sexta-feira, 13 de outubro de 2006

Ele há dias em que mais valia não ficar em casa

11 de Setembro e 11 de Março, 13 de Maio e 13 de Outubro são dias insuportáveis no que à televisão diz respeito. Não é que veja muita televisão, mas gosto de ir seguindo os telejornais para estar a par das notícias, se bem que apenas serve para ter uma noção dos países que os EUA têm na mira de próximos ataques ou invasões a pretexto da existência de armas ou pelo receio bacoco de possíveis ataques terroristas, para fazer uma ideia de quanto mais vão aumentar os combustíveis e as taxas de juro, e também para ir estando a par do quanto é que o governo tenciona tirar-me do bolso. Nestes quatro dias, que infelizmente não são os únicos, não se pode assistir televisão. É assim quase um suicídio intelectual premeditado, subtil mas doloroso ao mesmo tempo. São os directos, as reportagens idiotas em diferido, os comentários mentecaptos, documentários chatos e compridos, talk-shows com entrevistas de personalidades ligadas à situação em causa, de interesse relativo… não há pachorra!! Uma das poucas “coisas televisivas”, de certa forma intocável a este nível, é os Morangos Com Açúcar, mas qualquer dia o Bispo de Braga aparece como convidado especial a fazer bodyboard e a benzer as ondas ao mesmo tempo, com um crucifixo tatuado numa nalga e um smiley noutra, sempre muito bem disposto, a contar piadolas sobre a aparição da Fatúcha aos pastoritos. E quem era essa tipa afinal, que aparecia sempre com muito fumo à sua volta, envolvida em mistério e enigma, visível apenas aos olhos de alguns – normalmente surdo-mudos, lerdos ou deficientes!? Se isto fosse no tempo dos Riscos da RTP, e o Ricardo Araújo Pereira ou o Nuno Markl estivessem a escrever episódios para a série, ainda punham a Nossa (minha não é de certeza!) Senhora, com um cabelo oleoso muito do asqueroso, mal vestida, a fumar umas brocas e a pedir trocos no parque de estacionamento das traseiras do colégio. Isto da Religião Católica tá assim do bué ultrapassado pá, e a malta já vai tando farta mén! Ai tasse, tasse!!

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