terça-feira, 30 de outubro de 2007

300

Confesso-me um convicto interessado pela Numerologia, Matemática e tudo o que tenha a ver com números, mas prometo que não vou continuar com este tipo de títulos por muito mais tempo. Por falar em números, recordo que sempre detestei a Matemática na escola até ter chegado à Universidade e conhecido o meu professor da cadeira de Matemática II do curso de Sociologia. Nunca tinha visto ou pensado a Matemática daquela forma. O tipo explicava as parábolas com arremessos de paus de giz; mostrava o interesse da Trignometria com slides lindos da Catedral de Alhambra; comentava o funcionamento da Estatística com o visionamento e consequentes debates de filmes como o 2001, A Space Odissey e outros do género. Aquilo é a uma aula! Mando desde já um cínico e venenoso “olá” à minha professora de Matemática do 9º, 10º e 11º, que sempre me chumbou e mesmo assim acabei o ensino secundário. Foi o azar de ter sempre apanhado professores de Matemática péssimos e a nunca esperada sorte de ter apanhado a reforma do ensino secundário. Não me lembro de ter pedido favores a ninguém, calhou! Mas a realidade dos terríveis professores de Matemática contrastava vivamente com os belíssimos professores de História, Filosofia e Psicologia que também tive a oportunidade e o prazer de conhecer e assistir às suas aulas desde o 9º até ao 12º, passando também para a Universidade. É como tudo, há bons profissionais em todos os ramos, trabalhos e funções.
Agora passo para o tema que me levou a escrever este post.
Vi aqui há dias o filme 300 e gostei bastante. Parti para o seu visionamento com algumas reservas, mas passados poucos minutos dissiparam-se. O filme, que embora o belíssimo aspecto é um low budget movie, conquistou-me pela imagem, realização, produção, pela coragem na adaptação de mais uma BD do Frank Miller, mas principalmente pela história e argumento. Convido-vos a todos a vê-lo, não necessariamente na minha casa, pois vale bem a pena. Já agora deixo outra dica no éter, também ele um filme e uma adaptação de uma BD do Frank Miller, desta feita pelo realizador Robert Rodriguez: Sin City. Já tem uns aninhos e talvez só se apanhem dvd’s de aluguer carregados de riscos e impressões digitais mutantes, mas vale o esforço de tentar alugar ou mesmo comprar. Em tempos natalícios arranjam-se este tipo de filmes em dvd bastante baratos, naquelas grades de miscelânea cultural que os hiper-mercados têm na zona dos electrodomésticos em que misturam concertos do Tony Carreira ou do Caetano Veloso com filmes tipo The Secret Of My Sucess e Apocalypse Now, Redux. Como sempre ouvi do meu pai desde pequeno, “é fartar vilanagem”!

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

500

Chegámos ao fofinho e redondinho número de 500 posts publicados. 500 posts escritos, muitos lidos e alguns comentados. Era uma tarefa impensável e quase megalómana no início, mas eis que aqui chegámos. Chegámos no plural, pois! Nada disto tinha sido possível, não fosse o incentivo que vocês proporcionam com as constantes e infindáveis visitas. Sendo assim, endereço os parabéns a quem cá passa e dedica um pedadinho do seu tempo a consultar este cardápio de pensamentos gasosos. Obrigado pela força! Vou tentando responder com dedicação e vontade em perpetuar esta baiuca cibernética. Um grande bem haja a todos!

domingo, 28 de outubro de 2007

O tempo muda ou somos nós que (o) mudamos?

Esta noite mudou o tempo, aliás, a hora, o que é sempre um conceito e um processo de alteração da realidade perceptível, profundamente interessante. Assim que me levantei, ainda meio estremunhado e com a visão desfocada, pensando que já era meio dia, o que me dava muito pouco tempo de descanso no conforto do meu sofá da sala e me fazia ganhar consciência de que me deveria ir dirigindo para a cozinha por forma a ir preparando o que viria a ser, horas mais tarde, uma amostra pouco recomendável de um almoço, deparei de imediato com o brilho ofuscante do relógio do meu pouco utilizado vídeo VHS - que é automático nestas mudanças e acertos horários, pois que se liga ao teletexto, coisa que nunca percebi para que serviria até chegar ao meu primeiro equinócio de Inverno com este aparelho fantástico na minha sala, reparando neste extraordinário e mui útil pormenor - que me dizia que ainda eram apenas 11h. Passados alguns minutos no refastelo do meu sofá, recordei mais um episódio caricato dos meus tempos de adolescente.

