segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Hank, Gregory & Brandi

Hoje trago-vos mais uma pérola da música, mais propriamente, do género Indie (ou Folk).
Conheci, quase sem querer, nos momentos finais do novo episódio da 4ª temporada de Californication, que, by the way, continua brutal!

Gregory Alan Isakov com Brandi Carlile nas segundas vozes - If I Go, I'm Going

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Matrix, mais filmes e outra revolução

Como fã, tenho de tecer alguns comentários em resposta à típica boca recorrente:

- "ah e tal, só gostei do primeiro filme!"

Não há 1º, 2º e 3º filme! Há um projecto de uma trilogia sci-fi e filosófica, assente num conceito diferente que envolve várias plataformas, com o intuito de revolucionar os filmes de acção, o próprio cinema e sobretudo de... fazer pensar!! Para se conseguir captar a essência do projecto é fundamental ver tudo (com olhos de ver, não como entretenimento puro, que também o é, claro!) ou pelo menos os 3 filmes e as animações (Animatrix e jogo).
os Making Of's dos 3 filmes, do Animatrix e do Enter The Matrix (jogo) são igualmente fantásticos!!!

O projecto MATRIX é composto por:
What is The Matrix
Animatrix (faz a ponte entre os dois primeiros filmes)
The Matrix Reloaded
Enter The Matrix (faz a ponte entre os três filmes)
The Matrix: Path of Neo (faz a ponte entre os três filmes)
The Matrix Revolutions
The Matrix Revisited (making of's de todo o projecto, filmes, animações e jogo)
The Matrix Online (o que acontece logo após o 'Revolutions')

E para quem segue, gosta ou está meramente curioso, os irmãos Wachowski (Andy Wachowski, Lana Wachowski) estão em conversasões com o realizador James Cameron (autor do projecto Avatar) para dar seguimento a dois novos filmes Matrix, com os quais pretendem revolucionar, mais uma vez, a tecnologia inerente a esta nova forma de fazer cinema em 3D.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

VOTEM, VOTEM e VOTEM!

...epá!!! Estive até este momento a evitar tecer considerações, neste espaço nobre, sobre as eleições presidenciais mas devo admitir que é mais forte do que eu!

Será que as pessaos têm ideia de quem são realmente os portugueses? O povão?

São as peixeiras malucas por beijar o Portas, as feirantes loucas por um autógrafo do Cavaco nas costas de um papel de rifa, são as velhas doidinhas por dançar com o Jerónimo... e as mulheres, quando o Sócrates anda em campanha!? Passam-se literalmente do sentido! Desculpem a tendência machista deste comentário, mas é o q vejo na televisão: agricultores e pescadores homens, queixam-se na 2ª fila, chovendo acusações disto e daquilo mas calam-se quando lhes passam para as unhas uma esferográfica ou um folheto sujo e as mulheres passadas na 1ª fila, a entregarem crianças de colo para a carimbadela da praxe. O problema é que neste país, à parte das conquistas ultramarinas - refiro-me aos descobrimentos, que mesmo assim foram um resultado de um misto de coragem e visão com ganância e interesse religioso - se promove o culto da mediocridade e se alimenta o medo pela difereça: "tá mau assim!? ui, se calhar vêm outros e fica pior... mais vale assim porque estes nós conhecemos e já sabemos o que dizer para dizer mal!" e isso irrita-me solenemente!!! Estou farto desta bandalheira! Estou farto desta corja de grifos! Estou farto especialmente do Cavaco, porra! Desde que sou gente que este animal - que não tem outro nome, dada a ruminação constante de bolo-rei, fundos europeus e votos de gente pouco esclarecida - aí anda a agoirar! Como é que é possível!? Depois ainda oiço alguns dizerem: "qualquer dia ainda voltamos ao tempo da outra senhora, pelo menos andavam todos na linha!" Foda-se, desculpem-me a expressão, mas esta gente só não anda na linha porque nós não queremos. VOTEM E VOTEM EM CONSCIÊNCIA!!!

