Tudo o que a um domingo diz respeito eu compreendo excepto a má programação. Sair de casa, passear com a família ou os amigos, dar uma volta de mota ou descapotável, ir ao Jardim Zoológico ver os desgraçados dos bichos enclausurados e tristes enquanto os putos se brigam contentes por um saco de pipocas, ver um jogo de futebol ou qualquer outro espectáculo, pesca, caça, descansar e curtir uma sesta no alpendre… tudo feito no seu ritmo. Isso eu percebo e até aprecio alguns desses programas típicos de fim-de-semana, só não entendo o porquê da má programação da televisão e principalmente os filmes maus. Será para castigar quem fica em casa? Que não merece melhor por não ter arranjado melhor programa? E pior, porque é que quando ficamos em casa a ver televisão, sozinhos ou acompanhados, nos deixamos ficar até ao fim de um filme mau, independentemente do canal em que passa, quer tenha intervalos ou não, e não decidimos dormir, ler um livro, jogar computador, seja o que for!? Parece ridículo mas é mesmo assim! Não sei porque processos passa o meu raciocínio lógico enquanto estou a ver televisão ao fim-de-semana, mas posso garantir que não me sinto eu mesmo durante esse tempo. Faz-me lembrar uma frase do Calvin & Hobbes de uma tira da banda-desenhada:
O Calvin ajoelha-se frente à televisão, ainda desligada, e com os braços esticados para a frente e a cara quase encostada ao tapete profere a seguinte frase:
- “Oh altar do entretenimento passivo, concede-me as tuas imagens incongruentes a uma tal velocidade que torne o pensamento linear impossível…”
Segundos depois, senta-se e ali fica a ver o que está a dar.
É mesmo esta a questão e com tanto canal que há hoje em dia até parece ridículo, irónico talvez, mas ficamos muitas vezes frente à televisão a ver o que dá e não necessariamente a ver o que queremos.
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