sexta-feira, 29 de maio de 2009

Roubos virtuais e assaltos reais

É com alguma vergonha que admito ter caido num esquema relativamente bem montado para sacar (roubar talvez fosse o termo mais correcto!) dinheiro do saldo do nosso telemóvel. Aparentemente são anúncios, jogos e aplicações que aparecem um pouco por todo o lado, estranhamente, até em sites comuns e fiáveis, Comigo aconteceu ter aceite fazer um teste de QI que me aparecia como uma aplicação/gadget do FaceBook. A coisa está tão bem montada, que aparentemente a própria TMN lucra com isso e abstem-se completamente de mostrar qualquer tipo de responsabilidade em todo o processo.
O que acontece - já foi mais difícil mas agora é assim - é que aparecem publicidades para se ganhar alguma coisa (um MacAir, um iPhone, um GPS), jogos, testes ou questionários em que pedem o nosso nome, cidade, operador e número de telemóvel... sem ser preciso inscrição, aceitar um pedido ou autorizar seja o que for, tiram-nos 4€ com um sms inicial, limpam-nos o resto do saldo e ficamos inscritos automaticamente para nos sacarem mais 4€ semanais do saldo por estarmos habilitados a ganhar sabe-se lá o quê... Para cancelarmos tudo isto temos de enviar um sms que nos custa mais 4€ e nem sempre a coisa fica devidamente desfeita.
Já achei "N" posts e entradas de foruns com questões e avisos referentes a esta situação e na maioria dos casos as pessoas queixaram-se à TMN, que nada fez.

Deixo-vos aqui o site da empresa que está por detrás disto - WIXAWIN:
http://www.wixawin.com/pt/

Um exemplo de um teste de QI, que muitas vezes aparece como parte integrante de um outro site, como por exemplo o FaceBook. Garanto-vos que não dei por nada porque o site era igualzinho ao FaceBook (especto geral, cores, links... tudo!) e esta aplicação aparecia no centro, bem mais pequena em tamanho:
http://wixawin.com/pt/ads/iq.aspx

E deixo-vos também o link para um forum com algumas respostas de gente vitimizada por estes bandalhos cibernéticos:
http://www.fzportugal.com/forum/index.php?topic=2871.0

Em suma, não é daquelas coisas que acontecem aos mais incautos, mais desprevenidos ou mais totós... acontece a qualquer um! A mim bastou-me serem 4h da madrugada, estar com sono e querer, pela primeira vez, alinhar num "joguinho" que me apareceu como mensagem de um amigo meu (real) que está ligado a mim (virtualmente) no FaceBook.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Queima da paciência

Não sei exactamente o que será pior: se não conseguir dormir com o cagaçal monstruoso que vem da miscelânea sonora propagada desde o local onde decorrem os festejos da Queima das Fitas, ou não ter vontade de me juntar aos festejos, uma vez que não consigo dormir com esta barulheira infernal. Mas me parece que seja mais um indicador de estar a ficar velho, até porque nunca fui muito de queimas, recepções ao caloiro e festanças académicas - a não ser que fizesse parte do cartaz com a minha banda, aí a conversa já é outra! - mas ainda assim, se bem me lembro, só dá mesmo para curtir a coisa se alinharmos no seu espírito e conseguirmos estar tão bêbados e desgraçadamente contentes como os demais no recinto. De outra forma, tudo aquilo parece deprimente e fora de contexto...! Neste momento, aquela gente - e reforço a ideia de que acho estúpido e parvo só se dedicam aos festejos propriamente ditos depois das 23h, quando mais vale que a diversão comece o mais cedo possível em qualquer dia que se escolha fazer uma festa, celebração ou whatever e se o fizessem a partir das 21h, às 2h ou 3h da madrugada já a coisa estava para terminar, em vez de durar até perto das 7h TODO O SANTO DIA DURANTE MAIS DE UMA SEMANA - merecia que chovessem picaretas e bigornas e fossem para os seus carros curtir o som no máximo do que os seus auto-rádios com cerca de 75w de potência permitiam dar, em vez dos 2000w de potência que me ameaçam partir as janelas da sala a cada acorde da morraça de música que vem de lá de tal forma enrolada que nem se percebe se é Da Weasel ou o bigodaça do acordeão e das palavras bem escolhidas a condizer com palavrões bem camuflados. Garanto-vos que isto não é conversa de cota ou ressabiado por estar enfiado em casa, coxo e ainda em fase de recuperação de uma operação ao joelho... é, sim, conversa de alguém que tem sido vítima de uma tortura do sono na sua própria casa há 5 noites seguidas!! E só de pensar que amanhã é José Cid até me dá um arrepio nos tim-tins!! UI!!!

