sábado, 27 de junho de 2009

Fama, gente parva e repuxos de merda

No seguimento do post anterior, bem como das consequentes críticas e inevitáveis comentários, decidi responder com um novo post.
De facto o Michael Jackon não me aquece e de certa forma até arrefece… passo a explicar. Grandes e bem sucedidos golpes publicitários e de marketing não me impressionam senão pela dimensão dos mesmo ou extensão do seu alcance. Digo isto porque por vezes fico estupefacto com a quantidade de gente que segue falsos ídolos que, na grande maioria das situações, são meros fantoches (auto-)alimentados pela sede de status, exposição e mediatismo. Estou-me completamente a cagar para fenómenos como o da Madonna, do OJ Simpson ou do Santana Lopes, cada um no seu metier, poi’satão! Cago de alto e de repuxo para eles, para quem está por detrás e para quem está à frente deles. Quem me conhece sabe que nunca simpatizei com palhaços ou marionetas e circos (mediáticos) muito menos. Há pessoas que valem pelo conteúdo e outras até pela forma, mas invariavelmente nos chegam prodígios da fama que nem no aspecto nem no teor me conseguem deslumbrar. Quero lá saber quantos camiões carregam o material da tourné dos U2, quanto peso perdeu a Angelina Jolie depois de engravidar, quantos miúdos conseguem a Alexandra Lencastre e o Hérman José comer num mês, quantos redbulls bebe o Mick Jagger para aguentar um concerto de pé a dançar, quantos pares de óculos coloridos tem o Manuel Luís Goucha, quantos Ferraris tem o Cristiano Ronaldo, quantos shots bebe o Fernando Alvim numa noite de queima das fitas sem pagar nenhum deles… bem, a lista é interminável e por esta altura já perceberam onde quero chegar. Vivemos em tempos de sobreexposição mediática que põe qualquer um, doidinho a fazer zapping, a consultar sites, a folhear revistas, a gastar um balúrdio em bilhetes para espectáculos, entre outros comportamentos circenses e menos dignos. Admito que tenho as minhas excentricidades no que a mulheres bonitas diz respeito, carros, motas, entre outras coisas vistosas, mas não ponho isso no topo da minha lista de prioridades ou até, em alguns casos, último objectivo de vida. As coisas bonitas existem para serem exibidas até, em alguns casos, como arte, e as mulheres, que tanto gostam de se vestir (ou despir), maquiar e produzir, não serão excepção nessa lista, o que, caso contrário, resultaria numa tremenda hipocrisia da parte dessas mulheres e/ou de outras que também se entretêm a presenciá-las. Sem sombra de dúvida que o que vale para mim é o respeito que se ganha e se merece pela continuidade e estabilidade de uma carreira recheada de coisas boas mas também de coisas menos boas, de sucessos e shortfalls (ficar aquém!? falhanços pareceu-me demasiado definitivo, mas até podia ser). Todos os artistas e gente dotada, uns mais conhecidos que outros, por serem artistas ou não, têm os seus bons e maus momentos e é preciso deixá-los trabalhar essa dinâmica, de certa forma dialéctica, sem que sejam apressados, guiados ou castrados, tipo, “ao primeiro falhanço já eras! não interessas!”. A orientação quase visceral que o “mercado”, ou seja, todos nós por intermédio de meia dúzia de idiotas que se dizem mecenas ou messias do entretenimento, dá a certos artistas-fantoche que se deixam moer como carne picada num talho medíocre e pouco higiénico, mete-me quase nojo… talvez não “nojo”, mas deixa-me triste, desiludido e de certa forma revoltado. Longe de mim querer algo se pareça com isso, garanto que não é hipocrisia ou inconsciência da minha parte, antes a preferência de ser reconhecido meritoriamente pelo que sou, penso, digo e faço, de forma equilibrada e esclarecida, do que ser famoso pelo que represento, mostro e dou a escrever de forma estudada e ardilosamente pretensiosa. Equilíbrio e paz de espírito é algo que nunca é demais, mesmo quando se fazem coisas menos conseguidas ou até disparates. A vida é feita de momentos e alguns deles são fatalmente menos bons e até maus, ou talvez a maioria, por isso mais vale tê-los quando tem de ser e não quando nos são forçados pela inevitabilidade de um percurso curto e obrigatoriamente sinuoso. E agora que penso nisto, que é feito do pequeno Saúl!? Se tivesse morrido a TVI fazia um directo, não?

2 comentários:

zep disse...

Porque é que sempre que te vamos ler somos agredidos por uma janela pirata de uma tal de "Svenson, empresa Hair & Hair" que teima em impingir uma solução para os nossos alegados "problemas capilares"? És uma também uma vítima webiana ou será que vendeste a alma ao diabo?
Não gosto disso!

Bruno disse...

blá,blá,blá...
Ele só fez o que fez porque havia algo de especial,ou seja a sua voz,independentemente de como a utilizou posteriormente.
Existe crédito nisso,pelo menos nisso...