10.000 e tal...

Por muito ou pouco que pareça, dado que a Internet é um poço sem fundo onde cabe tudo e o que dá, quando dá, costuma mostrar-se com números que vão para lá da adjectivação de monstruosidade - boa ou má - fico com a ideia de que 10.000 (se tivesse escrito em numeração romana até podia ficar bonito, mas corria o risco de parecer demasiado pomposo e de certa forma até perderia impacto dada a notória simplicidade da simbologia) visitas em dois anitos e tal é algo de que me deva orgulhar - e sendo assim, só me fica bem agradecer-vos - que é coisa que faço (duplamente) do fundo do coração e com o maior dos prazeres e vontade... obrigado... por irem aparecendo, pelos comentários virtuais (escritos) e físicos (ditos), pela fidelidade, que cega não pode ser, absolutamente, pois mais transparente do que isto é impossível, goste-se ou não… e há muito quem goste (all hail!!!). Noções como a de "fidelidade" num meio como este é algo que se esfuma e mistura com outros conceitos que me dizem tremendamente menos e de facto parece-me incrível que continue com ideias, que haja quem goste, quem volte cá e continue a ler o que eu vou fabricando. Há coisas em mim que simplesmente me agradam, algumas que não e outras de que gosto verdadeiramente, e não há que ter falsas modéstias, é bom sabermos o que fazemos e quando o fazemos bem, mas este mundo da escrita fora das canções é algo de novo para mim, ainda, e tem sido uma viagem interessante. Como eu referia há (mas são verdes e a Taça é nossa!) cinquenta e uma palavras atrás, escrevo para este blog principalmente porque me agrada fazê-lo, depois porque me sinto bem a relê-lo e finalmente porque me enche de satisfação e regozijo saber que posso partilhar isso com mais alguém. Se ainda não experimentaram, recomendo vivamente que o façam. Há pouco mais de dois anos achava isto dos blogs uma brincadeira estranha que não duraria muito, depois decidi experimentar, ganhou vida própria e agora não consigo detê-lo. As ideias acumulam-se diariamente, qual massa corpulenta que intimida na forma, bem como no conteúdo, e não concebo um fim para este blog. Mesmo depois de vocês se fartarem, enquanto me restar a vontade egoísta de o alimentar, ele continuará de pé. Ainda que o Google seja re-vendido e re-comprado vezes sem conta, ou que os servidores ganhem doenças virulentas e incuráveis, até que a Internet tenha fim, o Blog da Courela do Tanganho, qual pilha Duracell, irá durar, durar, durar… um grande abraço aos amigos e aos menos conhecidos e bem hajam todos! Vão aparecendo, amanhã há mais.

Dr. House

Ando tão viciado na série que hoje até sonhei com um episódio inteiro, completamente original e imaginado por mim. Aparecia um português que estava a fazer um intercâmbio ou numa bolsa de estudo, alguns pormenores passaram-me ao lado, e enquanto lhe curavam a calvíce com massagens constantes e toda uma panóplia de produtos que cheiravam muitíssimo bem, que muito embora não seja uma doença grave era anormal para a idade e isso deixava a equipa de médicos intrigada, ele passava o tempo todo com bocas inteligentes, carregadas de humor e ironia, num despique interessante e muito saudável com o próprio Dr. House. Os outros membros da equipa de diagnóstico não ligavam muito ao tipo, mas ele e o Dr. House até chegaram a tocar, guitarra e piano respectivamente, no final do episódio num barzinho ali perto. A directora do Hospital, a tal dos decotes incríveis, não conseguia tirar os olhos do tipo durante o tempo todo, e no final, a música que tocaram era uma medley em versão jazzada do jingle da Family Frost e do tema do Dartacão. Pode não fazer muito sentido para os outros, mas eu curti bastante e acordei muito bem disposto.

Malta da bola: mânfios, bandidos e gatunos... tudo boa gente!

