boas e más ao mesmo tempo, de uma forma intensa e inesquecível, que promete ir-se desenvolvendo sub repticiamente, provocando novas marcas e cicatrizes, à medida que pensamos e revisitamos o que sentimos naqueles momentos de visualização de algo diferente e tão irrequieto. A sua entrega ao papel provoca-nos sensações múltiplas e por vezes até desajustadas. Sentimos pena e lamentamos, mas também somos forçados, de forma estranhamente deliciosa, a sentir empatia com tal personagem, ao interiorizar uma pequena parte da sua raiva ao longo de uma viagem que se inicia com uma pessoa insegura, ansiosa, medrosa e vítima de todo o tipo de bullying, terminando com o desabrochar mágico, inevitável e por nós tacitamente aceite, de alguém que natural e violentamente se revolta contra uma sociedade podre e socialmente falida, desproporcional e altamente desequilibrada, numa amotinação contagiante contra tudo e todos, deixando apenas de fora outros párias sociais em quem ele ainda se revê.
Quanto a mim, o desempenho de Phoenix, que se baseou nas personagens principais de Taxi Driver e A Clockwork Orange para talhar o seu Joker, não mancha o trabalho desenvolvido anteriormente por outros actores e cola, quase de forma perfeita, com a performance mais musculada de Heath Ledger em The Dark Knight realizado e escrito por Christopher Nolan.
Muito se tem escrito sobre o filme Joker e esta minha crítica é apenas e só mais uma opinião... e até sei que nada de original trará à internet, mas tinha de "desabafar" e trazer para este cantinho do éter a minha perspectiva.
Adorei o filme, encantei-me com o resultado final de um trabalho de co-produção com a chancela de Martin Scorcese que já estava prometido há algum tempo e fiquei siderado com os desempenhos do realizador Todd Phillips e Joaquin Phoenix. No imdb dei 10 estrelas... coisa rara!!
terça-feira, 30 de abril de 2019
GOT, MCU e WOW
Relativamente à história, estava à espera de mais do Jon Snow mas é compreensível e gostei de tudo o que vi.
Esta temporada é qualquer coisa de fenomenal e ao contrário do MCU - Marvel Cinematic Universe, por exemplo, e para mencionar algo comparável, os argumentistas e produtores de GoT conseguem dar protagonismo às mulheres de uma forma credível, justa e dignificante, sem falsos moralismos e cenas xoninhas só com mulheres, como acontece numa cena de batalha durante o filme Avengers Endgame, em que aparecem as mulheres todas juntas a lutar... epá, demasiado lame e estupidamente PC (politicamente correcto).
Enfim... Go Arya and Brienne!! #got-me-too
quarta-feira, 3 de abril de 2019
Filmes de domingo à tarde, relacionamentos e wtf
Por falar em tempo, temos a Saudade, que dificilmente se traduz noutras línguas, e os ingleses têm a Infatuation, conceito por demais conhecido mas um termo sem tradução directa para português. Mas infatuation não é a mesma coisa que paixão, é assim como que uma “pancada” que se tem por alguém, que pode ter como base uma, duas ou três formas de atracção: intelectual, física e química; mas que se desfaz facilmente quando começamos a conhecer a pessoa realmente como ela é e chegamos aos primeiros conflitos e problemas no relacionamento, o chamado “oh-oh moment”, como diria Barney Stinson (How I Met Your Mother). Já paixão é aquele sentimento arrebatador que nos atrai gravítica, irresistível e arrebatadoramente a e por alguém.
Se a infatuation se perde depressa, já a paixão nos pode manter agarrados a alguém que pode não ser boa para nós, podendo até ser tóxica. A paixão tem fim e também tem fases. Pode inclusivamente voltar a aparecer se a relação se mantiver saudável e duradoura.
Se infatuation e paixão são sentimentos, se o amor só existe como construção a dois e se para haver amor é preciso ter habilidade, nos dias que correm, cada vez mais acelerados, os relacionamentos interpessoais, não deixando de ser intensos, tornam-se cada vez mais fugazes e passageiros.
Como já vem sendo hábito, culpo as redes sociais, as dating apps, o culto da mediocridade que a indústria da música, televisão e cinema nos impinge e força, quase de forma intravenosa - where “talentless is the new talented” - e principalmente, culpo a falta de educação e princípios éticos, sendo, precisamente, naturais consequências do que referi antes.
Penso muito nestas questões e não sei onde isto vai parar. Pessoalmente, sinto-me deslocado deste tipo de lógica consumista e descartável em que também as relações parecem cair e parece-me que, com pessoas cada vez mais carregadas de bagagem emocional, qual lastro resultante do crescente número de envolvimentos em detrimento de relacionamentos mais estáveis e duradouros, com ferramentas cada vez mais eficazes e apetecíveis para dar resposta aos desejos mais imediatos (atenção, validação, sexo...), isto não augura nada de bom.
E sim, os meus "filmes de domingo à tarde" não metem Adam Sandler, Rob Schneider, Owen Wilson e afins.
segunda-feira, 1 de abril de 2019
Geeks, filmes e estrelas
- "help me Captain Kirk, you're my only hope!"
- "prosper and long live"
- "I have a bad feeling about this, Spock!"
- "beam me up, Leia!"
sexta-feira, 21 de dezembro de 2018
Política, sociedade e modernices
Bem, com a cavalgada da extrema direita e do populismo (nas ruas e) no poder, com o crescente desinteresse das grande maioria das pessoas pela política, pela sociedade, pela comunidade, pelo seu bairro - e até por si próprias, não sei se não será de algum modo premonitório.
É, no mínimo, uma valente modernice!
domingo, 2 de dezembro de 2018
Publicidade, curtas e totozíces
quinta-feira, 12 de julho de 2018
Fifa, politicamente correcto e falta de tacto
Para já acho mal, porque não filmam só raparigas e mulheres como também rapazes e homens, e depois acho ridículo porque é muito mais sexista terem raparigas a entrar em campo com os jogadores no início dos jogos, as cheerleaders que aparecem na relva durante os intervalos, as miúdas giras e decotadas nos sorteios dos campeonatos, ligas e taças... já para não falar noutras modalidades, com as raparigas a dar beijinhos aos ciclistas, ou a segurar guarda-sois na fórmula 1 e eventos de motociclismo, ou a erguer placas a indicar o número do round no boxe... enfim!
Esta nova moda do politicamente correcto está a dar cabo da sociedade, e como lógica e forma de estar, é só estúpido!!