quinta-feira, 24 de agosto de 2006

Ainda o champô: as férias de verão

Pegando no post sobre o SSL, o tal composto satânico e manhoso, lembrei-me de descrever uma situação recorrente que me sucedia nas férias de verão quando acampava. Na hora do banho havia sempre um casal camone que não respeitava as regras dos balneários (e bem!) e tomavam banho juntos. A certa altura distinguia, no meio de tanto cheiro – uns melhores do que os outros, pois os balneários ficavam no mesmo edifício das casas de banho – uma essência que nunca entendi ser champô ou gel de banho, mas que me ficava gravado na memória olfativa. Como não tinha grande vontade de perguntar aos camones – até porque por entre risos, gargalhadas e gemidos, não se percebia qual a língua que falavam – o que seria aquele cheiro fantástico, e ficava com a ideia de que teria de descobrir através de uma busca metódica e exaustiva aos vários produtos de higiene existentes nos supermercados. Escusado será dizer que nunca fiz tal coisa… até à passada 4ª feira! Como tive aqueles intermináveis 10 minutos a ler rótulos, lá fui abrindo os frascos para me familiarizar com os cheiros dos vários champôs e géis de banho (lol) que fui analisando. Não sei precisar quanto tempo levei, mas descobri a tal essência que há mais de 15 anos tenho andado à procura (ok, andado à procura é como quem diz… esperado encontrar seria mais adequado!). O tal gel de banho, Palmolive Aroma Terapia – SSL free! – contém óleos de rosa e jasmim, e extractos de orquídea. Além desta mistura fantástica e inquietante, o frasco tem um autocolante em várias línguas, obrigatório de ler visto que impede a abertura do recipiente sem pelo menos se dar uma vista de olhos ao dito aviso, que diz o seguinte, e passo a citar: “fragrância sensual”. Escusado será dizer que esta morraça (no bom sentido) fica no corpo o dia todo e sim, faz sucesso! Como eu não sorvo calipos, não ingiro sumos, digestivos e cocktails por palhinha, e só peço meias-dozes em restaurantes que conheço e sei que chega e sobra o que pedir, posso muito bem enveredar pela utilização deste tipo de produtos de higiene e tratamento diário que não põem, de forma alguma, a minha sexualidade em causa. Mas pensando bem nisto, se as mulheres conseguiram ter acesso ao que antigamente lhes estava vedado como pertencendo ao “mundo dos homens”, então estes também podem sentir-se bem com a utilização do que, até aqui era apenas do “uso exclusivo das mulheres”. Não há cá metrosexualidade que fomente e justifique esta acção, é mesmo uma questão de prazer e gosto individual.

2 comentários:

Diiiiana disse...

eiii... parece que me cabe a mim informar-te que o tal champô, que tanto povoou os teus mais idílicos sonhos e memórias mais intensas, não é o tal Palmolive!!! ...lamento! É que, há 15 anos, nem sombras do mesmo! Parece que a busca terá de continuar...

Diiiana disse...

e não!, não é verdade que não ingiras bebidas por palhinha! Eu sou a prova viva disso...! :) Ainda na 6f te vi, deliciado, a chuuuupar com muita ternura um suminho Bongo!!! Verdade?!?