Depois de mais uma discussão no Facebook, entre amigos e gente interessante que começo agora a conhecer, volto a fazer um post sobre touradas porque acho que é um assunto que não se pode deixar cair.
As Touradas e tudo o que envolve a Festa Brava, desde a criação do touro, à idolatria do animal, ao espectáculo da demonstração de virilidade, às roupas, às gentes envolvidas, à logística e toda a iconografia dão sempre azo a debates inflamados mas sinceramente acho que não vale a pena criar-se uma discussão para gerar ofensas pessoais, até porque se perde tempo com negativismo e os touros continuam a sofrer. Percebo perfeitamente o que sentem os aficcionados e vou contar-vos uma história:
Um tio meu, verdadeiro gentleman à inglesa, tipo Steed da série 'Vingadores', uma vez foi ao futebol. A muito custo, porque não era coisa que apreciasse, de todo, mas lá se decidiu depois de tanto convite. Assistiu a um jogo entre o Lusitano e o Juventude em Évora e chegou, no calor do momento, a chamar os piores nomes ao árbitro e aos jogadores da equipa contrária (à dos seus companheiros, não interessa qual). Depois de uma tarde intensa entre homens, de muita discussão inflamada e de alguns quilómetros percorridos a voltar para casa e disse à minha bisavó, irmã dele: "não sei o que aconteceu, o que se apoderou de mim, mas foi algo muito forte que não quero voltar a sentir porque não era eu que ali estava, não era eu!"
Moral da história:
Percebo que haja emoções, sensações e até razões (estranho, mas aceito) que dêem cabimento a tal espectáculo, mas se com uma argumentação lúcida e administrada de forma pacífica um aficcionado pela tourada não consegue perceber o disparate que faz ao dar força a uma barbárie destas, então não há nada a dizer e não há que respeitar! Se depois de nos apercebermos que somos viciados em algo – droga, adrenalina, seja o que for – não mudamos o nosso comportamento, então estamos seriamente enfermos e nestas coisas não há família, não há amigos, não há interesses, é uma questão de natureza universal, e os valores universais não podem ser relativizados e estou-me completamente cagando para o que possam pensar de mim, posso bem com isso. Touradas é para acabar com elas (ponto)
O blog que vai bem com meia dose de migas de espargos, uma caneca de Mokambo e um rebuçadinho de mentol.
terça-feira, 24 de maio de 2011
Tourada, festa e discussão
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Pseudos, cremes e lights
Epá, então não comprei manteiga light no supermercado!?!? Bah!!!
Quando vou às compras, coisa que faço a muito custo se for sozinho, costumo comprar alguns artigos em grandes quantidades, de forma a dar para muito tempo, evitando as visitas mais amiúde. A manteiga de marca Pingo Doce, que é boa e bem mais barata que as outras, tem embalagens muito semelhantes nas versões "com sal", "sem sal" e "light" - coisa que só aprendi com esta experiência - e sem querer trouxe duas embalagens de manteiga light, que é uma bela bosta e mais parece um creme manhoso de barrar, tudo menos manteiga!
Sou daqueles que pede sandochas e tostas místicas acompanhadas da pergunta da praxe: “é mesmo com manteiga ou vai barrar isso com margarina?” e detesta cremes de barrar, pseudo-manteigas, e especialmente coisas light!! Apercebi-me num recente estudo que quase todos os produtos light são piores para a saúde que os originais. Tudo bem que ajudam a manter a linha – so they say – mas matam aos bocadinhos! É como o tabaco, emagrece mas enche-nos os pulmões de morraça! Juntando isto aos desodorizantes com alumínio e álcool, champôs com SSL, peixe com mercúrio, frangos com nitratos, porcos com esteróides, vacas com anabolizantes, verduras e frutas com químicos, cereais trangénicos e outras coisas mutantes, isto está bom é para morrer de cancro!
Quando vou às compras, coisa que faço a muito custo se for sozinho, costumo comprar alguns artigos em grandes quantidades, de forma a dar para muito tempo, evitando as visitas mais amiúde. A manteiga de marca Pingo Doce, que é boa e bem mais barata que as outras, tem embalagens muito semelhantes nas versões "com sal", "sem sal" e "light" - coisa que só aprendi com esta experiência - e sem querer trouxe duas embalagens de manteiga light, que é uma bela bosta e mais parece um creme manhoso de barrar, tudo menos manteiga!
Sou daqueles que pede sandochas e tostas místicas acompanhadas da pergunta da praxe: “é mesmo com manteiga ou vai barrar isso com margarina?” e detesta cremes de barrar, pseudo-manteigas, e especialmente coisas light!! Apercebi-me num recente estudo que quase todos os produtos light são piores para a saúde que os originais. Tudo bem que ajudam a manter a linha – so they say – mas matam aos bocadinhos! É como o tabaco, emagrece mas enche-nos os pulmões de morraça! Juntando isto aos desodorizantes com alumínio e álcool, champôs com SSL, peixe com mercúrio, frangos com nitratos, porcos com esteróides, vacas com anabolizantes, verduras e frutas com químicos, cereais trangénicos e outras coisas mutantes, isto está bom é para morrer de cancro!
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Antes, agora e depois
Quer se queira quer não, vive-se antes, durante e depois. Não vale a pena evitar riscos, curtir receios ou ficar à espera do melhor momento. Pode não se viver bem, a bem ou da melhor forma. Pode não se ter chama ou intensidade, sentido ou direcção mas vive-se!
