sábado, 30 de setembro de 2006

Floribela, radares da bófia e satanismo

Assim como há dispositivos que se instalam nos automóveis para conseguir antecipar a acção de radares da polícia ou possíveis “operações stop”, também gostaria de ter qualquer coisa que me avisasse que a música da Floribela estaria para aparecer na televisão. Bastaria apenas quatro ou cinco segundos, tempo suficiente para alcançar o bendito comando. É que mesmo sem querer, fico com aquela melodia endemoninhada a rasgar-me os pensamentos e nem sempre me apetece ir dormir às nove da noite, visto ser a única forma de esquecer aquele som engendrado por gente diabólica – só um restart ao cérebro limpa tamanha e infecta porqueira.

quinta-feira, 28 de setembro de 2006

V For Vendetta

A fantasia e a atracção da matemática, a mística dualidade da relação causa/efeito, o paradigma dos governantes vs. governados, a necessidade última e derradeira de justiça, a esperança, e o amor. Tudo isto misturado com sabedoria e conhecimento de muitas gentes, resumido por dois génios do cinema actual num argumento incrível, consubstanciado por uma realização notável. Como noutros projectos deles, e aqui relembro o projecto Matrix, a simbologia e a iconografia fazem transparecer toda uma humanidade latente, sempre presente. “V For Vendetta” é provavelmente, como não seria de esperar outra coisa, um dos melhores filmes que já tive oportunidade de ver até hoje. Vale a pena, acreditem!

quarta-feira, 27 de setembro de 2006

WHY not!?

Há coisas maiores e mais importantes do que nós próprios e os nossos receios... a vontade!
E desde que haja vontade para conversar, discutir, aprender, haverá esperança na mudança.
Os WHY, petrificados, passaram da validade... a música não!
O verdadeiro e último som, ecoará mais uma vez.
WHY... not!

terça-feira, 26 de setembro de 2006

Fazer figura de urso às vezes sabe bem

Ainda na linha do post anterior, acho que se não se está disposto a fazer figura de urso, não se merece estar apaixonado. Não se conseguindo dizer em voz alta que se está apaixonado por alguém, é porque não se ama verdadeiramente essa pessoa. Estar apaixonado e amar alguém é como mandarmos uma ganda snifadela numa linha de coca ou numa flor carregadinha de pólen quando se é alérgico (acredito que não seja muito diferente, à parte das alucinações, a pedrada será idêntica). É sentirmo-nos num estado de ansiedade e excitação tal, que não há hipótese de nos contermos quando pomos a imaginação a trabalhar e nos vem à cabeça um turbilhão de ideias malucas. Mas basta uma ideia que seja, e se assim for, faz-se e nem se pensa duas vezes… só depois vêm as consequências, e nem sabem assim tão mal se ficarmos com a noção de que o risco valia a pena. Por exemplo, quem é que no seu perfeito juízo anda a saltar quintais no meio da noite para conseguir achar aquela rosa perfeita (ou dezenas delas)? Quem é que perde umas 3 ou 4 horas de sono uma noite de semana para escrever “amo-te” no chão da rua em letras garrafais (tinta de parede não agarra tão bem como a de pintar os traços da estrada, e na calçada ainda pior)? E quem diz isto, podia dizer outras coisas mais! Cada maluco com a sua pancada, certo!? O que interessa é que quem não está disposto a fazer figura de urso ou de palhaço (crítica comum feita pelos amigos que vêem de fora) não merece o que pode, eventualmente, vir a conquistar. De facto os tempos estão diferentes, as mulheres hoje em dia têm acesso a muita coisa que lhes estava vedado, os sexos estão mais parecidos e menos opostos, mas a conquista pelo amor, continua a ser um processo que não muda com o tempo. Independentemente da tecnologia, que ajuda a fazer muitas e boas partidas e surpresas, o instinto está lá para dar a volta à adversidade e às dificuldades que se apresentam, e não há nada mais interessante para fazer do que nos deixarmos levar pelo jogo de conquista e sedução. Figuras tristes, fazemos se ficarmos à espera que nos façam a nós aquilo que temos vontade de fazer a alguém especial!

segunda-feira, 25 de setembro de 2006

O que se diz e o que se sente

Uma imagem vale mais do que mil palavras, um beijo revela mais do que um frase, e um olhar transmite mais do que um poema. De facto, há momentos em que sentimos tudo à flor da pele, temos tanto dentro de nós para deitar cá para fora que a comunicação verbal, por vezes, não permite que isso se faça em condições e em tempo útil. Resta-nos usar o olhar, a linguagem corporal, e porque não, o beijo. Como é que mostramos a uma pessoa que gostamos verdadeiramente dela quando as palavras não se ajustam verdadeiramente ao sentimento? Com actos? Com persistência? O que interessa, acima de tudo, é sermos fiéis aos nossos sentimentos e não deixarmos passar o tempo e as oportunidades que aparecem ou que se criam, para revelar o que nos vai na alma e no coração. E se nem sempre conseguimos deixar sair o que nos vai cá dentro com o uso das palavras, há sempre a hipótese de o fazermos com os restantes sentidos em conjunto com a nossa imaginação e romantismo. E há falta de material original, não há nada como a frase daquele filme ou o verso daquela canção. Em último caso, sempre temos o eterno cliché alentejano, “gos’ti porra!” – mas este funciona melhor com sotaque. O que vale, independentemente da forma e do estilo, é não deixarmos de ser sinceros e transparentes, connosco, e com quem é importante para nós. Se toda a gente fosse mais frontal e assertiva, não havia tempo nem necessidade para tanta confusão e conflito como os que se geram entre (certas) pessoas. Também não é para se dizer tudo o que nos vem à cabeça, é uma questão de se deixarem amadurecer os pensamentos (mudam com o tempo) que resultam de sentimentos (não mudam). O que se diz não deve ser muito diferente do que se sente, é apenas e só, uma questão de fazermos por isso.

domingo, 24 de setembro de 2006

Tampas dos comandos

Uma mania que parece não desaparecer com o tempo é a nossa permanente necessidade para brincar com a tampa das pilhas dos comandos. Que me lembre eu ainda só parti uma, mas parece que ando com vontade de dar cabo delas todas. Não deve haver nada mais irresistível! Tem um efeito de fascínio e sedução sobre a minha pessoa que não consigo contrariar de feitio nenhum. Se passar pela sala de repente, consigo suportar, mas quaisquer cinco minutos sentado no sofá servem para me deixar cair em tentação. Cá em casa, a percentagem de comandos com fita-cola à volta já vai sendo superior à de comandos “virgens”. E como será noutros lugares, como asilos ou centros de dia, em que se passa muito mais tempo frente à televisão? Será que os loucos e os velhos conseguem resistir? E nesses sítios não lhes cortam as unhas? O mais engraçado é que já vi, não consigo precisar bem onde, um comando com marcas de dentes… só pode ter sido durante um jogo de futebol ou enquanto se assistia a um anúncio de cortes e redução de despesas por parte do governo (o anúncio, não os cortes). Chego à conclusão que, não estando a fazer zapping, está-se a brincar com a tampa do comando, não há grandes hipóteses. Acho inclusive, que foi por isto que se inventaram os aperitivos.

sexta-feira, 22 de setembro de 2006

Mastigação experiente

Como é que ao fim de tanto tempo e com tanta experiência adquirida a mastigar, ainda mordemos o garfo de vez em quando ou falhamos a boca e espetamos os dentes do garfo nos lábios? Inclusive, às vezes mordo os lábios sem querer e nem sequer estou a comer ou a falar! É coisa que não tem explicação.

quinta-feira, 21 de setembro de 2006

Furacões e tempestades

Estava a pensar sobre esta história do Furacão Gordon, agora em forma de tempestade tropical (!?), e acho que os furacões e as tempestades, sendo das coisas más que vêm da América, provavelmente serão as únicas que a administração Bush não provoca ou controla. Por outro lado, e chamem-me louco se quiserem, eu aceito a crítica pacificamente, consigo apreciar, não os resultados, que esses são sempre maus de engolir, mas as próprias catástrofes naturais como algo de belo que a natureza provoca. Sinto algum conforto quando vejo a Natureza, numa espécie de justiça espontânea, a voltar-se contra o homem, muito pelas coisas pouco naturais que ele fomenta. E seria tão fácil entrarmos num ciclo de harmonia e equilíbrio com o planeta, só não o fazemos por uma questão de dinheiro e poder, como sempre! Sendo assim, venha chuva e vento com fartura que esta malta merece – pena é, que os ricos e os poderosos se safem sempre, esses cabrões!