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Filmes, séries e bandas sonoras

A vida está recheada de surpresas e sabe bem quando nos sucedem coisas interessantes, ainda que simples e até, em certos momentos, estranhamente evidentes. Por vezes, certos percursos que trilhamos são por demais óbvios mas a paisagem a eles associada, ainda que intimamente familiar, acaba por se revelar desconcertante e acidentalmente inesperada. O mesmo acontece com certos filmes e séries que nos podem trazer bem mais do que aquilo que sentimos quando os(as) experienciamos no cinema ou na televisão. Além de todos os componentes óbvios, como história, guião, realização, fotografia e performance de actores e actrizes, a banda sonora é um veículo que nos transporta para dentro da acção, muitas vezes até sem nos darmos conta. Existe a banda sonora original, normalmente temas instrumentais que acompanham o desenrolar da história, e a parte composta de músicas de bandas dos mais variadíssimos géneros musicais. Além de enquadrarem os filmes e séries que gostamos de ver, certas bandas sonoras, ou parte delas, dão alguma orientação ao nosso percurso de vida, porque de facto, ninguém vai a lado nenhum sem música, nem que esta apenas se oiça em ambiente de fundo.
Hoje deixo-vos com um cheirinho de uma série que gosto muito, com um tema muito bem disposto que aparece no final do 2º episódio da primeira season, e também uma listagem de séries e filmes que valem a pena serem vistos tanto pelo todo como pelas partes musicadas... as suas bandas sonoras

Séries
House MD
Men in Trees
Northern Exposure

Filmes - bandas sonoras
qualquer filme dos seguintes realizadores: Quentin Tarantino, Robert Rodriguez, Guy Ritchie, Steven Soderbergh e Kevin Smith
Magnólia, com temas da Aimee Mann
I Am Sam, com versões de temas dos The Beatles por várias bandas e músicos conhecidos
Juno
Stranger Than Fiction
Lost in Translation
The Fabulous Baker Boys
The Marrying Man

Filmes - bandas sonoras originais
Bullit, por Lalo Schifrin
Dan in Real Life, por Sondre Lerche
The Italian Job, remake de 2003, por John Powell
The International, por Matt Bellamy dos Muse
Into The Wild, por Eddie Vedder dos Pearl Jam
There Will Be Blood, por Johnny Greenwood dos Radiohead


série: Men in Trees
banda: The 88
tema: All 'Cause Of You

terça-feira, 26 de maio de 2009

Stander de humanos: Mulheres

Características de série:

- orgasmos múltiplos
havendo pouca documentação sobre este tópico, é relativamente fácil perceber quando acontece porque as mulheres não têm paciência para fingir orgasmos múltiplos, quando fingem que têm um orgasmo, é sempre um simples e nem sempre isso significa que o sexo foi mau, pode muito bem querer dizer que já chega de festa depois de 3 horas de esfreganço, amanhã é dia de trabalho e toda a gente tem de ir dormir, tanto os que estão envolvidos como a vizinhança das casas adjacentes; é uma característica fantástica e das mais invejadas

- multi-tasking
a incrível capacidade que as mulheres têm para fazer tudo e mais alguma coisa ao mesmo tempo, sem perder noção do espaço e do tempo e, na maior parte das vezes, sair tudo bem