Durante o almoço num restaurante, ao ver as notícias no telejornal, apercebi-me que já não estranho quando um dirigente desportivo ou lider de claque é detido, o que me faz confusão é saber que eles saiem logo no dia a seguir, quando não é apenas horas mais tarde. Este país é um antro de mafiagem e o futebol é um ninho de cobras que só serve interesses de gente cinzenta e sem escrúpulos. Eu gosto muito de futebol, adoro como desporto, mas abomino completamente as manobras de bastidores que envolvem esse mundo estranho. Cá por mim deviam ser todos presos, ou pelo menos afastados do poder. Os passes dos jogadores deveriam ser nacionalizados e, em parte ou na totalidade, controlados pelo Estado. Os impostos deveriam aumentar e haver um controlo mais apertado. Aquilo é tudo uma tropa fandanga que até mete impressão.

Que país é este...?

Isto é um país de engenheiros, os que são de facto e os que são só um bocadinho, mas de arquitectos não é de certeza!

Post-its, pasta de dentes e a pergunta do milénio

Uma das coisas que muita gente sabe que irrita, mas poucos terão o destemor e o desembaraço para comentar, é a forma inexplicável como aleatoriamente a pasta de dentes que já usamos há anos, a qualquer momento pode parecer que tem picante, e escusado será de referir a reacção enfurecida que este tipo de situação provoca na mais pacata criatura. Depois de uns valentes grunhidos e meia dúzia de obscenidades, lá conseguimos voltar à calma para nos questionarmos: “mas porque será que esta porcaria umas vezes pica e outras não?”. Haverá outros, como eu, que apontam as ocasiões em que isso acontece, de forma a obterem um termo de comparação para assim conseguirem perceber com que alimentos a endemoninhada da pasta de dentes poderá ou não ser totalmente compatível. Mas isto provoca outra irritação crónica, que por si só já é chata o suficiente, mas quando acumulada a uma outra poderá ser a gota de água capaz de transformar um moderado cidadão num venal mercenário, que é o facto de pontualmente escrevermos uns post-its (*) para nos lembrarmos de certas e determinadas coisas, e depois apercebermo-nos que lhes perdemos o rasto, ou estarão tão seguros que sabemos que os temos e talvez estejam todos juntos, mas sem perceber onde!? Seja como for, é interessante concebermos a ideia de que já visitámos todos os cantinhos deste planeta, já pusemos o pé na lua, conhecemos de vista o universo em quase toda a sua totalidade, mas anos depois de inventados os vários formatos de dentífricos disponíveis no mercado, ainda ninguém conseguiu entender o porquê deste curioso fenómeno, ficando a “questão da pasta de dentes” ainda por explicar.

Notas:
1. (*) com ou sem cola, com um formato predeterminado ou apenas usando restos de envelopes e folhas de rascunho, consideram-se aqui “post-its” como aqueles papelinhos onde se apontam notas
2. e esta anterior é exactamente o perfeito modelo de uma nota a colocar num postit, servindo, claro está, apenas como exemplo

Limpezas, agonia e o tubo do aspirador

Se há coisa que irrita e até pode levar um tipo a cometer actos irreflectidos e verdadeiramente imprevistos, é o facto do do tubo do aspirador se enrolar e provocar aquele apito exageradamente alto e agudo que até parece que o aspirador entra em agonia. E isto só acontece quando estamos de costas! Ligamos o animal à corrente, esticamos o fio pela casa para que não haja tropeços e atropelanços que dificultem a limpeza, damos as voltas que queremos ao tubo mas assim que nos viramos, tomando atenção à tarefa de limpeza propriamente dita, o sacana do tubo enrola-se e lá fica o aspirador num verdadeiro e alucinante tormento como se estivesse a morrer. Porque é que isto acontece!? Os engenheiros que desenharam este tipo de solução para os aspiradores também tiraram o curso na Universidade Independente? É material barato que se escolhe para não encarecer o preço final do aparelho? O que é, digam-me por favor!? Fico possesso com isto e só me dá vontade de atirar o aspirador pela janela… de quando em vez lá vai levando uns chutos, o desgraçado.