quarta-feira, 20 de setembro de 2006

Zapping do demo

O Rui Reininho só pode escrever as letras das músicas enquanto faz zapping na tv. Só assim é que tem lógica, mas nem por isso fazem sentido.

domingo, 17 de setembro de 2006

Inocência infantil

Depois dos posts sobre o 9/11, o ministro da economia, e outros pensamentos daí resultantes, sobre ditaduras, big brothers e outros carnavais, fez-me ter saudades dos tempos em que era puto. Em criança a inocência impera e a realidade é toda filtrada pelos nossos olhinhos e ouvidos naifs. Mas até isso tem tendência a desaparecer, porque hoje em dia parece que já não é bem assim, os putos sabem de tudo muito cedo e conseguem controlar tudo e todos para conseguir o que querem. Dantes fazíamos birras, hoje são os pais que as fazem, para contrariar ou simplesmente por puro desespero. Os putos hoje já nascem a saber mexer nos computadores e a programar o vídeo (agora dvd), entre muitos outros feitos de cariz técnico e tecnológico, a atacoar os ténis, a saber falar inglês – especialmente a dizer palavrões – e têm um poder de persuasão (porque não dizer coacção) incrível sobre os seus progenitores e tutores. Como contraste, eu ainda me lembro de acreditar que os Smarties tinham sabores diferentes consoante a cor, que era possível existir alguém como o McGyver, e que nenhum jogo de pc de pancadaria alguma vez superaria o Golden Axe… como o tempo muda as coisas!? (e as pessoas também!)

sexta-feira, 15 de setembro de 2006

Notícia do século!!!

Vi hoje nas notícias que já existe um teste de despiste para saber da possibilidade de se ter algum problema com a próstata sem ter de se recorrer, pelo menos de imediato, ao chamado “toque rectal” Toque!? Isso era se fosse só por fora e ao de leve, e mesmo assim já me arrepio só de pensar nisso, mas seja como for ainda tenho uns bons 20 anos pela frente sem ter pesadelos com isso. Sinais dos tempos, é o que é!

quarta-feira, 13 de setembro de 2006

Ditadura dos Sargentos

Hoje passei por uma escola primária em Estremoz e vi vários miúdos e miúdas com a cara pintada, e garanto-vos que não era palhaçada ou coisa de putos, antes pelo contrário, está visto que a ditadura dos sargentos já chegou ao 1º ciclo! O que isso, perguntam vocês? e eu respondo! É o sentimento que muitos dos que sofrem humilhações durante a praxe ganham com o tempo ou com a experiência, e decidem, consciente ou inconscientemente, impor o mesmo tipo de tormento (ou mais rebuscado) sobre os mais novos. A isto eu chamo ditadura dos sargentos e é assim que funcionam a maior parte, senão a totalidade, das instituições hierarquizadas: partidos, religiões e universidades... e agora também o recreio da a escola primária! Cabrões dos putos que já não se entretêm com a PSP ou o GameBoy.

terça-feira, 12 de setembro de 2006

Portugal no Seu Melhor: Cinismo 0 x Ironia 1

Neste post nem vou escrever mais do que esta frase, pois acho que está tudo dito na carta:

"Carta ao Ministro da Economia
Exmo. Senhor Dr. Manuel Pinho

Ministro da Economia da República Portuguesa,
Foi a viatura oficial em que V. Exa. seguia no sábado identificada na A1, perto de Leiria, circulando a 212km/h.
À comunicação social, V. Exa. viu-se forçado a justificar esta infracção alegando que circulava àquela velocidade por razões de interesse público.
Percebemos que V. Exa. se sinta embaraçado.
É evidente que não há qualquer interesse público em colocar em perigo de vida os restantes utentes de uma rodovia, em descredibilizar as campanhas de alerta rodoviário promovidas pelo Minstério da Administração Interna, nem em contrariar a recente decisão governamental de reduzir para 118km/h o limite máximo [média] em auto-estrada por motivos ambientais e económicos.
Haverá países onde, por bem menos, um ministro se sentiria forçado a demitir-se para evitar arrastar consigo a credibilidade do governo em matérias de segurança e civismo rodoviários.
Mas V. Exa. sabe, como nós, que em Portugal o público não iria compreender que se retratasse e pedisse desculpas públicas por manifestar um comportamento anti-social na estrada.
Percebemos o embaraço de V. Exa, pois esse embaraço também é o nosso. O Senhor Ministro não pode apresentar a demissão e nós não podemos exigi-la porque o público não o compreenderia.
É assim, não é, Senhor Ministro?!...

Com os melhores cumprimentos
da Direcção da Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados
Av. 5 Outubro, 142, 1º Dtº1050-062 Lisboa
PORTUGAL"
...ah valente!!

segunda-feira, 11 de setembro de 2006

9/11

De facto, o mundo mudou com o 11 de Setembro. Aliás, o mundo continua a mudar e muitas vezes nem damos por isso. Tenho visto com muita atenção os vários documentários disponíveis, todos eles baseados em factos verídicos, apenas comparáveis ao “Farenheit 9/11” pela forma simples e inteligente como nos mostram a verdade contida nos factos, mas embora goste mais do estilo provocador do Michael Moore, devo confessar que nenhum dos vários documentários que vi mostram outra possibilidade que não a da alegada planificação, organização e estratégia montada internamente e com o aval do governo americano e dos poderes instituídos. Terá sido um acto consertado e manipulado por quem detém e controla o poder nos EUA? Não é nada que me espante… à partida custa-me a acreditar que alguém no seu perfeito juízo conceba um plano destes só e apenas por dinheiro e poder, mas depois de analisar e comparar outras situações do género, sim, parece-me concebível que hajam “pessoas” capazes de realizar tal tarefa. Em suma, e fazendo um apanhado de todos os documentários que vi, o 11 de Setembro foi feito para dar mais poder aos que já o detinham, mas desde então de uma forma mais incisiva e mordaz, e com o apoio preocupado de milhares de americanos patrióticos e crentes da versão “oficial” sobre o que terá sido o ataque “terrorista” do 11 de Setembro.
Os resultados imediatos do que se seguiu ao 11 de Setembro atingem-nos a todos, directa ou indirectamente, e de certa forma fica na nossa consciência e imaginário, mas não nos mexe demasiadamente com o nosso bem-estar… é lá longe! Depois houve os atentados de Madrid e os planos para o de Londres. Aqui já o caso muda de figura! Agora já a coisa acontece aqui ao nosso lado. Tendo isto em conta, e porque há coisas que devem ser reflectidas e amadurecidas, vou-vos lançar alguns factos assim só para ver se fazem sentido:
- cartão do cidadão: onde se irá cruzar toda a informação relevante na nossa vida (o que é que impede um banco ou uma seguradora de terem acesso à nossa história clínica; quem não estiver em perfeita saúde nunca irá conseguir pedir um empréstimo ou fazer um seguro de saúde)
- passaporte com chip contendo os nossos dados biométricos (existe hoje a tecnologia capaz de cruzar os dados biométricos contidos num chip de um passaporte com os dados biométricos conseguidos através da filmagem de câmaras de vigilância espalhadas numa determinada superfície, como um aeroporto ou um centro comercial)
- cartões de crédito e cartões de cliente/membro/sócio (os grandes grupos económicos têm acesso a todos os nossos hábitos de consumo)
- voto electrónico (hoje em dia posso votar em quem quiser que ninguém sabe se não for eu a dizer, mas no futuro poderá não ser bem assim)
- câmaras de vigilância nos jardins-de-infância (servem apenas para formatar as crianças e as habituar desde pequeninas a viverem com essa “nova” realidade)
- os jornalistas cada vez menos vão fazendo reportagens baseadas em investigação, as notícias são difundidas pelos grandes grupos (grupos esses controlados por quem detém o poder)
O que eu quero mostrar com isto, é que o mundo está a mudar, e o que vemos em muitos filmes de sci-fi ou suspense, já está a acontecer. Podem não ser robots, inteligência artificial ou uma raça superior de alienígenas por detrás do que se vai fazendo, mas nós somos de facto controlados e manipulados por quem detém toda ou parte da informação disponível, e nos dias que correm, quem detém a informação detém o poder. Se não mantivermos a disciplina da crítica constante, da racionalização e reflexão sobre tudo o que nos rodeia e chega até nós, de modo a podermos pensar por nós próprios, deixar-nos-emos controlar muito mais facilmente por quem nos quer usar. Além disto ainda devemos manter um espírito militante e combativo pela verdade, justiça e solidariedade. Se não pomos um travão a isto, qualquer dia vai ser pior. Se conseguirem fazer aquilo a que se propõem, só daqui por algum tempo, algumas gerações mais tarde, será possível ver e sentir os resultados do que agora se vai sub-repticiamente montando. Vivemos em tempos de mudança e uma nova ditadura, subtil e quase imperceptível, está a ser arquitectada. Não preciso que acreditem (sem pensar) nas especulações que exponho aqui, apenas quero que reflictam sobre isso e não se deixem levar por tudo o que vos é dado a conhecer através dos meios ditos convencionais… abram os olhos e por favor não sejam ingénuos. Não se deixem vencer sem luta!