Quando era puto, por volta dos 14 anos, uma das coisas que me dava real gozo era voltar para casa à noite fora do horário de chegada, pré-estabelecido em conversa com os meus pais, e chamar-lhes à atenção de que estava a cumprir integralmente o combinado, apenas que o horário tinha mudado. Para um típico adolescente com o normal respeito pelos seus progenitores, mas também com a emergente vontade de desafiar o estabelecido, isto era o culminar de muito tempo de espera e poder realmente desafiar a autoridade, sem que isso resultasse em qualquer tipo de sermão ou castigo. A chamada chapada de luva!

No Verão perdia-se uma hora, mas no Inverno era a loucura total. Mais uma hora para estar na rua com os amigos, ou nos copos com os amigos, ou na jogatana com os amigos, ou na cantoria e guitarrada com os amigos, ou na conversa com os amigos, ou aos beijos com as amigas. Belos tempos! Cerca de 30 minutos depois, muitas imagens deliciosas que passaram pela minha mente e todo um processo árduo de compilação, síntese e escrita, num portátil que me aquece as pernas mas que já vai sabendo bem porque o tempo, melhor, o clima, também está a mudar e ainda não tenho os meus gatos a viver comigo para me aquecerem e a manta que comprei no Ikea não é de lã e não aquece assim tanto, mas também quem me manda a mim estar de boxers e t-shirt numa altura destas em que acho que esta frase já vai chata e comprida demais para um razoável entendimento da minha escrita maluca, eis que me levanto a caminho da cozinha... bom resto de fim de semana.

sábado, 27 de outubro de 2007

13, esse número mágico!

Não resisti a publicar um desabafo cibernético que recebi em forma de e-mail, de uma pessoa muito próxima... o tipo de humor, se o quiserem reconhecer, é muito semelhante ao que aqui tem sido exposto e sendo assim não destoa. Deve ser mal de família!

Domingo, 14 Outubro, de manhã.
A RTP1 transmitia, em directo, as cerimónias de Fátima.
A SIC transmitia, em directo, as cerimónias de Fátima.
A TVI transmitia, em directo, as cerimónias de Fátima.
A TSF transmitia, em directo, as cerimónias de Fátima.
A Rádio Renascença transmitia, em directo, as cerimónias de Fátima.
Tive medo de ligar a torradeira...

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Manual de sobrevivência em sociedades decadentes e apodrecidas

Deixo-vos uma lista de coisas obrigatórias e urgentes de serem assimiladas e digeridas... sem mais comentários:

Documentários
- Bowling For Columbine
- Farenheit 9/11
- Loose Change, 2nd Edition
- Zeitgeist
- An Inconvinient Truth

Filmes
- V For Vendetta
- The Matrix (pelo menos o 1º filme + Animatrix)
- The Wall / Pink Floyd (o filme)
- Thin Red Line
- The Shawshank Redemption
- American Beauty
- The Day After Tomorrow
- O Código DaVinci
- In The Flesh / Roger Waters (concerto)

Música
- The Wall / Pink Floyd
- Dark Side Of The Moon / Pink Floyd
- Wish You Were Here / Pink Floyd
- Animals / Pink Floyd
- Final Cut / Pink Floyd
- The Pro's And Cons Of HitchHiking / Roger Waters
- Radio K.A.O.S. / Roger Waters
- Amused To / Roger Waters
- Flickering Flame / Roger Waters
- OK Computer / Radiohead
- Pigs, Peasants And Astronauts / Kula Shaker
- Chicago III / Chicago

Livros
- O Pêndulo de Foucault / Umberto Eco
- O Código da Bíblia / Michael Drosnin
- O Processo / Kafka
- Metamorfose / Kafka
- Anti-Cristo / Nietzsche
- Assim Falava Zaratustra / Nietzsche
- O Admirável Mundo Novo / Aldous Huxley
- Fernão Capelo Gaivota / Richard Bach
- Ética Para Amador / Fernando Savater

Sites
The Ultimate Conspiracy Guide
Só me Apetece é Cobrir



Pode estar a faltar-me qualquer coisa de essencial, mas depois vou acrescentando ou vocês podem contribuir para isso!

