segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Grandes empresas, grandes homens e grandes discursos

Devo confessar que sou um tipo com natural tendência para o conservadorismo e até algum preconceito. Muitas vezes acho que sei tudo sobre certas coisas e muito sobre quase tudo, mas gosto bastante quando me colocam fora do meu elemento de forma relativamente pacífica, resultando num processo dialéctico, quase instintivo e duplamente saboroso, em que aprendendo e amadureço ideias e conceitos de forma ajustada e equilibrada - ninguém gosta de assimilar o que quer que seja de forma violenta! Passo a explicar...
Irritam-me grandes instituições, empresas multinacionais, governos, partidos políticos, religiões e organizações militares e policiais e a Apple, com a sua postura no mercado global, incomoda-me! Não tanto pela marca em si ou pelos seus produtos, mas sim pela forma como "controlam" as vontades e gostos de milhões de pessoas por esse mundo fora, por vezes até de forma sub-reptícia a roçar a manipulação ostensiva. Quando assisto a um conversa em que um "geek" se refere aos iGadgets com orgulho fervoroso e hostil, por vezes até de forma arrogante, faz-me pensar que as empresas são todas iguais, que quem está por trás dessas companhias serão todos idênticos e que esse tipo de realidades se assemelham em quase tudo - Google, Microsoft, Apple, etc. - e tem sido interessante assistir a certos discursos, entrevistas e documentários que revelam os mentores por detrás das ideias e dos conceitos motrizes destas empresas, mostrando-os como gente "normal" e bem intencionada que, ou se deixam consumir pela megalomania inerente a esse tipo de empreendimentos ou se mantém fieis e acabam afastados pelo próprio monstro que ajudaram a criar. Steve Jobbs é uma caricata personagem que me deixou completa e decididamente siderado com este discurso fantástico. Mais um, a par com o do Conan O'Brien, embora numa realidade diferente mas até relativamente paralela, para figurar nos anais da história.

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