Já agora, evitem o voto em branco e o voto nulo, porque nestas eleições só fortalece o candidato mais votado e acaba com as possibilidades de uma segunda volta. Não percebem porquê? Já vos faço um desenho (também mo fizeram a mim!):

- se 9 milhões e tal de pessoas se abstiverem e só 20 forem votar, ganha o candidato que obtiver 11 votos

Get it!? Vá a ver e não se demorem! Votem em quem bem entenderem, mas acima de tudo votem em alguém... de preferência, e posso fazê-lo porque este blog é meu, desculpem lá qualquer coisinha, não votem no ACABADO SILVA. Porquê?

Watch this:



Pronto, já desabafei...

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Ena tantos, Ena pá e Eno com eles!

Tenho um vício lixado!!
Fumar? Beber? Clubes de strip? Corridas de galgos? Luta de cães? Umas simplesmente idiotas, outras de baixo nível e a última de meter nojo, mas todas elas bem longe de me fazerem tão mal quanto um saco inteiro de gomas. Raramente as como, porque já sei o que a casa gasta e sempre que começo, julgo que consigo evitar comê-las todas e que hei-de perceber quando começar a ficar mal disposto, mesmo a tempo de parar a desgraceira, mas não podia estar mais equivocado e longe da auto-disciplina que se exige neste tipo de situações. Só há duas formas de não comer as gomas todas: se não for só eu a atacá-las ou se ficar indisposto antes de chegar ao fim do pacote, mas mesmo assim não há maneira de perceber qual o sacana do ursinho que me deixa mal disposto, porque a má disposição vem de repente e fico sem saber qual a cor que me põe nesse estado lastimável... mas voto nos verdes! All hail Eno!!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Fraldas, fractais e composições maradas

Quando um casal de amigos veio cá jantar a casa com as miúdas deles, descobri que o canal Baby TV dá, depois das 22h ou 23h, um ciclo de imagens calmantes com cores, formas e música por trás, para fazer os bebés e as crianças adormecerem de forma leve e descansada. De vez em quando ligo a televisão nesse canal enquanto estou de conversa com amigos ou a trabalhar e vou ouvindo a música que eu escolho. Hoje reparei que, durante algum tempo, estiveram a projectar imagens de fractais meio marados, assim em jeito de quem tomou ácido e está pronto para compôr um Dark Side Of The Moon ou um Strange Days. A darem isto aos putos logo em pequeninos, imagino o que sairá daquelas cabeças mais tarde!?

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Indie, alternativa e outras coisas

Lembrei-me de fazer uma lista de bandas e artistas na onda Indie, Alternativa ou lá o que lhe queiram chamar. A sonoridade Indie/Alternativa começou por ser algo fora do mainstream em termos de estilo, depois porque ficavam fora das lógicas comerciais, o que é sempre sinónimo de algo interessante e costumam andar lado a lado com a qualidade, a meu ver, e hoje em dia já é visto como mais um estilo musical, perfeitamente aceite e assente nas lógicas de mercado... whatever!  Aqui fica uma lista de coisas que eu gosto e acho interessantes pelas letras, melodias, arranjos e vozes:

A Fine Frenzy
Aimee Mann (banda sonora de Magnólia, 1999)
Alice Peacock
Amos Lee
Aqualung

Ari Hest

Ben Fold
Ben Harper
Ben Lee 
Bobby Bare Jr. 

Brett Dennen
Butterfly Boucher
Cake
Damien Rice (banda sonora de Closer, 2004)
Dave Barnes
Fiona Apple
Fountains Of Wayne
Glen Hansard
Gregory Alan Isakov
Jewel
Joe Purdy
John Alagia
John Mayer
Jon McLaughlin
Josh Rouse
Keaton Simons
KT Tunstall
Lazlo Bane (banda sonora de Scrubs)
Martin Sexton
Matt Nathanson
Matt Wertz
Norah Jones
Ryan Adams
Sara Bareilles
Snow Patrol
Sondre Lerche (banda sonora de Dan in Real Life, 2007)
Tammany Hall
Teddy Geiger
Tegan And Sara
The Cardigans
The Foxymorons
The Gabe Dixon Band
The Reindeer Section
The Weepies
Tori Amos
Wilco

Provavelmente já os ouviram em bandas sonoras de séries como o House M.D., Californication, Life, Grey's Anatomy ou Men in Trees e em diversos filmes.