- radar multipresencial ou omnipresencial
as mulheres têm sempre de saber tudo o que se passa com toda a gente, o que em muitos casos, e dependendo da idade ou da educação mais citadina ou rural da mulher, leva ao surgimento de rumores e boatos sobre tudo o que mexe… e mesmo sobre coisas inertes; se todas são assim, então torna-se fácil saberem de tudo o que se passa em qualquer local e momento porque falam umas com as outras; os avanços tecnológicos recentes, como telemóveis, programas de chat em tempo real e sites de redes sociais (Hi5, fb, etc.) têm vindo a tornar impossível o anonimato e não se saber, até ao mais ínfimo pormenor, tudo o que se passa com cada pessoa; não há jantar, festa, viagem ou simples deslocação de Metro na cidade ou de bicicleta no campo que escape, pois há sempre alguém com telemóvel com câmara, uma máquina fotográfica ou câmara de vídeo para captar os nossos movimentos; hoje em dia é impossível ser-se infiel, dar-se com amigo(a)s que a nossa amiga, namorada ou mãe não aprovem, fazer-se uma festa surpresa para a nossa amiga, namorada ou mãe, ou até sair à noite para beber um copo com um amigo que insistiu muito para que saíssemos, depois de se ter dito à amiga, namorada ou mãe que íamos ficar em casa.

- complicômetro
as mulheres têm uma grande facilidade, ou dificuldade, mas até lhes sai naturalmente, em fazer filmes e desproporcionar tudo para além do razoável: para sair de casa de manhã são precisas pelo menos 2 horas de preparação logística, para sair à noite é preciso fazer um inventário ao guarda-roupa como aqueles que se fazem nos supermercados no início de cada ano civil, ir a um casamento ou uma festa significa que, além do descrito anteriormente, é necessário confirmar a presença de todas as suas conhecidas, a roupa que levam e que jeito irão dar aos cabelos para não correr o risco de se ir igual ou parecida a alguém (numa situação semelhante, os homens brincam com isso e fazem questão de mostrar a toda a gente que vão iguais ou parecidos), qualquer olhar de uma outra mulher significa traição, fazer compras é uma tarefa que demora uma tarde inteira de fim-de-semana, havendo a necessidade de visitar todas as lojas de lingerie, roupa de criança e objectos para a casa no centro comercial, mesmo que seja só para comprar dois pares de calças e três t-shirts para o namorado…

- dificuldade nos relacionamentos com outras mulheres, com a maioria dos homens e muitos animais
para esmagadora maioria das mulheres tudo é uma competição, e como tal, é difícil fazer amizades enquanto uma prova está a decorrer, seja com mulheres, onde a coisa é por demais complicada de se perceber, nem uma mulher consegue explicar bem os contornos desta situação, seja com homens, porque há sempre a necessidade, mesmo inconsciente, de se querer mudar o amigo, o namorado da irmã ou o simples conhecido do amigo ou da amiga: porque veste mal, porque veste demasiado bem, porque ri alto de mais, porque fala muito, porque fala pouco, porque fala baixo, porque nunca ri, porque só diz disparates, porque diz coisas interessantes e isso maça as pessoas à sua volta, porque gosta da mãe, porque não gosta da mãe, porque gosta mais de gatos, porque gosta mais de cães, porque lhe abriu a porta do restaurante, porque não lhe abriu a porta do carro, porque pagou a conta do café, porque não pagou os bilhetes de cinema, porque tem muitos amigos, porque não tem amigos nenhuns (de jeito), porque tem muitas amigas, porque tem muitas ex-namoradas… bem, a lista é infinita!

Opcionais:
- tudo o que houver em armazém!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Kazoo Love Orchestra


A demo dos Kazoo já está pronta e disponível no MySpace, PalcoPrincipal e iLike.