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Parado vs Andando

Tenho andado extremamente preocupado com as notícias sobre o endividamento das famílias portuguesas e a questão do crédito mal parado. Hoje vi uma notícia que me deixou a pensar… “mal parado”... mas que raio de conceito manhoso é este!? Por mais voltas que o crédito dê, por muito que vá andando por ai, acaba sempre no mesmo sítio... no banco! Não há volta a dar e isto raramente significa que pare na nossa conta, só se for tipo paragem nas boxes. Aliás, desafio qualquer português de classe média e média-baixa a tentar ter dinheiro na sua conta à ordem por mais de quatro meses sem lhe mexer, esquivando, muitas vezes a todo o custo, os empréstimos pré-aprovados, os créditos pessoais, cartões de crédito, aplicações, ordens de compra de acções, etc. É uma tarefa próxima do impossível. Mais fácil se revela uma fuga às empresas de telecomunicações ou aos indianos vendedores de rosas na noite. Depois há os perdões de juros e de empréstimos, mas isso é só para alguns. Eles bancam o dinheiro e nós bancamos o otário!

terça-feira, 16 de outubro de 2007

A humanidade e o tampo da sanita

O tampo da sanita será dos objectos mais enigmáticos que poderemos encontrar nas nossas casas. É claro que alguém poderia, e bem, contra-argumentar referindo que há o poutpourri no 'ólio' de entrada, os ambientadores de armário ou as bolas de naftalina, as velas altamente decorativas que nunca mas nunca se acendem, nem naquela noite de consoada às escuras ou no aniversário em que a avó se esqueceu de colocar velas no bolo de anos do neto, um candeeiro cuja lâmpada de fundiu e nunca mais se substitui porque só nos lembramos quando o tentamos acender e nunca quando vagueamos pelos corredores do supermercado, entre muitos outros exemplos, uns mais funestos do que outros. Volto à questão da casa de banho porque é a divisão da casa que mais me fascina. Vibro com muitas outras coisas na minha casa, mas o wc é de longe o mais apelativo. É a divisão mais fácil de apreciar e criticar ao mesmo tempo. Não há grandes móveis, gaveta ou baús para esconder as coisas, ficando quase tudo à vista. As mulheres adoram todas as casas de banho, quer seja num restaurante, hotel ou em casa de amigos, adoram ir espreitar! Nos bares e discotecas pelam-se por ir em par ou trio, e para fazerem fila esperando a vez de cada uma não é de certeza, a não ser que isso meta conversa, e esta conversa pode ser sobre os mais ínfimos assuntos, não necessariamente sobre a própria casa de banho. Voltando à questão do tampo da sanita, prometendo não voltar a falar sobre os tampos translúcidos com objectos no seu interior, lembrei-me destes serem um dos assuntos que mais opõe e divide os sexos. As mulheres queixam-se dos homens deixarem o tampo e a tampa levantados, encostados ao autoclismo ou à parede, numa verdadeira – dizem elas – atitude desrespeitosa e indelicada para com ou vários utilizadores da dita casa de banho. Por outro lado todos se queixam das pinguinhas que por vezes algumas almas mais descuidadas ou com menos tendência para o número circense deixam no tampo sem se preocuparem em limpar, talvez porque nem se preocupem com mais nada além do alívio oportuno. Depois também há, e já foi referido anteriormente, os que se sentam para mijar quando muito bem o poderiam fazer de pé. Pois que a natureza os brindou com essa fantástica mais valia em detrimento da capacidade de ter orgasmos múltiplos, por exemplo, que só as mulheres podem ter – a capacidade e os próprios orgasmos, dois momentos bem distintos – que por força das circunstâncias mijam sempre sentadas ou de cócoras; estes são os verdadeiros artistas. O que me ocorreu, e bastante me apraz relatar, é que as mulheres, no alto da sua (des)preocupação, também deixam a tampa para cima, e isso chateia os homens, alguns! Passo a explicar: os homens levantam tampa e tampo para poderem mijar de pé; as mulheres e os tais artistas levantam apenas a tampa para mijarem sentados. O mais comum é toda a gente deixar a sanita em constante e eterno estado de premente utilização. Sendo assim, porque é que só as mulheres é que podem queixar-se dos homens deixarem o tampo levantado? Eles não se podem queixar-se delas (e dos artistas) deixarem a tampa levantada!? Há um sem número de razões pelas quais tudo deve estar no seu lugar, nomeadamente o tampo e a tampa em baixo, mas apenas ressalvo a mais importante: pode cair alguma coisa valiosa para aquele buraco negro de loiça e quando isso acontece, sendo de facto algo estimável ou insubstituível, torna-se no mínimo chato ter de arregaçar a manga para retirar o que quer que seja que lá foi parar. Pois que tirar aquilo com um utensílio de cozinha ou de jardim não dá assim tanto jeito, mas convém sempre tentar primeiro. Isto é como fazer piscas nas rotundas. Não sejam preguiçosos e deixem as coisas na sua devida disposição, tampo e tampa para baixo, mas acima de tudo tenham atenção ao sentar-se. Façam-no depois do anterior utilizador se ter levantado. Não convém criar embaraços e confusões num espaço tão exíguo.