Quanto a mim, o movimento Indie, na música, vem de outros artistas como...

Bob Dylan
Carole King
Cat Stevens
Crosby, Stills, Nash & Young
Elvis Costello
James Taylor
Jimi Hendrix
Joni Mitchell
Lou Reed
Melanie Safka
Paul Simon
Roy Orbison
Solomon Burke
Suzanne Vega
The Band
The Fleetwood Mac
Van Morrison
Warren Zevon

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Bicheza, filmaças e ainda a mudança

O post sobre a "mudança", pegando nos filmes Inception e Dead Poets Society, foi criado com base em algo que coloquei no mural do Facebook. Deu pano para mangas e gerou comentários muito interessantes - ou não fosse exactamente essa a ideia. Numa das interpelações punham a questão de como ser possível mudar sem mudar a nossa essência e a argumentação era baseada na rábula do sapo e do escorpião, em que o animal esverdeado sapo transporta o insecto de uma margem para a outra do rio e a meio da travessia o escorpião injecta-lhe veneno através do ferrão, tornando-se fatal para os dois... "It's in my nature" - says the scorpion...

A minha resposta, agora transposta para o blog, ganhou importância e relevo suficientes para dar continuidade ao post anterior:

Há quem diga - e olhando para o estado das coisas até parece que sim - que somos vírus e não mamíferos, mas acredito genuinamente que está na nossa natureza individual sermos felizes e não apenas sobreviver - por isso existe criação, arte, imaginação. Somos seres racionais mas acima de tudo temos ideias baseadas em sonhos, expectativas e ilusões (nem todas saudáveis). Essas ideias definem o que somos e para onde vamos. Recuso-me a definhar sob a teoria de que somos maus à partida! É certo que há muita gente manhosa que não presta, mas isso será consequência de falhas que muitas vezes não lhes poderão ser imputadas. Certamente não nasceram assim, mas aprenderam a ser de tal modo! A culpa nasce com a percepção e há quem não se conheça, não se perceba ou pura e simplesmente tenha medo de ir fundo dentro de si mesmo. O escorpião só podia estar com os copos ou era do Benfica (nada contra, mas se calhar ele não gostava de verde) ou cresceu só a observar escorpiões à sua volta. O mundo é muito mais do que aquilo que vemos e sentimos. Basta abrir os olhos ou até fechá-los e confiar noutros sentidos...
Acima de tudo, não somos escravos da nossa condição. Temos sempre escolha! Talvez seja essa apenas e só a nossa única limitação, o livre arbítrio. Para sermos livres temos de sentir e pensar livremente, mas como é que se chega lá? Talvez falhando mas continuando sempre a tentar acertar depois de errar.

os comentários seguiram-se...

"não nascemos egoístas, bandidos, etc. Somos moldados pelo ambiente que nos rodeia. E uma ideia pode mudar tudo, sem dúvida."


"sim, nascemos um saco vazio... uma ideia lá para dentro de cada vez, pode mudar tudo... para o bem, ou para o mal  ‎...fiquei a pensar sobre isto... será que são estas primeiras ideias que absorvemos - ainda sem ter um distanciamento necessário sobre elas que permita uma consciencialização - que formam a nossa essência?! que nos tornaram nisto ou naquilo?! será que temos, ou tivemos, algum poder decisivo sobre o que somos?! ...pergunta retórica"

respondi:

Essa não é uma pergunta retórica, ou não deve ser, e é uma excelente questão! Acho que há muita coisa que nos é dado como adquirido mas não o é de facto. Muitas vezes até somos coagidos a pensar de certa forma ou sobre certas coisas. Mesmo com alguns exageros - até sabendo a priori que nos querem também fazer ver certas outras coisas - é bom ver documentários como o Zeitgeist ou filmes-metáfora como o 'Matrix' ou o 'V For Vendetta' para termos uma pequena noção do mundo em que vivemos. Pelo menos por outros olhos, de outra perspectiva que não a nossa.

mais comentários...

