quarta-feira, 31 de maio de 2006

Abertura de latas e pacotes

O que é que se passa com as pessoas e o que é que aconteceu ao mundo!? Confesso que não dei pelas coisas chegarem a este ponto. Hoje em dia a informação circula em banda larga e a toda a velocidade, a ciência progride exponencialmente e a passos cada vez mais largos, os avanços tecnológicos dão-se em catadupa quase diariamente, e tudo isto com a ligeireza e a facilidade de um tempo em que tudo parece estar ao nosso alcance, apenas à ligeira distância de um click ou de um usar de um cartão de crédito. Estamos todos a 15 minutos ou a 15 cêntimos uns dos outros. Somos diariamente inundados com descobertas e invenções para tudo e mais alguma coisa, desde o ralador subsónico para beringelas e abacaxis até ao supositório de nicotina para quem quer deixar de fumar, até parece que vivemos no admirável mundo novo, mas sinceramente, e ao descobrir que os pacotes das Belgas já não custam a abrir, que da família da caixa da Cerelac já só resta a mãe – típica família monoparental, o pai deve ter ido comprar tabaco! – vendo que o pão vem sem côdea, os sumos sem gás, o chá sem teína, o café sem cafeína, a manteiga sem sal, e tudo o que aparece na publicidade televisiva contém aloé-vera, desde os detergentes e produtos de higiene pessoal até aos iogurtes e pastilhas elásticas, chego à triste conclusão de que vivemos numa época estranha e bizarra. Tenho saudades do tempo em que não havia abertura fácil nas latas de atum, e tínhamos de usar aquelas chavinhas para enrolar a chapa de cima da lata. Hoje em dia dão uma chavinha idêntica a essa para construirmos uma cómoda ou um camiseiro do Ikea. Estou a ficar um bocado farto do efémero e do volátil, que voltem os tempos das coisas marcantes e indeléveis. Nessa altura aprendíamos com o que corria mal – “o que não nos mata torna-nos mais fortes” – e o que corria bem marcava-nos para sempre. Hoje não há tempo a perder! Eu sei que já sou do século passado e que nasci em mil nove e setenta e sete, mas há sempre forma de lutar contra o status quo. Eu aprendi que sim, que “as ideias e as palavras podem mudar o mundo”, e é com esta ideia em mente que continuo a escrever todos os dias para este blog, e talvez seja por isso que vocês cá vão passando. Lá de vez em quando aparecem uns comentários, mas as visitas e as leituras mantêm-se constantes. Obrigado e um abraço apertado... não precisa de ser indelével pela força, mas sim pelo sentimento! ;)

terça-feira, 30 de maio de 2006

Mulheres… uma é boa, uma é demais!