sexta-feira, 8 de setembro de 2006

Festa, Cornetos e Epás

Se o melhor de uma festa é esperar por ela, já o melhor de um corneto é o chocolate que vem no fim. Dada a quantidade de realidade e a comprovada veracidade desta frase até poderia soar a cliché, mas foi mesmo proferida neste preciso momento aqui pelo yours trully enquanto a escrevia no teclado – até chegou a soltar uma ligeira gargalhada (eu), mas depressa se conteve (eu, outra vez). Já o mesmo não se pode dizer do Epá, porque já não traz a bola de pastilha no fim. E o que será do mundo nos próximos tempos, e em especial para as crianças, já que o mundo pertence às crianças – este sim, um cliché sobejamente pronunciado, mas, até ver, de autoria desconhecida; e aqui o autor (do post, não da frase) não se conteve a empregar uma frase conhecida, esteve bem, portanto (isto sou eu a escrever para mim mesmo… estranho!? Eu não acho!) – agora que o Epá já não traz uma pastilha no fundo? Ainda houve uma fase transitória em que o Epá trazia umas bolinhas pequeninas de pastilha em vez de uma só, grande, mas sinceramente alguém se lembra de uma criança ter morrido por engasgue ou asfixia com a pastilha volumosa de um Epá? Já tinham posto todo o tipo de ranhuras e orifícios nas tampas das esferográficas, o que se traduz numa redução considerável da sua vida útil, visto que a tinta seca em pouco tempo – o que só traz vantagens aos fabricantes, mais vendas – mas acabarem com a pastilha do Epá acho que é demais! Qualquer dia ainda tiram o mel ao Nestum ou o chocolate ao Ovomaltine. São as marcas da modernidade.

