A ida a uma casa de banho que não a da nossa casa é sempre uma aventura. Se for em viagem temos as áreas de serviço, os restaurantes e cafés, parques de campismo etc., sendo que cada um destes cenários traz um sem número de eventualidades caricatas e cómicas passíveis de explorar num outro post, mas se for em casa de outras pessoas, até mesmo familiares ou amigos, também não ficam longe as possibilidade de acontecimentos humorísticos e bizarros. Dada a situação, não tendo o cuidado de tentar perceber se o rolo exposto de papel higiénico está no fim ou não, e se sim, se haverá mais rolos à nossa disposição, nem que para isso tenhamos que vasculhar os armários e gavetas alheios, pode tornar-se num autêntico pesadelo. Caso isto aconteça, o que devemos fazer?
Chamar alguém que nos venha acudir? – e a vergonha de termos que ir destrancar a porta e aparecer de calças em baixo e sermos vistos pela frincha que se abre à largura de se conseguir fazer passar um rolo de folha tripla?
Enviar um sms ou ligar a alguém que discretamente peça ao dono da casa para fazer a tão necessária reposição do stock de rolos de papel higiénico? – é nesta altura que nos lembramos da razão que nos levou a comprar aquelas calças com bolsos de lado, que tanto jeito dá para trazer o telemóvel sem nos lembrarmos que andamos com ele sempre atrás, e nunca surgiu a hipótese de as levarmos para uma caçada, pescaria ou prova desportiva no meio do mato ou da selva!
Usar o bidé? – aquele mono de loiça que muitas casas-de-banho têm e que nem sempre reparamos neles até lhes darmos uma biqueirada sem querer e aí nos lembrarmos que não o utilizávamos desde criança, quando as nossas mães nos obrigavam a lavar os pés no verão antes de nos irmos deitar?
Usar a toalha das mãos? – dificilmente conseguiríamos esconder a toalha permanentemente e levá-la para casa para mais tarde a entregar lavada (!?) fica completamente fora de hipótese!
Vestir as calças antes de acabar o serviço também é completamente impensável sem que haja um urso, um polícia ou uma bichona louca no nosso encalço para nos apanhar.
Haverá, porventura, tantas hipóteses quantas as mentes perversas a reflectir sobre elas. Até hoje, posso gabar-me de nunca ter passado por uma situação destas, mas já me vi enredado numa do género e consegui desenrascar-me porque tinha um canivete suíço no bolso (das tais calças)… o autoclismo avariou-se e eu consegui safar-me em beleza! Não vou entrar em pormenores, mas o McGiver não teria feito melhor.
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