A guerra dos sexos é coisa que dura desde que há memória e sempre estará presente, mesmo nesta nova fase em que há casais de ambos os sexos e possivelmente, num futuro próximo, famílias sem progenitores, mas sim tutores, de ambos os sexos (eu queria dizer do mesmo sexo, mas dos dois… arhhh, ok!). As conversas e discussões que se geram no seio de uma relação a dois prendem-se sempre com a incapacidade de um dos elementos em não conseguir compreender em parte, ou na totalidade, a maneira do outro ver as coisas ou a sua forma de estar em determinadas situações, e isto acontecerá, muito provavelmente, mesmo que seja uma relação de dois homens ou duas mulheres, mas o que interessa para este post é o casal típico, clássico, e talvez natural, de homem e mulher. Quem é que nunca ouviu a célebre frase que as mulheres usam de tempos a tempos quando estão chateadas ou sentidas com alguma coisa que nós tenhamos feito ou deixado acontecer? “Se tu não sabes porque estou chateada, também não sou eu quem te vai explicar!” E que raio é que elas pensam conseguir com isto? É que há alturas em que, de facto, os homens não conseguem entender o que se passa (são até mais estas do que as outras!). Não me refiro ao tipo de situações em que não tratámos da roupa ou fizemos o jantar quando tínhamos prometido, ou também quando deixamos de “investir” na relação como até aí fizemos – passando a encarar a relação como uma coisa estabelecida que apenas precisa de ser reforçada e não investida – mas as mulheres precisam e querem um investimento da nossa parte a 100%, a tempo inteiro e de forma incondicional. Parece-me que neste tipo de situações em que as mulheres se mostram chateadas e nós não captamos o porquê de tal condição, deveremos, na maioria dos casos, atribuir a causa ao S.P.M. Para quem não apanhou o que significa a sigla – vê-se mesmo que não está habituado, da-a! – quer dizer Síndroma Pré ou Pós Menstrual. Sim, porque há o durante, que todos os homens conhecem, até pela mulher que sempre tiveram em casa – a mãe – e há o pré e o pós, que nem todas as mulheres têm da mesma forma, mas em muitas é do piorio. Fazendo bem as contas, imagino que quem esteja a ler já tenha percebido onde quero chegar, as mulheres passam a maior parte do tempo sob a influência das hormonas, o que à partida pode não parecer, mas acaba por ser justo, visto os homens também passarem a maior parte das suas vidas, senão mesmo sempre, sob o mesmo tipo de efeito, só que nas mulheres dá-lhes para serem chatas e abdicarem ou evitarem o envolvimento sexual, enquanto que aos homens lhes dá para serem chatos e mostrarem a sua vontade (necessidade, entenda-se) e disponibilidade para o tal envolvimento sexual (sexo, amor, intimidade, prazer físico e psicológico, entendimento, etc… e depois são as mulheres que acham que nós somos animais!? São elas que entendem o sexo como uma coisa meramente carnal e física, desprendida de sentimentos e emoções, e acham que nós não somo capazes de mais esse extra, mas está sempre implícito. Quer se queira, quer não, o nosso corpo assume sempre um compromisso por nós, mesmo que a cabeça e o coração não se metam “ao barulho”). Qual é então a diferença entre os homens e as mulheres e o que os motiva para este eterno conflito, a tal guerra dos sexos? É apenas uma questão de poder e controle, como em qualquer outro tipo de relação. Se algum destes dias, um homem for sensato e, evitando cair em tentação, mostrar um real interesse na sua companheira, esposa ou namorada, tentando saber, sem lhe perguntar directamente, o porquê dela estar chateada, desproporcionará o equilíbrio de pesos e trará de volta aos homens um poder que tem estado definitivamente confinado ao género feminino da humanidade… ou isso ou conseguirmos aguentar a vontade (a tal necessidade!), sem dar parte fraca e mostrando sempre que está tudo bem, e deixar que sejam elas a procurar-nos. Se conseguirmos obter essa capacidade de contenção e abstinência, o mundo cair-nos-á aos pés… bem como as mulheres e a sua vontade! De facto é mesmo tudo uma questão de controlo, mas principalmente sobre nós próprios.

segunda-feira, 29 de maio de 2006

Dias mundiais

Há dias mundiais para tudo e mais alguma coisa: contra a sida, anti-tabagismo, da obesidade, da árvore, da água, etc. Porque é que ainda não inventaram um dia mundial contra o mau-feitío? É uma das coisas que mais afecta a produtividade neste país, principalmente a quem trabalha na função pública. Não há dia que não vá às Finanças ou aos Correios e que não saia de lá convencido que é só gente estranha a trabalhar nesses locais, pelo menos no atendimento. Nem adianta aparecer-se por lá com boa vontade, espírito de sacrifício e um sorriso estampado na cara, aquela gente arrebenta com tudo… e não se ficam a rir com isso! Por mim, aproveitando a motivação extra que este mundial de futebol vai trazer aos portugueses, era criarmos um dia, nacional que fosse, contra o mau-feitío. Podia não acabar com a crise económica que este país atravessa, mas acabava de certeza com a crise de humor e instabilidade psicológica que só serve para nos tornar negativos e contraproducentes. Não me queixo de não haver certos dias mundiais, desde que continue a não haver o Dia Mundial da Lady Godiva e do José Cid… calhando até teríamos de andar todos nus a cantar “na cabana…!”

sábado, 27 de maio de 2006

As bebidas e o trabalho

Há um fenómeno interessante (ou não!) que me provoca alguma agitação e inquietude mental. Porque raio é que, quando temos gente a trabalhar em nossa casa, como um pedreiro a aumentar a bancada de mármore da cozinha, um canalizador a desentupir a fossa, ou o senhor das caixilharias a substituir-nos as portadas de madeira por alumínio, sentimos uma necessidade extrema de lhes oferecer alguma coisa para beber? Eles até podem estar com sede, mas porque não um petisco ou umas bolachas que sejam? Até mesmo para acompanhar a bebida? E depois, quando eles acedem e pedem uma jola, nós só temos cerveja comprada no Lidl e temos aquela sensação de que seremos gozados na tasca no final da jornada de trabalho. Se era para ficarmos “bem vistos na fotografia”, porque sabemos o que custa trabalhar por conta de outrem, sendo a maioria dos chefes uma cambada de mentecaptos imbecis, e em qualquer momento do nosso dia de trabalho só nos apetecer beber para esquecer, neste caso bem oportuno não queremos dar barraca. Aproveitamos esta pequena e desataviada oportunidade de fazer um brilharete, mas acabamos por falhar e da pior forma… cerveja do Lidl?!? …neste momento o pensamento que nos corre na mente é “pésito na argola à força toda, meu funesto e incompetente papalvo… compra mas é bebida decente e apresentável, porque nem tu pegas naquela bosta e as visitas merecem mais!”

