segunda-feira, 31 de março de 2008

Película aderente, supermercados e vida depois da morte

Para quem ainda não reparou, talvez porque não tenha ainda comprado ou usado, atenção que a película aderente do Lidl é uma bosta! Pode prestar para qualquer outra coisa menos para aderir a um tuperware, taça de loiça, vidro ou metal. Já experimentei em tudo quanto é recipiente e não vale mesmo nada. Depois de reciclada, pode ser que venha a dar naqueles invólucros chatos dos cd’s, o que lhe dará um after life relativamente desinteressante.

domingo, 30 de março de 2008

Parabéns a mim...

...e aos demais que frequentam estas paragens… vocês, claro! Sem vocês não haveria vontade de escrever coisas insanas – já pensá-las e passar por elas não é coisa que eu consiga controlar facilmente – e este blog já vai com 3 anos, de certo uma idade (quase) madura, blogosfericamente falado, 584 posts publicados e mais de 14.000 visitas. Para quem o faz e também para quem cá vem e não descura a vida real em detrimento da vida virtual cibernética, devo reconhecer que é obra! Sinto-me bastante satisfeito, quase a roçar tangencialmente a felicidade estúpida, e estou muito grato pela vossa amizade e dedicação constante.
1 grande abraço
Pedro

sábado, 29 de março de 2008

Compilações, prendas e extravagâncias

Toda a gente gosta de receber prendas, talvez até mais do que dar, mas sem dúvida que as melhores prendas não são compradas porque não custam dinheiro, são feitas. Esse tipo de prendas talvez dê tanto gosto a quem recebe como a quem a produz, e no punhado de coisas que se podem fazer e oferecer a alguém, uma compilação de músicas bate todos os records de dedicação e empenho. Haverá coisa mais fantástica do que fazermos uma compilação de músicas para dar a alguém de quem gostamos, alguém verdadeiramente importante para nós? A resposta é não, claro que não! A música é das coisas mais importantes para os seres humanos (e alguns animais e plantas) e nada supera a motivação que nos move a produzir uma compilação de temas (originais ou de outros) para provocar algum tipo de efeito positivo em alguém. A escolha de músicas para uma compilação pode demorar anos, já passei por isso, e no fim, depois de tanto esforço, somos recompensados com um sorriso como prelúdio da boa disposição quando esse alguém a quem queremos agradar se digna a reproduzir o nosso cd no carro, no computador, na aparelhagem ou no leitor de mp3 portátil. Nem precisamos de estar lá para ver isso, é certo e sabido e vale bem a pena o empenho dedicado. São pequenas coisas que significam tanto, como de resto todas as coisas simples sempre significaram. Ir a uma loja e comprar uma bugiganga vistosa ou perguntar a familiares e amigos o que acham que aquela pessoa precisa ou vai gostar, são as coisas mais fáceis que há. Por outro lado, o tempo de reflexão e conceptualização investido na produção de uma compilação original não tem preço, mas a pessoa que receber o resultado deste compromisso irá sem dúvida entender a sua grandeza.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Demagogia económica x Economia demagógica

O alegado Engenheiro e certo Primeiro-ministro José Sócrates afirmou ontem que a consolidação orçamental está garantida, o deficit está ao nível do esperado, que estamos a sair da crise e até irá baixar impostos, nomeadamente o IVA para 20% (uma fartura!). Acrescentou também, na pessoa do Ministro da Economia (não quis com isto chamar fantoche a ninguém, entenda-se!), que poder-se-á verificar mais uma descida do IVA em um ponto percentual no próximo ano (ou não fosse ano de eleições). Sr. pseudo Engenheiro José Sócrates, então será possível sermos o único país que de tanto estar na cauda da Europa, na tangencia constante de tudo o que conta e na periferia perfeita do mundo em geral quando é bom, agora até a crise económica internacional nos passa ao lado? Não sei se acho isso bom, mas talvez seja caso para lhe endereçar os meus parabéns.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Igrejas, marmelos e drogas leves