É fácil acomodarmo-nos e viciarmo-nos no conforto do "agora", seja influenciado por receios do futuro ou por influências do passado, mas passado e futuro são importantes. O que quero vir a ser e, como tal, aquilo em que me torno - preferencialmente na melhor versão de mim mesmo - forjam-se no passado e no futuro, naquilo que experienciei e no que está por vir agora, e agora, e agora, e agora, e agora, e mesmo mais tarde.
Tendo por base a dança do ANTES, que me deu o traquejo e jogo de cintura com que desenvolvo o AGORA, torno-me melhor para DEPOIS.
Já dizia a personagem de Morgan Freeman no filme Shawshank Redemption: "get busy living or get busy dying", como se "being comboftably numb is working peacefully towards one's demise".
Tudo é sobrestimado, o verdadeiro equilíbrio fica algures no fio da navalha e essa é a questão principal!
Vivo no presente mas também vivo no passado e no futuro, vivo em todo o lado! Sem pressões, sem ansiedades. Alimento-me de coisas que fizeram ou poderão fazer-me bem e mal, para sentir melhor o presente, porque esse sim, deve ser projectado para agora, sem dúvida, mas não somente ao sabor do vento. Se calhar porque viver só para o momento pode revelar inconsciência e inconsistência, pois se assim não fosse, que sentido faria a leitura de um livro, o visionamento de um filme, seguir uma série, acompanhar uma equipa de futebol, conversar e debater ideias opostas ou consequentemente engrenáveis? Para quê, se só interessaria o agora!?
Mais idiota ainda seria reler ou rever algo que nos deu prazer e conhecimento anteriormente. Se fosse tudo para agora, fazíamos o que nos dava na real gana. Seriamos profundamente egoístas e eternamente desorientados. Deixar-nos-íamos ir no momento, confiando mais em qualquer outra pessoa do que em nós, ou até mais em nós do que nos outros todos.
Aproveitar cada minuto e abraçar todas as sensações e emoções faz todo o sentido, mas não é a mesma coisa do que viver à toa, sem norte, à deriva. Queiramos ou não, deixamos rasto, impressões - por vezes indeléveis - nos outros e marcamos a diferença até em acções simples e aparentemente pouco ou nada relevantes.
O presente é feito de uma mistura tangencial e exponencial entre passado e futuro. O presente não existe, é pura ilusão! Faz-se e acontece à medida que vai sucedendo, por vezes quase em catadupa e viver exclusivamente para ele, de forma "cega", será um vício estranho de consequências imprevisíveis que nos pode deixar a leste de nós próprios ou dos outros, aqueles que significam tanto e que merecem mais e melhor de nós.
Agora sim, claro, mas antes e depois também.
É fácil acomodarmo-nos e viciarmo-nos no conforto do "agora", seja influenciado por receios do futuro ou por influências do passado, mas passado e futuro são importantes. O que quero vir a ser e, como tal, aquilo em que me torno - preferencialmente na melhor versão de mim mesmo - forjam-se no passado e no futuro, naquilo que experienciei e no que está por vir agora, e agora, e agora, e agora, e agora, e mesmo mais tarde.
Tendo por base a dança do ANTES, que me deu o traquejo e jogo de cintura com que desenvolvo o AGORA, torno-me melhor para DEPOIS.
Já dizia a personagem de Morgan Freeman no filme Shawshank Redemption: "get busy living or get busy dying", como se "being comboftably numb is working peacefully towards one's demise".
Tudo é sobrestimado, o verdadeiro equilíbrio fica algures no fio da navalha e essa é a questão principal!
Vivo no presente mas também vivo no passado e no futuro, vivo em todo o lado! Sem pressões, sem ansiedades. Alimento-me de coisas que fizeram ou poderão fazer-me bem e mal, para sentir melhor o presente, porque esse sim, deve ser projectado para agora, sem dúvida, mas não somente ao sabor do vento. Se calhar porque viver só para o momento pode revelar inconsciência e inconsistência, pois se assim não fosse, que sentido faria a leitura de um livro, o visionamento de um filme, seguir uma série, acompanhar uma equipa de futebol, conversar e debater ideias opostas ou consequentemente engrenáveis? Para quê, se só interessaria o agora!?
Mais idiota ainda seria reler ou rever algo que nos deu prazer e conhecimento anteriormente. Se fosse tudo para agora, fazíamos o que nos dava na real gana. Seriamos profundamente egoístas e eternamente desorientados. Deixar-nos-íamos ir no momento, confiando mais em qualquer outra pessoa do que em nós, ou até mais em nós do que nos outros todos.
Aproveitar cada minuto e abraçar todas as sensações e emoções faz todo o sentido, mas não é a mesma coisa do que viver à toa, sem norte, à deriva. Queiramos ou não, deixamos rasto, impressões - por vezes indeléveis - nos outros e marcamos a diferença até em acções simples e aparentemente pouco ou nada relevantes.
O presente é feito de uma mistura tangencial e exponencial entre passado e futuro. O presente não existe, é pura ilusão! Faz-se e acontece à medida que vai sucedendo, por vezes quase em catadupa e viver exclusivamente para ele, de forma "cega", será um vício estranho de consequências imprevisíveis que nos pode deixar a leste de nós próprios ou dos outros, aqueles que significam tanto e que merecem mais e melhor de nós.
Agora sim, claro, mas antes e depois também.
quinta-feira, 5 de maio de 2011
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Cantar, Abril e Maio
Nasceu um projecto novo em Évora...
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