sexta-feira, 26 de maio de 2006

Exame do demo

Resposta num exame de Física na Universidade de Aveiro:
O Dr. X (vamos manter o anonimato na medida do possível), do Dep. de Física da Universidade de Aveiro é conhecido por fazer perguntas do tipo: Porque é que os aviões voam?". A sua única questão na prova final de Maio de 1997 para a turma da cadeira de "Transmissão de Momento, Massa e Calor II" foi: "O Inferno é Exotérmico ou Endotérmico?" Justifique a sua resposta." (ou seja, pretendia saber se o Inferno é um sistema que liberta calor ou se recebe calor). Vários alunos justificaram as suas opiniões baseadas na Lei de Boyle ou em alguma variante da mesma, mas houve um aluno, Y, que respondeu o seguinte:
«Primeiramente, postulamos que, se as almas existem, então devem ter alguma massa. Se tiverem, então uma mol de almas também tem massa. Então, em que percentagem é que as almas estão a entrar e a sair do inferno? Eu acho que podemos assumir seguramente que uma vez que uma alma entra no inferno nunca mais sai. Por isso, não há almas a sair. Para as almas que entram no inferno, vamos dar uma olhadela às diferentes religiões que existem no mundo hoje em dia. Algumas dessas religiões pregam que, se não pertenceres a ela, então vais para o inferno. Como há mais de uma religião desse tipo e as pessoas não possuem duas religiões, podemos projectar que todas as pessoas e almas vão para o inferno. Com as taxas de natalidade e mortalidade da maneira que estão, podemos esperar um crescimento exponencial das almas no inferno. Agora vamos olhar para a taxa de mudança de volume no inferno. A Lei de Boyle diz que para a temperatura e a pressão no inferno serem constantes, a relação entre a massa das almas e o volume do Inferno também deve ser constante. Existem então duas opções:
1) Se o inferno se expandir numa taxa menor do que a taxa com que as almas entram, então a temperatura e a pressão no inferno vão aumentar até ele explodir.
2) Se o inferno se estiver a expandir numa taxa maior do que a de entrada de almas, então a temperatura e a pressão irão baixar até que o inferno se congele.
Então, qual das duas opções é a correcta? Se nós aceitarmos o que me disse a Teresa, minha colega do primeiro ano: "Haverá uma noite fria no inferno antes de eu ir para a cama contigo" e levando em conta que ainda NÃO obtive sucesso na tentativa de fazer amor com ela, então a opção 2 não é verdadeira. OU SEJA, O INFERNO é EXOTÉRMICO.»

Fantástico! O aluno em questão tirou o único 20 na turma. O gajo até merecia que a Teresa lhe desse uma abébiazita, não!?

quarta-feira, 24 de maio de 2006

Redneck motherfuckers

Cada vez que oiço e vejo os hillbillies americanos afirmarem que o “direito” de porte de arma de fogo é tão importante como a liberdade de expressão (their first amendment), só me apetece enchê-los de chumbo! Cambada de mentecaptos enconados e imbecis. É o que dá a consanguinidade!
Se ainda não viram o “Bowling For Colombine”, VEJAM!!!

