terça-feira, 15 de março de 2011

Censos, respeito e falta de tacto

Trabalho há e à farta, que neste país ainda há muito para fazer. Mestrados é a granel. Formações manhosas, programas ocupacionais sem progressão ou viabilidade financeira, então não!? Empregos é que há poucos! Estabilidade nem vê-la, e futuro? Mais cinzento que esta invernia que não tem fim. Hoje em dia és entretido até mais não, és consumidor a 100% - sempre com desconto em cartão, enquanto o outro do banco vai dando pró gasto, até estoirar - e "colaborador" para trabalhar durante o tempo que te dão em troca de uns trocados, e nesse tempo incerto, com esse salário miserável, só enquanto respeitares as regras estúpidas que te impõem, porque também fazem questão de te mostrar que atrás de ti há 100 cães a fitar esse osso sem carne, sem tutano, mas que ainda vale mais do que passar fome. E vá, engole e cala-te!! Pia baixinho, não contes piadas e pica esse cartão para ires esses 5 minutos ao wc e esses 25 para engolir a sandocha e o pêro... e já agora tem tacto a preencher o impresso do Censos 2011. Vá a ver!

...e por falar em consumismo, FMI, Marktest e Media Markt:

"Eu sou parvo ou quê? Quero ser feliz, porra! Quero ser feliz agora! Que se foda o futuro! Que se foda o progresso! Mais vale só do que mal acompanhado! Vá: mandem-me lavar as mãos antes de ir para a mesa, filhos da puta de progressistas do caralho da revolução que vos foda a todos! Deixem-me em paz, porra, deixem-me em paz e sossego! Não me emprenhem mais pelos ouvidos, caralho! Não há paciência, não há paciência! Deixem-me em paz, caralho, saiam daqui, deixem-me sozinho, só um minuto!" (J. M. Branco - FMI)

...ainda sobre as 'manifs':

"I will not go. Prefer a feast of friends to the giant family!" (J. D. Morrison - An American Prayer)

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