quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

A little big bit of soul!

Foi com muita pena que me apercebi da morte do grande James Brown, mas depois pensei “o gajo estava assim um bocado para o lado de lá já há algum tempo, será que o homem faz mesmo falta se temos a obra?” Nem é preciso reflectir durante mais do que dois ou três segundos para perceber que sim, claro que sim! Não se pode desligar o sujeito da obra, tal como não se deve desligar a forma do seu conteúdo. O tipo até podia ser um maluco, um excêntrico e um tresloucado, mas qualquer pessoa faz falta neste mundo. Desde que seja um ser humano razoável (bem sei que é subjectivo, vamos deixar o Bush, Hitler e outros facínoras de fora), possuidor de sensibilidade, sentido de humor e outras características que nos distinguem das restantes formas de vida, faz sempre falta e deixa saudades (ora aí está um conceito difícil de definir e perceber… será bom ou mau!?). Há uma grande máxima budista que mostra que todos os Homens são iluminados, uns saberão disso, outros não, e sendo assim fazemos todos falta! O James Brown, além de excelente músico, cantor e compositor, é um marco incontornável na música moderna: Funk, Soul, Rock, Pop… chamem-lhe o que quiserem. Mais do que o mundo da música, marcou indelevelmente a sociedade americana no que aos direitos humanos diz respeito, mais propriamente na questão racial. É, sem dúvida, uma grande perda em variadíssimos aspectos, até a polícia americana vai ter saudades dele.

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