terça-feira, 23 de maio de 2006

Ainda os elásticos

Estive a pensar (ainda mais) na questão do elástico das meias e lembrei-me de outra situação em que ficamos terrivelmente aborrecidos, senão imaginem: andamos uma série de tempo a preparar a indumentária para a festa da passagem de ano – bem como a comida, quem é que traz o carro, etc. – e na situação concreta de colocarmos aqueles chapéus cónicos de festas, aparentemente ridículos, mas que só o são de facto se observados e usados descontextualizadamente, se parte o cabrão do elástico… ou pior!!, o elástico nem se parte, mas a merda dos agrafes que os seguram ao cartão não aguentam a pressão e aquilo estraga-se mesmo por ali. Imaginem vocês que se estraga uma festa e todo o seu ambiente festivo, perdoem-me a redundância, porque os elásticos dos chapéus ou os agrafes estão todos a ceder, os convidados a ficar stressados e a chegar ao limite da sua ansiedade porque não conseguem arranjar os agrafes e o cartão já está todo ratado, ou não conseguem usar o chapéu com o elástico mais pequeno em 5cm porque quase os asfixia e lhes dá maiores tonturas que o champanhe bera que estão a consumir aos copázios, e tanto em carecas como em possuidores de cabeleiras fartas, o chapéu do demo não se segura de feitio nenhum… é de perder a cabeça, não!? De quantos aniversários já saíram crianças traumatizadas, com danos e repercussões apenas mensuráveis no decorrer das suas vidas adultas, por causa desta questão? Meus amigos, isto tem de acabar e já! Vamos acabar com os elásticos deficientes, inoperantes e falaciosos. Já é tempo de alguém agir, porra!! Vá a ver!

domingo, 21 de maio de 2006

O elástico das meias

Vou entrar de chofre neste assunto… um gajo compra umas meias e passados 2 meses já estão com a merda do elástico todo solto!? Tanta tecnologia, uma imensidão de conhecimentos, carradas de informação a circular e não há quem invente uma porcaria de um elástico potente o suficiente para resistir às lavagens da roupa? Inventam sabores e cheiros para as pastilhas elásticas, fazem bolas para todo e qualquer desporto em vários formatos e materiais, sem costuras, pipos e o camandro, roupa totalmente sintética que muda de cor consoante o nosso estado de espírito, pastilhas de detergente para as máquinas de lavar em que as bolsinhas de plástico se dissolvem com a água, entre muitas outras aplicações em borracha, plástico ou silicone, e não conseguem resolver a questão intemporal e primordial do elástico das meias?? Façam competição com os tipos dos detergentes e ganhem-lhes, pá! Não conseguem encontrar a cura para o cancro, a sida e outras doenças manhosas, então ponham-se a trabalhar noutras coisas também elas importantes. O elástico das meias pode ser tão aborrecido como outra coisa qualquer, é tudo uma questão de perspectiva. Se as meias descaem e se metem por debaixo dos pés, além de desconfortável e maçador como uma pedra no sapato, por exemplo, pode eventualmente comprometer a nossa postura e trazer complicações de coluna com o passar do tempo. Acho que ainda vou lançar uma campanha a favor do elástico das meias com uma petição online. Vamos acabar com as meias descaídas e sem jeito! Vamos voltar a caminhar com sorrisos nos lábios e sem preocupações quanto ao elástico das meias. Tudo isto pode ser uma certeza a médio prazo e uma realidade de futuro. Vamos apostar nisso!

sábado, 20 de maio de 2006

Mala e porta-bagagens

Em resposta ao post do David no seu blog (clicar no título), achei interessante escrever este post aqui (também respondi em comentário). Ele achou engraçado o facto de termos deixado de falar em “porta-bagagens” para nos referirmos a ele como “mala”, mas nunca termos achado outro termo para “porta-luvas”. Estive a pensar sobre este tema, e sem ter feito pesquisa alguma, cheguei à teoria que vos proponho agora: "mala" e "porta-bagagens", ainda que o censo comum as use da mesma forma, apresentam diferenças técnicas. Mala é usado para carros de 3 volumes com 2 ou 4 portas, visto que a mala não é uma porta (os que têm rabo), enquanto que porta-bagagens é usado para carros de 1 ou 2 volumes com 3 ou 5 portas. Em suma, porta-bagagens é a abreviatura de "porta das bagagens", e não “porta” de transportar... o senso comum é que usa porta com este último sentido, mas está errado (digo eu cheio de fé!). Qualquer carro transporta bagagens, mas só alguns carros é que têm uma porta especificamente concebida para dar acesso a esse local determinado onde as podemos guardar e levar connosco. Isto seria óptimo, genial e verdadeiro, se “porta-luvas” também fosse a abreviatura de “porta das luvas”… o que eu duvido! eheh, mas é sempre giro pensar, reflectir e teorizar sobre este tipo de assuntos (ou não!).

sexta-feira, 19 de maio de 2006

O amor e a relva

Em primeiro ligar devo dizer que esta frase não é da minha autoria, mas de tão boa que é, decidi fazer um post apenas para a mostrar:
“O Amor é como a relva. Tu semeias, ele cresce... depois vem uma vaca e acaba com tudo!”

quinta-feira, 18 de maio de 2006

Estátua, políticos e orelhadas

No seguimento dos posts sobre jogos da nossa infância e adolescência, gostava de dissertar um pouco sobre um jogo mítico do qual ainda não falei, a Estátua.

Vou passar a descrevê-lo rapidamente para poder dar fundamento ao que quero demonstrar. O jogo da Estátua consistia em fazer duas filas de pessoas, lado a lado e de frente uns para os outros, deixando um desgraçado passar à vez, porque teoricamente calhava a todos, e enquanto o tipo passava levava tachos, tapas, orelhadas e chapadões, assim tipo porrada de criar bicho, tentando adivinhar quem lhe tinha dado uma determinada pancada, ou conseguindo, eventualmente, apanhar alguém a fazê-lo e marcá-lo com o olhar – mesmo quando isto acontecia, acabava por ser a pior pancada que levava… na testa ou parecido – nesta altura, o totó que se tinha deixado apanhar ou se mostrava brutalmente descuidado, teria de passar por entre os outros, e assim sucessivamente. É um jogo idiota e com moderada, a tender para a fraca, capacidade de integração, mas por outro lado mostra muito sobre o que cada um dos intervenientes pode vir a ser no futuro. Quanto a mim melhor até que um teste vocacional, senão reparem: um tipo que seja bom a jogar à estátua, adivinhando ou apanhando a jeito quem lhe dá cada uma das mocadas por trás, ou a maioria delas, tem boas hipóteses de vir a tornar-se um político de sucesso, com um bestial instinto para conseguir apanhar as tais “punhaladas” nas costas. Por outro lado, qualquer um dos putos que mostram obter algum gozo com a violência e aproveitam a possibilidade para descarregar em cima de um outro puto com pouca sorte, pode vir a tornar-se numa pessoa dita “normal”… e o que são pessoas normais!? São todos os outros que não se tornam animais políticos ou políticos animais, mas que continuam com boas possibilidades de se tornarem uns selvagens.

quarta-feira, 17 de maio de 2006

Amor e sexo

Hoje apraz-me mostrar-vos uma música fantástica. É melódica, tem uma letra muito bem concebida e com um conteúdo fantástico
“Amor e Sexo” de Rita Lee

Amor é um livro
Sexo é esporte
Sexo é escolha
Amor é sorte

Amor é pensamento, teorema
Amor é novela
Sexo é cinema

Sexo é imaginação, fantasia
Amor é prosa
Sexo é poesia

O amor nos torna patéticos
Sexo é uma selva de epiléticos

Amor é cristão
Sexo é pagão
Amor é latifúndio
Sexo é invasão
Amor é divino
Sexo é animal
Amor é bossa nova
Sexo é carnaval

Amor é para sempre
Sexo também
Sexo é do bom...
Amor é do bem...

Amor sem sexo,
É amizade
Sexo sem amor,
É vontade

Amor é um
Sexo é dois
Sexo antes,
Amor depois

Sexo vem dos outros,
E vai embora
Amor vem de nós,
E demora

Amor é cristão
Sexo é pagão
Amor é latifúndio
Sexo é invasão
Amor é divino
Sexo é animal
Amor é bossa nova
Sexo é carnaval

Amor é isso,
Sexo é aquilo
E coisa e tal...
E tal e coisa...

terça-feira, 16 de maio de 2006

Loiça suja e o desemprego

Eu tenho uma ganda pancadona… ok, de entre as inúmeras, ressalvo esta que é original e tem bom fundo. Quando como, faço sempre por deixar o prato o mais limpo possível. O meu objectivo último seria deixar a loiça pronta para voltar para o armário. Poupava-se dinheiro em detergentes e electricidade – é um princípio, não sou nada forreta – e o “embiente” agradecia. Por outro lado, a ideia de se deixar comida no prato, não os ossos ou os nervos – as gorduras são para se comer, OK!? – irrita-me o intelecto e mói-me o juízo, pois acho injusto que se deite comida fora quando há quem passe fome. É claro que, em tempo útil, não se conseguem levar aqueles restos, que também não é a melhor forma de se ser solidário com alguém, à base de restos, para um país onde se passe fome. Mas mesmo que se quisesse, por uma questão de princípio, claro está, já lá chegariam tarde… molhos coalhados, natas e maionese demasiado espessas e sem graça, puré liquefeito, etc. Mas se pensarem que há sempre um animal subnutrido no bairro ou um tuga desempregado à montes de tempo, porque trabalhou uma porrada de anos numa unidade fabril de têxteis do Val do Ave, juntamente com a mulher, os irmãos, cunhados e primos, e de repente um pato bravo qualquer se lembrou de fugir para o Brasil, porque desde que a empresa abriu que fugia aos impostos e à Segurança Social, ou porque se lembrou de ir lucrar à conta de outros papalvos de olhos em bico lá para trás do sol posto, já não parece tão ridículo guardarem isso num tupperware ou pensarem melhor antes de serem garganeiros e desatar a empurrar comida da travessa para o prato, pois não? A comida é para ser feita com motivação e carinho, e para ser degustada com gosto e de forma relaxada. Comer com os olhos só serve quando vocês pedem lombo assado recheado com ameixa, porque estavam com a queda para o exótico, e passam a refeição inteira a olhar para o bacalhau à brás da mesa do lado… é bem feito!, porque agora comem o lombo até ao fim, – nada de deixar uma rodela de carne no prato – encharcam-se de Rennie’s e Eno’s como se não houvesse amanhã, e ainda acabam a cagar fininho a noite toda… volto a dizer, é justo e bem feito!!

