domingo, 6 de março de 2022

Guerra, humanidade e podridão

Neste momento não importa o contexto histórico e qualquer justificação, pois não tem cabimento e qualquer valor.

Pouco importa o que ia na cabeça de Putin e da sua entourage, se os EUA isto, se a NATO aquilo, se a Europa e o ocidente assim ou assado…

A guerra é sempre horrível, mas uma guerra assim é completamente desumana, sem ética, sem moral, sem princípios básicos.

Aquilo a que se assiste em directo é desolador! O exército de um país liderado por um ditador sociopata, talvez acossado, vai engolir outro, um país irmão, com 40 milhões de pessoas, assim, quase de um dia para o outro. E é incrível ver isto a acontecer, quase em câmara-lenta, dia após dia, sem conseguir fazer mais do que ser solidário e preparar ajuda aos que deixam as suas casas, as suas cidades, o seu país...

Mas também é desumano a forma como os russos são tratados, mais de 7000 presos por se manifestarem contra esta invasão e guerra sem sentido. Cadáveres de soldados russos em solo ucraniano que ficam para serem comidos por cães e corvos, as mães e pais desses soldados que não podem manifestar a sua tristeza  sob pena de irem presos, a terem de fazer o seu luto em silêncio e na escuridão. Gente farta do tratamento de que são alvo há muito tempo, aumentado (ou diminuído) agora por uma lei marcial, pelo apagão total da verdade... um povo manietado há décadas!

O meu pensamento está com os ucranianos mas também com os russos, dois povos irmãos que não querem nada disto e sofrem às mãos de um déspota frio, calculista e desprovido de escrúpulos, que provavelmente se passou com as consequências da pandemia, porque está doente ou apenas porque está a envelhecer e decidiu deixar o seu legado, acrescentando mais um banho de sangue aos vários que já tinha realizado na Crimeia, na Chechênia e não só.

E temo que não se fique por aqui, que a seguir siga para Geórgia, para a Rep. Moldova e sei lá que mais… Suécia, Finlândia!?

Que tristeza, que desolação, que porcaria de seres humanos que temos em situações de poder, e que poder!

Dias tristes…

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