terça-feira, 11 de agosto de 2009

Bíblia, mangueira e linguiças

Ainda pensando em coisas difíceis de controlar e antever, lembrei-me de mais coisas em que falho sempre e de forma sistemática. Os recipientes de vinagre ou molho de soja, entre outros produtos passíveis de serem encontrados numa dispensa, são aquele tipo de frascos com uma tampa de plástico em que se tem de fazer um furinho para que o líquido possa sair e depois aquilo esguicha para todos os lados como se não houvesse amanhã. Quando vou a temperar a salada com o vinagre, por exemplo, preciso de saber para que lado o mesmo vai esguichar para me prevenir e, além de acertar na malga da salada, sendo esse o propósito último de todo processo do tempero, não levar com um esguicho no olho ou eventualmente acertar na t-shirt que trago vestida – pois que me esqueço sempre de colocar (vestir!?) o avental – e depois ter de ir a correr lavar a velhaca nódoa e bafejá-la com o ar quentinho do meu secador de cabelo que a minha mãe me ofereceu. Por tudo isto decidi desenhar uma setinha junto do bocal de saída com uma caneta de acetato para saber como apontar a “mangueira” de forma a evitar uma hecatombe (embrulha Cavaco!) na cozinha. Se trocarmos o exemplo do vinagre por um outro em que se possa estar a jorrar álcool para um assador de linguiça, o desastre pode assumir proporções bíblicas.

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