Isto sim é qualidade de vida

De vez em quando gosto de ligar o rádio enquanto conduzo e ouvir as informações de trânsito para saber como estão as coisas por Lisboa durante a hora de ponta. Sabe-me bem lembrar como não simpatizava com aquele ritmo frenético e como me sinto bem em terras alentejanas. Mesmo que tenha de fazer muitos kilometros para ir trabalhar e voltar a casa, sem dúvida que prefiro demorar uma hora e meia de trajecto, em vez dos 40 minutos perdidos na segunda circular ou no IC19 pelo mesmo motivo. Até posso demorar o mesmo tempo, ouvir a mesma música e deslocar-me no mesmo carro, mas a paisagem e a fruição que dela retiro não há nada nem ninguém que substitua. Ao contrário do que muitos pensam o Alentejo não é o extremo sossego ou uma grande pasmaceira. A isto chamo de qualidade de vida!

“anda cá ao tio que o tio dá sugos”

Eu podia dar os parabéns ao Alberto João pela sua mais expressiva vitória de todos os tempos, até poderia ignorar a abstenção e a forma como ele se apresentou a estas eleições, já de si convocadas em clima de birra só porque está habituado à mama e alguém o quer passar para a papa, mas sinceramente não o vou fazer. Mais me apetece mandá-lo levar num sítio que eu cá sei… ide comer um cão cheio de pulgas, meu bandido!

Diálogo entre empresários (tugas) modernos

- Então companheiro, vamos ao ginásio ver umas miúdas giras?
- Hoje não...
- O quê!? Estás mais virado para os banhos turcos só com homens à volta!?
- Nem por isso, marquei umas massagens especiais mesmo aqui no escritório.
- Ui, daquelas com final feliz??
- ...claro!! E depois vamos jantar fora.
- Com clientes!? …hum, mas só se for num daqueles restaurantes com o poste ao meio...
- Deves ser bruxo!

Frigorífico, congelador e limpezas oportunas

Como é que se sabe qual a melhor altura para descongelar o frigorífico? Esta é daquelas questões que me parece não ter uma reposta elementar. Ainda compreendo que nos frigoríficos mais antigos, sem o sistema no frost, seja relativamente fácil de perceber, uma vez que se chega ao ponto de ter de ir buscar as ferramentas de jardinagem para abrir caminho e conseguir chegar às cuvetes, porque precisamos de dois ou três cubos de gelo para a 7up que ainda não teve tempo de refrescar, mas nos frigoríficos mais recentes isso não é tão evidente. Em relação à limpeza do próprio frigorífico, calculo que seja necessário quando este já cheirar mal ou houver sujidade visível que não sai com papel do rolo de cozinha ou o esfregão da loiça. Com tanta invenção, talvez já exista algum tipo de sistema em que uma luzinha comece a piscar quando for absolutamente necessária uma limpeza, mas isso também é subjectivo, e não sei se quero ter um frigorífico que me chame de bácoro de tantos em tantos meses.

Dia do anti-bule!

Hoje foi o dia do trabalhador e como bom profissional que sou, fiquei em casa sem fazer nenhum… belas vidas!
…por acaso até nem foi bem assim, fiquei em casa e durante a tarde fiz duas músicas novas. Para quem não sabe ou não imagina, fazer música dá muito trabalho mas é extremamente recompensador e nem se dá pelo tempo passar. De certa forma é melhor quando se faz com alguém, ou mais gente, assim em jeito de orgia, mas sozinho também é muito bom… estava a escrever sobre o quê, mesmo!? Perdi-me em pensamentos libidinosos… seja como for, e como diz um grande amigo meu, “as orgias não se fazem, acontecem”, a música nasce da inspiração momentânea, quer seja sozinho ou acompanhado. E por falar em companhia, espero ver-vos no concerto de dia 5, próximo sábado, no Imaginário em Évora, pelas 23h.
mais info em http://ctanganho.no.sapo.pt/kazooloveorchestra/