quinta-feira, 7 de setembro de 2006

Rituais curiosos na bomba de gasolina

Tirando três ou quatro modelos utilitários, bem como todos os topos de gama, os carros trazem tampas de depósito que se destacam completamente, não havendo propriamente lugar para as colocar. Alguns modelos têm tampas que ficam suspensas por um “atilho” de plástico ou borracha, mas em todos os outros, temos de as colocar em algum lado, e o tejadilho é quase sempre a opção mais procurada. Este é um dos rituais que podemos observar constantemente nas bombas de gasolina… depois é ver a malta a esquecer-se deles, arrancar com o carro de modo a fazer aqueles seis metros para poder dar espaço e tempo ao utente seguinte, para que possa abastecer o seu bólide sem que nos faça sinais de luzes (ou buzine) e nos chame todos os nomes por nos termos deixado levar pelo nosso “egoísmo” (ou esquecimento), deixando o carro no mesmo sítio enquanto vamos lá dentro pagar – e ver os destaques nos jornais, as contratações de jogadores do nosso clube ou as mamas da Carmen Electra… que aparece todos os meses numa revista qualquer. Na pior das hipóteses, e há quem o faça, muito porque a vontade de ir à casa de banho só aparece depois de algumas horas de condução e de finalmente nos levantarmos do assento por uns minutos, essa pessoa ainda pede a chave dos sanitários masculinos, que vem com um tijolo ou um tampão de roda como porta-chaves, e ainda tem o desplante de ir ao wc das traseiras, sem dar cavaca a ninguém, deixando a sua viatura em frente às mangueiras. É nesta altura que se agradece a quem se esquece de puxar o travão de mão e de engatar uma mudança… é sempre bom voltar do cagueiro e ver o bmw encostado à máquina do gelo, a uns bons 4 metros do local onde tinha ficado. É justo e merecido!

terça-feira, 5 de setembro de 2006

Músicas do demo!

E a porcaria da música da Floribela que não me sai da cabeça... estas melodias manhosas são feitas com base em receitas e com todo o propósito, não há hipóteses de fuga! Eu até nem vejo muita televisão, se alguma, mas basta apanhar um intervalo do telejornal para ouvir, imiscuído no meio da publicidade, aquele tema irritante da pseudo-novela "Floribela". Aquilo deve ter mensagens subliminares de adoração ao diabo e de coacção para o consumismo, porque só vejo gaiatas com aquelas saias irritantes e os putos a quererem parecer o Ken – que é o tal "namoradinho" da Floribela, que com aquele cabelo, barba, postura corporal e personalidade, é o que parece! Chego à conclusão de que tudo o que tem a ver com televisão e vem da América Latina, é merdoso e não vale um chavo. Manquem-se e abram a pestana! Vamos vetar esses Edibertos Limas, Joãos Klebers e todo o tipo de produções derivadas de concursos televisivos brasileiros e novelas sul americanas em geral. Não há pachorra para esta gente!!

segunda-feira, 4 de setembro de 2006

Guerra dos Sexos: a condução nos homens e nas mulheres… e a sogra atrás!

A sensação de segurança quando nos deslocamos num automóvel é, de certo modo, uma ilusão, mas nós fazemos de tudo para nos distanciarmos desse tipo de pensamentos de forma a termos a noção de que está tudo bem. Cada pessoa tem o seu ritual e as suas manias, mas como tantas outras coisas, a condução também pode ser generalizada em termos de sexo. Os homens guiam com o banco todo chegado atrás, o mais baixo possível para parecer um formula 1 (até parece que o carro fica mais colado à estrada assim), com os braços esticados quando seguem sozinhos, e eventualmente com uma das mãos na manete das mudanças ou na perna da menina que vai ao lado, caso sigam acompanhados, e vão sempre a olhar para tudo e todos, não vá aparecer algum totó num Volvo, um burgesso num Mercedes, ou um velho de 88 anos num Corsa de 1988 com rabo; possivelmente até poderá encotrar um radar escondido por entre caixotes de lixo ou no meio de arbustros e arvoredo, altura em que ele faz todo um espectáculo por ter topado o esquema da bófia, mas se esquece completamente de desacelerar e acaba por receber aquela carta umas semanitas mais tarde. Por sua vez, as mulheres guiam com o banco completamente chegado à frente, todo subido, quase a comer o volante, não conseguindo ver o tablier e sem qualquer tipo de ângulo de visão para observar a estrada pelos espelhos retrovisores exteriores porque estes não foram desenhados para alguém que segue com a cabeça tão à frente e tão encostada ao tejadilho (mas chegam facilmente ao espelho retrovisor), com os braços completamente flectidos, com as palas em baixo (mais espelhos!) que disponibilizam uma visão periférica estranhíssima e um ângulo de visão altamente reduzido pois estão completamente deslocadas da posição natural, concebida para conduzir, e nunca mas nunca olham para o lado – até podem pôr a mãozinha de fora com o dedo do meio esticado, mas nem querem saber quem é que está a buzinar e a chamar nomes. Já para as sogras, que seguem no banco de trás, a concepção de se deslocarem em segurança num bólide conduzido pelo genro ou nora, é a de levarem o vidrinho aberto, com o braço todo de fora e a mão a segurar o tejadilho. Só não percebo porque é que os construtores de automóveis nunca se lembraram de pôr aquelas pegas ridículas no tejadilho, mas do lado de fora!

domingo, 3 de setembro de 2006

Quem é?