Stander de humanos: Homens

Características de série:

- micção na vertical
qualquer pessoa aprecia a grande vantagem que isto traz a um homem, seja em que situação for: numa viagem de carro, numa festa num terraço e o wc está no r/c e são 7 lances de escadas e não se aguenta tal percurso com tanta cerveja no bucho, num estádio de futebol ou num concerto num festival em que as filas para o wc são brutais e há ali uns bocadinhos de terreno, ou em qualquer parte da cidade em que haja um beco mal iluminado

- orientação unidireccional da concentração
com uma mulher à frente, uma televisão, qualquer coisa mecânica ou um objecto brilhante, os homens não conseguem aperceber-se do que se passa à sua volta, por mais calmo que seja o ambiente

- orientação multidireccional da visão periférica
em ambiente de bar, num estádio de futebol, numa festa de amigos, num casamento ou até numa sala escura de cinema, um homem tem sempre o seu radar a funcionar e percebe exactamente onde estão as mulheres que lhe interessa, até uma delas estar demasiado perto

- capacidade de tomada de decisões rápidas e práticas
um homem não tem tempo a perder com coisas complicadas e difíceis, tudo se torna prático e rápido de decidir

- aptidão para bonding e relacionamentos fáceis
um homem faz amigos com facilidade, sejam outros homens ou mulheres; até pode ser o actual namorado da ex-namorada ou o tipo que está a sair com a sua mulher enquanto estão separados, se ambos torcerem pela mesma equipa de futebol, beberem a mesma cerveja ou gostarem do mesmo jogo de consola, não há nada que impeça de se darem bem

Opcionais:

- complicômetro (ou fazer filmes e teorias cabalísticas de conspiração)
há certos homens que podem adquirir esta característica, mas é raro e está pouco documentado

- metrossexualidade (ou vestir-se, depilar-se e pintar-se como uma mulher mas sem a bichaneza tipicamente gay)
certos homens têm a necessidade de se “arranjar” porque são desportistas de alta competição ou simplesmente porque querem parecer melhor aos olhos das mulheres, não há mal nenhum nisso, já lá vai o tempo em que um homem tinha de ser bruto como as casas e cheirar a cavalo

- homossexualidade (ou pegar de empurrão em caso de falha do sistema eléctrico)
esta é uma questão delicada, porque teoricamente acabam por adquirir algumas características femininas e muitos deles acabam mesmo por passar a maior parte do tempo num limbo estranho entre os dois géneros sexuais, mas há alguns espécimes que se mantém viris e masculinos, mas lá está, é raro e está muito pouco documentado

terça-feira, 19 de maio de 2009

O poder do vasculho e da fardula

O vasculho e a fardula são ex-libris por excelência do povo português. O verdadeiro tuga ostenta orgulhosamente o seu real vasculho e a condizente fardula do peito com veemência e determinação. Não interessa o contexto social em que se encontre, o que importa é ter a peitaça ao relento e uma bigodaça majestosa e cheia de brio. Se pensarmos bem, chegamos à conclusão que em qualquer lado do mundo, ter bigode, por exemplo, significa que se está numa posição de poder ou então que se é um total desgraçado ou pária. Senão vejamos: ou se é ditador, controlando todo o material bélico de um país, ou polícia e isso significa ter a lei e a força do seu lado, sendo que ninguém consegue gozar senão à distância, ou talhante, envergando um cutelo e um avental coberto de sangue, o que também não deixa grande espaço para chacota ou um simples sorriso de brincadeira, mendigo ou então actor porno desempregado que nunca mais conseguiu entrar em filmes desde os anos 70 e 80. Há até alguns países onde envergar um bigode farto e opulento apenas é permitido durante o Carnaval ou o Halloween. Em Portugal não há cá esse tipo de formalidades e preocupações. Até as mulheres têm buço – felizmente só algumas – e toda a gente acha normal o uso de pelos faciais de forma localizada apenas sobre a boca, por vezes até a tapá-la completamente, ou a fardula exposta de forma quase indecente e perversa. Independentemente das tendências da moda, da constante globalização e do fenómeno de aculturação geral, os vasculhos e as fardulas andem’naí e vieram para ficar!

