quinta-feira, 30 de maio de 2019

Relações, encher e transbordar

Ouvi noutro dia uma frase, a propósito de amor romântico, que dizia assim...

"se não for para me transbordar, não me encha"

Claro que todos os relacionamentos são úteis, na medida em que aprendemos sempre com quem passa pelas nossas vidas, mas é uma perspectiva interessante pensar que uma relação só vale mais ou mesmo a pena se for intensa, positiva e de construção. Mas mais importante do que pensar em alguém que nos encha - a transbordar - de vida, emoções e sensações boas, é realmente entender que quem nos deve preencher somos nós próprios.

Por mais que se goste e se ame alguém, se não estamos completos e não temos muita auto-estima, damos muito espaço para que a outra pessoa nos preencha e assim não estamos em sintonia, tão pouco em sincronia e não seremos pares, o que pode provocar situações menos agradáveis, desconfortáveis, viciantes e até de abuso. Este desnível é óptimo para potenciar relações tóxicas.

Por outro lado, se estivermos amadurecidos nas nossas ideias, decisões e objectivos, tranquilos e cientes de que estamos bem sozinhos, mas que com outra pessoa ao nosso lado pode ser ainda melhor, mágico até, aí sim, a outra pessoa transborda-nos e uma relação torna-se fantástica e única.

Nesta fase em que é tudo tão fácil, de processos acelerados e de uma ligeireza extrema, vale a pena estar algum tempo sozinho para investir, talvez não na pessoa certa, mas no momento certo!

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