sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

O drama do pijama e da luz magana

Eu tenho dois pijamas de meia estação, um azul e outro amarelo, e dois pijamas de Inverno, um branco e outro cinzento – no Verão durmo de boxers e t-shirt, mas isso agora não vem ao caso – e acontece que no meu corredor se fundiu uma lâmpada de um dos dois candeeiros, que são pequenos, assim tipo olho de boi mas no tecto – também não interessa quem os colocou lá, já arrendei a casa assim – e como ambos somente suportam lâmpadas pequenas e de baixa potência, na casa dos 40W, não tenho grande iluminação e não me permitiram ver a roupa que escolhi no dia em que decidi passar dos referidos pijamas de meia estação – penso que o último que vesti foi o azul, mas isto é decididamente pouco relevante para o resto da história, ajudando apenas a manter esta frase enorme, coisa que estou a conseguir fazer com razoável êxito, pois ainda não apliquei um único ponto final – para os pijamas de Inverno. (ah!) Sem grande noção do que tinha em mãos, tirei as calças do pijama cinzento e a parte de cima do pijama branco, tendo apenas reparado nesse pequeno grande pormenor dois dias depois, altura em que, sem saber bem porquê, optei por me despir na casa de banho e não no quarto – agora sim, importa referir que nem sempre abro os estores da janela do quarto de manhã antes de me desramelar, mantendo aquele ambiente de lusco fusco, típico de quem apenas deixa entrar a luz por quatro ou seis fileiras (não me apeteceu dizer cinco) de furinhos de estores – precipitando toda uma cadeia de eventos ligados entre si (viva as redundâncias e os parêntesis!!). A derradeira questão que se coloca é a seguinte: como só tenho dois pijamas de Inverno, que vou alternando, usando um enquanto o outro está a lavar, e está demasiado frio para interromper esta sucessão de acontecimentos têxteis com um pijama de meia estação, será que tenho de esperar pelo próximo Inverno para poder acertar as cores das partes de cima e partes de baixo dos meus dois pijamas de Inverno e finalmente reequilibrar o status quo das coisas?
Após reler este post, mesmo antes de o publicar, não consigo perceber o que é mais maluco, se a sua forma ou o seu conteúdo… mas agrada-me!

1 comentário:

Silvia disse...

Muito boa a primeira frase do texto. Percebi que estavas especialmente inspirado ;)
Beijinhos