sexta-feira, 15 de maio de 2009

A puta da informática

O grande cliché "só quando perdemos as coisas é que lhe damos o devido valor" também se aplica na perfeição à informática... o cabrão do meu computador de secretária pifou e deu-me uma dor de cabeça monstra que teima em passar. Assim que tiver as coisas refeitas e reorganizadas, logisticamente falando, volto a postar qualquer coisa mais decente e interessante. Até lá, esperando não passar de amanhã ou depois, ofereco-vos este mini-desabafo.
Bom fim-de-semana!

terça-feira, 12 de maio de 2009

Vantagens de se ser operado

A vida dá muitas voltas e nem sempre conseguimos alcançar aquilo que mais desejamos, ou, pelo contrário, até acabamos por aceitar certas coisas que nunca pensámos ter de passar por elas ou que elas passassem por nós. Recentemente fui operado a um joelho e digo-vos que não é daquelas experiências radicais pelas quais alguns anseiam secreta ou inconscientemente experimentar. Também não foi a pior coisa que podia ter acontecido, mas é sem dúvida algo que dispensava. No entanto, como é meu apanágio – muita gente acha que sou realista ou até pessimista, mas não é inteiramente verdade, depende dos dias, e normalmente sou uma pessoa muito positiva – decidi reunir toda uma série de vantagens que garanti, assim em jeito de benefícios, para a minha pessoa, com este episódio que espero ter sido pontual ou, se possível, único.
Vantagens de se ser operado a um joelho:
- vencer o receio pelas cirurgias: como sou um caguinchas com sangue, feridas e todo o tipo de escoriações, decidi, em conjunto com a equipa médica, assistir a toda a operação;
- perder o medo de agulhas: além das variadas injecções a que fui sujeito durante todo o procedimento de cirurgia, recobro e recuperação nos dias que se seguiram, em ambiente hospitalar, ainda tive de trazer nada menos que 15 seringas para eu próprio administrar na minha pessoa (não era nas veias, apenas numa prega na pele da barriga);
- ganhar um joelho novo: espero, se tudo correr como o médico previu, estar a fazer desporto sem limitações daqui a 5 meses;
- avanços tecnológicos associados à minha pessoa: agora estou mais perto daquilo a que se denomina de “Homem Biónico”, visto que tenho um parafuso de titatium alojado na minha tíbia… só peca pelas chatices que me vai dar a passar nos detectores de metal dos aeroportos;
- ser transformado numa estação meteorológica ambulante: não sendo por causa do parafuso ou qualquer outra questão ligada a gadgets tecnológicos, agora consigo perceber, com um dia de antecedência, quando o clima vai mudar e dá jeito quando se está à porta de um fim-de-semana de passeio e convém saber que tipo e quantidade de roupa se deve levar;
- pretexto ideal para comer doses irreais de gelatina: sendo a minha sobremesa preferida, assim tenho justificação para ter uma prateleira do frigorífico só com taças de gelatinas de vários sabores, sendo que as gelatinas ajudam a regenerar cabelo, unhas e cartilagens;
- “férias” forçadas: dá para nos fartarmos de estar em casa, mas por outro lado descansa-se bastante e consegui pôr a minha papelada em dia, fazer o IRS a tempo, trabalhar na composição, escrita e arranjos das minhas músicas, escrever posts para o blog com quase 2 semanas de avanço e ver todos os filmes e séries que me apetece.

No fundo no fundo, nem tudo sabe a pato mas também nem tudo sabe a galinha…

(desafio-vos a conceber uma exposição interpretativa desta última frase, que saiu da minha mente assim de rajada e me espantou ao ponto de me deixar sem vontade de acrescentar fosse o que fosse ao post)