Não se pode fumar nas igrejas e conventos por causa da Lei do Tabaco ou por causa do outro marmelo!?

quarta-feira, 26 de março de 2008

O Alentejo

Recebi por email este texto fantástico, só tenho pena de não saber quem o escreveu.
Obrigado Ofélia! ;)


"O ALENTEJO

Palavra mágica que começa no Além e termina no Tejo, o rio da portugalidade. O rio que divide e une Portugal e que à semelhança do Homem Português, fugiu de Espanha à procura do mar.

O Alentejo molda o carácter de um homem. A solidão e a quietude da planície dão-lhe a espiritualidade, a tranquilidade e a paciência do monge; as amplitudes térmicas e a agressividade da charneca dão-lhe a resistência física, a rusticidade, a coragem e o temperamento do guerreiro. Não é alentejano quem quer. Ser alentejano não é um dote, é um dom. Não se nasce alentejano, é-se alentejano.

Portugal nasceu no Norte mas foi no Alentejo que se fez Homem. Guimarães é o berço da Nacionalidade, Évora é o berço do Império Português. Não foi por acaso que D. João II se teve de refugiar em Évora para descobrir a Índia. No meio das montanhas e das serras um homem tem as vistas curtas; só no coração do Alentejo, um homem consegue ver ao longe.

Mas foi preciso Bartolomeu Dias regressar ao reino depois de dobrar o Cabo das Tormentas, sem conseguir chegar à Índia para D. João II perceber que só o costado de um alentejano conseguia suportar com o peso de um empreendimento daquele vulto. Aquilo que para o homem comum fica muito longe, para um alentejano fica já ali. Para um alentejano não há longe, nem distância porque só um alentejano percebe intuitivamente que a vida não é uma corrida de velocidade, mas uma corrida de resistência onde a tartaruga leva sempre a melhor sobre a lebre.

Foi, por esta razão, que D. Manuel decidiu entregar a chefia da armada decisiva a Vasco da Gama. Mais de dois anos no mar... E, quando regressou, ao perguntar-lhe se a Índia era longe, Vasco da Gama respondeu: «Não, é já ali.». O fim do mundo, afinal, ficava ao virar da esquina.

Para um alentejano, o caminho faz-se caminhando e só é longe o sítio onde não se chega sem parar de andar. E Vasco da Gama limitou-se a continuar a andar onde Bartolomeu Dias tinha parado. O problema de Portugal é precisamente este: muitos Bartolomeu Dias e poucos Vasco da Gama. Demasiada gente que não consegue terminar o que começa, que desiste quando a glória está perto e o mais difícil já foi feito. Ou seja, muitos portugueses e poucos alentejanos.

D. Nuno Álvares Pereira, aliás, já tinha percebido isso. Caso contrário, não teria partido tão confiante para Aljubarrota. D. Nuno sabia bem que uma batalha não se decide pela quantidade mas pela qualidade dos combatentes. É certo que o Rei de Castela contava com um poderoso exército composto por espanhóis e portugueses, mas o Mestre de Avis tinha a vantagem de contar com meia-dúzia de alentejanos. Não se estranha, assim, a resposta de D. Nuno aos seus irmãos, quando o tentaram convencer a mudar de campo com o argumento da desproporção numérica: «Vocês são muitos? O que é que isso interessa se os alentejanos estão do nosso lado?»

E até nas anedotas, os alentejanos revelam a sua superioridade humana e intelectual. Os brancos contam anedotas dos pretos, os brasileiros dos portugueses, os franceses dos argelinos... só os alentejanos contam e inventam anedotas sobre si próprios. E divertem-se imenso, ao mesmo tempo que servem de espelho a quem as ouve.

Mas para que uma pessoa se ria de si própria não basta ser ridícula porque ridículos todos somos. É necessário ter sentido de humor. Só que isso é um extra só disponível nos seres humanos topo de gama.

