quarta-feira, 14 de dezembro de 2005

A Mansão

Hoje vou explanar uma teoria que teve origem noutra pessoa, que não eu ou um alter ego meu, sobre os videoclips dos rappers e hip-hopers americanos. A teoria assenta no facto de todas aquelas mansões, carros e mulherões serem absolutamente um mesmo e único cenário. Os gajos são todos primos e amigos, quer sejam pretos ou brancos, do rap ou do hip-hop, e é até isso que explica que eles se multipliquem da forma como o fazem, pois se são familiares, os genes não têm possibilidade de se espalharem. A dita mansão é uma só e deve ser enorme, com “n” divisões, de modo a partilharem-ma para fazer todos aqueles videoclips em que aparecem grandes bombas, gatas e aviões… e carros!! Agora que penso nisso, a malta que gosta desse estilo de música do lado de lá do oceano, assim como cá, tem sempre a tendência para gostar de coisas berrantes e que dêem nas vistas, quer seja roupa, carros, casas ou mulheres, só que em Portugal não se investe muito nas casas. Cá não há grandes hipóteses porque os tunings (ou xunings) compram carros de 3000cts e depois ainda lhes põem mais 2000 ou 3000cts em material: ailerons, saias, subwoofers, leds, muitos leds!, autocolantes para o tampão da gasolina, pele de zebra ou leopardo nos bancos e volante, buracos novos para servirem de entradas de ar, etc. Depois do bólide pronto, correm as zonas nocturnas e as roulotes de cachorros com música de discoteca em altos berros, de modo a ser impossível sequer formular um pensamento básico que seja, dentro do habitáculo, à procura duma gaja que vá bem com os estofos e que chegue com as mamas ao tablier. Estes tipos mais parecem pavões com o cio! lol
Aqui há tempos, em Lisboa, vi 4 tipos num Golf tuning, azul, cheio de plásticos e música pão com grão em altos berros, a fazerem valentes acelerações, mas parados!, completamente a seco. Tiveram naquele disparate, com muita a gente a assistir, durante uns bons 15 minutos. É óbvio que o carrito não aguentou e o motor cedeu… entrei numa loja, e 20 minutos mais tarde ainda tive o estranho mas delicioso prazer de os ver a entrar na carrinha do reboque e num táxi. Pode parecer um comportamento funesto e repreensível da minha parte, mas para quem já foi a muitas concentrações motard e de automóveis como eu, e viu a quantidade de energúmenos, que não têm outro nome, a destruir material (motas e carros) e a esbanjar dinheiro, é perfeitamente compreensível. Não merecem! Isto até me faz lembrar de uma outra teoria sobre a atribuição de licenças de condução e automóveis/motas consoante a habilidade técnica e capacidades psicológicas de cada um, mas isso fica para outro post.

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