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Tríade Tuga-Xunga

Não sou, de forma alguma, preconceituoso no que à música diz respeito. No decorrer da minha vida pessoal e artística, algumas vezes cheguei a ser literalmente enxovalhado por amigos, devido a alguns gostos individuais mais peculiares e ousados. Por isso, dedico-me a explanar este tema sem a menor preocupação de poder parecer sectarista, parcial ou faccioso. A tríade José Cid, António Variações e Carlos Paião, quanto a mim, representa o ponto mais alto do mau gosto e da xunguíce nos meandros da música portuguesa. Claro que há que avaliar as coisas de forma contextualizada e tenho de admitir que o José Cid tem algumas coisas interessantes a solo, nos estilos Rock e Jazz (para quem não conhece, vale a pena explorar), que o António Variações era um artista muito à frente do seu tempo, quase um visionário (faltou o “quase”) e que o Carlos Paião… bem, esse não tem ponta por onde se lhe pegue! É um facto que há inúmeros exemplos de mau gosto no cardápio dos artistas e bandas portuguesas, como o Toni Carreira, o Toy e o Marco Paulo, na vala comum da música ligeira e romântica; os Heróis do Mar, os Pólo Norte e os Delfins, no monte de esterco que a Pop produz num ritmo altamente frenético; entre muitos outros e outras – relembro que os anos 80 foram demolidores de uma forma apenas comparável a uma avalanche de bosta de vaca a escorrer pelas escarpas da Serra da Estrela abaixo, deixando cidades como o Fundão e a Guarda atascadas em merda até aos segundos e terceiros andares de edifícios situados nas ruas mais baixas – já para não falar do mundo Pimba, que esse então é 100% pindérico a roçar o horripilante. Acho alguma piada às pessoas que dizem “mas o José Cid não é pimba, é kitsch!”… ora aí está! É que ser kitsch não abona em favor de nada nem ninguém. Kitsch é uma vivenda de imigrantes com um jardim cheio de gnomos iluminados, fontes com anjinhos que mijam água e ovelhas a pastar na relva; são os pilares de portão de quintal com águias, leões, dragões ou o Zé Povinho a fazer manguitos; o gosto das mulheres dos jogadores da bola, que abusam na roupa a dizer “Dolce&Gabbana”, nos tecidos tipo pele de leopardo e peças de mobiliário feitas de bambu; as gravatas do Artur Albarran; os programas televisivos da IURD; os espectáculos do Filipe LaFéria; as festas de aniversário da TVI; os cenários dos programas da SIC no tempo do Tomás Taveira; os edifícios do Tomás Taveira; o próprio Tomás Taveira; o Zezé Camarinha; o Carlos Castro; o João Baião… tanta gente por esse país fora. A lista é interminável e a questão é mesmo esta: o José Cid, o António Variações e o Carlos Paião, cada um com o seu contributo importante na divulgação do kitschismo musical por esse mundo fora (sim, há japoneses que veneram José Cid e sabe-se lá se não há povos na Polinésia que até curtem o “Pó de Arroz”!?) são o ponto máximo, ou mínimo, do mau gosto. O facto de estarem na moda, que não me interessa minimamente, porque felizmente deixei de ouvir rádio quando a playlist passou a dominar a programação das estações que eu ouvia até então e também porque raramente vejo televisão para além de filmes, séries e documentários, não quer dizer absolutamente nada, A moda não tem significado prático para quem tem dois dedos de testa e normalmente os fazedores de moda vivem e alimentam-se de tudo o que é kitsch tal como um vegetariano se sustenta com soja e derivados. Cada um gosta do que gosta e eu também terei o meu piquinho a azedo em termos de gosto individual, mas há uma ideia que sobrevive a toda a argumentação e que deveria ascender a Lei Universal: independente do estilo há coisas boas e coisas más e por algum mérito que a música destes três senhores tenha e por mais hordas de fãs e seguidores me tentem convencer que são do melhor que há na música portuguesa, não consigo acreditar e sentir isso dessa forma e peço publicamente que não me moam mais o juízo com este mote porque estou a ficar saturado. Eu já vivo constantemente aterrorizado com a ideia de alguns temas destes e de outros senhores serem versionados em estilo orquestral tipo Richard Clayderman e acabem a passar em todos os elevadores deste país e eu não consiga deslocar-me na vertical sem ter de utilizar as escadas para ir onde quero. Continuo disponível para todo o tipo de conversa e discussões sobre qualquer tema…. menos assuntos que envolvam qualquer dos nomes referidos neste post ou obras a eles associadas. Nunca vou ceder ao lado negro da música, NUNCA!!!