Não se confunda, no entanto, sentido de humor com alarvice. O sentido de humor é um dom da inteligência; a alarvice é o tique da gente bronca e mesquinha. Enquanto o alarve se diverte com as desgraças alheias, quem tem sentido de humor ri-se de si próprio. Não há maior honra do que ser objecto de uma boa gargalhada. O sentido de humor humaniza as pessoas, enquanto a alarvice diminui-as. Se e Estaline se rissem de si próprios, nunca teriam sido as bestas que foram.

E as anedotas alentejanas são autênticas pérolas de humor: curtas, incisivas, inteligentes e desconcertantes, revelando um sentido de observação, um sentido crítico e um poder de síntese notáveis. Como bom alentejano que me prezo de ser, deixei o melhor para o fim. O Alentejo, como todos sabemos, é o único sítio do mundo onde não é castigo uma pessoa ficar a pão e água. Água é aquilo por que qualquer alentejano anseia. E o pão... Mas há melhor iguaria do que o pão alentejano? O pão alentejano come-se com tudo e com nada. É aperitivo, refeição e sobremesa. E é o único pão do mundo que não tem pressa de ser comido. É tão bom no primeiro dia como no dia seguinte ou no fim da semana. Só quem come o pão alentejano está habilitado para entender o mistério da fé. Comê-lo faz-nos subir ao Céu!

É por tudo isto que, sempre que passeio pela charneca numa noite quente de verão ou sinto no rosto o frio cortante das manhãs de Inverno, dou graças a Deus por ser alentejano. Que maior bênção poderia um homem almejar?"

(autor desconhecido)

relembro:
http://ctanganho.blogspot.com/2007/05/isto-sim-qualidade-de-vida.html
http://ctanganho.blogspot.com/2006/08/h-dias-assim.html
http://ctanganho.blogspot.com/2005/08/alentejo.html
http://ctanganho.blogspot.com/2006/07/adizeres-alentejanos-parte-ii.html

segunda-feira, 24 de março de 2008

Leite, liquidez e soltura

Deve estar escrito em algum lado que quando eu aqueça leite no microondas e o leve para a sala ou o quarto, acabe por entornar no caminho. Ou então mesmo quando me vou a sentar no sofá, na secretária ou na cama. Bem sei que o leite frio tem outro grau de liquidez ou viscosidade (whatever!) e que quando se aquece fica mais líquido ou mais “solto”, mas acontece que eu comecei esta frase como queria, com um sonante “bem sei”! Se assim é, sabendo, porque raio é que entorno sempre a porcaria do leite? Vou a dar passos certos e bem definidos, a olhar para o copo (ou caneca), sempre a fitar o líquido branco e pronto... quando menos espero, ou mesmo quando espero e sem conseguir evitar, lá entorno aquela porcaria! É como a mastigação, tantos anos de experiência e de vez em quando continuo a falhar.


relembro:
Mastigação experiente

domingo, 23 de março de 2008

Maganas das amêndoas

Envelhecer é isto que vos vou dizer agora...
Putas das amêndoas de Páscoa que me fizeram partir um dente a comê-las! Qualquer dia estou a fazer rastreios e despistes a tudo e mais alguma coisa. Ele é colesterol, diabetes, olhos e ouvidos, etc. Desde os 7 anos que não vou ao dentista e agora vou ter de me resignar e visitar um desses facinoras de bata branca. Ganda galo... coelho ou lá o que é! Mas também, quem me manda gostar mais de morder do que de chupar as amêndoas, já com os gelados é a mesma coisa, até fico mal disposto e com dor de cabeça por causa do frio quando mordo um Calipo. Páscoa manhosa!!

