sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Mecânicos, roubos e teletransporte de massas

Há um fenómeno bizarro a passar-se nos meandros da mecânica automóvel que ultrapassa todos os limites do ridículo. O ritual do aperto de mão, que não é bem aperto de mão mas sim de pulso, é algo que transcende a minha compreensão e me deixa sensivelmente banzado, assim a tender para o atónito. O mecânico oferece o pulso ao cumprimento quando tem as mãos sujas e nós, que passaríamos bem com apenas um “bom dia”, “boa tarde” ou até mesmo um inocente “olá, como está!”, deixamo-nos levar por esta estranha forma de saudar que em nada nos beneficia porque o tipo vai acabar por nos fazer puxar do cartão de MB ou do cheque no final da conversa, naquela que é uma das mais cândidas formas de nos roubar nos tempos que correm. Sabemos que o mesmo se passa com os taxistas e as empresas transportadoras em geral, com os combustíveis, os parques de estacionamento, entre outros, mas que é difícil sermos nós a fazer a revisão ao carro no quintal ou à frente da porta do prédio ou deslocarmo-nos para onde quer que seja sem ser no nosso veículo ou no de outrem, porque ainda não disponibilizaram o teletransporte ao público em geral. E mesmo nesse cenário aparentemente fantástico, calculo que as contas de electricidade ou de plutónio aumentariam consideravelmente, o que daria exactamente no mesmo à parte de se enveredar por uma forma de deslocação ligeiramente mais, digamos… extravagante! Eu cá só vou investir numa cabine de teletransporte cá para casa quando o mercado estiver inundado de gadgets desses. Foi o mesmo com os telemóveis e os computadores portáteis. Temos de deixar que a coisa pegue e se vulgarize para não sermos completamente saqueados pelas primeiras empresas a aparecerem no mercado. Agora o que não pega mesmo é o cumprimento de pulso com o meu mecânico, isso não tem jeito nenhum!

Sem comentários: