domingo, 3 de junho de 2007

O carro, o calor e alguns momentos de irritação

Entramos no carro e está um calor de morte. Como se não bastasse a temperatura altíssima que está na rua, assim que entramos e até que o ar condicionado do carro comece a debitar ar fresco num caudal minimamente simpático, temos de gramar aquele bafo quente que mal nos deixa respirar. Passados dois ou três minutos, na melhor das hipóteses, a temperatura ambiente no interior do carro vai melhorando mas ainda seguimos de vidros abertos e com um mau feitio do caraças porque vamos nesse momento a descer uma ladeira e o cinto de segurança fica preso antes de termos fita suficiente para dar a volta ao corpo. Sem capacidade de o enfiar no sítio certo, lá vamos nós a bufar de calor e inabilidade, pensando na eventual possibilidade de aparecer a polícia no caminho, alternando de braços entre o volante e os puxões constantes do cinto até que deixamos de travar e ele se solta de imediato. Colocamo-lo no sítio certo, voltando as duas mãos ao volante, e finalmente atingimos alguma estabilidade e despreocupação, agora sim! Nisto procuramos os óculos e sem nos lembrarmos de que tinham ficado no tabelier do bólide a tarde toda, apercebemo-nos dessa realidade da pior forma assim que encostamos os aros à pele quando os colocamos atrás das orelhas. Mais quatro ou cinco palavrões, nomes feios e três porradas no volante e lá nos fazemos à estrada… Quanto a mim o Verão é a estação do ano mais simpática a seguir ao Inverno, especialmente quando cheira a férias e a aventuras curiosas e interessantes, mas há sem dúvida uma série de cuidados a ter em mente constantemente (que final engraçado… ou não!).

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