segunda-feira, 15 de maio de 2006

IRS, tsunamis e a comichão nasal

Não conseguir espirrar deve ser das coisas mais ridículas e irritantes que existem, logo a seguir a (não conseguir) preencher a declaração de rendimentos para o IRS. São os piquinhos no nariz, a ansiedade de não se perceber, naqueles milésimos de segundo, se vamos ou não sujar o monitor de LCD, e pior ainda quando temos arroz na boca, puré, líquidos, ou engolimos um ovo cozido inteiro e não sabemos se conseguimos aguentar aquilo tudo cá dentro!? É brutal, a sensação de desequilíbrio psicossomático que se atinge naquele curioso e estranho momento. E o pior é não se conseguir prever estas situações. É quase tão exequível como prognosticar um tsunami do outro lado do mundo, mas em escalas totalmente diferentes. Um tsunami não nos deixa neste ponto de instabilidade e exasperação. Que me lembre, só há uma outra situação semelhante que nos deixe no mesmo ponto de ansiedade e agitação… quando bebemos bebidas com gás e nos sobe ao nariz. Ficamos aflitos sem saber o que fazer. E depois disto nos acontecer uma vez, porque é que voltamos a beber esse tipo de refrescos? Se pudéssemos escolher, não deixaríamos de espirrar só pelo desconforto que cria em nós quando não o conseguimos fazer em toda a sua plenitude e perfeição? I rest my case…

domingo, 14 de maio de 2006

Gestão de esforço, relaxamento e o impar

Ao longo da minha vida, e entre muitas vivências e experiência adquiridas, uma das coisas de que me apercebi saberem realmente bem, é impar quando se está doente. Não só quando se está doente, mas também naquelas alturas em que se acumula tanto cansaço que nem se consegue dormir de jeito. Não me refiro a darmos parte fraca e mostrarmos, nem que seja a nós próprios, que estamos no fundo e que já vamos mostrando desespero e frustração, nada disso. É antes uma forma de atingirmos o equilíbrio certo, de forma a se reunir força e capacidade para enfrentar o que nos mantém inertes e apáticos naquele preciso momento. É quase como fazem os lutadores de artes marciais com aqueles berros na altura de atacar ou defender, é tudo uma questão de equilíbrio e gestão de esforço. Quando estamos doentes ou cansados, seguindo este ritual, ganhamos um poder de concentração tal que nos orienta para a luz… não é essa luz que estão a pensar, é a luz da serenidade, da paz e da saúde. É tudo uma questão de concentração e relaxamento ao mesmo tempo. Quem nunca experimentou não sabe o que perde, impar é do melhor que há. Há quem utilize isso para deixar dormir os bebés quando estes estão irrequietos, e há quem, mesmo sem se aperceber, acabe por impar, assim numa espécie de sussurro, ao ouvido da(o) seu(ua) amada(o) na altura de fazer o amor. Impar é do melhor que há!

sábado, 13 de maio de 2006

O Meu Amor Existe

Correndo o risco consciente de fazer com este blog o que eu penso que muitos jornais fazem diariamente com as suas publicações, usá-lo como “correspondência” dirigida a alguém específico, tenho mesmo de o fazer. Já tenho exercido este meu direito noutras situações, dirigindo posts a quem o visita, lê e comenta, mas neste caso específico é apenas endereçado a uma pessoa, muito especial.
Calculo que não te surpreenda na forma nem no conteúdo, mas de certeza que não conhecias a versão original da música. Está na MusicBox... just push play! Parabéns!! ;)