sábado, 22 de março de 2008

Páscoa, filmes e sestas do demo

Embora tenha sido feriado, esta sexta-feira soube um pouco como as outras. O culminar de uma semana de trabalho e o cansaço apoderou-se de mim. Decidi não sair à noite e acabei por me deixar dormir no sofá enquanto via um filme em dvd. Já o filme tinha acabado, quando decidi ver o que estava a dar na televisão. Na RTP1 estava a dar a Paixão de Cristo – já cá faltava este, depois do Música no Coração pelo Natal, agora esta rotina na Páscoa – e na RTP2 estava a dar umas imagens de uma cruz a arder e gente vestida de branco. Fiquei apreensivo porque pensei que fosse um filme passado no Mississipi com o Klu Klux Klan como mote para a história, mas não, era mesmo a celebração da Páscoa em directo do Vaticano. Sinceramente, para gente estranha vestida de robes brancos com cruzes a arder em segundo plano, acho que preferia os cromos de capuz. Pelo menos seria um filme! E por falar em filme, o que estava a ver quando sucumbi ao sono (quem já viu o filme ainda vai achar mais piada à ironia desta frase), era a filmaça Invasão com a Nicole Kidman e o Daniel Craig… qualquer semelhança entre os possuídos do filme e os que apareciam nas imagens do Vaticano será pura coincidência
Boa Páscoa...

quinta-feira, 20 de março de 2008

Serviço Público ou algo que se pareça #1

Hoje acordei com a vontade de criar uma nova rubrica de Serviço Público, ou algo que se pareça, neste blog que é tanto meu quanto vosso. Sendo assim, e dado que muita gente me tem perguntado "qual é aquela música do reclame do Fiat Bravo?", eu respondo definitiva e assertivamente: é o tema Meravigliosa Creatura da Gianna Nannini. Atenção que há duas versões, uma fixe, a do spot publicitário, e uma foleira, a original. Vá, ide emular!

quarta-feira, 19 de março de 2008

Colunex vs Simplex

O mundo está perdido! Hoje encontrei uma espinha num douradinho de pescada. E se uma criança se tivesse engasgado com a espinha? É melhor optar pelo Simplex e xibar-me todo à ASAE no portal do governo.
Perdoem-me a arrogância literária, mas o título está genial, não está!? lol

terça-feira, 18 de março de 2008

sábado, 15 de março de 2008

Tabaco, fumo e leis do demo

Sinceramente, e já me expressei sobre isto antes, acho a Lei do Tabaco de uma hipocrisia atroz! Primeiro porque deveria ser uma questão de civismo a questão do fumo em espaços fechados, e cada pessoa tem a obrigação de pensar em si, porque não, mas também nos outros quando se dedica a uma prática tão egoísta como fumar. Em segundo lugar porque há uma lei que muita gente parece respeitar. Ontem estive numa festa de anos num espaço que eu adoro frequentar onde se deixa ao critério de cada um fumar dentro ou fora do espaço fechado. Não interessa que haja lei ou bom senso, o que é um facto é que eu levei o meu computador portátil e um disco externo com mp3 para passar durante a noite e hoje de manhã, já nem vou referir a minha roupa, cabelo e a mala do portátil, imagine-se só, o disco externo cheirava a fumo!!! Não estou a brincar! E atenção que já estou a dar o benefício de ter alergias e rinite, ficando o meu olfacto ser afectado por isso. Se o tabaco mata, e não só quem fuma activamente, porque é que se continua a fumar em espaços fechados? Não me interessa as leis e a repressão, mas também penso na questão da contínua forma repressiva como o Estado se dedica a educar os seus cidadãos, o que é certo e válido é que gostava de viver num país onde a tendência fosse para o progressivo amadurecimento de ideias, lutando assim contra os preconceitos, para o civismo e bom senso. Se há coisa que detesto são as falsas moralidades, é tudo uma questão de Ética! Se não sabem a diferença entre Ética e Moral, convido-vos a espreitar um dicionário filosófico, pois está mais do que visto que os dicionários comuns deixam a coisa mal definida e até confusa:

in http://www.priberam.pt:
Ética: disciplina filosófica que tem por objecto de estudo os julgamentos de valor na medida em que estes se relacionam com a distinção entre o bem e o mal.
(parte “errada” que gera confusão: ciência da moral)

