terça-feira, 30 de maio de 2006

Mulheres… uma é boa, uma é demais!

A guerra dos sexos é coisa que dura desde que há memória e sempre estará presente, mesmo nesta nova fase em que há casais de ambos os sexos e possivelmente, num futuro próximo, famílias sem progenitores, mas sim tutores, de ambos os sexos (eu queria dizer do mesmo sexo, mas dos dois… arhhh, ok!). As conversas e discussões que se geram no seio de uma relação a dois prendem-se sempre com a incapacidade de um dos elementos em não conseguir compreender em parte, ou na totalidade, a maneira do outro ver as coisas ou a sua forma de estar em determinadas situações, e isto acontecerá, muito provavelmente, mesmo que seja uma relação de dois homens ou duas mulheres, mas o que interessa para este post é o casal típico, clássico, e talvez natural, de homem e mulher. Quem é que nunca ouviu a célebre frase que as mulheres usam de tempos a tempos quando estão chateadas ou sentidas com alguma coisa que nós tenhamos feito ou deixado acontecer? “Se tu não sabes porque estou chateada, também não sou eu quem te vai explicar!” E que raio é que elas pensam conseguir com isto? É que há alturas em que, de facto, os homens não conseguem entender o que se passa (são até mais estas do que as outras!). Não me refiro ao tipo de situações em que não tratámos da roupa ou fizemos o jantar quando tínhamos prometido, ou também quando deixamos de “investir” na relação como até aí fizemos – passando a encarar a relação como uma coisa estabelecida que apenas precisa de ser reforçada e não investida – mas as mulheres precisam e querem um investimento da nossa parte a 100%, a tempo inteiro e de forma incondicional. Parece-me que neste tipo de situações em que as mulheres se mostram chateadas e nós não captamos o porquê de tal condição, deveremos, na maioria dos casos, atribuir a causa ao S.P.M. Para quem não apanhou o que significa a sigla – vê-se mesmo que não está habituado, da-a! – quer dizer Síndroma Pré ou Pós Menstrual. Sim, porque há o durante, que todos os homens conhecem, até pela mulher que sempre tiveram em casa – a mãe – e há o pré e o pós, que nem todas as mulheres têm da mesma forma, mas em muitas é do piorio. Fazendo bem as contas, imagino que quem esteja a ler já tenha percebido onde quero chegar, as mulheres passam a maior parte do tempo sob a influência das hormonas, o que à partida pode não parecer, mas acaba por ser justo, visto os homens também passarem a maior parte das suas vidas, senão mesmo sempre, sob o mesmo tipo de efeito, só que nas mulheres dá-lhes para serem chatas e abdicarem ou evitarem o envolvimento sexual, enquanto que aos homens lhes dá para serem chatos e mostrarem a sua vontade (necessidade, entenda-se) e disponibilidade para o tal envolvimento sexual (sexo, amor, intimidade, prazer físico e psicológico, entendimento, etc… e depois são as mulheres que acham que nós somos animais!? São elas que entendem o sexo como uma coisa meramente carnal e física, desprendida de sentimentos e emoções, e acham que nós não somo capazes de mais esse extra, mas está sempre implícito. Quer se queira, quer não, o nosso corpo assume sempre um compromisso por nós, mesmo que a cabeça e o coração não se metam “ao barulho”). Qual é então a diferença entre os homens e as mulheres e o que os motiva para este eterno conflito, a tal guerra dos sexos? É apenas uma questão de poder e controle, como em qualquer outro tipo de relação. Se algum destes dias, um homem for sensato e, evitando cair em tentação, mostrar um real interesse na sua companheira, esposa ou namorada, tentando saber, sem lhe perguntar directamente, o porquê dela estar chateada, desproporcionará o equilíbrio de pesos e trará de volta aos homens um poder que tem estado definitivamente confinado ao género feminino da humanidade… ou isso ou conseguirmos aguentar a vontade (a tal necessidade!), sem dar parte fraca e mostrando sempre que está tudo bem, e deixar que sejam elas a procurar-nos. Se conseguirmos obter essa capacidade de contenção e abstinência, o mundo cair-nos-á aos pés… bem como as mulheres e a sua vontade! De facto é mesmo tudo uma questão de controlo, mas principalmente sobre nós próprios.

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