O meu amor tem lábios de silêncio
E mão de bailarina
E voa como o vento
E abraça-me onde a solidão termina

O meu amor tem trinta mil cavalos
A galopar no peito
E um sorriso só dela
Que nasce quando a seu lado eu me deito

O meu amor ensinou-me a chegar
Sedento de ternura
Sarou as minhas feridas
E pôs-me a salvo para além da loucura

O meu amor ensinou-me a partir
Nalguma noite triste
Mas antes, ensinou-me
A não esquecer que o meu amor existe

sexta-feira, 12 de maio de 2006

Back to the future

O Santana finalmente ganhou os Grammys aqui há dois ou três anos, o Soares e o Cavaco voltaram à política activa, e agora o Art Sullivan voltou a gravar um disco depois de sabe-se lá quantos 30 anos parado? …o que é que virá a seguir?? O Hérman José a fazer bons clips de humor? Isto anda tudo do avesso…!

quinta-feira, 11 de maio de 2006

Revistas do demo

Ontem, na fila para pagar, de um supermercado (os tipos do marketing sabem), reparei na capa de uma revista para mulheres que dizia, entre outras coisas, “10 dicas para ficar com um corpo como o dela”, com a imagem da Elle McPherson, a quem chamaram “the body”, mesmo ao lado. Até agora nada de estranho, certo?, estas revistas sobrevivem à custa deste tipo de artigos, mas o que acho bizarro, realmente, é o facto do artigo não dizer “10 dicas para uma rapariga jeitosa ficar com um corpo perfeito como o dela” ou “como você pode maximizar as suas qualidades físicas como ela o faz”… aonde é que eu quero chegar!?? …não sei o que é pior, se o sarcasmo dos responsáveis pela revista ou a hipocrisia de quem a compra para ler o tal artigo e seguir à risca os tais conselhos e sugestões. Das coisas piores que podemos fazer é enganar-nos a nós próprios, e estas revistas são um escândalo na forma como se aproveitam das fraquezas de certas pessoas. A Playboy também o faz, e com o mesmo intuito, mas de uma forma completamente diferente, e quem anda com aquelas mamalhudas “perfeitinhas” não compra a revista, só quem as quer folhear.

quarta-feira, 10 de maio de 2006

O jogo do costume… a cartada!

Hoje vou falar sobre jogos de cartas, como a Lerpa, a Sueca ou o Sobe-e-Desce... a dinheiro, claro! Eram formas que arranjávamos para nos orientarmos com a mesada, arranjar uns trocos para o tabaco, para a ginjinha no tasco da esquina, ou para comprar aquele Swatch castiço para o dia dos namorados. Depois havia jogos para outras ocasiões, como o King, o Cospes ou a Espadinha e quando havia mais do que quatro jogadores jogávamos à Sueca Italiana. Mais tarde vieram os jogos mais a sério como o Poker ou o BlackJack, mas o mais engraçado são os jogos que nunca deixámos de jogar desde putos, como o Uno e aquele que está TOP dos mais jogados de sempre: o Olho do Cú! Com os meus amigos jogávamos com uma antena de carro, mas isso fica para outro post. Consolas e videogames? Os putos de hoje não sabem o que perdem, infelizmente!

terça-feira, 9 de maio de 2006

Presentes e embrulhos

Que tipo de pessoa são vocês? Quando vos dão um presente desembrulham com algum cuidado ou rasgam o embrulho desenfreadamente como se não houvesse amanhã? Há quem tire o laço e tenha todo o cuidado com a fita-cola e com as dobras do papel, para poder abrir sem rasgar – talvez porque tenha uma avó que recicle os papéis de embrulho para os próximos natais – e depois há os outros, as pessoas ditas normais, que não se preocupam com o cuidado e o carinho com que foi feito o tal embrulho, por uma rapariga que passa o dia inteiro atrás de um balcão a aturar gente chata, mas porque tu foste originalmente simpático, longe de querer entrar em esquemas de engate foleiro, ela fez um jeito especial e dedicou-se exemplarmente à tarefa em mãos e tu pudeste sair da loja com um presente interessante, desde o enfeite até ao conteúdo. E depois chegas à festa de aniversário, com todo o entusiasmo que te caracteriza num momento destes, entregas a prenda ao desgraçado que cumpre mais uma primavera nesse dia, e juntou toda a cambada que o segue desde que ele tinha uma mesa de ping-pong na garagem e dez bisnagas para poder assediar vários “amigos” a irem lá a casa aos fins de semana e finais de tarde, ansiando não ficar sozinho, e o idiota nem reparava que ninguém lhe passava cartão porque ele ingeria os macacos que retirava das narinas enquanto deglutia desenfreadamente bolas de berlim com a cara coberta de creme e açúcar em pó e se peidava compulsivamente, e o tipo agarra-se ao presente com uma tal fúria que nem deixa o laço intacto… agora o que resta do fantástico embrulho fica ali extraviado numa pilha inútil, como que uma porção insignificante de restos que nunca servirão para mais do que simples processo de reciclagem, voltando tempos mais tarde em forma de papel higiénico para irritar a pele suave do seu antipático e repelente traseiro. Talvez assim ele tenha o que mereça! Há amigos assim, há pessoas assim, há histórias assim… que tipo de pessoa és tu? Que tratamento e destino dás aos embrulhos dos presentes que te são ofertados?

