domingo, 8 de dezembro de 2013

Cinema, beijos e momentos

Posso garantir, com elevado e espantoso grau de certeza, que após 35 anos, 20 dos quais dedicados ao romance e a tudo que se lhe associa - mulheres, poesia, música ouvida e também composta por mim, muitos livros e paletes de filmes - até depois de ter apostado em estar sozinho durante algum tempo, coisa rara nos últimos quinze ou vinte anos, e principalmente ao ter visto o filme As Good As It Gets pela vigésima vez, finalmente consigo perceber a lógica por trás daqueles beijos típicos de cinema, em que o homem e a mulher ficam grudados, imóveis, sem mexer os lábios ou sequer abrirem os olhos, perdidos num momento de difícil descrição e sobre o qual as mais variadas bocas e piadolas já foram inventadas, como se fosse algo completamente deslocado da realidade, despropositado e até perfeitamente imaginário... I get it, now!

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