"penso que o nosso poder decisivo existe mas sempre limitado pela nossa experiência/conhecimento"

mais resposta:

É disso mesmo que fala o filme 'V For Vendetta'!! Essa não é uma metáfora! Aquele "small inch" onde ninguém pode entrar, quer nos enfiem numa câmara de gás, quer nos apontem uma metralhadora, quer nos dêem socos no estômago ou nos façam ver a programação da TVI. Se nos educarmos, se nos exercitarmos e cuidarmos da nossa mente e alma, como somos impelidos hoje em dia para cuidar do nosso corpo e aspecto físico, seremos pessoas muito mais interessantes e interessadas (não interesseiras! e nada contra bom ascpecto físico!).

mais comentários...

"sim e quanto mais conhecemos, mais aumentamos as probabilidades de tomar as decisões mais acertadas. "Mais" portanto!"

mais reposta:

O engraçado deste "jogo" é que nunca haverá distanciamento ou tempo suficientes para analisarmos bem as coisas antes de as fazermos e temos de nos fazer a elas com intuição e alguma reflexão - quando isso é possível! - nunca desesperar e continuar a tentar. Parece conversa, mas nunca me esqueço disto porque já outros mo disseram, em aulas, tertúlias, livros, filmes... Estamos cá uns para os outros!
Bem sei que vivemos tempos estranhos em que somos criados para sermos individualistas, para viver tudo depressa e bem porque não há tempo, mas há sempre tempo, mais não seja para aprender e fazer melhor logo a seguir. Não somos ratos num labirinto! Há quem queira fazer isso de nós, com tanto centro comercial, hipermercado e ruas cheias de discotecas, mas podemos curtir o que nos dão e manter um espírito crítico, até auto-crítico!
O q é engraçado é que hoje em dia está quase tudo à nossa frente e nós queremos mais, sempre mais. Queremos tudo mas não é preciso. Chegamos ao que verdadeiramente precisamos se tivermos paciência, resiliência e traquejo, mas o jogo de cintura ganha-se dançando!
Life is a work in progress and that's the fun in it!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Sonhar, pensar, mudar

Há coisas fantásticas e muito bem feitas, mas agora vou-me limitar ao cinema e à música...

"Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente
A gente muda o mundo na mudança da mente
E quando a mente muda a gente anda pra frente
E quando a gente manda ninguém manda na gente"
Gabriel o Pensador - "Até Quando?"

Vi noutro dia o filme Inception e gostei bastante. Muito bem realizado, com uma fotografia assombrosa, efeitos visuais fantásticos e ajustados às cenas e um argumento muito bem esgalhado (Christopher Nolan continua sem surpreender depois de Memento! mas também, quem é que o manda ser tão brilhante logo no início de carreira!?). Se o conceito que dá origem (por favor não confundir com a ridícula adaptação do título ao português) ao filme é interessante mas contém algumas falhas, já a teoria que aparece bem explanada durante a argumentação de Di Caprio, e que serve de suporte ao conceito inicial do filme, se apresenta, a meu ver, intocável:

"What is the most resilient parasite? Bacteria? A virus? An intestinal worm?
An idea. Resilient, highly contagious. Once an idea has taken hold of the brain it's almost impossible to eradicate."

Já no Dead Poets Society referiam isso:

"No matter what anybody tells you, words and ideas can change the world."

Para mudar, basta mudar de ideias!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Predadores, sabonetes e totós

Apenas me apraz tecer duas considerações sobre o caso "Carlos Castro vs puto de 20 anos". A primeira já está, agora vamos à segunda. O desgraçado do puto, provavelmente, passou-se porque não mediu bem as consequências de se meter com um predador da socialite que estava por demais habituado a "comer" criancinhas ao pequeno almoço (e nem sequer era comunista!) e no final de algumas desilusões, manipulações e desentendimentos, talvez fora de si, despachou o cronista porque não queria ser "homossexual" (como se isso fosse A vergonha!), na sua escalada da hierarquia social... ora o que o puto não considerou mesmo, é que agora vai ter de passar entre 25 a sei lá quantos anos que ele possa durar, a apanhar sabonetes nos chuveiros de uma penitenciária americana. Ele há com cada um!?

