sexta-feira, 17 de abril de 2009

Ser-se tuga e os impostos

Não faço ideia de qual seja a essência ou o que esteja na base de se ser português. Apenas sei que se não tratar dos impostos nos últimos dias, se não disser mal do governo ou se não vir a maioria dos jogos do Sporting, mesmo sofrendo com isso, não me sinto bem! É um estádio evolutivo estranho e até algo bizarro. Ficámos parados no tempo e enquistando algumas características menos boas da nossa personalidade comum ou pura e simplesmente escolhemos um caminho alternativo ao de outros povos? E se foi esta segunda hipótese, quem foi que decidiu isso? Ser-se tuga é, por defeito e por excesso, deveras estúpido! Temos carácter, porque nos momentos decisivos o temos mostrado – a questão do aborto, Timor e outras – mas somos de convicções dispersas e por vezes etéreas. Individualmente não me revejo em quase nada, até costumo dizer que tenho muito orgulho em ser alentejano e pouco ou nenhum em ser português, mas de facto há coisas que me escapam e se notam nestes momentos críticos.

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