Sobre este tema, achei melhor começar com duas frases, sendo a primeira tipicamente brasileira, das favelas mesmo:
- “pobre gosta mesmo é de luxo, quem gosta de pobreza é intelectual”
- “os brasileiros esquecem a pobreza com a riqueza dos fatos e o calor do samba”
Faz-me impressão o tempo e o dinheiro que se gasta na preparação do típico Carnaval Carioca, tido como o maior e melhor do mundo. Chega a ser quase um ano de organização para ser tudo consumido numa única noite. A esta atitude, chamam os antropólogos e etnólogos de Potlatch (palavra de origem índia que significa “dom”; comportamento de busca de poder que consiste, muitas vezes, na destruição espectacular de enormes riquezas e recursos). Sem querer entrar muito por definições e significados, gostava apenas de mostrar o meu ponto de vista e opinião sobre o Carnaval em duma forma geral. Acho inconcebível que, com a finalidade última da festa e da diversão, se empreenda tanto esforço humano, tempo de trabalho e recursos financeiros na produção de um espectáculo que apenas serve como droga colectiva, tipo pão e circo, com o efeito de provocar o esquecimento da situação real de pobreza, miséria e dificuldades em que se vive num país como o Brasil… ou Portugal! É uma montra de idiotice e falta de inteligência. Ok, há muita corrupção e miséria, o que só provoca abstinência, abstenção e inaptidão, mas quem faz um trabalho de mérito a produzir uma festa destas, também conseguiria empreender esforços em quaisquer outras tarefas que fizessem aquele país andar para a frente. Se há quem mate pela droga, porque tem fome ou inveja, que se organizem e se façam ouvir numa revolução… matem pela terra, pelo orgulho cultural e pela subsistência como povo. Assim não vão a lado nenhum! É pelo simples facto dos pobres ansiarem pelo luxo, e não pelo desejo de uma vida melhor, justamente, que as coisas estão como se mostram: um fosso cada vez maior entre pobres e ricos, e pouca capacidade de produzir pontes para o atravessar ou de ganhar fôlego para o conseguir cruzar a nado. Mantermo-nos à tona não é viver! Os brasileiros não são assim tão diferentes dos portugueses e nós até podíamos aprender com o que vemos neles, se assim o quisermos ver, claro! Se o Natal é quando um homem quiser, também o Carnaval o é. Não podemos andar cinzentos e taciturnos um ano inteiro, enchendo-nos de vontade e motivação só para gastarmos tudo em duas ou três ocasiões por ano. Temos de andar de olhos bem abertos sempre e não deixar que nos comam por parvos. Sejamos audazes e atrevidos. Tenhamos a coragem de nos dedicarmos a ser felizes. Desliguemos as televisões, não compremos mais revistas, e sobretudo não invistamos no apelo à ignorância, à pacatez e à mediocridade. Já basta de sermos um povo de brandos costumes. Deixemos a Amália e a Irmã Lúcia morrer, e assassinemos o Fado e a Saudade!! A estupidez é de facto feliz, mas só é verdadeiramente néscio quem faz por isso ou se deixa andar nesse caminho pouco sinuoso e fácil. Basta um suspiro e a percepção da realidade para tudo passar a ser diferente… WHAT IS THE FUCKING MATRIX!!!
- “pobre gosta mesmo é de luxo, quem gosta de pobreza é intelectual”
- “os brasileiros esquecem a pobreza com a riqueza dos fatos e o calor do samba”
Faz-me impressão o tempo e o dinheiro que se gasta na preparação do típico Carnaval Carioca, tido como o maior e melhor do mundo. Chega a ser quase um ano de organização para ser tudo consumido numa única noite. A esta atitude, chamam os antropólogos e etnólogos de Potlatch (palavra de origem índia que significa “dom”; comportamento de busca de poder que consiste, muitas vezes, na destruição espectacular de enormes riquezas e recursos). Sem querer entrar muito por definições e significados, gostava apenas de mostrar o meu ponto de vista e opinião sobre o Carnaval em duma forma geral. Acho inconcebível que, com a finalidade última da festa e da diversão, se empreenda tanto esforço humano, tempo de trabalho e recursos financeiros na produção de um espectáculo que apenas serve como droga colectiva, tipo pão e circo, com o efeito de provocar o esquecimento da situação real de pobreza, miséria e dificuldades em que se vive num país como o Brasil… ou Portugal! É uma montra de idiotice e falta de inteligência. Ok, há muita corrupção e miséria, o que só provoca abstinência, abstenção e inaptidão, mas quem faz um trabalho de mérito a produzir uma festa destas, também conseguiria empreender esforços em quaisquer outras tarefas que fizessem aquele país andar para a frente. Se há quem mate pela droga, porque tem fome ou inveja, que se organizem e se façam ouvir numa revolução… matem pela terra, pelo orgulho cultural e pela subsistência como povo. Assim não vão a lado nenhum! É pelo simples facto dos pobres ansiarem pelo luxo, e não pelo desejo de uma vida melhor, justamente, que as coisas estão como se mostram: um fosso cada vez maior entre pobres e ricos, e pouca capacidade de produzir pontes para o atravessar ou de ganhar fôlego para o conseguir cruzar a nado. Mantermo-nos à tona não é viver! Os brasileiros não são assim tão diferentes dos portugueses e nós até podíamos aprender com o que vemos neles, se assim o quisermos ver, claro! Se o Natal é quando um homem quiser, também o Carnaval o é. Não podemos andar cinzentos e taciturnos um ano inteiro, enchendo-nos de vontade e motivação só para gastarmos tudo em duas ou três ocasiões por ano. Temos de andar de olhos bem abertos sempre e não deixar que nos comam por parvos. Sejamos audazes e atrevidos. Tenhamos a coragem de nos dedicarmos a ser felizes. Desliguemos as televisões, não compremos mais revistas, e sobretudo não invistamos no apelo à ignorância, à pacatez e à mediocridade. Já basta de sermos um povo de brandos costumes. Deixemos a Amália e a Irmã Lúcia morrer, e assassinemos o Fado e a Saudade!! A estupidez é de facto feliz, mas só é verdadeiramente néscio quem faz por isso ou se deixa andar nesse caminho pouco sinuoso e fácil. Basta um suspiro e a percepção da realidade para tudo passar a ser diferente… WHAT IS THE FUCKING MATRIX!!!
2 comentários:
Parabéns, está de facto um belo texto. Gostei particularmente da inclusão do termo "Potlatch". Denota algum escolasticismo, o que é sempre bom.
Como sabes, eu também detesto o Carnaval, pelo menos como nós o vivemos e "importamos" de outro lado que nada, mas mesmo nada tem a ver connosco.
Metendo algum sarcasmo e ironia, adorei quando dizes "Desliguemos as televisões, não compremos mais revistas, e sobretudo não invistamos no apelo à ignorância, à pacatez (...)"
Eu até acrescentaria, desliguemos o PC, desliguemos o PC, desliguemos o PC.... doseemos para níveis mínimos e necessários a nossa vida informática e lembremo-nos que HÁ de facto uma vida out there...
;) :P
Em resposta ao "I think I know your name but I might be wrong", eu acho que nós importamos coisas de todo o lado, principalmente dos brasileiros e dos espanhois, acontece que os brasileiros são uns curtidos mas não são muito espertos, e os espanhois são muito espertos mas não são muito curtidos... são mais ou menos! Deviamos tirar o melhor de cada um e tornarmo-nos melhores para nós próprios. Tou farto de gente mediocre!
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