Moral: conjunto de costumes e opiniões que um indivíduo ou um grupo de indivíduos possuem relativamente ao comportamento; conjunto de regras de comportamento consideradas como universalmente válidas; lição, conceito que se extrai de uma obra, de um facto, etc.; relativo ao domínio espiritual.
(parte “errada” que gera confusão: parte da filosofia que trata dos costumes e dos deveres do homem para com o seu semelhante e para consigo; ética; que diz respeito à ética)

Há uma grande área em comum entre a Ética e a Moral no que à definição entre o Bem e o Mal diz respeito, mas sem dúvida que a grande diferença entre uma e outra é que a Moral está intimamente ligada ao sentimento religioso enquanto que a Ética é completamente autónoma e independente, apenas estando ligada à nossa condição humana, ao Livre-Arbítrio.
Em filosofia definem-se da seguinte forma:

Ética: é pura e simplesmente o saber viver ou a arte de viver.

Moral: conjunto de normas e costumes que os indivíduos devem respeitar para poderem viver em conjunto, em sociedade.

Ou seja, Ética diz respeito à questão individual e em como devemos viver o melhor possível, de forma egoísta, porque não dizê-lo, significando sempre e obrigatoriamente respeitar os outros indivíduos, também eles no seu processo pessoal de quererem ser egoisticamente felizes, enquanto que Moral diz respeito às regras e leis (umas laicas e outras canónicas) que nos “forçam” a viver “melhor” como grupo.
Para terminar, convido-vos a lerem um livro delicioso (e pequeno, para quem não tem tempo ou não gosta muito) de Fernando Savater: “Ética Para Um Jovem” (péssima tradução de “Ética Para Amador”, no original em castelhano).

sexta-feira, 14 de março de 2008

Verde, laranja, roxo e cortinados do best!

Para a insanidade ser total, só mesmo juntado a verde à cor laranja, com umas pinceladas de roxo, assim em jeito de fato-de-treino de tuga num domingo de manhã quando este vai ao café de xanatas, brilhantina no cabelo, fardula do peito à mostra e palito nos dentes... típico estilo "cromado burguês"!
Verde, amigo de há mais de 2 décadas, companheiro de momentos insanos, palhaço deste circo que é a vida, este post é para ti (assim a modos que a dar-te os parabéns, grande abraço e bem-vindo aos 30!):

Tenho a certeza de que sei a altura exacta em que comecei a caminhar para a loucura, o preciso momento em que iniciei a minha viagem descendente e em espiral rumo à insanidade total. Tudo começou quando comprei uns cortinados cor-de-laranja. Ainda comecei por colocá-los na sala mas não conseguia ver televisão de dia, era impossível. Deixam o ambiente completamente alaranjado e mudam as cores e os tons de tudo. Quando chegava a casa parecia que alguém estava a fazer uma festa e eu tinha chegado tarde e sem ser convidado, as fotografias e posters na parede parecia que estavam todos a sépia. Aconteceu-me algumas vezes ir à cozinha buscar uma banana e trazer um pepino, tirar a caixa de caldos knorr do frigorífico pensando que era uma tablete de chocolate do Lidl, entre muitos outros incidentes deste género. Fartei-me e mudei as cortinas da sala para o quarto. Agora já não é só ao fim de semana ou final do dia. A loucura é todos os dias e começa logo pela manhã quando abro os estores da janela do meu quarto. Uns drogam-se ou embebedam-se, outros dedicam-se à política, outros fazem desporto radical, eu comprei uns cortinados cor-de-laranja!

