segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Stand-up comedy, ted talks e o poder do ser

Apanhei esta Ted Talk numa partilha no Facebook por uma amiga e em vez ver o vídeo imediatamente, decidi guardar para ver mais tarde (pois, que vindo de quem vinha só podia ser bom). Hoje, entre vídeos de excertos de stand-up comedy do Louis CK e episódios de várias séries que estou a seguir, decidi então ver a Ted Talk de Roger Breisch...

Entre outras coisas, que só depois de toda a gente ver é que me atreveria a comentar, fui surpreendido com uma das curiosidades que referiu: as palavras 'coragem' e 'coração' têm a mesma etimologia. Fiquei pasmado... era tão básico e tão óbvio que me deixara aturdido! E claro, faz sentido. Aquilo a que vulgar e comummente apelidamos de 'coragem', é de facto, na maioria dos casos, inconsciência e pura estupidez. Porque a verdadeira coragem tem de vir de dentro, é sentida e deve deixar-se que nos transforme e tome conta das nossas decisões e acções. Faz todo o sentido!

«Trata-se de uma ligação directa. O substantivo coragem, registado em português desde meados do século XVI, foi importado do francês 'courage', vocábulo cinco séculos mais antigo (herdeiro do latim 'cor', 'cordis' - “coração”) que começou a sua carreira justamente como sinónimo de "coração". Não do coração físico, designado em francês pela palavra 'coeur', mas do coração como “morada dos sentimentos”. Poucas décadas depois a palavra tinha passado por uma expansão semântica para nomear “estado de espírito” e “desejo" ou "ardor”. Coragem era força interior, um sinónimo de ânimo. Coragem compreende em português uma série de acepções positivas – e apenas uma negativa, de 'desfaçatez'. As principais delas são:
1. moral forte perante o perigo, riscos; bravura, intrepidez;
2. firmeza de espírito para enfrentar situação emocionalmente ou moralmente difícil;
3. qualidade de quem tem grandeza de alma, nobreza de carácter, hombridade.»

E como diz Roger Breisch na sua dissertação, haja coragem para conhecer e descobrir-nos a nós próprios, não como pensamos ou nos lembramos ser, mas como somos realmente... "poderosos além de qualquer medida".

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