sábado, 9 de maio de 2009

Vasco Granja

Faleceu esta semana o grande Vasco Granja. Esse visionário que trouxe à minha geração o enriquecimento extraordinário da imaginação com as animações mais incríveis e fantásticas provenientes de países que nem sequer na escola eram mencionados em matéria alguma. Se hoje sou o que sou, em termos de produtividade artística e intelectual, muito devo a este senhor! Anos mais tarde apareceu o Club Disney e depois a Ana Malhoa… assim se vê como este país tem vindo a descer, degrau a degrau, na escadaria da mediocridade. Por vezes até se saltam em claro lances inteiros. Basta relembrar o Big Show Sic e as emissões televisivas de trabalhos do LaFéria e de revistas à portuguesa (ui, até dói!), ou qualquer concurso, sitcom ou reality show que tenha o dedinho da Teresa Guilherme. Crise?? Económica sim, vem de agora, mas a crise intelectual que deforma e distorce as mentes portuguesas já vem de outros tempos. Sem dúvida que a TVI e a SIC são o pináculo de todos este processo amatrixizado de controlo das nossas individualidades. Puta que os pariu! Viva a resiliência portuguesa e a revolução mexicana!!

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Alvim, meu grande badocha! - parte 2

Continuando no tema da publicidade e marketing, por alma de quem é que foram escolher alguém com tão mau aspecto, quase uma nulidade em termos de eficácia no que à apresentação de produtos e serviços diz respeito, como o Fernando Alvim? O gajo é um curtido atrás dos microfones e quando nos cruzamos com ele na noite – bares, discotecas, festivais e queimas das fitas, não me referia a encontrá-lo numa beco escuro… nesse cenário temeria pela vida! – mas à frente de uma câmara é que não! Que ave rara…




relembro:
Alvim, meu grande badocha!

quinta-feira, 7 de maio de 2009

O poder do Photoshop

Nos dias que correm, abrimos uma qualquer revista masculina e todas as mulheres parecem fantásticas. Isso deve-se, não só ao bom olho de quem faz os castings fotográficos, aos próprios fotógrafos, material e às condições do estúdio ou em trabalhos realizados em exteriores, mas principalmente ao poder do Photoshop. Mexe-se na luminosidade, no contraste, nas cores, fazem-se reparos ao nível da pele, dos olhos, dos cabelos, das feições, das formas do corpo – tira-se um bocadinho de barriga, de coxas, diminuem-se os braços, aumentam-se as pernas, etc. – e se isso é algo a que qualquer um poder ter acesso e trabalhar com relativa facilidade – qualquer empresa de publicidade que se preze usa este tipo de software e similares – então, e já não referindo o tremendo erro de casting por parte dos membros do PSD, porque é que não usam o Photoshop nos cartazes da Manuela Ferreira Leite?? Aquilo mete medo!!!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Sport Lisboa e Iran Costa

Se eu fosse benfiquista tinha mais vergonha de certos “adeptos” do que da equipa em si...!

http://www.irancosta.pt/

domingo, 3 de maio de 2009

Vida, bola e animais que se julgam gente

Não sei se é por falta de consulta de pornografia cibernética, se por participação em demasia nos sites de redes sociais ou até mesmo por excesso de visionamento de revistas cor-de-rosa e jornais desportivos. O que me parece certo é que a julgar pelo comportamento dos adeptos do Benfica ontem à chegada da equipa, dos adeptos do Sporting quando a equipa voltou da Alemanha depois da monumental derrota frente ao Bayern, já para não falar no comportamento completamente desadequado a roçar o animalesco por parte dos adeptos do F.C.Porto numa base semanal, não há de tardar muito até esta gente começar a receber os jogadores e equipas técnicas com chumbo e facadas, como aliás já acontece há algum tempo em alguns países da América do Sul. Só tenho um conselho a dar a estas pessoas: "get a life!!!"