"ah e tal, o bom tempo, o solinho e as florezinhas"...
Morram as flores todas, mais os sacanas dos polens e a magana da sinusite!!! Mau dia!
O blog que vai bem com meia dose de migas de espargos, uma caneca de Mokambo e um rebuçadinho de mentol.
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Solinho, florzinhas e alergiazinhas
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Cervejum, humidade e cotão
Aqui há dias, depois de uma noitada de copos e conversa, ofereci-me para levar as garrafas de minis para o vidrão, mas cheguei a casa e, dado o adiantado da hora, esqueci-me completamente. Já não bastava o sacana do elevador do vidro de trás se ter estragado há coisa de mês e meio, apanhando uma semana inteira de chuvadas com o vidro completamente descido e aberto, algumas delas torrenciais, deixando o meu carro com tamanho grau de humidade relativa 'indoors' a atirar-se para os 300%, coisa apenas observável em saunas e piscinas cobertas frequentadas por milhares... milhares!? ...centenas de banhistas ofegantes e extremamente transpirantes. Digamos que o pivete a cervejum, misturado com cheiro de espargos do campo proveniente da humidade com lugar cativo, adicionado de algum cotão de tapetes por falta de aspiração, ganhou forma durante estes últimos dias e passou a entidade corpórea, ainda que quase invisível e que dificilmente deixará o meu carro nos próximos tempos. Tenho a sensação que se o deixasse aberto com a chave na ignição, em plena via pública e com um cartaz no vidro da frente onde se lesse "TRATEM", ninguém lhe pegava!
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Crise, material de escritório e churrascadas
2011... os impostos aumentam, os preços sobem, os ordenados descem e as ajudas sociais caiem. Tudo leva a crer que vai ser o descalabro, mas isso é só para quem não conhece o verdadeiro espírito tuga. Se antes eram só resmas de papel, post-its e clips, agora passam a levar para casa as fotocopiadoras, cadeiras de secretária e mesas de reunião para as churrascadas e os concursos de cuspidela de pevide de melancia. Os políticos passam o tempo a sobrestimar o povo e o universo (tuga) tem uma forma estranha de se equilibrar em situações de crise, aliás, em crise já nós andamos há muito tempo, não é de agora!
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Música, mediocridade e manha
Mas o que é que se passa com o mundo da música nos dias de hoje? As brancas vão buscar rappers pretos para os videoclips, as pretas vão buscar rappers brancos para participarem nos seus temas, o Tony Carreira rouba descaradamente os latinos e estes, por sua vez, apostam em músicos nórdicos e os asiáticos não apostam em nada que se perceba. Seja como for, mantém-se o rácio inter-racial na música manhosa a metro.
domingo, 20 de fevereiro de 2011
Panos, estados da matéria e questões universais
Há mistérios sem fim por esse universo fora, é certo, mas algo que me suscita as mais incrédulas palpitações reflexivas é o fenómeno do pano de limpar a bancada da cozinha. Refiro-me àqueles 'panos' absorventes em género de camurça, que servem para limpar a bancada da cozinha, o microondas e outras superfícies húmidas e emporcalhadas enquanto cozinhamos e preparamos refeições, excepção feita ao fogão, que também não se deve limpar com toalhetes desinfectantes que contenham álcool, mesmo que os bicos a gás já tenham sido desligados há mais de 30 segundos, acreditem! Mas voltando ao 'pano', que de pano pouco tem, pois mais parece um qualquer outro estado da matéria com duas fases bem distintas de corporalização: se está seco não limpa nada, só espalha - parece aqueles guardanapos de esplanada que nos enchem a cara de maionese e mostarda nos momentos menos oportunos - e só consegue apanhar líquidos quando já está húmido. Estranho? ...bastante!
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Farinha, parvoeira e a ciganita
Bem... hoje aconteceu-me uma daquelas situações que só sucedem comigo, de certeza!
