sexta-feira, 7 de agosto de 2009

A vida e o sentido de tanto pensar

Uma questão me tem assolado nestes últimos momentos acordado e com a qual me debato enquanto me vou arrastando do sofá para a cama depois de uma injecção maciça de enlatados inteligentes e pertinentes de séries americanas em forma de disco de vídeo digital… será que crescemos mesmo sem querermos? Não é possível ficarmos, ainda que nefastamente, presos à criancice ou à adolescência até chegarmos a velhos? A vida acaba por irreversivelmente moldar-nos em peças de arte funcional, de design discutível, claro está, adultas e amadurecidas com a patine da experiência? A idade até à qual pensamos divertir-nos acaba por passar por nós sem nos darmos conta de que já lá vai ou há esperança que a nossa individualidade vença o inconformismo do Tempo em vários rounds sem luvas e muito suor, sangue e lágrimas à mistura, por forma a prevalecer sempre em nós um espírito sensiente, capaz de se adaptar ao rigor dos tempos com a lisura de um menino de coro, estranhamente misturada com o charme que a vivência assídua e presente nos proporciona? De facto não podemos ter sempre aquilo que queremos, mas se tentarmos, às vezes apercebemo-nos que até conseguimos ter o que precisamos... como já dizia o grande filósofo Jagger.

1 comentário:

Ju disse...

"... Quando me amei de verdade, desisti de ficar a reviver o passado e de me preocupar com o futuro. Agora, mantenho-me no presente, que é onde a vida acontece. Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é plenitude. Quando me amei de verdade, percebi que a minha mente pode atormentar-me e decepcionar-me. Mas quando eu a coloco ao serviço do meu coração, ela torna-se uma grande e valiosa aliada. Tudo isto é SABER VIVER. Não devemos ter medo dos confrontos... Até os planetas se chocam e do caos nascem as estrelas." Charles Chaplin