quarta-feira, 26 de novembro de 2025

Partilhas, bons conselhos e outros momentos

Hoje, ao partilhar fotos da minha filhota pequena num grupo de Whatsapp da família, uma tia escreveu:

- "que princesa… É momento de viver o presente. Aproveita! Beijinhos"

Inteiramente verdade mas há alturas em que mais vale usarmos a imaginação, deixarmo-nos levar por pensamentos, ainda que ridículos e despropositados, do que apreciar o que está a acontecer.

Não!?

Então e quando se está a arrumar a gaveta das meias em silêncio porque não temos como pôr música no quarto e o telemóvel ficou a carregar na sala e a coluna de bluetooth não chega tão longe?

E passar a ferro num dia quente de verão sem AC nem ventoinha disponíveis?

E quando se está numa sala de espera de um dentista, cheia de gente que não sabe estar?

E quando se vai ao único wc na empresa e esteve lá antes um cagão durante 30m e aquilo é um cubículo e já não há spray anti-odores na lata que está ali à mão mas agora não serve para nada? Ou ao wc no intervalo de um jogo de futebol no estádio e só há um de vinte urinóis livre e é precisamente o do meio!?

E estar a almoçar num restaurante e ter de mamar com a CMTV com o som alto ou outro canal qualquer onde está a passar uma entrevista com o André Ventura!?

Ele há momentos em que mais vale ficar hermeticamente fechados dentro da nossa cabeça do que levar com o que se está a passar à nossa volta.

sábado, 15 de novembro de 2025

Amigos, smileys e repetições

Quem me conhece sabe que não gosto de redes sociais e nem as uso! E também sabe que não sou fã de chats, embora admita que deem jeito. Mas recentemente apercebi-me que ganhei o estranho mas viciante hábito de fazer reply às mensagens que me enviam e às conversas nos chats com smileys e emoticons.

Por exemplo, alguém escreve "ui, aquilo nos EUA está a pegar fogo!" e eu coloco uma labareda na sua mensagem.

Ou alguém escreve "damos uma volta de mota este fds?" e eu coloco uma mota ou um smiley com óculos de sol.

Mas hoje apercebi-me que isto pode ser irritante, quase ao nível daquelas pessoas que repetem os finais das nossas frases... "das nossas frases".

Que tipo de pessoas são estas? ..."são estas?".

São nossos conhecidos... "nossos conhecidos"... são nossos amigos... "nossos amigos"... e estão um pouco por todo o lado... "por todo o lado".

sexta-feira, 14 de novembro de 2025

Homens, medidas e poder

Segundo uma notícia que veio a público, referindo-se a um documentário recente sobre Adolph Hitler, o ditador alemão sofria de síndrome de Kallmann, ou seja e simplificando: tinha um micro-pénis.

Também se sabe, através de vários testemunhos de mulheres que passaram pela vida de Trump, que este também terá um pénis pequeno.

A julgar pela postura de muitos ditadores, outros - senão todos - terão/teriam a mesma condição física/genética.

Mas para além da História, o senso comum também nos mostra que é normal os homens com este tipo de problema, tentarem compensá-lo de forma desproporcional, seja a adquirir carros potentes, aviões enormes, a edificar arranha-céus e outras coisas do género ou pura e simplesmente a serem uns verdadeiros cabrões.

E esta ideia vai em linha de conta com outro fenómeno que estamos a assistir por estes dias, em que os nerds da Big Tech - vulgo Musk, Zuckerberg, Bezos e outros - outrora vítimas de bullying na escola, talvez, quem sabe, por questões do foro sexual, se estão a vingar de todos em vez de se focarem nos idiotas que lhes fizeram mal em miúdos.

Hum, curioso...

Ora, por aqui se conclui que homens de pila pequena não devem poder ter acesso ao poder, sob pena de fazerem a vida negra à malta!

quinta-feira, 13 de novembro de 2025

Mulheres, homens e sinais dos tempos

Face ao que tenho visto no mundo nos últimos 45 anos, ao que nos conta a História - mesmo sabendo que é "contada por quem ganha" - e das fases serem cíclicas e voltarmos ao mesmo de tempos a tempos... mas principalmente pelas diferenças entre mulheres e homens,  andava numa fase "mais mulheres na política e em cargos de topo nas grandes empresas", pois a estatística diz-nos que há muito mais psicopatas e sociopatas entre os homens e o senso comum mostra-nos que as mulheres são naturalmente mais empáticas, têm mais inteligência emocional, são melhores no multitasking, etc.

Mas porra, vejo as mulheres que andam à volta do Trump na Casa Branca e não só, algumas envolvidas até em casos que metem tráfico sexual de crianças. Vejo mulheres do Chega na A.R. a serem intragáveis, e como é possível haver mulheres num partido que é contra tantos direitos das Mulheres. Noutros partidos de extrema direita por essa Europa fora os exemplos são medonhos... e mulheres as que chegam ao topo e ao poder são de postura muito duvidosa! ...e a minha teoria pro-feminista cai completamente por terra.

Isto é um mundo de homens, as regras do jogo foram concebidas por homens e as mulheres que jogam o jogo são, basicamente, "homens"!!

As mulheres cada vez mais apostam nas suas carreiras - e bem! - mas cada vez menos em serem mães...  nunca houve tantas mulheres a dizerem que não querem ser mães como agora. Em cima disto ainda há feministas que cedem ao wokismo em variadíssimas questões e se descaracterizam como movimento feminista, quando há, até, as mais extremistas que parece que só veem vermelho e cultivam pensamentos tipo "o mundo agora vai ser nosso" quando já era tempo de haver equilíbrio e harmonia, equidade e paz social e não um tempo de mais ressabiamento, frustração, zanga e vingança.

Depois dou comigo a pensar "uma Daenerys Targaryen fazia bem ao mundo", numa lógica de "partir a roda", como a personagem dizia. Mas depois lembro-me do final do Game of Thrones e até me arrepio todo e penso que o mundo está perdido!!

Continuando nas personagens de séries, muitas Rebeccas Welton era a solução... aliás, a série Ted Lasso e outras como After Life e Shrinking são verdadeiro serviço público, puxando-nos para sermos mais atentos e preocupados com os outros, cultivarmos a empatia e estarmos mais ligados a quem está à nossa volta, especialmente nesta fase pós-pandemia em que cada vez somos mais egocêntricos e egoístas e que estamos cada vez mais divididos, quando não há, realmente, motivos para isso. São os cabrões dos algoritmos da Big Tech que regulam as redes sociais, é a inteligência artificial ao serviço dos grandes interesses e a comunicação social nas mãos de meia-dúzia que andam a foder isto tudo e a semear o caos numa lógica napoleónica de "dividir para conquistar"!

Então é isso, a solução é simples e continuo a achar que mais mulheres na política e nas grandes empresas é bom, mas também mais homens empáticos, bem educados, com bons valores e carácter é igualmente importante...

Mais Homens e Mulheres a sério!