Fui ao supermercado à hora de almoço, comprar qualquer coisa para comer e uma menina cigana abordou-me logo à saída do carro a pedir dinheiro. Como tenho por regra não dar dinheiro a ninguém, expliquei-lhe educadamente que iria pagar com cartão, que não tinha moedas comigo e perguntei se lhe podia trazer qualquer coisa, ao que ela respondeu com sugestões algo estranhas para quem andava a pedir, alegadamente por necessidade. Questionei-a se não tinha fome - fazia todo o sentido àquela - ou se precisava de alguma coisa e ela pediu para comprar fraldas... aparentemente não seria um pacote de Tena Lady mas sim fraldas para um bebé que não estava ali com ela. Disse-lhe para vir comigo, porque não saberia por onde escolher, mas ela explicou de imediato que o segurança não a deixava entrar. Perguntei mais uma vez se quereria algo para comer e ela respondeu prontamente: "farinha!". Perguntei: "farinha? um pacote de farinha!?". Voltou a responder: "farinha, sim, farinha!". Lá fui eu buscar qualquer coisa do balcão de take-away, passando pelo corredor das massas e apanhando um 1kg de farinha, 1kg de arroz da prateleira e mais uns enlatados. Dirigi-me à caixa para pagar e a minha mente ainda vagueou pelo tema "fraldas", mas ao mesmo tempo percebi que era demasiado complicado acertar no que a rapariga queria e achei que estava a fazer o mais indicado, dada a situação e a assumida resolução da tertúlia no parque de estacionamento, minutos antes. Chegado cá fora, ligeiramente inchado de contente com o acto de simpatia e solidariedade (detesto o termo caridade, mete-me engulhos!), entreguei-lhe o que tinha comprado para ela e deparei-me com uma expressão que não consigo descrever por palavras... Talvez descontentamento misturado com surpresa e uma ponta de total falta de consideração pelo meu gesto, mas o que é certo é que a miúda queria mesmo "farinha" (da-a!) para o tal bebé e deixou-me com uma das piores sensações de que há memória na minha paleta de emoções e sentimentos, quase em jeito de "soco no estômago". Depois de todo aquele esforço e atenção com alguém carecido, tive de me render à minha manifesta inadequação e entrar para o carro com a quase certeza do meu gesto ter sido em vão, de não ter havido lugar para qualquer tipo de reconhecimento e de ter passado por idiota... aos meus olhos, da pequena, do segurança e de qualquer um que estivesse naquele parque de estacionamento! Estou convicto que haverá quem passe fome por esses parques de estacionamento fora, mas tão depressa não me meto noutra.
Fui ao supermercado à hora de almoço, comprar qualquer coisa para comer e uma menina cigana abordou-me logo à saída do carro a pedir dinheiro. Como tenho por regra não dar dinheiro a ninguém, expliquei-lhe educadamente que iria pagar com cartão, que não tinha moedas comigo e perguntei se lhe podia trazer qualquer coisa, ao que ela respondeu com sugestões algo estranhas para quem andava a pedir, alegadamente por necessidade. Questionei-a se não tinha fome - fazia todo o sentido àquela - ou se precisava de alguma coisa e ela pediu para comprar fraldas... aparentemente não seria um pacote de Tena Lady mas sim fraldas para um bebé que não estava ali com ela. Disse-lhe para vir comigo, porque não saberia por onde escolher, mas ela explicou de imediato que o segurança não a deixava entrar. Perguntei mais uma vez se quereria algo para comer e ela respondeu prontamente: "farinha!". Perguntei: "farinha? um pacote de farinha!?". Voltou a responder: "farinha, sim, farinha!". Lá fui eu buscar qualquer coisa do balcão de take-away, passando pelo corredor das massas e apanhando um 1kg de farinha, 1kg de arroz da prateleira e mais uns enlatados. Dirigi-me à caixa para pagar e a minha mente ainda vagueou pelo tema "fraldas", mas ao mesmo tempo percebi que era demasiado complicado acertar no que a rapariga queria e achei que estava a fazer o mais indicado, dada a situação e a assumida resolução da tertúlia no parque de estacionamento, minutos antes. Chegado cá fora, ligeiramente inchado de contente com o acto de simpatia e solidariedade (detesto o termo caridade, mete-me engulhos!), entreguei-lhe o que tinha comprado para ela e deparei-me com uma expressão que não consigo descrever por palavras... Talvez descontentamento misturado com surpresa e uma ponta de total falta de consideração pelo meu gesto, mas o que é certo é que a miúda queria mesmo "farinha" (da-a!) para o tal bebé e deixou-me com uma das piores sensações de que há memória na minha paleta de emoções e sentimentos, quase em jeito de "soco no estômago". Depois de todo aquele esforço e atenção com alguém carecido, tive de me render à minha manifesta inadequação e entrar para o carro com a quase certeza do meu gesto ter sido em vão, de não ter havido lugar para qualquer tipo de reconhecimento e de ter passado por idiota... aos meus olhos, da pequena, do segurança e de qualquer um que estivesse naquele parque de estacionamento! Estou convicto que haverá quem passe fome por esses parques de estacionamento fora, mas tão depressa não me meto noutra.
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