Termino o post com uma frase tua, para que te lembres sempre: "a felicidade não é estúpida, a estupidez é que é feliz!"

quarta-feira, 12 de março de 2008

Toalhetes, jogo de cintura e maçanetas imundas

Acontece muitas vezes, quando vamos à casa de banho de um restaurante, café ou centro comercial, lavarmos as mãos e só depois, com as mãos encharcadas de água e a pingar, repararmos que não há secador de mãos nem outra forma de as limparmos senão com a máquina de toalhetes para secar as mãos que está atulhada de papéis até ao gargalo. Nesta altura tentamos retirar uma toalhete e só saem pedaços de papel rasgado porque aquilo está atascado... alguém achou que assim não teria de lá voltar tão depressa, talvez o empregado do mês! Quatro murros, seis cotoveladas e dois pontapés depois lá conseguimos secar as mãos, mais pelo tempo de espera do que pelas toalhetes, e deixamos o chão repleto de porcaria - papel, por muito limpo que esteja, e humidade só pode dar porcaria - Agora, procurando agilizar o nosso jogo de cintura, temos de apanhar o que conseguirmos mas sem tocar no chão, porque aquilo está imundo. Lavamos mais uma vez as mãos, secamos, agora as toalhetes já saem pela ordem certa em vez de virem aos packs de cinco, e seguimos em direcção à porta. Nessa altura pensamos na quantidade de pessoas que agarram aquela maçaneta sem previamente terem lavado as mãos depois de usar as instalações. Vá de tentar abrir a porta só com os cotovelos, sem sucesso! Agora utilizando o casaco, sem sucesso! Ainda nos lembramos de ir buscar toalhetes mas escorregam, quando finalmente usamos as mangas e tentamos não nos esquecer daí a cinco minutos de as arregaçarmos quando estivermos a comer, não vá elas tocarem na borda do prato ou nos talheres. Lavar as mãos não dá jeito nenhum e se nos lavamos todos os dias e o corpinho todo no banho, então bastava darmos a proverbial mijadela e voltarmos para a mesa de seguida. Se não fosse confiarmos no asseio do nosso material, chegaríamos à conclusão que os volantes dos automóveis, corrimãos, maçanetas, botões de elevadores, teclados de terminais de multibancos, computadores de trabalho e outras coisas que se agarram e manipulam numa base diária, estariam completamente emporcalhados e cobertos de morraça.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Cinema tuga

Nos tempos que correm, o cinema português resume-se a isto:
Mais um filme com a Soraia Chaves toda descascada, mais um filme com o Nicolau Breiner a fazer de polícia, mas um filme com o Vítor Norte a fazer de bandido, mais um filme com o Diogo Infante a fazer de galã, mais um filme com o Joaquim de Almeida a fazer de Joaquim de Almeida a fazer de qualquer coisa. Não tenho visto grandes evoluções a não ser em termos técnicos. A realização ainda deixa muito a desejar, os argumentos estam pejados de clichés e americaníces e a direcção de actores parece ser feita por encenadores de teatro, só mesmo ao nível da fotografia, som, etc., é que tem havido novidades, mas mesmo assim, longe do que poderia ser... e é pena!

quarta-feira, 5 de março de 2008

Bola, política e à mistura

Hoje estava a ver o Porto x Schalke04 quando me dei conta de uma série de coisas, algumas mais interessantes que outra (ou não!). O Marques Mendes faria a festa num debate político sobre o jogo de hoje, pois poderia referir-se ao guarda-redes do Schalke04 com toda a vontade e gozo – “O Porto foi afastado… ganda nóia!!” (Neuer); lembrei-me que uma das soluções para terminar com a eterna disputa pela televisão em casa das típicas famílias tugas seria as telenovelas serem narradas por comentadores de futebol; e por último, apercebi-me que fico satisfeito quando o Porto ganha jogos na Liga dos Campeões ou Taça Uefa, mas que também fico contente quando perdem!

