quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Cervejum, humidade e cotão

Aqui há dias, depois de uma noitada de copos e conversa, ofereci-me para levar as garrafas de minis para o vidrão, mas cheguei a casa e, dado o adiantado da hora, esqueci-me completamente. Já não bastava o sacana do elevador do vidro de trás se ter estragado há coisa de mês e meio, apanhando uma semana inteira de chuvadas com o vidro completamente descido e aberto, algumas delas torrenciais, deixando o meu carro com tamanho grau de humidade relativa 'indoors' a atirar-se para os 300%, coisa apenas observável em saunas e piscinas cobertas frequentadas por milhares... milhares!? ...centenas de banhistas ofegantes e extremamente transpirantes. Digamos que o pivete a cervejum, misturado com cheiro de espargos do campo proveniente da humidade com lugar cativo, adicionado de algum cotão de tapetes por falta de aspiração, ganhou forma durante estes últimos dias e passou a entidade corpórea, ainda que quase invisível e que dificilmente deixará o meu carro nos próximos tempos. Tenho a sensação que se o deixasse aberto com a chave na ignição, em plena via pública e com um cartaz no vidro da frente onde se lesse "TRATEM", ninguém lhe pegava!

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