sábado, 13 de outubro de 2007

A puta da loiça suja

É oficial! Juntei tanta loiça durante meia dúzia de dias em jantares a solo e jantaradas com amigos que já levo dois dias a lavá-la e ainda tenho os talheres e os tupperwares para acabar. É certo que não passei as quatro ou cinco horas úteis que tenho para estar em casa por dia, de roda do lava-loiças nesta árdua tarefa, mas dediquei algo mais acima de dez minutos por dia para dar a volta à imundice em que se transformou a minha cozinha. Mais não seria possível, uma vez que tenho de reservar algum tempo para o piano, o blog, a consola e também para o convívio com o sexo oposto, não necessariamente por esta ordem ou com a mesma importância. Estou a ponderar seriamente arranjar loiça descartável e cingir-me ao canivete, tipicamente alentejano, para consumar as minhas refeições caseiras e sempre que puder levar-me a comer fora, uma vez que na minha cozinha não há onde conectar uma máquina de lavar a loiça que por acaso até tenho possibilidades de comprar. Paciência! Mas esta história da quantidade de loiça que se acumula na casa de um homem solteiro tem muito que se lhe diga. É um verdadeiro e categórico teste à resistência masculina face às necessidades inerentes à vida em sociedade. Já lá vai o tempo em que se era obrigado a caçar para sobreviver, quando um homem não sabia o que era um napron ou um descascador de alhos e a nouvelle cuisine ainda estava bem longe de ser inventada. Nessa altura bastava um pau comprido para atirar aos bichos e dois paus curtos para acender uma fogueira. Não havia banho-maria ou refogados com caldos knorr e a comida não era confeccionada, apenas pendurada ao lume durante o tempo que fosse preciso. As labaredas, em jeito de lume brando ou alto, dependiam apenas da quantidade de lenha que havia para queimar. Não que faça a apologia desses inauditos tempos, embora a minha mente esteja povoada de boas memórias de acampamentos e pic-nics no campo, mas recordo tudo isto com alguma nostalgia.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Congratulations Mr. Gore!

Normalmente não me surpreendem os prémios dos festivais de cinema ou os Nobel, mas lá de quando em vez aparece uma nomeação mais interessante e muito raramente ganha aquele que menos esperávamos. Depois de dois Oscars e uma catrefada de outros prémios com o documentário "An Inconvinient Truth", agora foi a vez da surpresa total: Al Gore e o Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas da ONU foram os justos vencedores do Nobel da Paz deste ano. Isto só prova que um homem que tem dedicado toda uma vida à questão do aquecimento global e das alterações climáticas tem mexido com as consciências e deixado muita gente preocupada. Agora, será que isto chega? NÃO!! Não basta apercebermo-nos da importância da questão, nem tão pouco saber da premência que ela acarreta. Não chega fazermos pequenas alterações ou ligeiros ajustes. Temos de reestruturar a vida em sociedade. É preciso mudarmos radicalmente a nossa postura e forma de fazer as coisas, não apenas a forma de pensar as coisas, isso é o princípio mas nem pode ocupar muito tempo, há que arrepiar caminho e ser-se rápido e decidido a agir, é isso que importa neste momento. Fazer pressão junto dos grupos económicos para que os grandes poderes por detrás das companhias eléctricas e petrolíferas, os fabricantes de automóveis e demais envolvidos possam, não apenas pela viabilidade económica, que sem dúvida é importante nesta sociedade, mas também pela urgência em evitar uma catástrofe de dimensões globais que nos afecta a todos e nunca vista desde que há seres humanos a povoar este planeta. A questão final e última é mesmo esta: o planeta está a corrigir, naturalmente, os desvios que intencionalmente provocámos no seu equilíbrio dinâmico. A mãe natureza prevalecerá sempre, espero! Uma última consideração muito pessoal. Não se deixem ficar por gestos importantes, sem dúvida, mas de consequências mínimas face ao que importa realizar. Separar os lixos é importante mas não chega! Mudem a vossa vida para todos podermos gozá-la da melhor forma possível por muito e bom tempo.