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Publicidade, beleza e estupidez

Hoje fui ao MB endereçar mais uma quantia à Têmênê, relativamente forçado, pois que ando a tentar convencer alguns dos meus amigos e familiares a mudarmos de operador, quando reparo numa publicidade do Millenium onde se podia ler "A Beleza não paga imposto", assinado por baixo "Bárbara Guimarães" e com a sua fotografia a ocupar o moupi quase todo. Respondo com um redondo: "a estupidez também não, mas devia!"

sábado, 8 de janeiro de 2011

Forte, fraco e assim-assim

"Por vezes forte, coragem de leão, às vezes fraco assim é" a magana da vacina do tétano! Onde é que já se viu um madurázio deste tamanho deixar-se ir abaixo com uma injecçãozita manhosa que nem doeu na altura em que foi administrada!? Claro que eu já sabia que podia dar nisto, uma vez que tem sido assim a cada 10 anos, mas meio na brincadeira perguntei à enfermeira e fui imediata e prontamente alvo de chacota pública (tudo bem que só lá estavam dois enfermeiros, eles riram-se baixinho e ninguém ouviu cá fora, mas continua a ser uma chacota pública). O Rambo limpava as feridas com pólvora e eu hoje não consigo guiar, estender roupa ou, por muito estúpido que isto possa parecer, é verdade... mijar de pé!! Alergias dum cabro grande!!!
(demorei mais de 5 minutos a escrever isto só com a mão direita... porra!)

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Os dias da rádio, os dias da minha vida e o meu dia-a-dia

Quando ouço a meteorologia na rádio e dizem "por vezes forte", referindo-se ao vento ou à precipitação, invariavelmente me dá para cantar: "por vezes forte, coragem de leão, por vezes fraco, assim é o coração!". É engraçado como há certas expressões, locais, cheiros e palavras que despoletam memórias e recordações meio adormecidas e ao mesmo tempo tão presentes, (bem) passadas e (sem dúvida) futuras!

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Álcool, all cool and the shrink factor

É mesmo o tipo de filme que eu gosto... qual... já lá vamos!

Há coisa que nos tocam... uma conversa aparentemente banal, algo que se diz, uma frase feita, talvez um diálogo do qual não fazemos parte, meio distante mas presente. Um romance diferente que até nem parece literatura, parece verdade. Uma série que nos surpreende em jeito de soco no estômago, mal sabíamos que a televisão podia fazer isso. Por vezes outras realidades ou perspectivas dessas mesmas "existências", filtradas, exageradas ou embelezadas, a enómetros de distância daquilo a que assistimos no dia-a-dia, mas ainda assim estranhamente paralelas aos nossos momentos e sentimentos, descobrem a humanidade das pessoas através das merdas de cada um. Aquilo que nos edifica também nos destrói, o que nos prende, encerra também a ínfima e monstruosa capacidade de nos libertar, as tais duas faces da mesma medalha, os dois ângulos e perspectivas da mesma coisa, ou mais... ser, sentir e experimentar.

Achei fantástico o filme que vi hoje à noite! Deixou-me a leste das minhas coisas mas ainda assim com intimidade e trato suficientes para as recordar com brio, com gosto de as ter, de me envolver, porque fazem parte de mim, do que sou e para onde vou. Dão sentido à viagem, ora no rio ora na margem, e mostram o que muitas vezes não tenho intenção de ver, como um desígnio criado por mim, sem ter bem noção ou vontade, ou a invariabilidade e o apego de algo que faço sem querer, querendo. Como é que podemos ter tanta coisa cá dentro e haver espaço para tanto mais!?

Ah! ... este!