Quando acabei de escrever o título achei que este post prometia, mas depois de o ler vejo que não poderia estar mais equivocado. Não pode ser sempre tudo ao melhor nível, tem de haver espaço para a expectativa!

terça-feira, 4 de março de 2008

A unhaca, a tecnologia e a polícia do bem

Os tugas são conhecidos pelos seus mais caricatos e bizarros vícios e manhas. Quer seja a escarreta no passeio, o afagar das jóias da família em plena rua, a buzinadela na passadeira quando vêm uma menina, ou os piropos provenientes dos andaimes, é fácil apanhar alguém numa situação grotesca deste género. Quanto a mim, um dos que mais me assusta é a unhaca do dedo mindinho. Seja para limpar o cotão ou a cera do pavilhão e canal auditivo, para a manutenção da narina no eterno combate contra o macacão, ou mesmo para coçar o tomatito por cima das calças sem ter de abrir a braguilha, é uma característica assim tipo… como direi… a atirar para o nojento! Por outro lado, com a velocidade cavalgante a que a tecnologia vai evoluindo hoje em dia e os telemóveis a apresentarem teclados cada vez mais pequenos e com teclas minúsculas, qualquer dia todos nós precisaremos de deixar crescer a unha do dedo mindinho para conseguir escrever sms, por exemplo. Porque será que os tipos da ASAE não implicam com estes hábitos tipicamente portugueses!? Este sim, seria o alvo preferencial de uma verdadeira polícia do consumidor. Imagino uma sociedade modernaça e civilizada em que à ASAE apenas coubesse a função de orientar os cidadãos para o bom gosto e as boas maneiras: multar o excesso de decibéis no que à música pimba diz respeito – poderiam sempre ouvir o que quisessem mas no recato do lar, nunca em altos berros de carro a passear e a intimidar outros cidadãos – andarem munidos de tesouras, canivetes capa-grilos, corta-unhas ou rebarbadoras que fossem, por forma a manter toda a gente de unhas bem aparadas e decentes – há sempre o perigo de se vazar uma vista a alguém sem querer – obrigar as pessoas a puxarem o autoclismo depois de usarem o órinol (lindo vocábulo!) ou a sanita e lavarem as mãos depois de usar qualquer um deles, aventar umas vergastadas a quem cuspisse para o chão ou fosse apanhado a mijar numa esquina, dar uns tabefes ou uma bem assente com a costa da mão a quem deitasse alguma coisa para o chão quando houvesse a possibilidade de a colocar num balde do lixo, especialmente se fosse o invólucro de plástico dos maços de tabaco. Se é para haver polícia que oprima e coaja, ao menos que fosse por uma boa causa!

segunda-feira, 3 de março de 2008

Pau, plástico e a pílula da felicidade

...que se lixe a ASAE! Cá na minha casa usam-se colheres e espátulas de pau e, sempre que é possível, aposta-se na comida tradicional. Já basta o rapa-tachos ser de borracha e a grande parte da comida vir em couvetes de plástico para ainda agora virem estes totós dizerem o que devo ou não utilizar como utensílios na preparação das minhas refeições. Nos restaurantes já me parece mal, então no meu covil é que não pode ser! Pelo que tenho visto nas lojas e supermercados, já vai sendo raro achar material de madeira e vegetais, legumes e fruta disponível para escolha. Qualquer dia ainda se dedicam os feirantes ao contrabando de colheres de pau no lugar de outras coisas. Seja como for, com tanta regra e lei repressiva, se na música o vinyl ainda continua vivo, na cozinha a madeira vai durar para sempre... enquanto houver árvores, pois calculo que os japoneses, depois da melancia cúbica, se dediquem a inventar árvores insufláveis que produzam oxigénio. Os suecos da Volvo já inventaram um sistema de arrefecimento para um automóvel que produz ozono. Pensando nisso, acho que já faltou mais para as refeições do comuns mortais serem do género das dos astronautas, tipo pílula! Se esse dia chegar, engulo-as com shots de Vodka para não me lembrar!