Por fim, deixo uma lista de coisas que se podem fazer que ajudam bastante e sem dúvida ajudam o planeta e a nossa carteira:
- separem os lixos
- não deixem os equipamentos eléctricos em stand-by (com a luzinha acesa), desliguem tudo no botão ou na corrente
- não deixem os transformadores de telemóveis, computadores portáteis, consolas de jogos, etc. ligados à corrente, desliguem tudo da ficha quando não estão a ser utilizados
- cuidado com os gastos de água e de electricidade desnecessários, racionalizem
- troquem as lâmpadas incandescentes normais por lâmpadas fluorescentes e economizadoras
- limpem regularmente os filtros dos ar-condicionados
- apostem em painéis solares térmicos substituindo caldeiras eléctricas (extremamente dispendiosas) e esquentadores a gás (outros que tal)
- sempre que possível estender a roupa na corda em vez do secador eléctrico
- isolem bem as portas e janelas, conseguem-se grandes poupanças de energia no verão e inverno desta forma
- mudem as janelas e portas normais para vidro duplo
- quando comprarem equipamentos novos escolham os mais eficientes do ponto de vista energético, mesmo que inicialmente possam ser mais caros, vai fazer a diferença na carteira ao longo do tempo
- vão ver estas e outras dicas ao site: http://www.climatecrisis.net/

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Sonhos do demo

Hoje acordei a meio da noite depois de ter sonhado que era um glutão do Omo... não foi propriamente um sonho mau, nem tão pouco um pesadelo, mas também não foi um sonho fofinho. E era só isto, ou foi apenas o que eu fixei, mas chega perfeitamente para perceber o nível de insanidade a que estou sujeito durante a noite. De dia até levo uma vida normal, mas de noite a conversa é outra. Não consigo controlar minimamente o que se passa dentro da minha cabeça, depois de me deitar. Felizmente nunca me deu para sonhar com o Alberto João Jardim de cinto de ligas a recitar poesia em francês; ou o Sócrates com uma farda das SS, a regurgitar passagens do Mein Kampf com excertos do Anel dos Nibelungos tocados em rings de telemóveis; ou o Cavaco Silva a comer doce de natas sem qualquer tipo de utensílio de cozinha e mais uma vez a mastigar de boca escancarada, ou qualquer coisa do género... ou pior ainda! Mas ainda assim, quando me dá para a maluquice, é sempre dentro dos limites do bom gosto.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Estado Novo 1 x Velho Sócrates 2

Antes fosse o resultado do jogo entre duas equipas do distrital de futebol…

Com tudo o que se tem passado ultimamente e com o receio que tenho de que um dia destes possamos cair numa nova ditadura, decidi escrever este post, sem conteúdo que pudesse gerar uma possível e mais que provável acusação por difamação e injúria, para tentar perceber se é possível controlarem a minha vida, cibernética ou física, com pequenos ajustes harmoniosos e simpáticos.

O que quero dizer com isto? Será que isto é o Matrix, 1984 e Pink Floyd que há em mim?

Vamos ver se este blog se mantém online por muito mais tempo, agora que decidi dedicar-me a beliscar o poder onde mais comichão este sente. Já o fiz noutras ocasiões, embora de forma mais ligeira.

Hoje sacrifico-me a dizer que este governo é dos mais à direita que este país já teve nos últimos 30 anos; que as suas políticas sociais e de emprego metem nojo e apenas servem os grandes patrões; a política para a saúde apenas serve os grandes interesses económicos; o plano tecnológico é uma anedota que só faz rir gestores de algumas grandes empresas de telecomunicações; os favores, o nepotismo, o compadrio, teimam em existir e mostrarem-se um pouco por todo o lado e em todas as áreas da sociedade; o presidente da república, o tal do bolo-rei, é um fantoche; o pseudo engenheiro parece enganar meio mundo sem que ninguém se ofenda verdadeiramente com isso; quem ousa enfrentar publicamente as autoridades e o governo acaba despedido, afastado ou intimidado (exemplo mais escandaloso e recente: José Rodrigues dos Santos, RTP); os dirigentes desportivos mandam mais neste país do que aqueles em quem votamos (os que votam)… se um árbitro tendencioso, parcial, corrupto, com mau feitio e gosto por meninas fosse chamado a apitar este jogo, de certo se sentiria mal. No mínimo intimidado! É daqueles jogos em que qualquer que seja a equipa a vencer, acabamos todos por perder! Vá, agora “…mandem-me lavar as mãos antes de ir para a mesa, filhos da puta de progressistas do caralho da revolução que vos foda a todos…”

Acabo com Zé Mário Branco e acabo bem, espero!