domingo, 7 de maio de 2006

Clube estúpido...

“Queres pertencer ao clube estúpido? Envia um sms com a palavra ESTUPIDO para o 1111, envia ESTUPIDO para o 1111 e começa já hoje a fazer figura de urso como nós. Atreve-te!”

sábado, 6 de maio de 2006

Why?

...why not!?
Concerto dos WHY no Imaginário, hoje sábado dia 6 de Maio, pelas 23h.
Entrada livre e jolas baratas, como se quer!
Se não souberem como ir lá ter,
aqui fica o link para o croqui.
Apareçam...


WHY:
http://why.site.vu
Imaginário:
www.doimaginario.org - www.doimaginario.blogspot.com

quarta-feira, 3 de maio de 2006

Recordações de infância, parte VIII

Hoje apraz-me recordar os jogos que tínhamos quando éramos putos. Lembro-me do Traga-Bolas, do Pulgas na Cama, do Sabichão… depois veio o Monopólio, o Petróleo, o Mikado… e mais tarde veio o Scrable, o Trivial Pursuit, o Pictionaire, o Mastermind, entre outros. A par dos jogos de mesa, e que também serviram para nos moldar a personalidade e o carácter, havia os jogos de Spectrum, como o Gulg-Glug, o Chukie Egg, o Bomber Jack ou o Full Throttle... depois vieram os jogos de PC (IBM PS1 e PS2, 286, 386, 486…) com o SuperMário, o Golden Axe, o Out Run, etc… e muito mais tarde, os jogos da Sega MegaDrive, como o MicroMachines, o Sonic ou o Another World. Naquela altura tinhamos jogos dentro de casa, jogos fora de casa... e os jogos típicos de verão, como o Batepé, por exemplo! O que os torna muito diferentes dos que os putos têm hoje em dia é o facto de serem todos jogos de e em grupo. Mesmo quando estávamos em frente ao pc ou à consola, éramos 5 e 6 a comer sombrinhas da Regina e a beber copos de Sunquick. Belos tempos, eheh Para os putos de hoje, jogos em grupo são as Lan-party’s, jogos na net e os telemóveis ligados por bluetooth. Parece-me estranho, não!?

terça-feira, 2 de maio de 2006

Recordações de infância, parte VII

Por falar em tempo passado e estar a ficar velho, coisa que embora pareça, não me incomoda quase nada, relembro aqui as modas que nós putos tínhamos na escola primária, lembram-se? Uma semana era o cubo mágico, depois era o peão, os berlindes, os coco-crash, ou as corridas de carrinho. Brincávamos com as gaiatas ao elástico, saltávamos à corda, jogávamos ao esconder, apanha, rolha, macaquinho do chinês, etc… belos tempos, até parecia que não acabariam nunca. Seja como for, ainda hoje gosto de fazer construções com Legos, tenho todos os meus berlindes, mais os que fui ganhando durante os anos, cubo mágico, peão, os coco-crash e um cesto cheio de carrinhos de vários tamanhos e tipos de rodas (com e sem suspensão), tudo guardado na minha arrecadação. Às vezes gosto de ir lá espreitar. É como ouvir Cat Stevens ou James Taylor… de vez em quando sabe bem!

segunda-feira, 1 de maio de 2006

Como sabemos que já passou muito tempo?

Temos uma ténue noção de que estamos a envelhecer quando a versão de “Uptown Girl” que passa na RCP, antiga Rádio Nostalgia, não é a do Billy Joel mas sim a dos Westlife. Aí está ela na MusicBox…