Na linha do “tas a dormir?”, veio-me à memória uma (frase batida) outra caricata e curiosa situação. Quando alguém nos bate à porta, e vamos abrir, lembrando-nos, numa fracção de segundo mesmo antes de alcançar a maçaneta, de perguntar “quem é?” porque não há óculo para espreitar, e do outro lado aparece um animal que responde “sou eu!”. O que é que se faz a um tipo destes, pensamos nós nos três segundos que demoramos a abrir a porta, contendo a irritação e o riso: não se lhe abre a porta? Abrimos e deixamo-nos rir, depois de proferirmos uma frase do género “oh meu grande toni!?”? Abrimos com um sermão “daqueles” preparado? Quando nos fazem isto, é humor rebuscado, básico demais ou pura parvoíce?

sábado, 2 de setembro de 2006

A Máfia do Futebol

Eu gosto muito de futebol e receio pelo que possa acontecer às equipas e selecções portuguesas nas competições internacionais, mas acho que o Gil Vicente tem todo o direito de recorrer aos tribunais civis, para que o caso seja julgado por quem de direito. Por outro lado, também acho que a Máfia do Futebol tem de ser abalada e que lhes seja mostrado que não podem mandar no mundo e controlá-lo a seu bel’prazer. Como uma das coisas mais saudáveis no futebol, para mim, é também o facto de haver um espaço onde toda a gente, independentemente do clube, idade, religião, convicções políticas e ideológicas, pode dizer palavrões à boca cheia, que ninguém leva a mal (como se fosse sempre Carnaval), então eu digo de peito feito: puta que os pariu mais ao poder que a FIFA exerce, despótica e arrogantemente, sobre tudo e todos! Vão-se a comer nas nalgas com a mania que têm de controlar tudo o que gira em torno do desporto que é o futebol e que caiam aos pés de um clube português pequenino, como uns cabrões de merda que são, quando este apenas quis que se fizesse justiça, recorrendo às instâncias competentes. Quanto aos outros clubes, massas associativas, adeptos do desporto e portugueses em geral, por favor apoiem esta causa e não os julguem mal! Não digo que sejamos todos do Gil Vicente, mas que estejamos todos juntos pela necessidade ver esta situação infeliz esclarecida em tribunal, que é a única instância com o direito para resolver esta questão, não uma FIFA corrupta, que não passa de uma associação de clubes a nível internacional. Exmos. Senhores responsáveis pela FIFA, idem comer um caniche cheio de pulgas, e que vos saia pelo ânus, algo que nem a ciência possa identificar. Responsáveis do Gil: Siga pa’bingo!!

Tás a dormir?

Ainda em tempo de férias, lembrei-me de uma coisa que acontece muitas vezes quando se junta um grupo de amigos. Claro que nem todos temos os mesmos ritmos, sono e necessidade de dormir, mas porque será que quando estão três pessoas numa tenda, ou três ou quatro num quarto de hotel ou de uma pousada da juventude, alguém, que se deita depois de todos os outros, pergunta em voz sussurrada: “hey, já tás a dormir!?” E porque raio é que aparece um outro artista a responder, assim como quem não quer a coisa, um veemente mas ciciado “estou!”. Se estivesse de facto a dormir, não respondia, e o desgraçado que quis confirmar também não o devia ter feito em primeiro lugar e deixava-se estar calado. Depois, já pela hora do almoço, o primeiro a acordar grita a pleno pulmão: “ALVORADA!!!”. Nas férias ninguém dorme, é para curtir e sempre a bombar!