segunda-feira, 28 de abril de 2008

Desporto, palmadas e uma confusão dos diabos

A questão das palmadas é dúbia e leva-nos a terrenos estranhos, no mínimo desconfortáveis. Um tipo como eu até pode gostar de levar umas palmadinhas mas só se for uma mulher a dar, ou os meus pais. O meu pai é o único homem que me pode dar palmadas. Não que eu queira ou goste, mas numa situação extrema de mau comportamento, o que me parece de todo improvável, uma vez que já estou na casa dos trinta, até admito essa remota possibilidade. Irritam-me os treinadores e colegas de alguns desportos de equipa que dão palmadinhas no rabo antes de se entrar ou sair do campo de jogo. Quando jogava volei, em gaiato, detestava isso e mostrava que não queria. Pancadinhas nas costas, abraços mais ou menos musculados ainda ia, palmadas é que não! Agora até há jogadores que dão beijos na cara (e na boca!) quando outro marca golo. Isto tudo me faz confusão! De certa forma até já tinha concebido a ideia de que a tourada ou o rugby seriam actividades artísticas ou desportivas que os homens teriam inventado para se poderem agarrar, apalpar, cheirar, sem terem de cair no óbvio, como a sauna, os banhos turcos, as massagens ou a guardação de vacas, mas no futebol e outros desportos do género? O que é que se passa com estes homens de hoje!? Ele é homosexuais, bissexuais, metrossexuais, transsexuais, hermafroditas, transformistas, transviados e até os que se enquadram na categoria “tipo Zé Castelo Branco”. Parece-me que as mulheres estão cada vez mais masculinas e os homens cada vez mais parvos!

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